No calendário o ano de 2002, a
nossa matéria preferida já era história, mas em janeiro estreou uma minissérie
que para nossa surpresa nos encantou tanto quanto A Muralha. Um herói
surgiu permanecendo em nossa vida para
sempre e decidimos que visitaríamos juntas todos aqueles lugares que a trama
retratava. Parecia um sonho distante para as garotas de 14 da pequena cidade,
mas sabíamos que um dia iriamos realiza-lo.
Os anos passaram, conhecemos o
Rio de Janeiro separadas, visitamos os tais locais, mas o sonho ainda não tinha
morrido e 11 anos depois o realizamos. Quem embarcou nessa aventura conosco
foram Marina e Hilmara que não são tão fãs de história quanto a gente mas
curtiram todos os passeios históricos em virtude de nossa amizade. =P
Dia 26 de outubro – o dia da realização do sonho
Saímos cedinho de Alfredo para
pegar o avião em Floripa com conexão em Viracopos e chegamos ao Rio pouco
depois do almoço. Já na chegada, quando fomos pegar nossas malas uma garota fez
questão de me molhar inteira com sua coca-cola, foi muito bom para refrescar,
sqn.
Ficamos hospedadas na Glória, no
hotel Diamond, que tem uma vista maravilhosa para o Aterro do Flamengo e da Bahia
de Guanabara, assim que nos estabelecemos iniciamos nosso tour pelo centro da
cidade e todos os destinos históricos que ela pudesse oferecer em um sábado à
tarde.
Da Glória até o centro é um
pulinho a pé e, foi o que fizemos! No caminho passamos por várias igrejas, pela
ALERJ, pela praça XV e levamos as gurias para conhecer o lugar onde se compram
os tickets para as balsas, de lá tivemos uma bonita vista da Ilha Fiscal.
Nossa primeira parada oficial foi
nele, nosso ícone histórico, o Paço municipal.
O Paço municipal foi o centro
administrativo e também moradia da Família Real durante um bom tempo e é claro
que lá dentro nossos corações estavam aos saltos. Andamos por tudo, pelas
salas, gabinetes e até mesmo entramos por engano em um banheiro masculino
huahuauh. É difícil descrever o que sinto cada vez que cruzo aquela porta, é
como se de alguma maneira eu estabelecesse uma ligação com o passado e fizesse
parte da história – tudo bem, reconheço que viajei.
Depois do Paço continuamos nossa
caminha a pé pelo centro, passamos pelo Arco de Teles e andar por esse arco, em
frente à Praça XV, é como voltar à época do Brasil Imperial. Da calçada da rua
Travessa do Comércio, você é levado por um caminho sinuoso, que passa por bares
e restaurantes maravilhosamente preservados, apesar do edifício datar do século
18. O nome do lugar vem da família Teles
de Menezes. A área entre o arco e a Avenida Presidente Vargas oferece um
passeio glorioso entre os museus, cafés, bares do tipo pé-sujo e livrarias. Essa
área já apareceu em inúmeras novelas e minisséries da TV brasileira. Como no
local existem inúmeros bares, restaurantes e lanchonetes, com música ao vivo,
até animamos de almoçar em um desses locais, mas os mais interessantes estavam
lotados ou demorariam muito para nos servir, decidimos manter nossos planos
originais e almoçar na Confeitaria Colombo.
Fundada em 1894, a Confeitaria
Colombo chega aos dias de hoje conservando a imagem de esplendor da alta
sociedade carioca do final do séc. XIX. Na Confeitaria Colombo você pode
contemplar a sua imagem refletida em gigantescos espelhos belgas de requintada
beleza, descansar em suas cômodas cadeiras ou simplesmente apreciar o belo
estilo art nouveau de sua arquitetura e o magnífico mobiliário em jacarandá,
típicos da belle époque carioca.
Esse restaurante é uma verdadeira
referência gastronômica do Rio de Janeiro, oferecendo a possibilidade de
degustar excelentes receitas tradicionais em um local que foi declarado
Patrimônio Cultural e Artístico da Cidade, com toda essa fama difícil foi
enfrentar a fila para conseguir uma mesa, desistimos da mesa e decidimos que
comeríamos nas mesas próximas ao balcão. O prato escolhido foi camarão empanado
– que custou os olhos da cara, mas valeu cada centavo. Mesmo desistindo da mesa
pudemos subir e conhecer o segundo piso, onde funciona o restaurante e de fato
o lugar é belíssimo.
Para noite tínhamos a sagração da
primavera no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Nada mal, não é mesmo?
A sagração da primavera estava
completando 100 anos de sua criação, Ana Maria Botafogo participou de um ato e
as músicas foram tocadas pela orquestra municipal. Assistimos da galeria,
penamos para conseguir nossos ingressos, mas sem dúvidas valeu a pena. Foi
simplesmente maravilhoso, me peguei várias vezes boquiaberta envolvida pelos
movimentos e pela música.
Após o teatro hora de fechar a
noite na Lapa. Estávamos na fila do Rio Scenarium e quando finalmente íamos
entrar as duas gênias também conhecidas como Marina e Carol se deram conta que
não tinha suas identidades a mão e foram impedidas de entrar no bar. Um pouco
chateadas resolvemos ficar pelas imediações e jantar em um dos outros bares da
Lapa. Lá o Hugo foi me encontrar para consolidamos nosso único encontro do ano
de 2013 e colocarmos o papo em dia.
Dia 27 de outubro – Domingo é dia
de Parque
Quinta da Boa Vista! Assim como o
Paço, a Quinta era outro dos locais que estavam em nossa lista do ano de 2001.
