03/01 - NYPD - New York Primeiro
Dia
Primeiro dia.
Tudo ocorreu bem durante a viagem, apesar de
cansativo o dia 02 foi maravilhoso, passei em São Paulo, junto com Rita, depois
fui até o aeroporto, na ida conheci Vinicius, que me fez companhia enquanto a
família Soares não chegava. Ao chegarem, aquela vergonha básica né, pois sou
bicho do mato e o primeiro contato me é muito custoso, porém são todos muito
receptivos e logo me enturmei, apesar de uma fala errônea sobre surf.
O avião que nos levou até os Estados Unidos, fez os aviões nos quais já
viajei até hoje parecerem tecos tecos, ele era imeeeeeeeeeeeeeenso, a turbina,
era maior que um carro, fiquei impressionada. Após atraso de mais de uma hora
(passada dentro do avião, no meu caso assistindo Sex and the City 2) partimos,
e ao meu lado veio uma americana esfomeada (de cerca de 12 anos), que vibrava
na hora das refeições e desconfio que tenha roubado meu café da manhã enquanto
eu dormia.
Ao chegarmos passamos bem pela imigração, pegamos
nossas malas e Shirley, minha nova amiga, já me aguardava (na verdade ela foi
fazer o meu translado, mas durante o caminho simpatizou muito comigo, disse que
ela quase pediu meu passaporte pensando que eu não tivesse 18 anos (ganhou meu
coração) e abriu o coração dela pra mim, pois o casamento não ia bem e ela
precisava desabafar, vejam bem...ela também é brasileira). Na ida para o hotel eu já
estava deslumbrada, me segurando pra não chorar, pois seria mico, passamos pelo
Bronx e depois pelo Queens, eu já queria descer.
Chegamos ao Hotel. O Milford fica no coração de
Manhattan (eu sempre quis dizer isso ahauhaua), pertinho de tudo, esperei
Paula, Felipe, Mariana e dona Fátima chegarem, para que Paula me ajudasse com a
reserva, subimos cada um pro seu quarto e adivinhem? Obvio que a coisa não
podia ser tão fácil assim, foi neste momento que descobri que devo ter feito
aulas de inglês com o Joel Santana.
Quando cheguei ao quarto 2347 a chave não abria a porta,
uma plaquinha dizia para não incomodar, uma camareira disse que o quarto
certamente estava ocupado e que eu deveria descer, fui para a fila do elevador,
lá já a 20 minutos estavam 3 idosos fofos esperando, puxaram papo, eu entendia,
mas na hora de responder me enrolava, mesmo assim a senhora ria do que eu
falava e até me abraçou (certamente com pena do meu inglês) enquanto isso, no
corredor o autofalante avisou que o alarme de incêndio era falso (como assim,
tava tendo um fake incêndio e eu não estava sabendo?? Como eu iria fugir?),
depois de uns 10 minutos desci, ao chegar na recepção expliquei com muito custo
para a moça que tinha gente no meu quarto, ela ligou pra segurança e o mandou
vir abrir, quando ele chegou, bateu, avisou que ia entrar e quando entrou
constatou que não tinha ninguém, mas o quarto estava sujo, a camareira disse
que eu podia esperar ali, então enquanto os outros já me esperavam eu tive que
aguardar a moça limpar, trocar roupa de cama para só depois me acomodar e
descer.
Quando descemos passeamos pela Times Square e já
tiramos uma foto no telão que filma a rua, era demais estar na Times, eu tinha
vontade de sair dançando, cantando, como se eu estivesse em um musical uhauha fomos tomar café
da manhã em uma cafeteria chamada Europa, no caminho passei pela NYPD joguei
papo fora com o pessoal da 12ª (só que não né, mas tirei uma foto em frente ao distrito).
Na cafeteria comi Pastrami ao terminarmos lembrei
que tinha deixado 100 dólares em cima da cama, esqueci de colocar no bolso do
casaco e como Mariana viria até o hotel trocar de casaco vim com ela, pois
estava com medo da camareira voltar e pensar que eu havia sido bem generosa com
ela, ao chegar, meu quarto não abriu, novamente fui até a recepção, me
expliquei (ou tentei) e me mandaram de novo com o segurança.
