Era Dezembro e o Rio de Janeiro
receberia a minha visita pela quarta vez naquele ano. A sexta feita começou
turbulenta em Alfredo Wagner, eu teria que trabalhar até as 22 e nem tinha
arrumado as minhas malas, nem pego minhas fantasia.
A viagem tinha dois motivos
especiais, ir até Niterói buscar meu visto e ir à festa de aniversário da MP
mais experiente, Vanessa. Por coincidência Kid Abelha marcou shows no Rio na
mesma data. Eu não iria a nenhum deles, porém... bom, deixa eu contar a
história.
Henrique me levou ao aeroporto
ainda no dia 14, e meu voo era apenas as 5:10 da manhã, ou seja... novamente eu
mofaria naquele lugar. Meu querido irmão, como sempre inventa algo no mesmo dia
que já tem compromisso comigo, o motivo desta vez foi uma formatura em outra
cidade, ele só me levaria pra Floripa se fosse antes das 22, logo tive que
praticamente fugir do colégio, mas como eu realmente só estava lá cumprindo
horário não tive problemas. Eu teria que pegar minha fantasia ainda, antes de
seguirmos, mas eu não conseguia estabelecer contado com Isadora , enfim, após
enviar 300 torpedos para todos os cantos do Brasil tentando obter um solução
Isadora reaparece, passado o sufoco pré viagem, segui, com os cabelos ainda
molhados para o Hercilio Luz, para lá aguardar apenas uma eternidade e meia,
aproveitei o tempo para editar o SJ Notícia 3 e também para adiantar um
trabalho de politicas publicas.
15/12 – Uma sereia do fundo do fundo do Mar
Cheguei ao Rio ainda era escuro,
e eu teria que pegar um ônibus sozinha, percebi que tinha alguma coisa errada. Sem
querer me achar, mas sempre recebo elogios no Rio e desta vez nada. Uhahuahua
Até um cara olhar pra mim e falar “Nossa, essa sereia veio do fundooo, do
fundoooo do mar” e riu. Achei ele meio irônico e logo vi meu reflexo no vido de
uma porta; PELO AMOR DE DEUS, parecia que eu era uma assombração do Pérola
Negra, meu cabelo era a imagem da desgraça. Uhahuauha
Foi a primeira vez que peguei
ônibus sozinha no Rio, o 760, pedi ajuda a um senhor simpático e me senti orgulhosa
ao descer na Lopes Trovão. Era muito cedo quando cheguei e na rua só tinha
algumas senhoras com seus cachorros, após ser olhada de cima abaixo por elas e
provavelmente ser tachada de puta pobre (já que eu tinha derramado coca na
minha camiseta, e meu cabelo, bem meu cabelo tinha vida própria) Aline e Raíssa
finalmente chegaram. Eu tava morrendo de medo que elas já quisessem sair
doidas, passeando pela cidade (Eu nem tinha dormido), mas o medo passou quando
Aline disse: “Olha Carol, nós vamos voltar a dormir” uhahuahua foi como se
fosse música para os meus ouvidos, abri um largo sorriso e disse: “tudo bem!”. Passamos
na padaria e depois caímos nos braços de Orfeu, é claro antes papiamos um pouco
antes, mas pouco mesmo, pois o sono nos consumia.
Nosso destino noturno era a Barra
da Tijuca e para economizar também iriamos de ônibus, embora eu tivesse um
pouco de medo.
Eu não iria ao show do Kid,
estava economizando para minha viagem das férias de Janeiro, mas Raíssa e Aline
me deram o ingresso de presente! Uns amores minhas amigas não é mesmo minha
gente? E nesta viagem ainda ganhei o ultimo CD que faltava pra minha coleção! O
TOMATE. Definitivamente, final de semana Carol Toller!
Ps: Hugo ficou com os novos amigos no show, fiquei quase magoada.
Os seguranças cortaram logo nossa
ideia de tentar camarim e percebi que pra minha entrada ser facilitada nesses
lugares eu deveria investir em novos peitos, isso mesmo, com silicone tudo fica
mais fácil.
Dentro do carro conhecemos
“Renata, piloto de fuga” que após perder o cartão do estacionamento... como um
gatoooo, conseguiu passar na mesma “levantada de cancela” do carro da frente.
Senti medo, mas chegamos vivas a Icaraí!
16/12 – Dia da festa
Aguardávamos ansiosos a chegada
de Tio Mauro, Tia Márcia, e Fernanda a namorada de Iago, que finalmente
conheceríamos. Assim que eles chegaram fomos almoçar. No restaurante, além de
rir muito com Tia Márcia que estava muito empolgada com minha viagem pra NY,
Tio Mauro ainda tocou novamente no assunto “Livro nunca devolvido” da Aline.
Quando chegamos em casa, o maior
dilema da viagem: Aline naquele momento, ganhou a promoção com direito a
ingresso, entrada e acompanhante no camarim do show do kid que aconteceria
aquele dia. E agora? Ir a festa? Ir ao show? Que merda.
Normalmente é o sonho de todo fã
ganhar uma promoção dessas, mas naquele dia foi quase um castigo. Não
poderíamos perder, mas e a Festa da Vanessa? Tivemos que por tudo em uma
balança, a mídia dizia que o Kid Abelha acabaria e afinal fomos unidos por essa
banda... Mas Vanessa já tinha nos convidado a uns dois anos.

Divertimos-nos muito enquanto nos
arrumávamos e só quando eu estava quase pronta percebi o quão curta era minha
fantasia. Era uma Branca de Neve bem promiscua! Eu ainda não tinha o laço, mas
resolvi com a alça de uma sacola. Muita classe! =P
Chegamos à Festa de Taxi e estava demais. Eu queria que os minutos se arrastassem para não ter que ir logo pro show. Ver nossas fotos no painel, junto com as pessoas mais importantes da vida da Vanessa foi lindo. Logo Hugo se juntou a nós! Foi uma pena, aproveitamos muito pouco da festa. Não sei se hoje eu teria optado em ir ao show. Logo quando o pessoal começou a dançar deu nossa hora, nos trocamos (eu estava usando uma roupa da Aline, pois não tinha mais roupas em minha mochila), despedimo-nos do povo e de táxi fomos para a Barra.
Terminando o show fomos tentar
entrar, novamente o silicone nos fez falta, mas tínhamos ganhado a promoção,
logo não deveríamos encontrar tantos problemas. (ainda não sei se todos
realmente sabiam dessa promoção). Renata entrou conosco, e depois de sermos
enroladas pelos seguranças finalmente entramos no camarim. Paula foi muito simpática,
nos perguntando sobre qual dia mais gostamos. (não sei se ela gostou de ouvir
que tinha sido o show do dia anterior) enfim tiramos nossa foto e fomos para o
aeroporto. Meio realizadas, meio com o coração partido por ter saído antes da
festa.
No aeroporto meu notebook sofreu
um acidente, eu fiquei muito triste, mas foi uma fatalidade e hoje eu quase (eu
disse quase) riu do incidente.
Dormimos em um banco do aero, conforto era tudo
que não se tinha naquele lugar. No outro dia de manhã voltei pra Floripa.
A muitos anos eu não me sentia
tão fã do Kid Abelha quanto nesse final de semana. E ir ao Rio é sempre muito
bom, rever meus amigos e além disso minha irmã, é claro que fazer isso em
companhia da Aline é ainda mais bacana. Sinto saudades do Rio, em janeiro.
Carol Pereira
Carol Pereira
1 Comentários
bota o silicone viu... hahaha
ResponderExcluir