Tínhamos mais um dia bem turístico pela frente. Dia
de conhecer um pouco mais da cidade que nos encantava cada vez mais. Iniciamos
nosso passeio indo até o tradicional letreiro com o nome da cidade.
O letreiro “I AMSTERDAM“, tornou-se um ícone da
cidade, procurado por todos os turistas. Visitantes tiram fotos ao lado dele,
em cima e até dentro das letras. Não passar por ali é o mesmo que visitar Paris
sem ir na Torre Eiffel. Com letras de mais de 2 metros de altura, o slogan mede
pouco mais de 23 metros de largura. Situa-se na parte de trás do Rijksmuseum,
na Museumplein e é claro que a gente tinha que tirar uma foto lá também.
Tirar uma foto boa lá não é fácil, devido
justamente ao número de turistas que estão lá, tentando fazer o mesmo, garantir
uma boa foto, mas no fim conseguimos.
Quase encostadinha ao letreiro fica uma pista de
patinação no gelo e evidentemente a gente também queria patinar. Eu já havia
patinado duas vezes, uma no Rio e outra em Gramado, mas isso não impediu que eu
me estabacasse no chão muitas vezes. Foi tudo muito engraçado, a gente começa
com insegurança, depois passava a se sentir confiante, a inventar coisas e o
resultado são muitos e muitos tombos. Em um deles, quase perdi meu dedo. Ana
dava um show com muitos rodopios – rodopiiiio, rodopio – quando a gente
resolveu andar nas cadeiras. Uma sentava na cadeira, a outra empurrava.
Primeiro foi a Ana, quando pegamos bastante velocidade a cadeira emperrou em uma
fissura do chão, e caiu, derrubando a Ana, após isso eu ainda tive a sensatez
de sentar na cadeira e pedir para ir bem rápido na minha vez.
O previsível
aconteceu e eu também cai, na mesma fissura, só que dessa vez a cadeira caiu
por cima de mim e a Ana tentando não cair, acabou pisando sem querer no meu
dedo, que se não fosse pela luva teria ficado bem mais ferido. Entre mortos e
ferido salvaram-se todos. Quem levou a pior mesmo foi uma senhora que patinava
com sua netinha, caiu e quebrou o braço, ficamos com muita pena dela. Mas no
tombo dela não tivemos participação – no dela, porque no de uma outra moça a
culpada foi a Ana huauhauha.
Logo que saímos dali passamos no Rijksmuseum que com
mais de 260 salas ele tem uma coleção fantástica de obras primas, entre as
quais diversas obras do famoso pintor Holandês Rembrandt. A coleção de obras de
arte do Rijksmuseum é riquíssima e há também obras de Vermeer, Frans Haals e
Jan Steen. Também em Amsterdam fica o Museu de Van Gogh, que não é muito longe
dali, e o Stedelijk Museum com obras de Monet e Cèzanne. Se você gosta de museu
visite também o Museu de História de Amsterdam onde se pode conhecer a interessante
história desta cidade – nós não visitamos esses museus, mas vale a dica.
Tiramos mais algumas fotos pelos canais da cidade e
nos apaixonavamos a cada canal que cruzávamos. A fome já estava batendo, então
seguimos para a área mais central procurando algo para comer. Acabamos parando
em um Burger King e almoçando de frente para a praça onde fica também o The
Buldogg Palace, um dos mais famosos coffeshops da cidade.
Amsterdam consegue a proeza de ser um destino
romântico, com seus canais rodeados por bicicletas, e ao mesmo tempo moderno,
com seus tabus quebrados e o fato de ser uma cidade “bem resolvida” com a
questão do consumo de drogas leves, como maconha e haxixe – inaceitáveis em
tantos outros lugares do mundo.
É bom saber que o consumo da droga por lá não é
legalizado, e sim tolerado. Em 1978 a venda de pequenas quantidades da cannabis
passou a ser permitida, sob uma política de fiscalização rigorosa e específica.
Os estabelecimentos mais procurados para venda e
consumo da maconha, em forma de cigarro, narguilé, ou comidinhas
aditivadas - brownies, cookies e outros
quitutes -, são os famosos coffeeshops. Não confunda em Amsterdã: coffeeshops
são os estabelecimentos onde o foco é a venda da erva. Cafés são pubs e bares.
E os koffiehuis são cafeterias, onde você pode pedir um brownie e um café “não
temperados”.
Não tem jeito: os coffeeshops são atração turística
em Amsterdã e mostram de maneira autêntica uma fatia importante da cultura
local. Mesmo que você não seja amigo da erva venenosa, vale a pena escolher
sentar-se em algum deles para pedir uma boa refeição e observar como as coisas
funcionam por lá.
Saindo dali, voltamos para casa pelo Vondelpark
Holland, que tem esse nome em homenagem
ao escritor Joost van den Vondel, que viveu no século XVII – e não ao Voldemort
do Harry Potter heheh. O parque foi criado em 1864 e, no ano seguinte, foi
aberto ao público. Seu nome original era "Parque Novo", mas uma
estátua do escritor fez com que o povo passasse a chamá-lo pelo nome atual.
Sempre passávamos por dentro dele de bicicleta, para ir e vir dos lugares e é
um parque bastante bonito, movimentado e cheio de frondosas árvores. Um fato
interessante é que a partir de setembro de 2008, os visitantes do Vondelpark
podem fazer sexo ao ar livre dentro dele, desde que sejam respeitadas algumas
regras pré-estabelecidas. Legal né? Hahaha
Do parque, como estava ainda muito cedo, voltamos
até o centro, para perto de onde havíamos estado no dia anterior, na casa de
Anne Frank. Lá fomos em uma loja de comics, depois paramos em um barzinho que
tinha cheiro de mofo e entramos em um coffeshopp, para vermos de perto como é,
não compramos nada, mas foi interessante. Antes de voltar para casa, passamos
na locadora de bicicletas e conseguimos pegar as bicicletas, para usarmos no
dia seguinte.
Em casa pedimos comida, a Goulash, uma
espécie de sopa típica da Hungria, e logo fomos dormir. No outro dia iriamos
para outra cidade, de bicicleta.
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