Após o assunto porta travada ser revolvido,
seguimos ao Central Park e mesmo ele estando com a paisagem de inverno é de
deixar qualquer um boquiaberto, é lindo. A paisagem é bem nova-iorquina,
observamos a pista de patinação, comemos Nuts 4 Nuts e em uma parada para foto,
descobri o nome de uma égua que puxava uma daquelas famosas carruagens do
Central Park, ri sozinha do nome do pobre animal, guardarei para mim, mas
lembrarei para sempre de como o mundo é justo e também muito injusto ao mesmo
tempo. #calaabocacarol... Depois fomos babar na loja da Apple, tive que sair
correndo de lá, pois já estava tentada a gastar metade do meu dinheiro. Saindo
passamos na Best Bay, nova tentação e voltamos ao hotel.
Tomei banho observei o cair da tarde em New York,
minha janela emoldura a paisagem e é a imagem de um sonho realizado. A noite
fomos ao MC, (lá tinha internet) e depois de jantar fomos até a B&H
mas ela estava fechada e nossa caminhada em um frio absurdo foi em vão (neste
dia descobri que gorros não são fúteis, são uteis em NY). Depois disso passeamos pela
Times e como a dois dias eu não dormia, quando cheguei ao hotel desmaiei na
cama. Eu nem acreditava.... EU ESTAVA EM NEW YORK. BABY!
04/01 - 2º Dia - Intrepid
Second Day
Depois seguimos até o Rockefeller Center, vimos a árvore, o ringue de patinação e resolvemos voltar à tarde, de lá seguimos para
o Rio Hudson que fica na 12ª, sendo lá também o Museum Intrepid, um porta-aviões
aberto à visitação, onde ficam expostos vários aviões históricos, entramos e adorei.
O frio estava quase insuportável, pensei já ter
passado bastante frio em Lages, mas gente, nem parecido, pensei que fosse
perder minhas orelhas e meus dedos, chegava a doer, mesmo assim as ruas estavam
cheias, o pessoal de lá não tem medo do frio não.
Saindo do Intrepid fomos ao MC comemos e de lá seguimos até a B&H que novamente estava fechada. Arrasados, fomos
seguindo em direção ao Top Of The Rock para subirmos, no caminho passamos por
vários locais interessantes, entre eles: Penn Station, Madson Square Garden,
paramos no Madson Square Park (que fica em frente ao prédio onde o Homem Aranha trabalha, VEJAM BEM!) e saindo de lá a gente deu de cara com a Grand
Central Terminal (sabe aquela estação do filme amizade colorida? Pois bem,
aquela), depois disso chegamos ao Top Of The Rock, desistimos de subir, pois a
fila estava imensa e nós muito cansados, voltamos para o hotel, tomei um banho
e aguardeu a programação da noite, que provavelmente seria mais light, levando
em consideração nosso estado físico lastimável. =P
Eu levei o Pedro para viagem e morri de rir quando
entrei no quarto e a camareira tinha colocado ele sentadinho na cama, um amor!
S2
Às vezes eu me via andando pelas ruas e nem
acreditando que estava lá. Pisar naquele lugar que só via pela televisão era
surreal.
PS: Na manhã seguinte existia previsão de
possibilidade de neve. #carolansiosa.
05/01 - 3º Dia - Woodbury Common Premium Outlets
A cada dia eu gostava mais daquele lugar, ficava
imaginando como deveria ser a vida noturna daquela cidade, afinal, dizem que
ela nunca dorme.
Neste dia eu tive um momento de consumista como nunca
antes havia tido. Fomos até um outlets em Woodbury que fica em uma cidade
do Estado de New York que se chama Central Valley, para chegamos até lá
passamos por New Jersey e durante toda a viagem na paisagem se via a neve
beirando a estrada. Nossa motorista era catarinense, de Joaçaba (rory).
Quando chegamos lá eu estava feito criança, uma
boba querendo ver a neve, brincar, fazer bonecos... como ela já havia caído a
alguns dias, estava dura na maioria dos locais, mas mesmo assim foi uma
diversão. Na parte de trás da loja da Nike ela estava fofinha, só não fiz um
anjo porque me molharia e eu não estava perto do hotel.
Bom, neve a parte, o outlet é demais, me fez querer
ser rica e sair comprando deliberadamente. Existia loja de tudo que era coisa e
pensei em algumas de minhas amigas se deliciando nas lojas da Rauph Lauren,
Prada, Calvin Klein, Hugo Boss, Guess enfim, todas essas lojas chiques que não
fazem meu estilo mas que levam muitos ao delírio.
