A viagem sem si não é longa, entre Copacabana e Puno, o que a deixou
longa foi a falta de luz na parte boliviana da imigração. Fui tratada mal por
lá também, única vez em todo o território boliviano.
A cidade de Puno não é muito bonita, mas é imensa – confesso que com
toda a expectativa de chegar ao Peru, me deparar com Puno que lembrava La Paz
pelas construções - tipo favelão - foi
meio decepcionante. Encontramos um hotel, fizemos cambio de dinheiro e não
tivemos nem forças para encontrar algo para comer, comi uma Pringles e uma Inka
Cola – amor à primeira vista, digo, no primeiro gole, nem sei quantos litros
desse refrigerante bebi nessa viagem.
No dia seguinte fomos conhecer as Ilhas Flutuantes de Uros, que são
habitadas por uma das comunidades mais antigas do lago. Os índios Uros já
habitavam a região do Titicaca antes dos incas. São cerca de dois mil índios
que vivem em 40 ilhas flutuantes, feitas de junco e totora, um material leve,
flexível e resistente com que constroem suas casas e barcos.
O caule dessa planta, que serve também de alimentação tem que se
substituído de tempos em tempos para manter as ilhas sobre o lago; isso não
significa que elas sejam fixas, pois as mesmas se movem de acordo com os
ventos. As casas são leves e fáceis de mudar de lugar – quando os membros de
uma família brigam, é comum pegar a casa e carrega-la para outro canto da ilha.
Assim como, quando se casam, é fácil construir um novo lar.
Fizemos a viagem de barco é claro, e com um guia super divertido, que
nos explicou tudo sobre as ilhas. Eles vivem basicamente do turismo, então, são
muito simpáticos com os turistas esperando que comprem o máximo possível de artesanatos.
Na ilha é possível se vestir como os nativos – fiquei linda, só que ao
contrário, vestida como eles. Conhecemos duas ilhas, uma mais familiar onde o
seu presidente – toda ilha tem um – explicou tudo acerca da ilha e era também onde
tinha o artesanato para comprar. Nessa ilha a gente deu uma volta no Titicaca
em um barco feito de totora. Foi nesse passeio que tirei uma das fotos mais
lindas de toda a viagem – aquela com a indiazinha peruana. Nesse barco que
conheci também um casal formado por um boliviano e uma peruana que vivem em
Berlin, combinamos de nos reencontar em Cusco ou Lima, porém uma série de
incidentes – que contarei nas próximas páginas - acabaram dificultando a ação.
Na segunda ilha assim como acontecia na parte boliviana do Titicaca
podíamos comer a famosa truta, então aproveitei para almoçar. Retornamos para
Puno para de lá eu seguir para Cusco e Male para Lima. Mais uma vez eu seguiria
sozinha.
Tivemos que sair meio apressadas do hostel e estava com poucos Soles,
não existiam muitos horários disponíveis para a tarde e eu acabei comprando uma
passagem por 15 Soles – a média era entre 30 e 50, sendo assim não existiam
turistas no meu ônibus, apenas muitas famílias de peruanos com suas crianças.
Foi uma viagem longa, e metade dela passei com Michelle dormindo em cima de mim
– uma garotinha peruana de 7 anos que estava com seus pais, sentou do meu lado
e parecia o burro falante do Sherek perguntando de minuto em minuto se já
estávamos chegando, isso é claro antes de dormir e cair no meu colo.
Para conferir o destino anterior clique aqui!
Para conferir o próximo destino clique aqui!
Para conferir o destino anterior clique aqui!
Para conferir o próximo destino clique aqui!
1 Comentários
Nossa, que viagem em? É um sonho meu conhecer lugares fora do país! Amei a postagem, beijos!
ResponderExcluir