Muita gente sabe que eu essa semana fui atormentada por uma música gaúcha, ela não saía da minha cabeça, por isso resolvi pegar a letra dela, para pelo menos cantar direito. A música é bem bonita mesmo, mas mostrando para algumas pessoas percebi que ninguém entende quase nada. Então, usando meus conhecimento gaúchos,(e a ajuda do Google) resolvi fazer uma tradução
Gritos de liberdade
Minuano tironeando a venta dos tauras,Relincho de baguais, faiscas ao ventoO brado terrunho do punho farrapoNum bate cascos medonho ao relento
Peleando em favor da pampa a pilcha sovada em tirasMarcando fronteira, provou lealdadeLivrando os trastes da campa na ventania rusguentaPranchando adaga a gritos de liberdade
Vento, cavalo, peão, marcas de cascos no chãoFronteiras em marcação, nosso ideal meu rincão
Em noites em que o minuano assusta os cavalosEscuto o tropel dos centauros posteirosAlmas charruas cavalgam coxilhasGuardando as fronteiras do sul brasileiro
Tradução
Minuano (Um vento muito frio e seco, no Sul do Brasil, se manifesta em meses de inverno.) tironeando (Amansar, ensinar) a venta (Nariz) dos tauras (Diz-se do indivíduo valente, guapo, arrojado, destemido, valoroso, forte. ).
Relincho de Baguais (o cachorro late, o gato mia, e o cavalo relincha, o Bagual um cavalo reprodutor, animal não castrado) faiscas ao vento.
O brado (grito) terrunho (terra, terreno, torrão) de punho farrapo (sei, farrapos, liberdade honra e terra, algo assim, gritar por liberdade, a luta dos gaucho por seus ideais).
Num bate casco medonho ao relento (seria o barulho que os cascos do cavalo fazem ao tocar o chão, era feio, e a noite uhahua).
Peleando (Trabalhando) a favor da pampa (Planície extensa coberta de vegetação rasteira, tipo, onde os caras criam os bois...) a pilcha ( bombacha, lenço chapel, isso é a pilcha do gaúcho, um homem vestido assim é dito como um homem apilchado.) sovada ( quer dizer gasta, usada, velha, uma coisa “em farrapos”) em tiras.
Marcando fronteiras provou lealdade (é o que se lê)
Livrando os trastes (para mim traste é uma pessoa que não presta, mas na musica eles deviam prestar) da campa (Pedra ou lousa que cobre a sepultura) na ventania rusguenta (barulhenta).
Pranchando (bater de lado) adagas ( Arma branca de lâmina larga, curta, com um ou dois gumes e pontiagudos) a gritos de liberdade. (Lutas por liberdade (y))
Vento, cavalo, peão, marcas de cascos no chão. (Ta, isso vcs entendem né, senão o único jeito vai ser eu desenhar)
Fronteiras em marcação, nosso ideal meu rincão (rincão = Lugar abrigado, cercado naturalmente por mato ou rio, recanto, refugío)
Em noites que o minuano assusta os cavalos (Ta, quem leu certinho lá em cima entendeu a frase né?)
Escuto o tropel (seria o barrulho dos cascos no dos cavalos fazem ao bater no chão)dos centauros (o que é um centauro? Então, o entrosamento do gaúcho com o cavalo é tão grande que chegam a ser quase centauros) posteiros (primeiros).
Almas Charruas (Charruas são Índios, que habitavam aquela região) cavalgam cochilhas.(Campina com pequenas e grandes elevações, em geral coberta de pastagem)
(ta, interpretando esse verso, a luta se estende a tanto tempo, muitos já lutaram por fronteiras, ideais, são seus antepassados... e os índios,(antepassados tbem, inclusive meus, minha pele alva e branca, não revela isso ao primeiro olhar, mais minha arvore genealógica sim) todos lutando por um mesmo ideal).
Então, talvez pela minha visivel quedinha por historia, ou por outro motivos, por meu pai, sei lá, mas essa música me toca profundamente, e sua letra é muito linda.
Carol Pereira
Gritos de liberdade
Minuano tironeando a venta dos tauras,Relincho de baguais, faiscas ao ventoO brado terrunho do punho farrapoNum bate cascos medonho ao relento
Peleando em favor da pampa a pilcha sovada em tirasMarcando fronteira, provou lealdadeLivrando os trastes da campa na ventania rusguentaPranchando adaga a gritos de liberdade
Vento, cavalo, peão, marcas de cascos no chãoFronteiras em marcação, nosso ideal meu rincão
Em noites em que o minuano assusta os cavalosEscuto o tropel dos centauros posteirosAlmas charruas cavalgam coxilhasGuardando as fronteiras do sul brasileiro
Tradução
Minuano (Um vento muito frio e seco, no Sul do Brasil, se manifesta em meses de inverno.) tironeando (Amansar, ensinar) a venta (Nariz) dos tauras (Diz-se do indivíduo valente, guapo, arrojado, destemido, valoroso, forte. ).