Até que comprei bastante coisa, levando em
consideração que minha mãe quem compra minhas roupas em Alfredo, acho que estou
virando uma mocinha.
Neste dia também comi pizza com a mão, me senti o
Joey... eu não poderia vir a NY e não comer assim. Nem gosto de pizza, mas a de lá é diferente, tem a massa mais fina. Gostei. Fui também ao Starbucks
Coffe. Chicdemaisdacontamiafia. “Hi, my name is Tara”. (com a demora pro meu
café ficar pronto, eu perguntei ao cara se estava quase e ele ficou admirado,
pois já tinha visto que eu estava a alguns minutos encostada no balcão
esperando, então, este se deu conta que o meu pedido era aquele, escrito TARA,
que ele havia chamado a algum tempo, bom... Carol e Tara são quase nomes
iguais, da pra compreender o enganos. #usandodeumaboadosedeironia).
Foi mais um dia cansativo, quando chegamos ao hotel
tomei banho e fui ao MC, para variar. Saindo de lá fomos ver a árvore do
Rockefeller com a iluminação, e ela é linda. No dia seguinte ela deveria ser
desativada, pois seria dia 06, um dia que além de dia dos Reis é o dia do
Aniversário da dona Sandra Regina, que deveria já estar brava comigo, afinal,
mais um aniversário que eu passaria longe dela.
Quando estávamos voltando vimos o Al Pacino. Isso
mesmo, ele.
Novamente existia previsão de neve para o dia
seguinte e eu estava ansiosa.
06/01 - 4º Dia – Museu de História
Natural e Rockefeller Center
Bom, visitamos o American Museum of Natual History,
mas antes de chegarmos lá andamos da 42 a 34, do Chrysler ao Rockefeller, depois fomos até a 49, na B&H, Paula e
Felipe me deixaram com água na boca comprando seus Tablets, passamos
no hotel e seguimos até a 79, onde fica o Museu.
Fomos até o Bryant Park, que tem um ring de patinação bem
bacana.
E no caminho para o Park paramos no prédio onde
John Lennon morava, local onde
ele foi assassinado em 1980, eu nem pararia lá, mas como Dona Vera me incumbiu
essa missão eu fui. Depois fomos ao Central Park, onde tinha IMAGINE escrito na
calçada, a foto ficou muito iluminada e temos que realmente Imaginar a palavra
lá, mas o que vale é a intenção, não é mesmo minha gente? huauhahua A bem da
verdade, eu só lembrava das aulas da Dona Rozeli olhando aquela calçada, afinal
cantei muito essa música na sétima série. "Hello, Daniel!"
Almoçamos e depois subimos ao 4º andar, onde todo o
espaço é deles, os Dinos. Muito interessante!!! Eu em silencio me achava o Tim
de Jurassic Park, porque sabia os nomes e os gostos alimentares deles rsrs
(sabia se eram carnívoros ou herbívoros). Tirei fotos com alguns
deles, não muitos pois eu estava encantada e nem lembrava de sacar
a câmera. Depois descemos e visitamos outras áreas.
Fui ao banheiro sem meu ingresso e na volta um
guarda me barrou, a comunicação até aconteceu de forma boa, porém quando ele
disse que eu não poderia voltar e que deveria ligar pra alguém me encontrar eu
comecei a falar "Meu (apontando) celular, NÂ U FUN CI O NA" ... e ele
disse que não poderia fazer nada... minha sorte foi que a internet estava
funcionando e mandei uma mensagem pra Paula ir me salvar, por fim antes da Paula
chegar o guarda abrandou o coração e com uma carinha boa disse que eu poderia
passar, agradeci com meu inglês “perfect” e encontrei Paula, que já tinha indo
pra outro banheiro.
Na volta pegamos um taxi, pois nossos pés,
independentes das asas ganhas com os Red Bulls não estavam mais dando conta do
recado. Seguimos direto para o Top Of The Rock, para finalmente subirmos e
gente... A paisagem vale muito a pena!
A vista é magnifica, retrata grandeza da cidade.
Amo o Rio, acho São Paulo uma cidade imensa, mas nada se compara a NYC. Ficamos
lá vendo o pôr do sol, as luzes da cidade se acendendo, o céu ficando rosado e
depois cinza se iluminando com o Empire lá... quase tocando o céu. Lindo.