A residência oficial da Família Real. Onde Dom Pedro morou durante anos, onde ele
teve seus filhos e suas mulheres. Estar lá também tem muito significado para a
gente.
Como já comentei aqui nesse blog
lá funciona um museu, bastante interessante, a bem da verdade um pouco
misturado, mas cheio de setores massas. Tem até dinossauros! =P
Após o museu fomos ao Zoológico.
O que mais lembro de lá é do cheiro. Não preciso mais falar muita coisa, não é
mesmo? Tava muito quente e a combinação do calor, mais o odor definitivamente
não me cativou.
Almoçamos em Ipanema, no Posto 9,
por indicação de um taxista, aliás preciso ressaltar a participação dos
taxistas nessa viagem, sempre com dica valiosas. O dia estava lindooo e quando
saímos do restaurante foi tal como tivéssemos desembarcado em outro lugar, o
vento beirava os 80 km\h, eu mesmo com 6 kg a mais tinha que me firmar com
força no chão para não ser levada – exagerei, ok, mas estava ventando demais.
Foi-se nossos planos de entrar no mar, o que nos restou foi seguir até o
arpoador, levando aquelas famosas surras de areia. É claro que todo mundo
pensava que éramos estrangeiras e todo mundo vinha falar conosco em inglês –
oferecendo passeios e afins – no final das contas nem aproveitamos o Arpoador,
pois de fato o vento estava muito constante e forte.
Hugo foi me encontrar e decidimos
ir para o shopping do Leblon, com o intuito de encontrar algum famoso – sim,
nessa viagem estávamos tietes.
Dica importante, nunca em
hipótese alguma acredite no senso de distância do Hugo.
Não pegamos táxi, pois ele nos
disse que era super do ladinho, o shopping. Andamos, andamos, andamos e andamos
mais um pouco, em meio aquele vento, até chegar ao shopping, quando chegamos já
tivemos que retornar para o hotel, pois já estava tarde. Era muito longe!
A noite novamente nosso destino
foi a Lapa. A gastronomia daquele bairro conquista qualquer um.
Dia 28 de outro – turista.com
O dia mais tipicamente turístico
da viagem. Dessa vez contratamos uma vam para realizar os passeios turísticos
que incluíam: Catedral, Sambódromo, Maracanã, Pão de açúcar, Cristo Redentor e
o almoço em uma churrascaria de Copa de tinha até Sushi.
Nosso guia falava 3 idiomas ao
mesmo tempo, isso mesmo... ao mesmo tempo. Ele começava uma frase em inglês,
mesclava com algumas palavras em português e terminava falando em espanhol com
algumas palavras de inglês no meio. Era uma louca! Dava trabalho entender o que
ele queria dizer e suspeito que em alguns momentos nem ele saiba o que estava
falando. Mesmo assim foi divertido.
No final do passeio ficamos em
Copa, compramos biquínis – usamos um daqueles banheiros subterramos para nos
trocar – e fomos até o Mirante do Leblon – Me chama de Helena que eu estou no
Leblon. Esperávamos encontrar até mesmo o Manoel Carlos por lá, só que não
rolou.
Momento íntimo: Foi nessa viagem
que percebi que precisava tomar uma atitude urgente quanto a minha barriga.
Huahuahuauha Sei que ninguém ta interessado em ler isso, mas foi bastante
difícil pra mim tirar foto de biquíni e não ter onde esconde-la, desde então
emagreci 6 kg e pude voltar a sorrir! #desabafo
A noite Shopping da Gávea.
Seguindo as dicas de nosso taxista - e por esse noite motorista particular - fomos
até a Gávea para encontrar algum famoso – lembrem-se, tietes – seguimos a dica
mas não esperávamos encontrar tanta gente. Logo na entrada a gente deu de cara
com um cara que fazia a novela das 7 – até hoje não sei o nome dele – depois
quase o perseguimos na escola rolante – mentira, sqn – e continuamos andando
pelo shopping, que mais parecia o Projac, foi então que em um corredor a gente
deu de cara com nada mais, nada menos do que com o Vlad, digo... Cornélio,
digo... NEY LATORACA! Quase não acreditei e morreria de vergonha se tivesse que
pedir pra tirar uma foto, a sorte foi que ele se ofereceu. Isso mesmo, primeiro
ele disse que éramos todas lindas depois perguntou se íamos querer tirar uma
foto! Hauauh É claro que aceitamos! Conversamos um pouco e continuamos
caminhando. Meu coração quase não aguentou tantos encontros: Leticia Sabatela,
Beth Farias, Xuxa Lopez, Maria Padilha e mais algumas pessoas que fomos obrigados
a ignorar. Huahuahu Não tiramos mais foto com ninguém, mas de fato foi um
passeio surreal.
Jantamos no baixo Gávea e lá como
não poderia deixar de ser, encontramos mais uma famoso, ou nem tão famosa assim
pois só a Suzanne a reconheceu, depois nós até tivemos uma vaga lembrança de
quem ela era. Com essa tiramos foto, para alegrar o dia dela e elevar o ego!
Dia 29 e outro – Last day in Rio
Para fechar a viagem, o passeio
que faltava. Lagoa Rodrigo de Freitas... passamos a manhã andando por lá, que é
sem dúvidas um lugar ímpar, para não deixar dúvidas sobre o quanto a viagem foi
deliciosa em todos os sentidos ainda almoçamos no bar Garota de Ipanema, que
tem esse nome por ter sido lá que o celebre Vinícius escreveu uma das mais
famosas músicas da Bossa Nova. Depois o jeito foi se despedir da cidade
maravilhosa e voltar para a casa, já sonhando com o retorno.
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