Relincho de Baguais (o cachorro late, o gato mia, e o cavalo relincha, o Bagual um cavalo reprodutor, animal não castrado) faiscas ao vento.
O brado (grito) terrunho (terra, terreno, torrão) de punho farrapo (sei, farrapos, liberdade honra e terra, algo assim, gritar por liberdade, a luta dos gaucho por seus ideais).
Num bate casco medonho ao relento (seria o barulho que os cascos do cavalo fazem ao tocar o chão, era feio, e a noite uhahua).
Peleando (Trabalhando) a favor da pampa (Planície extensa coberta de vegetação rasteira, tipo, onde os caras criam os bois...) a pilcha ( bombacha, lenço chapel, isso é a pilcha do gaúcho, um homem vestido assim é dito como um homem apilchado.) sovada ( quer dizer gasta, usada, velha, uma coisa “em farrapos”) em tiras.
Marcando fronteiras provou lealdade (é o que se lê)
Livrando os trastes (para mim traste é uma pessoa que não presta, mas na musica eles deviam prestar) da campa (Pedra ou lousa que cobre a sepultura) na ventania rusguenta (barulhenta).
Pranchando (bater de lado) adagas ( Arma branca de lâmina larga, curta, com um ou dois gumes e pontiagudos) a gritos de liberdade. (Lutas por liberdade (y))
Vento, cavalo, peão, marcas de cascos no chão. (Ta, isso vcs entendem né, senão o único jeito vai ser eu desenhar)
Fronteiras em marcação, nosso ideal meu rincão (rincão = Lugar abrigado, cercado naturalmente por mato ou rio, recanto, refugío)
Em noites que o minuano assusta os cavalos (Ta, quem leu certinho lá em cima entendeu a frase né?)
Escuto o tropel (seria o barrulho dos cascos no dos cavalos fazem ao bater no chão)dos centauros (o que é um centauro? Então, o entrosamento do gaúcho com o cavalo é tão grande que chegam a ser quase centauros) posteiros (primeiros).
Almas Charruas (Charruas são Índios, que habitavam aquela região) cavalgam cochilhas.(Campina com pequenas e grandes elevações, em geral coberta de pastagem)
(ta, interpretando esse verso, a luta se estende a tanto tempo, muitos já lutaram por fronteiras, ideais, são seus antepassados... e os índios,(antepassados tbem, inclusive meus, minha pele alva e branca, não revela isso ao primeiro olhar, mais minha arvore genealógica sim) todos lutando por um mesmo ideal).
Então, talvez pela minha visivel quedinha por historia, ou por outro motivos, por meu pai, sei lá, mas essa música me toca profundamente, e sua letra é muito linda.
Carol Pereira
26 Comentários
Ameiiiiiiiiiiiiii o post, adoro esse código q o povo do RS fala...sim no meio dos meus XXXX do carioquês parece um código de vez em quando. E música quando gruda assim é fogo, nada faz sair da cabeça!!! Nos tempos de twitter impossível não saber q essa música foi o foco principal da tua semana né?
ResponderExcluiradoro
bjão
Grego total! huahauhauha
ResponderExcluirEu pensei que minuano fosse marca de algum produto de limpeza.
Beijos!
Muito legal, tchê?
ResponderExcluirTodo gaúcho ama sua terra acima de tudo e está sempre pronto para defendê-la.
1.Qualidades do Gaúcho
1.Hospitalidade
2.Coragem
3.Nativismo
4.Respeito à palavra empenhada
5.Apego aos usos e costumes
6.Cavalheirismo
Chimarrão
de Glauco Saraiva:
Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.
Trazes à minha lembrança,
Neste teu sabor selvagem,
A mística beberagem,
Do feiticeiro charrua,
E o perfil da lança nua,
Encravada na coxilha,
Apontando firme a trilha,
Por onde rolou a história,
Empoeirada de glórias,
De tradição farroupilha.
Em teus últimos arrancos,
Ao ronco do teu findar,
Ouço um potro a corcovear,
Na imensidão deste pampa,
E em minha mente se estampa,
Reboando nos confins ,
A voz febril dos clarins,
Repinicando: "Avançar"!
E então eu fico a pensar,
Apertando o lábio, assim,
Que o amargo está no fim,
E a seiva forte que eu sinto,
É o sangue de trinta e cinco,
Que volta verde pra mim.
Massssssaaaa!
ResponderExcluirAdorei esta parte besteirol e cultural do seu blog!
Abraços
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu amo essa e vc sabe disso...Adoro gaúcho, sua adoração pela sua terra.... E essa música do Grupo Rodeio traduz bem isso
ResponderExcluirMuito legal isso...
ResponderExcluirAdoro essa cultura Gaucha!
Oi, Carol. Sua postagem me ajudou muito. Muito obrigada. Sou professora e estava procurando os significados das palavras dessa música mesmo!!!
ResponderExcluirNão sei se ela é gaúcha mas tem significados errados!
ExcluirOi, Carol. Sou professora e estava procurando os significados dessa música mesmo, muito obrigada!