Tiramos várias fotos, mas era difícil encontrar um
local na “beirinha”.
Voltamos ao hotel, novo banho de banheira (sinto
falta da banheira aqui em AW, eu ficava lá me achando a Beckett) depois fomos
ao MC. (clientes fiéis)
07/01 - 5º Dia – Friend’s Day
Esse dia rendeu, andamos de metro, fomos ao
marco zero, ao Brooklyn, ao West Village (consequentemente ao prédio de
F.R.I.E.N.D.S e a casa da Carrie), paramos em alguns parques e na volta ainda
corri igual a Phoebe no Central Park. Uffaaaa! Estava cansada e a noite ainda
teria Castle na TV (Háá, vi Castle “ao
vivo” em NYC, beijos) mas antes disso ainda iriamos ao Hard Rock Café.
A travessia é tranquila, com vista linda dos dois
lados, um mostrando a beleza do centro da ilha e o outro a estatua.
Logo que chegamos ao Brooklyn à música típica do
bairro já podia ser ouvida, vindo dos carros. Os manos nos fizeram dançar,
passando pelo nosso lado com o som do carro alto. Ficamos um pouco por lá e
depois de metrô (novo desentendimento na hora de comprar o ticket) fomos para o
West Village.
Tudo lá me lembrava Friends, afinal a arquitetura é
bem particular daquela área. É tudo muito fofo, e eu ficava imaginando
encontrar um deles pela rua (O pensamento é meu e eu penso o que eu quiser,
ok?). Almoçamos no MC (pra dar uma variada) e fomos ao prédio. Quase chorei
quando cheguei (obrigada Paula), sei lá há quantos anos Friends é minha série
preferida, e eu tava ali, vendo o local onde eles “moravam”! (Ta, vocês
entenderam né?). Depois ainda acabei descobrindo que a Carrie Bradshaw de
Sex And The City também mora ali pertinho, olhe a coincidência minha gente! =P
Tirei foto também! Na volta ainda paramos em uma praça onde tem aquele arco que
aparece na vinheta de Friends, sabem? Pois é, ainda para completar meu dia de
fã fui até o Central Park e corri igual a Phoebe e a Rachel. Dia Maravilho e
tem vídeo disso gente!
Suécas parecem mortas vivas?"
(Na verdade espero que Suécas sejam bonitas e ele
tenha tentado me elogiar)
Enfim, conheci vários locais que queria neste dia,
realizei mais uma meta, que era correr igual a Phoebe e a noite fui ao Hard
Rock, tomei uma pinacolada maravilhosa, fiquei com o copo e ainda tive uma das
melhores jantas da viagem, ao som de boa música antes de voltar para o hotel
ainda fomos até uma loja de brinquedos, e pirem, lá tinha um T-rex! Tinha até
um portal do Jurassic Park, “igualzinho” ao do filme, é claro que tirei foto!
Poxa, foi o filme que mais marcou minha infância, fiquei muito feliz pela
surpresa! Amei... NY vive realizando meus desejos, mesmo os que eu não sabia
que tinha, como tirar foto com o portal e o T-rex. Obrigada NY!!! Pra completar
a noite ainda assisti Castle ao vivo!
08/01 - 6º Dia – Estátua da
Liberdade
Passei o dia todo com aquela música do George
Michel na cabeça sabe? “I never gonna dance again” – Careless Whisper
– Fazendo o solo do sax com a boca. Perturbador.
O dia foi bastante divertido, “joguei” futebol
americano no central Park e fui a tal da estátua da liberdade!
O grupo se dividiu, eu e Paula fomos para o Central
Park e o resto do pessoal para a B&H e outras lojas.
Passamos no hotel, pegamos a bola da Paula e fomos
para o Central Park. Aquele parque é lindo de qualquer ângulo, por qualquer rua
que se entre e neste dia andamos muito por ele. Por fim paramos no The Mall, um
local onde tem uma fonte e um lago, parcialmente congelado. Lá brincamos de
fazer arremessos, lançamentos e até chutamos aquela bola irregular, mas meu
negocio é mesmo futsal gente, sendo assim peguei a bola e fiz embaixadinhas, na
verdade tentei né, afinal eita bola ruim sô! Brincadeira! Huahuauh Bom, quase
matei umas japonesas, com um chute que dei na bola, mas pelo menos não foram
esquilos como aconteceu ontem quando fui jogar um pauzinho pra eles pegarem, só
que um deles correu em direção ao pau e quase levou uma paulada da cabeça.
