A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones é o terceiro vértice no
triângulo defensivo projetado pelo brigadeiro José da Silva Paes para defender
a entrada norte da Ilha de Santa Catarina. A construção da fortaleza começou em
1740 e foi concluída quatro anos mais tarde na ilha de Raton Grande, nome dado
pelo explorador espanhol Cabeza de Vaca por a ilha se assemelhar ao formato de
um rato.
Contam os rumores que durante a invasão espanhola de 1777, quatro tiros
foram disparados pela fortaleza contra a esquadra inimiga. Mas foi em vão, já
que a ilha foi tomada sem grandes resistências. Quando os espanhóis devolveram
a ilha à Coroa Portuguesa por meio do Tratado de Idelfonso, as fortalezas foram
deixadas em descrédito e praticamente abandonadas. Ratones volta a ser
utilizada somente em 1893 durante a Revolução Federalista, quando os rebeldes
contrários ao governo de Floriano Peixoto usavam as instalações como abrigo. O
Governo tomou posse novamente da fortaleza e, depois de expulsar os revoltosos,
entregou a fortaleza à Marinha Brasileira. Esta usou a fortaleza de Santo
Antônio de Ratones como Lazareto – local onde se abrigava pessoas contaminadas
por doenças contagiosas – e permaneceu em tal função até o século XX.
Quando a campanha para a restauração da fortaleza começou, foram
encontradas duas ossadas humanas atrás dos Quartéis de Oficiais. Assustados, os
trabalhadores se recusaram a continuar a restauração. Por meio de investigações
arqueológicas, descobriu-se que as ossadas pertenciam a dois de doze
sepultamentos que ocorrem enquanto a fortaleza era utilizada como lazarento
para portadores de cólera. Em 1938, a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones foi
tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Após a UFSC tomar posse
da gerência da fortaleza, por meio do Projeto Fortalezas em 1990, Ratones teve
seu processo de restauração iniciado e concluído no ano seguinte.
O que você vê por lá
Seus principais edifícios estão
implantados em uma linha de um único terraplano, guarnecidos pela encosta e
voltados para o mar. As edificações mais significativas são a Portada, a Fonte D’Água e
o Aqueduto. Além de seu expressivo acervo
arquitetônico, a Ilha de Ratones Grande apresenta uma paisagem natural
exuberante, formada por Floresta Atlântica. Possui uma trilha destinada à
prática do turismo ecológico e educação ambiental, permitindo a
integração dos visitante aos ambientes marinhos e de Floresta Atlântica e à
fauna associada a este ambiente.
Principais edifícios:
Casa do Comandante: A construção abriga hoje a exposição
“Fortalezas Portuguesas”, que mostra fotografias de diversas fortificações que
já pertenceram à Coroa Portuguesa.
Quartel da Tropa: É casa da exposição permanente “Fortaleza de Santo Antônio – Retrospectiva”, uma exposição de fotos que conta a história da restauração da fortaleza.
Quartel da Tropa: É casa da exposição permanente “Fortaleza de Santo Antônio – Retrospectiva”, uma exposição de fotos que conta a história da restauração da fortaleza.
Portal de Entrada: Possui uma rampa em curva que dá acesso
à fortaleza. Originalmente possuía também uma ponta elevadiça sobre um fosso de
três metros de profundidade.
Trilha Ecológica: A trilha de Mata Atlântica, que faz parte de uma área de preservação, permite que o visitante entre em contato com ambientes marinhos, fauna e flora associada a esses ambientes.
Trilha Ecológica: A trilha de Mata Atlântica, que faz parte de uma área de preservação, permite que o visitante entre em contato com ambientes marinhos, fauna e flora associada a esses ambientes.
Projeto de Criação de Mexilhões: Florianópolis
é conhecida pela produção de ostras, mariscos e mexilhões. Um dos maiores
criadores de mexilhões da ilha localiza-se entre a ilha de Ratones e o bairro
de Santo Antônio de Lisboa.
Fonte D’Água: Um sistema de
aqueduto é responsável pelo abastecimento de água potável para a fortaleza e
ilha.
Localização e forma de acesso
Localizada na Ilha de Ratones Grande na Baía Norte de Florianópolis, é
possível chegar à Fortaleza de Santo Antônio de Ratones por meio de escunas que
saem do ponto próximo à Ponte Hércílio Luz ou do Trapiche da Beira-mar ou do
trapiche da praia de Canasvieiras.
Ainda é possível chegar ao local pela praia de Sambaqui, localizada a 15
Km do centro de Florianópolis.
No local, denominado Ponta do Sambaqui, há barqueiros que fazem a
travessia de aproximadamente 3 Km.
As escunas partem de diferentes pontos:
Centro de Florianópolis: embaixo da Ponte Hercílio Luz e Trapiche da Beira-mar Norte;
Norte da Ilha: Praia de Canasvieiras e Sambaqui;
Próximo de Floripa: Governador Celso Ramos.
O passeio dura seis horas e custa em média R$ 45 por pessoa.
Horário de Funcionamento
Baixa temporada (de abril a novembro): diariamente das 9h às 17h.
Alta temporada (de dezembro a março): diariamente das 9h às 19h. As embarcações poderão atracar na ilha até as 18h.
Valores de entrada
Ingresso: R$ 8 inteira e R$ 4 meia-entrada (com identificação).
Ingresso duplo (visita à Ratones e Anhatomirim): R$ 10 inteira e R$ 5 meia-entrada (com
identificação).
0 Comentários