Em outubro decidimos que em janeiro iriamos
adiantar nossa ida até o Uruguay para conhecer Colônia do Sacramento. Então no
dia 6 de janeiro seguimos para o Uruguay e após uma parada básica em Montevideo
para deixamos as malas e matar a saudade do El Pony Pisador seguimos para Colônia.
Colonia del Sacramento, fundada em 1684 e é a
cidade mais antiga do país. A cidade evoca a Lisboa Antiga com sua arquitetura
de influência portuguesa e ruas sinuosas. Próxima ao Rio da Prata, no sudoeste
do Uruguai, a região foi declarada patrimônio mundial pela UNESCO em 1995. Ela está localizada na costa oeste do Uruguay, com apenas 50 minutos de
barco de Buenos Aires e 180 quilômetros de Montevideo. Os locais mais importantes são a Igreja Matriz,
o Museu Municipal e um porto do século XVII que se lança sobre o rio.
Apesar de Colônia ser um ícone no turismo uruguaio,
não fizemos nossos deveres de casa e as únicas informações que tínhamos sobre nosso
destino era que ela era a “Paraty Uruguaia” e tinha aquela porterinha. Denise
apostava também que teria um bar e rios, apesar de eu ficar com o pé atrás com
apenas essas informações eu já estava animada pelo passeio. O Grupo “Colônia
Sacramento” era formado por: Ana Paula, Anderson, Murilo, Valéria, André, Denise
e eu. Ficamos hospedados no “El Viajeiro” e ele ficava bem no meio do caminho
entre o Rio e o Bar, o que deixou Denise animadíssima.
Assim que chegamos tratamos de conhecer a
cidade e encontrar um bom restaurante para comer. Após a janta seguimos pela
Rambla até a primeira praia, para apreciar o pôr do sol que foi um espetáculo à
parte. Foi lindo ver o sol se escondendo e refletindo nas águas do Rio – que
até agora não sei se era o Uruguai ou o da Prata.
A noite alugamos um violão no hostel e entramos
na madrugada cantando. Foi uma noite muito divertida.
No dia seguinte acordamos com uma tempestade,
então tínhamos desculpa para ficar na cama até mais tarde. Quando a chuva
passou já passava de meio dia e logo após o almoço seguimos para explorar a
parte histórica da cidade.
Fundada pelos Portugueses em 1684, o Centro
Histórico de Colonia del Sacramento é constituído de construções de casas dos
séculos: XVII, XVIII e XIX. Um mergulho no passado. Toda a cidade velha é
preservada com o maior cuidado, com suas ruas de paralelepípedos intactas. O
farol icónico, a lendária Rua dos suspiros, a magnífica Porteirinha - ou também
conhecida como portão da cidadela - e várias casas coloniais que viraram museus
fazem com que a gente se sinta em séculos passados.
Nossa primeira para foi no “El tunel del Ayer” onde
tiramos uma daquelas fotos a moda antiga. A foto foi uma mistura de estilos,
tinha gente indo para praia, gente indo para guerra, gente indo a festa de
gala, vovó louca e até mesmo gente indo para o prostibulo, porém apesar a mistura
e de uma história muito louca que criamos a partir do retrato, nossa foto ficou
clássica. Diria até, histórica.
Depois passeamos pelas ruas históricas e cobertas
por árvores, visitamos um antigo porto e seguimos pela beira rio até o Farol.
O Farol é lindo vendo de baixo, as ruínas, as
construções em volta, mas sem dúvida de cima que se tem a melhor vista da
cidade, são dois níveis, cada um rende ótimas fotos, são 20 pesos para subir e
muitos degraus, mas vale cada gota de suor! Preciso confessar que ao chegar lá
em cima, não sei se por causa do vento ou da “varanda” ser muito curta fiquei
morrendo de medo, tentando desesperadamente ficar encontrada na parede e dando
um sorriso amarelo a cada foto. Após descansarmos um pouco ao lado das ruínas
de um velho convento, juntamos nossas forças e fomos em busca da Porteirinha.
Nessa busca passamos por dezenas de construções
históricas, pela catedral – que vale lembrar que é a mais antiga do país – por
carros das décadas de 20, 30, 40 e por restaurantes repletos de turistas.
Encontramos uma sorveteria bem em frente a Puerta de
la Ciudadela e lá comi o melhor sorvete de minha vida – e olha que nem fã de
sorvete eu sou – não sei se devido ao calor insuportável ou a forma artesanal
com a qual ele era feito e servido, uma delícia. A Porta, juntamente com a
Muralha, mostra como era realizada a defesa da cidade. No ano de 1970 aconteceu
a restauração de todo o monumento histórico, a porta, suas muralhas e as armas
de defesa. O local é bem preservado e vale muito a pena a visita. Valéria que o
diga, não é mesmo?
Na volta para casa descobrimos que a Porteirinha
ficava do lado de nosso hostel e que tínhamos andado meia colônia por nada, mas
valeu a pena.
Além da parte histórica ainda existem muitas outras
atrações que encantam os visitantes, como por exemplo os passeios panorâmicos
sobre o Rio Uguruai, as tranquilas praias fluviais, portos deslumbrantes e um
pôr do sol típico do Uruguay, daqueles de deixar qualquer um boquiaberto. Além
disso a cidade ainda possui uma rede hoteleira bem estruturada, bons
restaurantes, lojas de artesanato e moda em geral além de uma vida noturna
bastante agitada.
A noite novo Sarau no hostel, porém dessa vez eu me recolhi muito cedo,
pois devo estar ficando velha.
No outro dia de manhã voltamos para Montevideo, mas Colônia ficará sempre
em nossa memória. Não exploramos completamente a cidade, deixamos alguns pontos
turísticos para trás, como por exemplo a Plaza de Toros e alguns museus que
estavam fechados devido a época de férias de final de ano, o que deixa a
possibilidade de uma próxima visita aberta!
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