Sorry esquilo! Na volta tomamos um taxi para voltar ao hotel, estávamos muito
longe.
Almoçamos no MC, entrei na internet, afinal além de
alimentar meu corpo, necessito alimentar meu vicio.
Voltamos ao píer 83 e de lá seguimos de barco,
rodamos toda a ilha e a paisagem novamente é linda, dos dois lados. Realmente,
NY é uma cidade fabulosa, como diria minha amiga Carrie.
Quando passamos pela ilha da estátua não paramos,
desde a passagem do Sandy ela está fechada. (Por mim a Sandy poderia ter ficado
no mato com a Maria Chiquinha e o diabo a quatro, “eta” guria pra atrapalhar.
O.o). Tive de me conformar com as fotos de dentro do barco mesmo, que até dão
pro gasto, ainda bem.
Foram 3 horas de passeio, e eu recomendo,
conhecemos todas as pontes, passamos por todos os rios e de todos os ângulos
vimos à ilha de Manhattan,
Claro que estava cansada, mas ainda me restavam
alguns dias e eu tava cheia de disposição pra curtir o pouco que me restava de
NY.
Neste dia eu precisava desabafar, o monte de gordura que eu ingeria
estava me deixando enjoada, precisava comer uma salada, um tomatinho, alface...
um bife com feijão, tava morrendo de saudade de casa, (da comida da minha vó,
não exatamente da comida da minha mãe), é um dilema, estava com saudade de casa
mas não queria voltar. Vá entender!
Pra não perder o costume de comida saudável, só que
não, fomos jantar no Burger King e depois fomos
para o Hotel, quando voltei estava sem sono então resolvi descer e rodar pela
Times, no intuito de encontrar uma loja da Nike para comprar uma mochila, não
encontrei, mas andei muito, olhei muitas vitrines e até entrei em algumas
lojas, vejam, quanto progresso!
09/01 - 7º Dia – Dancing Queen
Eu sempre gostei de ABBA, desde sei lá quando...
ouvia as músicas deles na Infância. Depois achei lá pela casa da minha vó um
DVD (ou era uma fita?) com o nome de ABBA Gold, que contava toda a história
deles, em inglês, meu inglês era péssimo (ainda mais) e eu me esforcei muito
para entender um pouco, mas eu era fascinada por eles. Na verdade eu achava a
foto da formatura do Pai da Mariana (to contando isso pela primeira vez aqui)
parecida com o estilo deles, o corte de cabelo e achava legal aquilo, aquela
época... após isso veio o Rafael e me fez viciar em ABBA, eu sabia todas as
músicas, odiava Chiquitita, mas gostava de todas as outras em segredo, pois não
era muito “cool” gostar de ABBA, mas eu gostava. Depois veio o filme Mamma Mia
com a Meryl Streep, e passou a ser permitido gostar de ABBA lá pelas bandas de
Lages, e assim o fiz, revelei meu amor, e assisti ao filme com Any e Vivi,
tivemos bons momentos relembrando as danças e falas e a mais repetida era
(...), gravamos até um vídeo, que se perdeu junto com o meu notebook que
foi roubado, enfim, desde 2008 eu sonho em assistir ao espetáculo Mamma Mia na
Broadway e hoje dia 09 de Janeiro meu sonho se realizou.
Ao chegar resolvi abrir a mão e pagar 15 dólares
para usar a internet por um dia... o vício venceu e além disso tinha coisas
para resolver, então veio a calhar.
Coloquei meu papo virtual em dia e as 7:30 segui
para o Winter Garden Theatre, fui sozinha pois Paula e Felipe foram assistir ao
espetáculo da Mary Poppins.
Tudo bem, consegui chegar ao meu
acento sem maiores problemas. Minha fileira era completamente de japoneses.
Sério gente, dizem que são todos iguais, e mais do que nunca a diferente lá era
eu, loira no meio daquela gente do olhinho puxado. Sentei do lado de uma
japonesa adolescente, que era tão sociável quanto eu, não trocamos nenhuma
palavra durante todo o musical, apenas riamos juntas e nos olhávamos com
carinhas boas, quase ficamos amigas, pena que não deu, não é mesmo minha gente?
