Mi Buenos Aires Querida
(29 de julho – 02 de agosto)
Argentina... todo mundo que não tem dinheiro para viajar para Europa
opta por Buenos Aires para ter um pouco de luxo e glammour gastando pouco
dinheiro.
No ano de 2010 resolvemos investir nesse roteiro para garantir nossa
diversão. Então eu e meus amigos (Aline, Hugo, Rita, Paula e Renata) entramos
no país dos Hermanos e botamos pra quebrar. Primeiro nos organizamos,
programando nossas férias para o período de recesso escolar, então no dia 29 de
Julho de 2010 chegamos na Argentina.
Como eu estava em Porto Alegre e as meninas iam de ônibus para BsAs eu
as acompanhei (e também economizei), foi uma viagem bastante divertida. Lembro
que saímos de Porto Alegre no final da tarde, e chegamos em BsAs por volta das 16 hrs... Na
noite que passamos na estrada o Inter estava jogando, o pessoal estava
acompanhando o jogo pelo rádio, e a torcida estava dividida, de um lado os
colorados (como sempre vencendo) e de outro os Gremistas, torcendo contra. Pela
manhã paramos no Alabama para tomar café da manha. (sim gente, aquele lugar
tinha cara do Alabama, o céu era super azul e tudo mais, e como já tínhamos
andando muito concluímos que havíamos chegado ao Alabama, e por esse nome
aquele local ficou conhecido).
Alabama |
Dormimos mais um pouco, comemos mais algumas
batatinhas e finalmente estávamos chegando a Buenos Aires. Logo na entrada da
cidade passamos pela UAI – Universidade Mineira de BsAs rsrs. Desembarcamos na
rodoviária, uma argentina nos ajudou, foi super querida, estávamos um pouco
perdidas, pois aquela rodoviária é imensa, acho que deve ser a maior que já vi.
Pegamos um metrô e finalmente chegamos ao Hostel. Nosso hostel se chamava
Obelisco, inclusive, da janela do nosso quarto podíamos ver o monumento. Hugo
já nos aguardava, Paula e Renata nesse primeiro dia não ficaram no mesmo hostel
que a gente e sim em um que ficava na Calle Florida, ali pertinho. Houve um
engano na reserva, e Rita não ficou no mesmo quarto que a gente, onde além da
nós tinha uma pessoal de São José dos
Campos.
Estávamos famintos e assim que nos acomodamos fomos comer. O pessoal
optou por comer no Mcdonald’s (sim,
eles sempre optavam por isso, aliais, as vezes variavam, escolhiam o Burger
King, o que obviamente não me deixava muito feliz, haja visto que não sou fã de
pão). Comemos, e Aline nos contou que é chique tomar café no Starbucks, como
somos cheias de classe seguimos para lá e saboreamos um café delicioso,
confesso que eu me sentia a Carrie Bradshaw cada vez que tomava aquele café. Pobre
realmente é uma desgraça. Huahuahua
Starbucks |
Embaixo do hostel que as gurias ficaram existia um PUB, com um
ambiente muito alternativo, então decidimos nosso destino noturno. Voltamos
para o Hostel, nos produzimos e fomos até o tal PUB do hostel das gurias. Tenho
que confessar que em nenhum momento gostei do vinho argentino, porém como sou
parceira e aquilo era nossa opção não abandonei meus companheiros de viagem e
saboreei com eles algumas garrafas, porém o preço era um pouco alto, e como
sempre gostamos de economizar ... eu e hugo tivemos a ideia de comprar o vinho
em um bar e colocarmos eles nos copos (a gente viu algumas garotas fazendo
isso) para poder entrar no PUB, já que de outra forma a entrada da bebida não
era permitida. Então eu e Hugo fomos correndo (literalmente) até um bar, e como
já estávamos sob efeito do “vino” nossa comunicação com o dono do bar não foi
das melhores, era um tal de: Dulce, rozilho, vino, dame... dos infernos, não
entendíamos nada e levamos pro PUB um “vino” ainda pior do que estávamos
tomando antes, mas tudo bem, estamos nos divertindo muito. No PUB tinha Karaokê,
e como todo bom bêbados resolvemos cantar. TRAGÉDIA. Chego a ter dor na barriga
de tanto rir ao lembrar das cenas, nosso querido amigo Hugo chegou a cair da
cadeira. HUAHUHUAHUAHUHUA teve também a entrevista com a “Riaaaata” que nos
arrancou boas gargalhadas. Pra fechar a noite o Hugo nos prendeu no elevador.
Huahuahu Odeio bêbado.