ResponderExcluirmuito bom valew
ResponderExcluirmuito bom valew
ResponderExcluirSobre sua a pesquisa e tradução devo corrigir quando diz que posteiro é o mesmo que primeiro. Pesquisei e posteiro significa (Agregado de estância que mora geralmente nos limites do campo, o qual é incumbido de zelar pelas cercas, cuidar do gado, não permitir invasão de estranhos, ajudar nos rodeios e executar outras tarefas). De qualquer agradeço pela tradução. bjos
ResponderExcluirSobre sua tradução devo corrigir quando diz que posteiro é o mesmo que primeiro. Pesquisei e posteiro é um agregado de estância que mora geralmente nos limites do campo, o qual é incumbido de zelar pelas cercas, cuidar do gado, não permitir invasão de estranhos, ajudar nos rodeios e executar outras tarefas. De qualquer forma, adorei sua pesquisa e tradução. bjos
ResponderExcluirPeleando (Trabalhando) Esta mais para (Lutando).
ResponderExcluirDe fato peleia é o mesmo que luta Guerra
ResponderExcluirSimmmm!!!!!
Excluirposso fazer um acréscimo? "Posteiros", certa vez um gaúcho velhinho me disse, que seriam as pessoas (empregado, patrão ou arrendatário....) encarregado de cuidar das cercas. Ele seria o responsável por evitar a fuga do gado, dos cavalos, assim como evitar que pessoas ou animais estranhos entrassem na propriedade. Nunca verifiquei num dicionário o significado, mas acho que faz muito sentido no contexto da música.
ResponderExcluirBem se observar esta musica fala de ideais separatistas, da Republica Rio Grandense... é só ler um pouco sobre a historia e os movimentos que são vários no sul brasileiro. Estas mensagens estão em varias musicas do sul um bom exemplo esta na letra da música Água pros Bisnetos do Terceira Dimensão que diz: Podia rachar um pedaço só daqui pra baixo que é pra nós aqui mandar,
ResponderExcluirEssas ideias boas viram papo atoa se nós não encarar
E acabar com o veneno, e mandar nessa terra, Porque se estourar guerra vamos nós e eles vão ficar... E gritos de liberdade o nome já diz tudo... linda composição.
Bom dia, Carol. Gostei da ideia. Sou gaúcho. Do norte do Rio Grande. A música representa a sofrência das guerras dos farrapos, que eram divididos entre os Maragatos e os Chimangos. Lutavam pelas fronteiras. A guerra foi longa e a sofrência também. Cantamos essa música no coral DaCapo, o qual sou presidente, na minha cidade. Estava analisando a música para conversar com os coralistas e achei seu blog.
ResponderExcluirAlgumas considerações: tironeando, pra gente, é batendo, como se fosse dando tiro... então o minuano tironeando a venta do Taura é o vento (que corta) aqui do Rio Grande dando na cara do homem gaúcho.
A campa, que você colocou ali em cima é a campina, o campo. Livrando os trastes (os maus sujeitos) da campa (do nosso lugar). Mandando-os embora.
Mas boa leitura sim. A gente, aqui já acha meio automático interpretar essas músicas, mas vocês, de fora, ficam com dúvidas.
Na parte do "livrando os trastes" eu sempre interpretei como uma guerra,u batalha onde eles se "livraram dos inimigos". Ou como vc mesmo disse, se livraram de quem ali não prestava pra aquela missão.
ResponderExcluirMinuano é um vento frio. Quando sopra, se diz que ele corta, tamanha é a sua gelidez.
ResponderExcluirVenta é a cara do sujeito.
Taura é um homem valente, guerreiro.
Minuano tironeando a venta dos tauras.
Vento gélido batendo no rosto dos tauras (um frio que corta)
Pelear = lutar, guerrear.
Muito boa a sua "tradução".
Quem escreveu a letra ?
ResponderExcluirSe me permitirem, e não acharem xenófobo, gostaria de falar dessa bravura e amor que o povo do Sul tem pela sua terra. Sem querer comparar ou desmerecer alguém, mas nossos ancestrais lutaram muito para garantir a liberdade e a soberania de nossas terras.
ResponderExcluirE o mais incrível é que a cultura ainda permanece viva, mesmo o restante do país não reconhecendo nossa história e nossa cultura, a gente mantém viva nossa tradição sem esquecer do quão forte foram nossos avós.
Nossa cultura é única, nossa história é uma das mais lindas. É por isso que nossa linguagem, mesmo sendo o mesmo português do Brasil inteiro, muitas vezes é incompreensível. E isto nos faz uma das regiões mais magníficas do país. Seja pela língua, pelo sotaque, pela história ou pela cultura.
Orgulho de ser sulista ❤️
Lutaram não só por eles,mas todos os Brasileiros...!
ExcluirOrgulho de ser gaúcha! Apesar de todos os pesares, somos tauras sem medo de uma peleia. A tradição e a cultura do povo do Sul está muito viva ainda e andando com a evolução do homem.
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