Estávamos no saudoso ano de
2011, aquele do álbum que se chamava Girls Just Wanna Have Fun e realmente,
foi um dos anos que mais me diverti na vida, apesar de já ter mais de 20 anos
eu me sentia uma adolescente, cantando “Teenage Dream”, sonhando com meu príncipe
encantando – em mais um dos meus eternos amores platônicos - e procurando
remédio na vida noturna – desculpe pela decepção – bem no estilo boate azul.
Eu e Marina, minha grande
amiga, colecionamos histórias – e fotos - para contar esse ano, sempre que nos
encontramos e colocamos o papo em dia passamos bons momentos em meio às
gargalhadas relembrando fatos pitorescos de nossas aventuras, algumas dessas
gargalhadas sempre nos remetem a viagem até BC.
Nossa viagem foi curtinha
mais aproveitamos muito. Saímos de Alfredo na sexta a noite e assim que
chegamos a BC fomos jantar em um restaurante temático, lá dentro parecia que
estávamos na década de 50, todo o mobiliário, as roupas das garçonetes e até
mesmo as músicas remetiam aquela época, foi lá que paguei o couvert artístico mais
caro de minha vida, já que estamos falando da década de 50 o couvert era tão
caro que provavelmente eu compraria um ingresso para o show do Elvis Presley,
primeira fila.
Naquela noite por cansaço,
já que tínhamos trabalhado o dia todo – antes de ir viajar -ficamos em casa, estávamos
hospedadas no apartamento da tia da Ma e tivemos como grande anfitrião, Edinho
... - isso mesmo, Édio Sofka do Fake Tablóide.
Sábado
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ü Mojito
Quando finalmente entramos nossas
amigas permaneceram conosco, elas eram frequentadoras assíduas do Enjoy e perto
delas nos sentíamos em casa – hahahaha – ficamos perto do bar, após a terceira
doze de vodka e o marasmo que nos cercava resolvemos que estávamos em um lugar
péssimo e que precisávamos tomar tequila. Pedimos uma dose, descemos e nada
mudou, despois de uns 15 minutos resolvemos tomar mais uma, no balcão mesmo tomamos
a segunda e pedimos a terceira, eu me sentia intocada pelo álcool, fomos para a
pista dançar e Marina começou a sentir dores nos pés devido ao salto, então
como sou uma pessoa boa resolvi que aceitava trocar de sapato com ela e foi ai
que tudo desandou, quando abaixei para tirar meu sapato.
ü Pina Colada
ü Mojito
ü Vodka
ü Tequila
Vocês podem prever o resultado, não é mesmo?
Pois é, quando levantei Enjoy já girava ao
meu redor, dai em diante foi só tragédia.
Banheiro -> pessoas sem
classe quase colocando a porta abaixo devido à demora -> Marina rindo da
minha cara e tirando fotos -> encontrei uma coisa nojenta no vaso que me fez
vomitar mais -> sair do banheiro e ser xingada “face a face”.
Mas como de tudo se tira uma
lição, dessa situação eu tirei uma boa – não, não é sobre saber qual o limite
para beber. Saindo do banheiro um argentino que, contrariando tudo o que
sabemos sobre a espécie, era bonito quis me beijar, ficou encantado com minha
beleza - coitado - e parecia estar
obstinado a conquistar meu beijo e jamais desistiria, foi quando olhei bem no
fundo dos olhos dele e disse: "Queres mesmo me beijar? Acabei de vomitar um
monte!" Foi tiro e queda, ele praticamente saiu correndo. Tipo como na fábulas eu
aprendia uma lição com isso tudo... “Ninguém que beijar após o vomito, use isso
a seu favor”.
Depois de ficar sentada
recuperando as forças e me livrando de tudo que estava preso na garganta
huahuahuahu decidimos ir embora a pé, pela praia.
Qualquer pessoa com o mínimo
de bom senso não teria escolhido essa opção, mas bom senso não era bem nosso
estilo aquela noite. Eu fui pelo mar, para me curar, Marina foi rindo pela
areia. Paramos para descansar em umas cadeiras esquecidas na praia, eu quase
dormi e depois seguimos a viagem, quando percebemos já estávamos a uns 500
metros além do apartamento, voltamos e subimos. Para entrar toda aquela cena de
filme de bêbado onde a pessoa tenta não fazer barulho. Eu tinha cerca de um
quilo de areia na roupa, e tive que lavar minhas pernas antes de desmaiar.
Ps: Todas essas etapas foram fotografadas, mas as fotos não merecem ser divulgadas.
Domingo
Almoçamos em casa e quando
fomos para a rodoviária para voltar para casa descobri que eu não tinha lavado
minha identidade, sendo assim teríamos que voltar em um ônibus que passa mais
tarde e perderíamos o bus para aw, alguém teria que nos buscar em Floripa, a
noticia não agradou a ninguém e Suzanne e Evandro que pagaram o pato, tendo que
ir nos buscar em Floripa, foi triste e a culpa foi completamente minha.
Fora isso foi um final de
semana perfeito, onde fomos ricas – sim, gastamos rios de dinheiro em BC e
sempre vamos lembrar desse final de semana como o final de semana em que fomos
milionárias e felizes.
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