Floripa, Baby!
Bom esse foi o primeiro ano desde 2009 que não dei ao menos uma
passadinha no Rio no verão. Todos sabem o quanto sou apaixonada por aquela
cidade, mas esse ano eu passei alguns dias pensando que eu era "ryca" em NY então
o máximo que pude fazer com o que me sobrou, depois de tragicamente perder
minha carteira com toda a fortuna que tinha me restado, foi ir pra Jurerê
internacional. Uhahuahuauh Ok, nos hospedamos em Canas, mas nosso destino era o
P12 em Jurerê, para o show de despedida da minha banda favorita.
01/02 – Fogo no ônibus
Bom, fui de ônibus pra Floripa, já que meu motorista particular
encontrou um emprego no qual ele recebe. Chegando lá Pamela, minha cunhada, estava me aguardando na rodoviária, já estava bastante preocupada, pois haviam rumores sobre uma greve dos motoristas de ônibus, devido a alguns ataques, alguns ônibus estavam sendo incendiados
e os motoristas em forma de protesto só rodariam até certo horário. Quando eu
cheguei os ônibus não estavam mais rodando e a casa da Pam fica um pouco longe
do centro, logo tínhamos duas opções... dormir no terminal ou sair pelo centro
procurando algum lugar com vaga para dormirmos... porém algumas pessoas que
também estavam esperando no terminal ainda acreditavam que teria mais um
horário de ônibus, então esperamos uma pouco e eu comentei no face o
acontecido. Foi nesta hora que um anjo de cabelos encaracolados e olhos claros
me salvou. Eu já estava com medo de aguardar no terminal, pois tudo indicava
que ocorreria algum tipo de briga por ali, para agravar ainda mais o bloco do
Berbigão do Boca ainda estava passando aquele dia, então o fluxo de gente bêbada era intenso, mas Guiga leu meu relado
desesperado no face e enviou Júlia para me salvar. Marcamos de nos encontrar na
rodoviária.
Assim que Júlia desceu do carro ela disse: "Eu quero um agradecimento
especial no seu blog, pois eu vim te salvar."
Me senti muito orgulhosa aquele
dia, eu tinha quase uma fã, bom, ao menos uma leitora! Pois bem, devo tudo
desta viagem a Júlia, pois se não fosse por ela eu não sei nem se eu estaria
aqui para escrever esse relato. Obrigada Jú, agradeço também ao Nado!
Como não sabíamos se no dia seguinte haveria ônibus achamos mais
prudente eu dormir na casa da Jú, então levamos Pam em casa e eu fui finalmente
conhecer a nova residência da minha amiga e agradecer pessoalmente Guiga, sempre
muito atenciosa e protetora.
Chegando lá conheci Frank, uhauhauhauhauha ele é muito engraçado, no
fim ele fica até bonito, mas não deixar de ser engraçado. Comemos, conversamos
sobre casamentos, Castle, Grey´s e Friends e depois fomos dormir, no outro dia
cedo eu teria que pegar um ônibus sozinha até o centro, para encontrar Aline e
Cassiano que chegariam de ônibus e lá estariam me aguardando.
02/02 - Alzheimer
Acordei mega cedo, com uma mensagem da Aline, avisando que já me
aguardava na rodoviária... com todo o encanto que se faz presente em mim toda
vez que acordo de madrugada (só que não) li a mensagem e me levantei. Recebi
orientações de Guiga que tinha acordado para ir ao banheiro e sem maiores
problemas peguei um ônibus sozinha em Florianópolis pela primeira vez. (Somem,
3ª capital que faço isso, sou ou não sou uma mocinha? Hehehe)
Chegando na rodoviária, encontrei Aline. Nosso primeiro encontro do
ano, entreguei a ela as lembranças que eu trouxe da viagem e aguardamos
Cassiano. Bom ele foi a surpresa da viagem... eu já o conhecia há muitos anos,
dos tempos do Orkut, mas na verdade não tinha muito contato com ele, bom... eu
não sabia o que estava perdendo. Cassiano é um ótimo companheiro de viagem e
tanto eu quanto Aline esperamos que em breve ele nos acompanhe em mais alguma aventura.
Assim que ele chegou pegamos um ônibus e seguimos até Canas. Desta vez
não sofremos tanto com o sistema rodoviário da ilha quanto em outras visitas,
acho que estamos nos acostumando com a bagunça, mas o fato é que chegamos
rápido até o Canasvieiras Hostel, nos trocamos e em algum minutos já estávamos na
praia.
O dia estava perfeito para curtir o sol com o som das ondas do mar
quebrando na areia. Rimos muito, e a partir de um certo momento eu tenho apenas
alguns flash's de memória. Acho que estou ficando doente, mas lembro de risadas,
cerveja, mar, cerveja, sol, cerveja, chapéu voando, cerveja, algo sobre geografia,
cerveja, barriga grande, cerveja, Mila chegando, cerveja, sol, cerveja, mar, cerveja,
balanço do mar, cerveja, vômito, talvez mais cerveja, enfim... acho que comi
alguma coisa que não me fez bem.
Quando vimos já passava da hora que deveríamos ter ido para o hostel
nos arrumar para o show. Com a graça de Deus cheguei até o Hostel e lá
encontramos Cucah e Mery que nos acompanhariam ao P12. Tomei banho (lembro
vagamente), depois tive ajuda de alguma alma amiga para pentear meu cabelo,
neguei seca-lo, ou arruma-lo como as pessoas normais fazem, neguei também me
maquiar, meu único pedido era ME DEIXEM DORMIR EM PAZ. (Sério nunca mais vou
comer na praia).
