Por trás daqueles muros

Um dia desses compartilhei uma crônica sobre o Silva Jardim, ela era de 2009, cheia de sentimentos e recordações. Eu escrevi esse texto em meu primeiro ano trabalhando na escola, agora estou no 8º, já me sinto uma veterana, mas sei que ainda tenho muito que aprender.
Eu não pretendia ficar tanto tempo, mas acabei me apaixonando por tudo aquilo e fiz da educação o meu caminho a trilhar e junto dela caminharei até o fim.
Aprendi demais no Silva Jardim, meus antigos mestres se tornaram colegas. Colegas se tornaram irmãos e um pedaço da minha vida está lá dentro.
Lá vibrei com conquistas, mas já sofri muito também, por meus erros... e errei muito. Fui imatura, intempestiva, não soube a hora de ficar quieta, de recolher o time de campo. Sou dessas pessoas passionais que levam tudo a ferro e fogo. Culpa do meu signo... coloco o coração em tudo e isso nem sempre é bom.  
Com tantos erros, algumas coisas eu aprendi, sou uma pessoa melhor hoje, mas também menos pura. Acho que quando a gente perde a ingenuidade acabamos perdendo também um pouco da pureza, mas se faz necessário, é parte da evolução.
Já sentei no chão da minha sala e chorei inconsolavelmente, já chutei mesas e cadeiras, já quis trucidar alguns de meus colegas, mas também já sorri até chorar, gargalhei, estive tão feliz que parecia que não cabia dentro de mim. Eu amei muito no Silva Jardim... amei pessoas, momentos, criei novas memórias para serem somadas as antigas e aumentar ainda mais o meu amor por aquele lugar.
Quem olha de fora não consegue imaginar tudo o que se passa lá dentro. Quantas vidas já passaram por aquelas salas, quanto já se aprendeu naquele lugar, nem quão feliz se pode ser por trás daqueles muros. 



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