Era proibido tirar fotos, mas como
sou malandrinha tirei algumas, poucas, mas é que eu precisava registrar o
momento... só que depois fiquei pensando... não tinha como registrar o que eu
estava sentindo. Deve ser a tal da magia da Broadway, na verdade o nome eu não
sei, mas é uma coisa maravilhosa, quase me emocionei quando começou! É
magnifico! Vontade de levantar e cantar a plenos pulmões “Mamma mia, here
I go again, my my, how can I resist you! Mamma mia, does it show again, my
my, just how much I've missed you!”, depois levantar e dançar em Dancing Queen
e morrer chorando em The Winner Takes It all, olhar pra ela e falar que a
entendo perfeitamente. Afirmo, hoje em dia até gosto de Chiquitita e devo
isso a Broadway!
Havan, lá vamos nós!!!
Pra não perder o costume de
relacionar locais com séries, eu pensava será que lá verei o Jeffersonian?
Bones... sinto saudade do tempo que a série estava no meu top 3.
Ahh, nem comentei, o sogro da
Paula me viu por fotos e me achou parecida com a Scarlett Johansson... vejam
bem, que senhor generoso! =P O caso é que depois disso eu só ouço falar no nome
dessa mulher, vejo em revistas, em filmes, em fotos huauhahua é claro que cada
vez mais percebo que o sogro da Paula não me viu bem, pois ela é muito bonita.
10/01 - 8º Dia - Washington D.C.
Nossa aventura começou cedinho, as 2:15 AM quando
nos encontramos e seguimos até a estação. Eu não dormi... cheguei da Broadway e
fiquei acordada, esperando dar a hora de descer, agradeço aos amigos que
virtualmente me fizeram companhia.
A viagem de trem é tranquilíssima, a principio não
tinha ninguém do meu lado, depois de um certo ponto entrou um homem, sentou a
meu lado e eu fui obrigada a dormir imprensada na janela, para não correr o
risco de cair por cima dele. Tava frio! A viagem foi longa e apesar de eu ter
acordado várias vezes durante o percurso, dormi bastante. Quando estávamos
chegando no meu celular estava tocando Perdendo os dentes, do Patu Fu, fiquei
em um clima bom, apesar do sono.
Washington é outra das cidades que sempre quis
conhecer por causa de alguma série, neste caso Bones. É de babar pelas vinhetas
que mostram o capitólio, obelisco, aquele espelho d’agua e o Jeffersonian, que
gente... é fake. Nem existe em Washington, na verdade ele fica no Texas. Eu bem
queria uma foto na frente dele.
Chegando na capitar fomos ver o Capitólio que é
maravilhoso, depois pegamos um ônibus de turismo para realizar um tour pela
cidade, conhecer os principais pontos.
Descemos no monumento do Lincoln e é impossível não
lembrar de alguns filmes, impossível também não pensar em Forrest Gump olhando
o Reflecting Pool e para o Obelisco. A parada nos rendeu fotos lindíssimas,
logo após sairmos de lá pegamos outro ônibus e fomos até a Casa Branca onde
Obama já nos aguardava, só que não.
Depois de lá voltamos até a estação para almoçar e
finalmente comermos comida de verdade, bastante boa por sinal.
Eu estava caindo pelas tabelas e perdi a disputa
com o sono dessa vez gente. Todo mundo sabe o quanto amo Museus e
estávamos em uma museu belíssimo e muito interessante o Museu Aéro
espacial, mas eu dormi. Isso mesmo, sentei em uma cadeira e dormi, no ombro da
Paula e depois sozinha segurando minha mochilinha. Decepcionante, logo eu, uma
amante de museus! Peço perdão, se é que isso pode ser perdoado. Saindo de lá,
depois de um soninho de quase uma hora andamos algumas quadras para pegar o
ônibus até o Pentágono.
Colocamos o papo em dia, eu e Paula. Chorei minhas
pitangas e um certo alguém deve ter ficado com a orelha ardida. Depois voltamos
à estação, encontramos o povo e pegamos o trêm para voltar pra cidade mais
linda do mundo, eu estava ansiosa para voltar a NY e curtir meu ultimo dia na
Big Apple.
11/01 - NYND - New York Nono Dia
e a volta pra casa.
