Irlanda - Day 3 - Education System


              
O terceiro dia era cheio de compromissos e, como sempre, começava bem cedinho! Era dia de conhecer um pouco mais sobre o sistema educacional da Irlanda, assistir a algumas palestras na MIC e, à noite, um grande jantar em um hotel no centro de Limerick.
A agenda era de extrema importância, pois envolvia visitas a escolas públicas de Limerick, onde pudemos ver um pouco da estrutura e conhecemos mais sobre o trabalho dos professores de lá, além de interagir com as crianças. Nas escolas não eram permitidas fotos, então com a ajuda de um relato escrito pela professora Andréia Rodrigues de Oliveira, autora do projeto “Identidade, Arte e Literatura: uma parceria colorida”, vou contar um pouco mais sobre essa experiência para vocês.
Visitamos três escolas: Limerick School Project, Laurel Hill Coláiste e Catherine McAuley.

Limerick School Project

A Limerick School Project é uma escola primária multiconfessional que atende crianças de 6 a 12 anos, num total de 218 crianças.
A organização da escola é muito parecida com as das nossas – pelo menos as de Santa Catarina. Uma sala de cada “série”, um professor por sala, mais professores de suporte de aprendizagem e professores assistentes para necessidades educacionais especiais.
Nessa escola encontramos muitos alunos imigrantes ou filhos de imigrantes há pouco tempo no país. O que pode ser encarado também como uma possibilidade muito grande de troca de cultura, que acho que na medida do possível é explorada pelos professores. Existiam até mesmo alunos brasileiros e foi a mãe de um desses alunos que foi nossa intérprete. Mas meu grupo tem que agradecer ao intérprete Arthur - professor de Belém, vencedor com o projeto "Festa solidária: leitura, escrita e intervenção na comunidade" - que foi o grande responsável por toda a tradução. 
As paredes da escola eram ornamentadas com muitos trabalhos de alunos. Trabalhos lindos! Um desses trabalhos retratava algumas pessoas inspiradoras do mundo, como Che Guevara, Mandela, Frida... bem massa!
                Para garantir uma vaga, assim que as crianças nascem elas já devem ir para a lista de espera, para garantirem uma vaga quando chegarem a idade escolar.  




Laurel Hill Coláiste FCJ

Laurel Hill Coláiste FCJ é uma Escola Secundária Voluntária Católica para meninas, onde o irlandês é o meio de instrução. Sua missão é proporcionar uma educação ampla e equilibrada, que promova o desenvolvimento acadêmico, espiritual, pessoal e criativo de cada indivíduo, em um ambiente respeitoso e solidário. Ela atende 409 meninas.
Sua visão para a escola é que seja um lugar onde:
- Os Valores cristãos são de suma importância;
- Um forte senso de comunidade prevalece;
- A autoestima de cada pessoa é realizada;
- Os estudantes são educados para uma cidadania responsável;
- Respeito pelo meio ambiente é uma preocupação primordial;
- A ética do trabalho duro é incentivada;
- A língua, o patrimônio e a cultura irlandeses são promovidos;
- O objetivo da escola é cooperar com os pais na promoção do desenvolvimento pleno e equilibrado de cada aluno.
A Laurel Hill Coláiste já foi classificada várias vezes como a melhor escola da Irlanda pelo Sunday Times Guide. Ela é conhecida por sua destreza acadêmica, com destaque nas tabelas nacionais de classificação do Certificado de Conclusão e entrada de terceiro nível, ficando no topo de todas as escolas públicas. Para entrar as alunas prestam uma prova.
 Como é de se esperar de uma escola católica e com uma tradição tão grande, ela é bastante tradicional, todas as meninas usavam uniforme – aquele com saia, camisa, gravata, blusão, meia e sapato.
No ciclo Sênior, há matérias obrigatórias - Educação Religiosa, Orientação Profissional, Educação Física, Irlandês, Inglês, Francês, Matemática e Tecnologia da Informação - e opcionais - Física, Química, Biologia, Economia, História, Geografia, Arte, Alemão, Espanhol, Música, Negócios, Sociologia e Ciência.
Foi nessa escola que Dolores O'Riordan, estudou! – Vocalista da banda The Cranberries - Dá para acreditar? Além de Dolores, a Holly – coordenadora da parte internacional da MIC – também estudou lá.
O campus era imenso e lindo! <3 o:p="">



