Por: Eloisa Helena
Wagner Sequinel e filhos
Data de Nascimento: 31 de março
de 1938
Data de Falecimento: 1 de
setembro de 2005
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aqui a história, fatos da vida de João Sequinel Neto muito me orgulham, faz-me
remeter ao passado, pois, são momentos especiais e inesquecíveis vividos
intensamente. Foi um casamento de 38 anos de muita cumplicidade, respeito,
admiração, e a prova deste amor foram os filhos queridos e amados que tivemos.
Fez lembrar-me também de como nos conhecemos, pois naquela época eu era
estudante e ele um jogador de futebol muito respeitado e admirado por todos;
nessa época uma garota namorar um jogador não era algo visto com “bons olhos”. Foi
amor à primeira vista, nos conhecemos quando andávamos na rua quinze, cidade de Blumenau SC. Trocamos olhares e desde então, só
nos víamos quando passávamos pelo outro. João confessou-me depois que na época:
“se essa menina olhar para trás não é boa coisa, e se ficar só no olhar frente
a frente, quando um passar pelo outro, essa é para casar”. Dito e feito! Contive-me apesar de meu coração disparar, fiz-me
de difícil e conquistei então o coração do meu futuro marido. Contudo, ainda
não sabia que Joca era jogador de futebol: fui saber disso dias depois e
detalhe: eu torcia pelo time adversário, o Palmeiras de Blumenau: porém meu coração
falou mais alto.
Naquele tempo, era necessário o consentimento dos pais para
aprovar o namoro.
Certo dia, Olívio Leandro Wagner, meu pai, fez uma viagem até
Blumenau para visitar-me; Aproveitou a oportunidade e pediu para conhecer e
conversar com Joca e em uma só conversa encantou-se pelo seu caráter, dizendo-me
então: “esse é um moço muito sério minha filha”.
Aos
31 dias do mês de março de 1938, nascia na cidade de Curitiba, João Sequinel
Neto, filho de Antônio Sequinel e Izabel Favorito Sequinel. Lutou desde cedo para
alcançar seu maior sonho; ser jogador profissional de futebol. Em 1952, aos 14
anos de idade “Joca”, como era popularmente conhecido, iniciou sua carreira
futebolística nas categorias de base do Coritiba Futebol Clube. Foi campeão
estadual na categoria juvenil em 1957 e bicampeão na categoria aspirante em
1957 e 1958. Joca era conhecido como o “canhão da baixada” devido ao forte
chute.
Em
1959 foi promovido para o time principal e estreou como titular fazendo 2 gols,
o que culminou no empate em 4x4 contra o Guarani de Ponta Grossa, sendo campeão
naquele ano. Nesse mesmo ano, ele marcou 7 gols, e foi o artilheiro do campeonato
fazendo parte do bi e do tri no Campeonato Paranaense 1960 e
1961. O jogador defendeu a gloriosa camisa alviverde como
meia atacante entre os anos de 52 e 62.
Em 1964, fez
parte do time que jogava um futebol de “encher os olhos”, o inesquecível,
“esquadrão da vitória” – O Grêmio Esporte Olímpico dos anos 60 era realmente um
rolo compressor, sendo campeão Estadual daquele ano em
1964. Prestou serviço como atleta profissional no Grêmio Esporte Olímpico de
Blumenau entre os anos de 1963 e 1967, passando pelo Barroso de Itajaí no ano
de 1968. Encerrou sua carreira no Figueirense Futebol Clube em 1971.
Em
1966, quando jogava no Esporte Olímpico conheceu a estudante normalista Eloisa
Helena Wagner, natural de Alfredo Wagner sua futura esposa. Desde suas
primeiras visitas a cidade natal da namorada já foi cativada com seu futebol.
Participava quando possível, de
jogos em várias localidades do município e fora dele. Ajudou na implantação do estádio
de futebol do município, na localidade do Caeté. No jogo inaugural em 1971,
contra o time de Urubici, Joca marcou 2 gols, acabando no empate de 2x2.
Fixou
residência em Alfredo Wagner ao casar-se em 1968. Quando deixou o futebol
profissional. Trabalhou então na Farmácia Dr. Beto, de seu cunhado Norberto
Wagner (1972 a 1974). No ano seguinte,
prestou concurso para ingressar no BESC, onde trabalhou de 1975 a 1995, quando se aposentou. Devido ao grande contato com as
pessoas e em função de seu trabalho, tornou-se muito conhecido e cultivou
muitas e boas amizades.
Joca
faleceu em 1° de setembro de 2005 aos 67 anos, deixando sua esposa Eloísa, os
filhos Fernando, Fabiano e Fabíola, seu genro Rodrigo Neto da Silva, suas noras
Andréia Regina Wagner Sequinel e Julia de Azevedo Subtil Sequinel e os netos
Luiz Henrique, Eduardo, João Vitor, Gabriel e Miguel.
Com
este breve histórico de sua vida e sua carreira, e os bons exemplos deixados
tanto para família que amava e nos círculos de amizades que mantinha; nada mais
justo que, homenagear um amante Desportista nomeando-o com um ginásio de
esportes, como ocorreu em março de 2006, no Colégio Silva Jardim do município
de Alfredo Wagner.
Portanto, o destino não é
frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha escreve
sua história, constrói seus próprios caminhos e foi isso que Joca fez vivendo
intensamente sua grande paixão: o Futebol.
O
exemplo de João Sequinel Neto dever ser perpetuado e que sirva como referência
e exemplo para as novas gerações que desejam seguir a tão sonhada carreira de Atleta.
Que estes jovens saibam que nesta cidade viveu, e em nossa memória vive um
homem que lutou e venceu os desafios.
História do campeonato de 1964 acesse link:
http://geolimpico.com.br/portal/?p=707
3 Comentários
Saudoso amigo Joca, o famoso CANHÃO DA BAIXADA, este era o slogan que tinha na cabeceira de sua cama no alojamento do Curitiba F.C. pois tratava-se do chute mais forte do time, ele sempre me contava com prazer da vez que jogou contra o Santos F.C., e enfrentou nada menos que o rei do futebol Pelé, não recordo do placar do jogo, o qual ele também me contou, mas não importa, o certo que tive a felicidade de conviver com este nobre homem e grande amigo. Que Deus o tenha( e tem) ao seu lado.
ResponderExcluirJoca, saudoso e grande amigo, o CANHÃO DA BAIXADA, era assim que estava escrito na cabeira da cama na qual ele descansava na concentração do CURITIBA F.C. por ser ele quem tinha o chute mais forte do time, sua grande satisfação era escutar ele contar quando enfrentou o rei do futebol mundial PELÉ, obviamente jogo contra o Santos F.C. só não recordo o placar do jogo. Aprendi muito com ele,pois sábia jogar e ensinar. Que Deus o tenha sempre a seu lado.
ResponderExcluirLuiz Carlos Martins
Fácil falar de "Seu Joca"!
ResponderExcluirHomem de simplicidade, humildade e senso de justiça ímpares. Buscava sempre aconselhar sem impor, tipo de gente que podemos inclusive mudar um pouco o ditado: "FAÇA O QUE EU FAÇO E PRINCIPALMENTE FAÇA O QUE EU DIGO" saudades....
Rodrigo