Eu cheguei de Washington e NY era o único lugar no
mundo onde eu queria estar. Quase não consegui nem dormir direito, pois a
saudade de New York já apertava meu coração, e olha que eu ainda estava lá.
Saindo do café nos dividimos, Felipe e Dona Fátima
foram para a B&H e eu e Paula fomos para as lojas de “Suvinis” ahuauha.
Comprei muitas coisas, entre elas aquelas bolinhas com neve sabe? Eu sempre
quis ter uma daquelas! =P Deixamos nossos souvenires no hotel e fomos para o
lob, aguardar Júlia, uma ex-aluna da Paula que agora faz intercambio na
Filadélfia, como ela estava demorando a chegar trocaram mensagens e descobrimos
que ela estava nos aguardando na frente do Madame Tussouds, na ida
cruzamos com Felipe, que nos acompanhou. O museu é lindo, e imenso, nove
andares e a cada andar era maravilhoso reencontrar os velhos amigos das
telonas.
Fiquei surpresa por Jennifer Aniston, Brad e
Beiçola (também conhecida como Angelina) estarem na mesma sala. Tirei foto com
a Rachel, foto beijando o Brad pra dar ciúmes na Suzanne e foto acertando
minhas contas com a ladra de maridos.
Tinha muita gente famosa lá, e até quem não era
famoso eu pensei que tinha sido imortalizado em cera. Uma turista estava mega
paradinha, e eu fiquei encarando ela e pensando “Nossa, quem é essa atriz,
feia, não conheço” dai ela piscou! Eu não sabia em qual buraco me escondia,
primeiro morri de susto, pois o suposto boneco anônimo estava piscado, depois
morri de vergonha pois ela riu de mim, eu sai afinada, sem conseguir contar o
que tinha acontecido até conseguir controlar minha risada. Foi engraçado.
Dancei com as Spice, apresentei o SJ Noticia direto
de NY, tirei foto com o vampiro corno e com o lobo, Gaga me abraçou, Madonna
ficou a vontade para eu sentar ao seu lado, ao lado de Woody Allen também
sentei e me senti a moça do Paris-Manhattan, com a Alicia Keys eu só pensava em
mostrar a versão da música Empire State of mind da MTV e cantar “Na
faveeeeeeeeeeeela”, tirei inúmeras fotos, mas a melhor é a que estou entrosada
com a família real, digo à família que mora na Casa Branca, Os Obamas.
Após assistir um filme 4D com direito a aguinha na
cara e cutucão nas costas saímos do museu e fomos almoçar. Adivinha onde? No MC
é claro. Comemos e de lá seguimos para o Memorial 911. Felipe voltou ao hotel,
e fomos nós, eu, Paula, Ricardo (namorado de Julia), a própria Júlia e minha
toca dos Estados Unidos, que fez sucesso no metrô.
Quando fomos apanhar nosso tickets, quase chorei na
loja, vendo as imagens dos atentados, é um absurdo alguém ter um desejo de
destruição daquele jeito. Enfim, seguimos ao Marco Zero. Que de fato é um lugar
de reflexão. É calmo, e nos faz pensar. As fontes construídas nos locais onde
estavam às torres são bonitas obras, e os nomes das vítimas foram gravados
nelas. Foi lá que tirei uma das fotos que mais gostei da viagem. Uma americana
se ofereceu para bater, e ficou ótima. Inclusive preciso reafirmar, os
americanos são muito educados e cordiais.
Depois que saímos de lá fomos procurar o Touro da
Wall Street e desta vez, após pedir informação a um casal francês chegamos ao
boi.
Pensei em várias legendas pra foto, entre elas
tinha a “Ele é corno mais é meu amigo”, “Olha mãe, um boi” e “Vulgo Boi”
totalmente dispensável eu escrever isso aqui né? Também achei agora, mas já ta
escrito, mas mais dispensável que isso era uma mulher chilena lambendo os
testículos do boi pra tirar uma foto, fiquei morrendo de vergonha e medo, dela
ser brasileira! huahuaa
Voltamos ao hotel de metrô e eu conheci a chuva
nova-iorquina que como era de se esperar é congelante.
No hotel tomei banho (pela ultima vez na minha
banheira da Beckett), olhei para minhas malas e bolei uma forma de fazer tudo
caber nelas, mas antes de colocar a mão na massa Paula e Felipe já estavam
prontos para descer. Apanhei minhas moedas e os encontrei no lob. Íamos ás
compras e fazer meu desenho.