2º Dia - Chuva – (30 de Julho)
Ressaca era nosso nome. Lembro que as gurias chegaram em nosso hostel pontualmente, mas estava muito difícil pular de nossos beliches. Ficamos mais de meia hora falecidos em um sofá tentando buscar forças para levantar dali e desbravar Buenos Aires. A chuva também não nos animava muito a sair, mas ser turista esta em nosso sangue, logo precisamos conhecer os lugares. Aproveitamos a deixa da chuva e fomos às compras, já que é difícil fazer turismo debaixo d’agua. Encontramos uns casacos muito baratos e quentinhos, inclusive comprei um pra minha mãe, mas ela não gostou e fez questão de me falar, então quem o usa e o adora sou eu. Após gastarmos nosso suado dinheirinho fomos almoçar, resolvemos parar em um restaurante que ficava próximo ao local onde fizemos nossas compras, não tinha muita variedade, mas tinha CARNE e BATATA então eu estava feliz. Variamos entre arroz, papas fritas, filete de ternero ou pollo e eu gostei bastante, mas os bifes das meninas vieram praticamente com o “ternero” berrando, muito mal passado e elas odiaram.
De volta ao hostel fomos nos preparar para o show de tango. Acho que
tango é um dos estilos musicais que mais gosto, acho sensual, compassado,
ritmado, maravilhoso, estávamos mega empolgados e neste clima, Aline, Hugo,
Paula e eu saímos para nossa noite de gala.
A casa de show escolhida foi a Tango Porteño, e lá só tinha gente
chique, fora a gente é claro. Como era um local de gente de classe as coisas eram caras e tivemos que comprar o vinho
mais barato, que nos custou 100 pesos, tivemos que tomar praticamente em conta
gotas para que ele durasse até o final do espetáculo. Ao final do show
estávamos contagiados pelo tango e saímos dançando pelas ruas até o hostel, nos
divertimos muito e nosso bordão do dia foi “O Tango está em nós assim como nós
estamos no Tango”. Antes de voltarmos para o hostel paramos em um barzinho e
comi há batata lays, que já não é vendida no Brasil a alguns anos, comprei
também uma coca de um litro, pois estava com sede, já que nosso vinho foi
meramente ilustrativo.
3º Dia - Passeio pela Recoleta, Puerto Madeiro e San Telmo – (31 de
Julho)
Bom, como todos sabem Evita é um grande ícone da história argentina e
todos os anos o cemitério da Recoleta recebe milhares de visitantes que querem
conhecer o tumulo desta grande mulher, como temos que estar em todos esses lugares,
no sábado resolvemos dar uma passadinha por lá, ao chegarmos ao cemitério me
dei conta que existiam muitos brasileiros por ali e que o local não era
visitado apenas por turistas, mas por pessoas que realmente amavam e ainda amam
a Evita. Hugo, tomado por um sentimento de amor e saudade resolveu chorar no
tumulo dela, e isso nos rendeu vários olhares de reprovação vindo dos nativos.
Chamou a minha atenção além das dezenas de gatos que andavam entre os túmulos
as estatuas que servem como ornamentos, inclusive uma dessas estatuas não saiu
da minha cabeça durante algum tempo, estatua que ficou conhecida por “Véia do
cemitério”, vez ou outra eu ficava com
medo dela ao lembrar.
Trio do Arrepio - Hugo, gato e véia |
Após sairmos do cemitério rolou um semi desentendimento por causa de
comida, haja visto que eu precisava comer alguma comida diferente de Mc e
ninguém queria comer nada, eu estava morrendo de fome, como sou reinenta
imaginem o quão difícil foi me aturar.
Comemos um negocio parecido com cachorro quente, chamado Pancho. Prometeram-me
que depois disso iriamos a uma churrascaria, hoje vejo que apenas me iludiram,
pois após sairmos dali paramos no Mcdonald’s. Morri de raiva, mas o melhor a
respeito da comida estava guardado para a noite.
Após nosso saboroso almoço (só que não) resolvemos seguir a pé até o
Puerto Madero, com direito a parada básica em frente a Casa Rosada para algumas
fotos.
Casa Rosada |
Puerto Madeiro é um belo local, moderno, limpo, porém sem banheiro, todos
estavam tomados por uma imensa vontade de fazer xixi, e estava quase impossível
segurar, eu realmente estava passando mal, logo cada vez que ouço falar em
Puerto Madero me lembro de como minha bexiga estava apertada. Hehehe
Resolvemos ir até San Telmo, também a pé, procurar um banheiro e comer,
afinal depois de eu ter importunado a todos, todo o dia resolveram que
comeríamos alguma coisa diferente de Mc. Chegando em San Telmo encontramos
nossa amiga Mafalda, tiramos fotos e resolvemos que iriamos comer no bar La
Poesia, que fica pertinho da Mafalda, então entramos para ver qual o cardápio,
e fomos muito mal atendidos, a garçonete praticamente nos expulsou do bar,
ficamos muito magoados e após eu pedir, digo, implorar para um brasileiro que
vimos passando na rua naquele momento me levar para comer na casa dele, e ele
ter negado pois estávamos em muitas pessoas e a mulher dele certamente não
gostaria seguimos a pé para o mercado, pois iriamos fazer nosso próprio jantar.