Catherine McAuley School

 Escola pública confessional (católica) que atende 191 crianças de 8 a 18 anos com necessidades educacionais especiais, principalmente com Deficiência Leve de Aprendizado (Q.I. entre 50 e 70). 
O diretor, Sr. Greg, nos apresentou a escola dizendo que a missão da escola era: Que as crianças fossem felizes lá e preparadas para terem autonomia e independência dentro de suas especificidades, possibilitando uma inclusão na sociedade, tendo acesso ao ensino, explorando suas capacidades.
Podia-se notar muitos aquários na escola. Água, de acordo com pesquisas, acalma as crianças.
Além do currículo, as crianças têm atividades diferenciadas como Economia de Casa, Cabelo e Beleza e Marcenaria. Essas atividades visam ajudar as crianças no desenvolvimento de atividades de vida diárias, conforme Sr. Greg nos explicou.
As salas têm poucos alunos: 6 nas salas de autistas e cerca de 8/10 nas outras salas. Havia sempre dois professores em sala.


Saindo dessa escola, seguimos para o almoço. Nossa mesa estava muito animada e acabamos conversado mais intimamente sobre família, vida etc.
Depois do almoço fomos para uma rodada de palestras na Mary I.
Chegando na universidade, fomos conhecer mais alguns espaços e acabamos entrando em uma sala onde alguns professores estavam tendo aula de “automação” com o Lego. A proposta é bem semelhante a uma que tivemos aqui em Santa Catarina no ano de 2009, em que as escolas receberam o material e alguns professores a formação para trabalhar com isso em sala de aula. Infelizmente o projeto não deu muito certo por aqui, pois o estado acabou desistindo da ideia, retirando o coordenador do projeto das escolas e hoje o material está lá guardado. Seria de grande importância que nossos alunos ainda tivessem acesso a esse tipo de material. Essa foi mais uma das coisas maravilhosas que o Colombo fez pela educação do nosso estado.
        As palestras no MIC também foram muito legais. Conhecemos o Dr. Trevor O’ Brien -Palestra sobre Educação para crianças e jovens com necessidades educacionais especiais - , Dr. Finn Ó Murchú - Palestra sobre o Sistema Educacional Irlandês -, Dr. Ann Higgins e M.Ed. Ruth Bourke - Palestra sobre o projeto TED – Transforming Education through Dialogue, que é uma parceria da Mary Immaculate com escolas e outras instituições da região que procura melhorar e aumentar os resultados educacionais através do desbloqueio de potencial e inclusão social, ampliando oportunidades - e M.Ed. Des Carswell - Palestra sobre contexto sócio-político educacional atual.


                A noite foi o nosso jantar, que aconteceu no Strand Hotel, que é um dos mais prestigiados da cidade. Era um jantar formal, cheio de gente importante da Mary I, onde nós éramos os convidados principais. Do alto do hotel nós podíamos ter uma bela vista da cidade, suas construções, rios e pontes. O que contribuiu para a nossa visão foi o pôr-do-sol tardio, que chegou só depois das 22h.
                No jantar aconteceu a apresentação de um grupo de dança irlandesa, achamos bem interessante e acho que não houve quem, mesmo sentado, que não tentou fazer alguns passinhos. Rsrs


                Ao final do jantar, acabei fazendo amizade com o motorista do ônibus e como a gente queria conhecer alguns pubs do centro, contratamos ele para nos levar até lá. Então fomos ao dormitório, trocamos de roupa e seguimos para o centro, onde conhecemos o The Locke Bar, um pub super movimentado e lotado. Apesar de escurecer tarde a vida noturna dorme cedo em Limerick e as 2 horas o pub estava fechando as portas. O tempo no Pub foi divertido e as cervejas como sempre estavam quentes, porém boas! Rsrsrs
                Saindo dali, fomos andando – com o Matheus de guia – até uma outra área cheia de pubs, a ideia era entrar em um com música ao vivo, mas Lorena teve alguns tropeços pelo caminho e acabamos não entrando no pub. O jeito foi pegar um táxi e voltar para o alojamento, rindo muito de todas as histórias.





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