A Irlanda que ganhou meu coração!







Começo a escrever esse texto com a plena certeza de que jamais em minha vida terei outra experiência como essa. Edificante, no mais amplo sentido que essa palavra pode ter.  Os outros 28 professores de todos os cantos do Brasil que me acompanharam nessa jornada, os lugares que conhecemos, a organização com a qual nos deparamos, tudo fez com que esse tempo na Irlanda ganhasse um lugar mais do que especial em minha memória e coração. Como disse uma amiga, “além de conhecer a Irlanda, nesse período, conhecemos mais sobre o nosso próprio país e mais sobre nós mesmos", sobre nossas diferenças, que vão além dos sotaques, mas principalmente sobre nossas semelhanças, entre elas o amor e dedicação por uma educação pública de qualidade. 
A Ilha da Esmeralda, com paisagens belíssimas, destacava seus inúmeros tons de verde a cada curva dos caminhos que percorríamos, de norte a sul, cercados por flores, animais e o canto dos pássaros. Era como se estivéssemos dentro de um conto de fadas e, as vezes, chego a acreditar que de fato estávamos, tamanho o estado de encantamento em que eu ainda me encontro. Além dessa beleza cênica, o país ainda guardava uma identidade única e ricas tradições históricas, que também nos foram apresentadas ao longo da semana em que estivemos lá.
Apaixonados por sua história, os irlandeses respeitam e se preocupam em dar continuidade às tradições, seja na música, dança ou culinária. Tivemos uma verdadeira imersão em sua cultura, que é absolutamente contagiante e está impressa em diversos detalhes.  Houve quem estranhou a tradição de sopa com sanduíche nos almoços, mas como bons brasileiros, nos adaptamos e também caíamos na dança ao menor esboço de convite. Transformávamos a dança típica irlandesa em uma chulá, em um forró ou em uma mistura das três e com isso a festa estava pronta e a diversão garantida.
É impossível falar da ilha sem citar seus pubs. A Irlanda e a cerveja são amigas inseparáveis. Longe de nós não nos integrarmos a essa amizade que também nos propiciou muitas gargalhadas e momentos de alegria, regados a Guinness ou qualquer outra bebida servida nos pubs, contados aos montes, em qualquer uma das cidades que visitamos. 
Terra de castelos, de gente muito loira ou ruiva, com pele e olhos claros, simpáticos e solícitos, repleta de influência da mitologia céltica e duendes, dentre eles o leprechaun, que parecia um nome impronunciável e que alguns de nós só aprenderam a falar no último dia. Lugar que a cada dia conquistava mais um pedacinho de nossos corações e hoje nos faz suspirar de saudades.
A Mary Imaculate College, reconhecida internacionalmente como uma das principais provedoras de programas educacionais na Irlanda, foi escolhida pelas autoridades brasileiras como parceira e anfitriã. Participamos de palestras ministradas pelos professores do MIC, líderes em suas diversas áreas de educação; conhecemos um pouco mais sobre o hurling, esporte tradicional irlandês, visitamos escolas primárias, secundárias, escolas que atendem alunos com necessidades especiais, além de Universidades, tanto na Irlanda, quanto na Irlanda do Norte.
Poucas vezes na vida me senti tão reconhecida por minha profissão. Foram jantares cheios de pompa, banquetes em castelos, hotéis de luxo, encontros com prefeito, embaixadores, reitores, almoços em locais que recepcionam presidentes e até a rainha. Mas o mais importante foi constatar e reafirmar que temos sim uma profissão de valor que muito nos orgulha, que podemos fazer a diferença na vida de nossos alunos e contribuir para a melhoria da sociedade em geral.
Volto para casa cheia de novas experiências, repleta de cultura, com novos amigos e a certeza de que a educação ainda é a melhor opção para salvar nosso país!

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4 Comentários

  1. Parabéns, merecido o premio que recebeu! Ótimo texto que nos envolve na aventura e na esperança de um país melhor para todos nós!

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  2. Parabéns Pelo premio!!Encantada com seu relato!

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  3. A Irlanda é linda.
    Sabiam que o Titanic foi construído na Irlanda do Norte?

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