
Hugo estava nos esperando na estação. Foi muito bom
o reencontrar. Temos uma amizade tão longa e com tantas histórias legais. Poder
encontra-lo lá, onde ele construiu uma nova etapa de sua vida foi muito bacana.
Logo de cara ele se assustou com a quantidade de
mala que carregávamos e saímos correndo até o carro de Thomas, para tentarmos
pegar alguma parte do Tour pela fábrica da Beck’s.
Thomas é o namorado de Hugo, um homem lindo, alto,
olhos azuis, eu poderia muito me apaixonar por ele, mas o Hugo chegou antes.
Hehehe

Entramos no carro, deixamos nossas malas em casa e
corremos para a fábrica. Pegamos o tour em andamento. Um dos maiores orgulhos
de Bremen é a cerveja Beck’s. A Beck’s é para a Alemanha o que a Skol é para o
Brasil. O tour era todo em alemão e a única coisa que consegui entender foi
quando ela falou água – as aulas com a vó, afinal, não tiveram tanto efeito.
Mesmo assim foi bem interessante, ver todos os elementos que compões a cerveja,
como é fabricada, a evolução das garrafas e as formas que ela era distribuída.
Mas o melhor de tudo foi a degustação.
Fomos convidados a nos sentarmos em um bar e
degustar um bocado de Beck’s. A red Ale, Amber Lager, a Gold, a Lime – que
havíamos provado em Londres, a Pale Lage e a nossa preferida, a receita
original de 1873 pils. Eram muitas e mais alguns canecos extras. Resumo da
história, quase ninguém conseguiu tomar toda sua cerveja, pois o bar estava
fechando. Saímos de lá rindo à toa.
A conversa fluía bem, é muito legal quando seus
amigos se conhecem e também se dão bem, até mesmo o Thomas apesar de não falar
quase nada em português interagia e participava.


Fomos até em casa, e lá tomamos um chá, gentilmente
oferecido por Thomas em português “vocês aceitam... chá?”. Fomos ao mercado,
comprar alguma coisas para o café da manhã e depois fomos jantar em uma taberna
medieval que funciona no centro de Bremen.
O Schütttinger, que é um dos bares preferidos do Hugo na cidade. O bar
possui sua produção própria de cerveja - além de Happy hour até as 19:00 - e
nos finais de semana ainda rola umas festinhas. E o melhor é que lá você pode
encontrar o Bremer Knipp, simplesmente a especialidade gastronômica de Bremen.
Imagine uma panqueca feita de linguiça. Não parece muito apetitoso, né? Mas
vale a pena provar. O prato é servido com Bratkartoffeln - batata assada com bacon e cebola - e saure
Gurken - pickles. Eu fui de haxenpfanne, que era uma frigideira, com carne de
porco, batata e champignon refogados. A Bárbara pediu o prato tradicional e
adorou.
As músicas típicas, a cerveja, tudo dava um ar de oktoberfest,
adorei o lugar, valeu muito a pena visitar.

Chegando na casa, fomos conhecê-la, é um espaço
amplo e encantador. Só o que diminuiu um pouco o encanto foi a história do
fantasma que Hugo jura já ter visto duas vezes em frente a porta do banheiro.
Cada vez que eu tinha de subir para usá-lo era um terror. Eu subia rezando,
tomava banho rezando, sou muito medrosa e até mesmo pedia para alguém ir comigo
escovar os dentes. Mas não vi nada, graças a Deus.
Dormimos tranquilos, para no outro dia efetivamente
conhecer Bremen.
0 Comentários