Rota Alto Limeira

Bom, no ultimo feriado (27), resolvi conhecer um pouco mais da minha cidade, de MTB! O trajeto escolhido foi todo o interior da Limeira. Saindo do centro de Alfredo pegamos 10km de asfalto, aonde havia muito movimento. De começo, estávamos pensando em subir todo o Riozinho, mas modificamos o trajeto sem saber aonde iriamos, para realmente conhecer. Pois já tínhamos feito a trilha do Riozinho algum tempo (recomendo muito).

A estrada estava com muitos buracos, poças e muita lama, de começo caçamos algumas laranjas que achávamos durante o trajeto e guardávamos na mochila, por sorte achamos um bar e compramos um bolo e outras comidas para comermos durante o trajeto, pois tínhamos imaginado que seria realmente muito difícil o acesso. Começando com muitos morros, avistando coisas que realmente achei que não poderia encontrar na minha cidade. A aventura foi tanta, que no meio do pedal quando ainda estávamos indo, já não havia mais aderência do meu pneu com o solo, pelo fato de ter tanto banhado, estava muito liso, me parecia que estava patinando no gelo. Quando nos tocamos, surge um novo desafio: Estavamos em 3 pessoas, porém, só eu tinha levado a lanterna e pelo horário, prevemos que iria escurecer muito antes do que imaginávamos. Com 20 km de percurso, fizemos uma parada de 25 minutos para comer e planejar o que iriamos fazer, já que andar sem luz tanto no asfalto quanto na estrada de chão é muito perigoso.

Não desistimos, subimos mais ainda até passar pela Escola da Limeira, e quando já tínhamos passado pela comunidade de São Vendolino pensamos em voltar pelo asfalto, que poderia ser um pouco mais rápido, porém, como tínhamos subido muito morro, queríamos nos vingar de tanta subida, e optamos pela estrada de chão, lisa, escura e com muitos obstáculos (Pedras, troncos de arvore, etc.)
Algo realmente muito gratificante, tivemos que montar um plano para que todos pudessem enxergar pois realmente estava muito escuro, todas aquelas descidas e banhados fizeram surgir mais um desafio: A corrente da minha bike já não conseguia mais girar pelo fato de ter muito banhado e não conseguia trocar minhas marchas, acontecendo o mesmo com o Vinicius, de primeira tentamos arrumar com alguns equipamentos que levamos na mochila, sem sucesso, pensamos em achar alguma poça para lavar, mas tinha que ser bastante água, pois estava muito suja a corrente e já não havia mais óleo nela, optamos em continuar assim mesmo até ver no que ia dar para chegar no rio, na Catuíra. 
Com muito sacrifício chegamos no rio para lavar as bikes e continuar nosso trajeto que já estava em 30km, muito escuro, fomos no asfalto, com o mesmo esquema e andando um pouco mais rápido para nos livrar, nossa próxima parada é uma ponte que tem próximo a um bar que não me recordo de quem, mas que nos levaria na comunidade das casinhas, algo que daria mais uns 7km de estrada de chão, não imaginávamos que seria tão legal, pois estava com muita lama novamente a estrada, e cada vez mais escuro, sem a lanterna não enxergávamos absolutamente nada, fomos devagar e fizemos mais uma parada de 10 minutos para comer o que nos restava (laranja, goiabada) assim, chegamos exaustos no centro com um pedal de 40km e por todos os imprevistos, mais de 4 horas de pedal. Algo que nunca irei esquecer, esse esporte nos faz ver tudo o que a natureza tem para nos oferecer, você se sente mais vivo.

Agradecendo a parceria do Vinicius Linder, e do Luis Felipe Pereira que foi muito guerreiro pelo fato de ter sido seu primeiro pedal.







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