Almoçamos um pastel, (que também me fez mal) e de táxi fomos até
Jurerê, baby. (Ta, eu tenho que parar de falar baby nesse texto). Chegando eu
tentei disfarçar que estava bêbada, digo passando mal... pois eu conhecia todo
mundo e estava com vergonha, não deu. Até que me comportei bem, até que devido
ao aperto e ao calor, passei mal novamente, bem em frente ao palco, onde aguardávamos
o show começar, bom, foi uma tragédia. Posso falar em carne moída e água no
chão? Não né? É um pouco rude dar detalhes, mas graças a Deus existia algumas
pessoas de tênis, então nem todas as pessoas ali da frente queriam me matar.
O show foi maravilhoso, porém minha ressaca começou durante ele. Adal
tocava a bateria dentro de minha cabeça e cada vez que eu pulava eu tinha a nítida
sensação de meu meu cérebro estava solto dentro de minha cabeça. Enfim... mesmo
assim foi muito bom e muito emocionante, foi lindo.
Neste dia iriamos entregar o livro que escrevemos para a banda,
contando um pouco de nossa história como fãs. Assim o fizemos e pra completar
ainda fomos recepcionados no camarim. Bom Paula não sabia que eu estava um
pouco suja de vomito e talvez por esse motivo me recebeu muito bem. Disse que
eu cresci (ainda me pergunto se ela estava camufladamente me chamando de gorda... ?)
e até me deu um beijo. =)
Voltamos para o hostel de táxi e foi um alivio quando desci, pois só
deus sabe o quanto eu conseguiria segurar sem sujar o carro do pobre taxista,
diga-se de passagem muito inteligente, que falava sobre politica, medidas de
segurança e conhecia de perto os anseios, desafios e aflições dos professores
de Santa Catarina.
Chegando no hostel eu só queria dormir um pouquinho. Mila, eu e Aline estávamos
no mesmo quarto e há semanas eu e Aline tínhamos combinado que sairíamos para fazer alguma coisa nessa
noite. Infelizmente ao tentar sair eu fiquei ainda pior e tive que voltar ao
quarto, mas não sem antes dar uma passada no banheiro. Aff quanto
arrependimento. Mila e Aline foram sozinhas e eu dormi.
Ao acordar, quando as duas voltaram acho que o remédio que eu havia
tomado antes tinha finalmente feito efeito, eu já estava me sentindo melhor. Mas o remédio não me livrou de ouvir um sermão da Aline sobre não conhecer os próprios
limites com a bebida, ouvi, pois sei que mereci e fico feliz por Aline ter
aprendido os dela, vide Garopaba. Conversamos um pouco e logo fomos dormir,
pois Mila tinha seu voo marcado logo para as primeiras horas da manhã.
03/02 – Novamente as pedras
Logo que acordamos fomos conversar com Mery e Cucah. Também ouvi
piadinhas quanto ao álcool no quarto delas, vi o livro (ainda não tinha visto
depois dele sair da gráfica) e depois fomos tomar café. É sempre muito bom
conversar com as duas únicas “pessoas de Curitiba” que gosto. =P
Depois fomos dar uma volta na praia e aguardar Cassiano e Rafael
chegarem até Canas, o que demorou uma eternidade e meia. Mas foi um tempo bem
aproveitado, colocando o papo em dia e curtindo as belezas da praia mais
argentina da ilha. Pensamos em ir a um passeio no barco pirata, infelizmente
nossos horários estavam um pouco bagunçados e fomos obrigadas a deixar para a próxima.
Quando os guris chegaram fomos almoçar, Mery e Cucah resolveram tomar
um sorvete. Foi na churrascaria onde almoçamos que conhecemos uma das
expressões mais usadas na tarde de domingo que estava por vir, Beth Farias. Enfim...
uma ótima colocação sempre! No almoço também conhecemos a queda de Rafael por
garçons e constatamos que temos o par perfeito para o Cassiano, não é mesmo
Aline?
Depois nos despedimos das gurias e fomos para a praia, sem a intenção de
entrar no mar.
Como a principio ficaríamos apenas na areira, Cassiano teve a
brilhante ideia de ir de short. Mas o mar nos convidava para um mergulho, então
logo surgiu a necessidade dele por uma sunga, logo, percebemos que não existia
nenhum bar com banheiro na praia ou qualquer outro local que serviria de vestiário
para ele... fomos procurar pelas proximidade e não encontramos, então a única saída
encontrada por mim era ele ir trocar de roupa escondidinhos nas pedras do Luciano(lembram de uma trilha em Canas? Que parecia o caminho para o inferno? Essamesmo), e assim fizemos, andamos quase 1 km até lá e Cassiano se trocou enquanto
eu vigiava. Trabalho perfeito. Retornamos.
Passamos a tarde tomando água de coco, ou qualquer coisa sem álcool (pelo
menos eu), e avaliando quem passava pela nossa frente. Também passamos algum
tempo pensando com quem nossos amigos se pareceriam no futuro. Bem... huauhauha
tínhamos que voltar para casa.
Nos arrumamos no hostel e de táxi (desta vez no táxi de um cara que
supostamente viu a Madonna em Jurerê e também bate em argentinos que não sabem
se comportar como gente normal. Sim, bater deve ser normal. Pra ele.). Na rodoviária
nos despedimos de Rafael e Cassiano. E foi neste momento que Aline realizou um
de seus maiores sonhos, conhecer Dona Vera, um dos ícones Alfredenses. Foi um
encontro cheio de emoção. Huauhauha
Retornei para Alfredo já sonhando com nossa próxima viagem, mas já
sabendo que ela não deveria ocorrer em breve, pois o restante de minhas férias
séria em um workshop para aprender como as pessoas vivem sem ter nem um centavo
no bolso.
Carol Pereira
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