Depois disso fomos a Macy’s, descemos e até
eu fiquei com vontade de comprar uma panela. =P
Na volta comprei mais algumas lembranças que
estavam faltando, Paula e Felipe foram pra o Junior’s, encontrar Fabiano e
Poliana e eu antes de ir para o restaurante resolvi passar na loja de
brinquedos e comprar um Bumerangue para o João Marcelo, só que não encontrei
mais os que eu tinha visto no outros dias, então sem o Bumerangue cheguei ao
restaurante. Era o meu Bota Fora!!!
Lá comemos uma comida deliciosa, que me fez passar
mal à noite, mas foi uma despedida bastante agradável.
No hotel arrumei minhas malas e para minha surpresa
tudo coube! Uhull! Agora era só aguardar o transfer. Primeiro decidi esperar
acordada, porém minhas companhias virtuais foram dormir, depois resolvi dormir
também... faltavam ainda 2 horas. Dormi e em 20 minutos acordei passando mal,
vomitei várias vezes e só pensava em chorar e chamar pela minha vó. Graças a
Deus sobrevive e hoje posso estar aqui relatando isso a vocês. =P
Chegou a hora de descer e fazer meu check-out,
torci para que a moça falasse em Português, porém ela falava apenas Espanhol
e Inglês logo preferi fazer em Inglês mas deu tudo certo.
Aguardei no lob pelo meu carro e adivinha quem veio me buscar? Manoel! O marido
da Schirley (a minha amiga, que conheci no transfer do primeiro dia) ele fala
um português muito enrolado e um espanhol muito rápido então fomos conversando
em Inglês. Gente... ele não faz ideia de que ela quer dar um pé na
bunda dele, coitado. Ficou se vangloriando e eu pensando “Pobre Anjo, você não
ta com essa bola toda” mas ele é simpático e engraçado, me deixou no JFK sem
maiores problemas. Fiz meu check-in, tive a mala aberta pelos seguranças que
mexeram em todos os meus fios, mas depois de perceberem que eu não queria
explodir nada me liberaram. Chegando na sala de embarque o avião atrasou APENAS
2 horas. Eu estava morrendo... sem ter onde sentar, tive que esperar por mais
de uma hora de pé, e quando sobrou uma cadeira corri para sentar-me. Lá dormi
por uns 40 minutos em posição fetal, só acordei quando minhas pernas tiveram
câimbras insuportáveis. Finalmente embarcamos.
No avião dormi muito pouco, estava muito, muito
frio, aproveitei o friozinho para assistir alguns filmes e séries. Entre eles
Paris-Manhattan e Meia noite em Paris. Chegando no aeroporto já estabeleci
contato com Rá pelo cel, e pude compartilhar com ela que estava sentindo
saudade da educação americana. O cara da bagagem foi grosso comigo, não me
deixou falar, fez eu esperar pela mala que estava do lado dele e eu perdi minha
conexão. Muita gente perdeu, não por causa dele, mas pelo atraso de duas horas
para sair de NY, mas no meu caso foi por culpa do moço, pois cheguei ao guichê
dois minutos após o check-in ter fechado. Fiquei puta, e a Tam me mandou para
um hotel, o Bristol, muito bom por sinal. Teve muita gente fazendo mega
escândalo, achei apenas desnecessário.
No Bristol comi comida de verdade,
e João Marcelo um cara que perdeu a conexão para o Rio me fez
companhia na janta e no transfer para o aeroporto no outro dia. No hotel tomei
banho e como já era tarde e meu fuso estava desregulado decidi não dormir.
Assisti ao Altas Horas, escrevi algumas coisas e logo deu a hora de voltar para
o aero. O voo para Floripa ocorreu bem, e dormi durante todo o trajeto,
provavelmente com a boca aberta, mas nem me importo. Quando cheguei
ao Hercílio Luz, Henrique já me aguardada, entrei no carro e dormi
até chegar em casa.
A melhor viagem da minha vida, sem dúvidas.
PS.: Tenho que voltar urgentemente para NY, esqueci
de comprar minhas camisetas I Love NY. Merda,
terei que ir. =P
“I wanna wake up in a city,
That doesn't sleep”
Carol Pereira
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