Nesse momento minha fúria por conta da fome estava em seu level
máximo, eu não aguentava mais, pois antes estava festejando que iriamos comer
no restaurante e agora ainda teríamos que fazer nossa comida. Na ida encontramos
o Erik do Chapéu, um americano de NY que estava no mesmo hostel que a gente,
depois fomos saber que seu nome era Ed, (o do chapéu era um apelido carinhoso
que tinha recebido da gente por estar sempre com um chapeuzinho de Michael
Jackson) ele foi conosco até o mercado. Decidimos que faríamos macarrão com carne, depois acharam muito caro
e resolveram fazer macarrão com sardinha. Pronto, nesse momento a coisa passou
a ser pessoal, eu não como sardinha, nem de macarrão gosto muito, aleguei isso,
implorei por carne, mas nossa semi briga quase tomou maiores proporções. Quase
em prantos (sim eu sou dramática, ainda mais com fome) pedi para Aline e o Erik irem comigo comer algo em algum lugar. Erik nos levou em um local que conhecia
uma pizzaria, nos contou sobre suas viagens, nos deixando com água na boca, e ainda
foi super querido pagando nossa conta. Finalmente de volta ao hostel fomos
animadas falar com as gurias sobre nosso jantar, ao chegarmos eles estavam
muito estranhos e meio que nos tratando mal, então eu e Aline subimos, fomos
para o quarto tentando entender a reação deles, alguns minutos depois o Hugo
subiu e nos contou...
Eles fizeram o tal macarrão com sardinha e utilizaram um molho,
só que no molho tinha um ingrediente especial que eles só perceberam quando
estavam comendo, o macarrão estava cheio de pequenas Larvas, e no momento que
chegamos eles tinham acabado de perceber. Tenho que confessar que eu e Aline
rimos muito disso, aliais, rimos disso até hoje, dizem que Paula até vomitou,
tadinha. Pelo menos comemos a Pizza, senão meu dia teria sido uma total
tragédia gastronômica, já que passei fome o dia todo.
4º Dia - El Caminito e La boca (1 de Agosto)
O último dia de uma viagem é sempre saudoso, por si só, falando por
mim sempre já sinto saudade da viagem nesse ultimo dia. Em nosso roteiro ainda faltava conhecer o El Caminito e LA boca,
então desta vez de taxi seguimos para la.
El Caminito é um bairro bem colorido, divertido, muito bonitinho, é
claro que a estatua do Maradona contribui pro lugar ficar menos bonito, mas nem
isso ofusca a beleza do lugar.
Erik do chapeú nos acompanhou neste dia, ele estava flertando comigo.
rsrs
O frio intenso foi uma característica marcante neste dia,
principalmente para Hugo, acostumado apenas com o calor intenso do Rio de
Janeiro.
Após conhecermos o estádio do Boca, tivemos finalmente um almoço decente,
e o melhor bancado por nosso amigo americano. Realmente, provamos de uma
excelente comida na churrascaria El Gaucho, foi um banquete para fechar com
chave de ouro nossa viagem. Os flertes com o americano continuaram, mas tivemos
que nos livrar dele para ficarmos mais a vontade e curtirmos nossas ultimas
horas juntos. Então, fomos novamente para o Starbucks e lá tirei uma das minhas
fotos que mais gosto, que apesar de tremida acho bem bacana. Antes disso eu
ganhei um cachecol do Hugo, que também adoro.
O Hugo partiu, agora era só Aline, Rita e eu já que as meninas tinham
ido mais cedo. Trocamos de quarto, ficamos ao lado do quarto do Edwarth, agora
sabíamos que o nome dele não era Erik, ficamos até um pouco envergonhadas, pois
só identificamos o nome ao lermos em um cartão fofo que ele estava escrevendo
para a família. Ele estava cheio de segundas intenções comigo, senti que tava
querendo me embebedar, pobre anjo, usou a abordagem errada e não conseguiu
nada, nos despedimos, arrumei minhas malas, e estava passando por um imenso
sufoco, pois não servia nada mais dentro dela, lembro que tive que deixar meu
shampoo, e minha toalha com a Aline, além do mais, quase fui para o aeroporto
rezando para não pagar excesso de peso. (Não paguei)
Sinto saudades desses momentos, essa foi uma viagem muito gostosa e
divertida, realmente memorável. Nossa primeira viagem internacional em grupo. O
que me resta é contar que as próximas sejam tão animadas quanto essa, e eu até
já as imaginei.
Carol Pereira
Carol Pereira
1 Comentários
Meu Deus...como vc lembrou de tudo isso? De todos esses detalhes? Foi ótimo relembrar e agora estou cheia de saudades =((
ResponderExcluirVamos repetir isso, um dia...!!!!!!