A Ilha de Santa Catarina possuía um
sistema defesa composto por três fortalezas que formavam um triângulo na
entrada da Baía Norte, para proteger o território contra possíveis invasores.
Duas delas estão localizadas em ilhas e só podem ser acessadas de barco: a
Fortaleza de Sânto Antônio de Ratones, na ilha de Ratones, e a Fortaleza de
Santa Cruz de Anhatomirim, na ilha de Anhatomirim. A terceira encontra-se no
norte da Ilha de Santa Catarina a 25km do centro de Florianópolis e pode ser
acessada facilmente de carro, ônibus ou a pé.
A Fortaleza de São José da Ponta Grossa
começou a ser construída em 1740, segundo projeto original do Brigadeiro Silva
Paes, funcionando como um dos vértices do sistema triangular de defesa da Barra
Norte da Ilha de Santa Catarina. No Século XVIII, contava com três baterias de
canhões, armadas com 31 peças de artilharia, que lá se achavam por ocasião da
invasão dos espanhóis, ocorrida em 1777, tendo sido praticamente abandonada e
depredada após esse episódio histórico. Em 1938, a Fortaleza foi tombada como
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e, em 1992, após a sua restauração,
passou a ser gerenciada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Em
conjunto com a Bateria de São Caetano, construída posteriormente a leste da fortaleza,
é palco de um dos mais belos cenários arquitetônicos e paisagísticos da Ilha de
Santa Catarina. A Fortaleza localiza-se entre as praias do Forte e do
Jurerê.
O ingresso para
visitar o interior da fortaleza custa 8 reais a inteira e 4 reais para estudante.
O horário de t a alta
temporada (janeiro e fevereiro), das 9h às 12h e das 13h às 19h.
Minha sugestão é combinar o passeio com uma visita à Praia do Forte,
conhecendo primeiro a fortaleza e depois relaxando o resto do dia na beira do
mar.
A visita à fortaleza
permite conhecer todos os ambientes, começando pelo pátio principal, onde estão
localizados os canhões e guaritas, e que possui um belo visual panorâmico. O
passeio também inclui a capela, a casa do comandante, o quartel da tropa e o
paiol de pólvora. No interior do edifício há algumas salas de exposição. A
primeira contém objetos antigos encontrados em escavações no interior e
arredores da edificação, como louças e peças de decoração. A segunda narra a
história do local através de murais e fotos. E a terceira exposição mostra a
renda de bilro, um artesanato típica da cultura açoriana, com a presença
rendeira tecendo as rendas ao vivo.
Um pouco mais sobre a história da Fortaleza
Estrategicamente situada no alto do Morro da Ponta Grossa
e emoldurada pela beleza dos costões e pelas areias da Praia do Forte, São José
configurava no século XVIII o terceiro vértice de um sistema triangular de
defesa, formado ainda pelas Fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim e Santo
Antônio de Ratones.
Esse sistema devia proteger a Barra Norte da Ilha de Santa Catarina das
investidas estrangeiras – principalmente da Espanha – e consolidar a ocupação
portuguesa no sul do Brasil setecentista.
Sua construção teve início em 1740, tendo sido concluída,
aproximadamente, quatro anos após essa data. Para completar a defesa de seu
flanco leste, foi construída em 1765 a Bateria de São Caetano, localizada junto
à Praia de Jurerê, distante 200 metros da Fortaleza.
Segundo historiadores, a Fortaleza de Sâo José não foi efetivamente
utilizada no ponto de vista bélico, nem mesmo durante a invasão espanhola de
1777. Após esse período, o sistema de defesa entrou em descrédito e São
José passou a ser progressivamente abandonada à sua morte.
Em 1938, quando foi tombada pelo Serviço de Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), a Fortaleza encontrava-se já
completamente arruinada. No final do século passado, os jornais já denunciavam
a apropriação indevida de pedras, tijolos e outros materiais da Fortaleza para
a construção de moradias pela população local.
Apenas nas duas últimas décadas São José veio a sofrer intervenções de restauro. Em 1977, por iniciativa do SPHAN, foram realizadas obras de consolidação emergencial de alguns trechos da muralha, na Casa do Comandante, na Portada e restauração parcial da Capela. Em 1987, ao ser cadastrada como sítio arqueológico protegido por lei federal, foram realizados os primeiros trabalhos de prospeção arqueológica por técnicos do SPHAN/Fundação Pró-Memória, e que tiveram sequência em 1990 com a equipe do Museu Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina.
Apenas nas duas últimas décadas São José veio a sofrer intervenções de restauro. Em 1977, por iniciativa do SPHAN, foram realizadas obras de consolidação emergencial de alguns trechos da muralha, na Casa do Comandante, na Portada e restauração parcial da Capela. Em 1987, ao ser cadastrada como sítio arqueológico protegido por lei federal, foram realizados os primeiros trabalhos de prospeção arqueológica por técnicos do SPHAN/Fundação Pró-Memória, e que tiveram sequência em 1990 com a equipe do Museu Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina.
Finalmente, em 1991/92 no âmbito “Projeto Fortalezas”, São José teve a
maioria de seus edifícios restaurados.
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