Pela manhã - com os carros na rua, todos congelados - fomos ao museu de História Natural, ficamos
concentrados na área dos Dinossauros, depois dos mamíferos e mais umas coisas
como evolução da espécie humana. Devo confessar nossa decepção. Esperávamos
mais, ainda mais depois daquele show dado pelo Museu Britânico. A desvantagem
também é muito grande se compararmos ele com o Museu de História Natural de New
York – sim, em Londres eu costumava comparar as coisas com NY, vc já percebeu.
Estávamos lá ao mesmo tempo que uma turma de
alunos, então tinham muitas crianças irritantes, que contribuíram para que
nossa incursão não fosse tão bem-sucedida.
Depois do museu resolvemos ir almoçar no MC, pois
se já pensamos em economizar, depois da notícia da multa das bicicletas, isso
seria só o que faríamos. Economia. Então estávamos decididos a comer muito no
MC. Lá fomos muito mal atendidos pela moça que estava no caixa e provavelmente
no seu primeiro e último dia de serviço. Ela estava muito mal-humorada, ficava
batendo com a caneta no touch da tela e gritava com a gente. Fizemos uma
reclamação no site, e por isso que falei primeiro e último, pois não fomos nada
piedosos com ela. Sempre rola uma insegurança quando não estamos falando nossa
língua nativa – pelo menos em mim - e ter alguém berrando com você não
contribui em nada para a insegurança diminuir.
Após o estresse do almoço chegou a hora de conhecer
a London Yey e o Ryde Park.
Com 142 hectares, o Hyde Park está localizado no
centro de Londres e juntamente com os jardins Kensington, que estão anexados ao
parque, formam uma das maiores áreas verdes da capital inglesa. O parque tem
uma história bem inusitada, pois no século XVI era um dos lugares em que o Rei
Henrique VIII gostava de caçar. Mas foi, somente, no reinado de Carlos I que o
Hyde Park se tornou um espaço público. Até mesmo durante a peste negra, o Hyde
Park serviu de abrigo para centenas de famílias que achavam que estariam
seguros da epidemia ficando no parque.
A London Eye também conhecida como Millennium Wheel
- Roda do Milênio -, é uma roda-gigante de observação. Situada na cidade de
Londres, da Inglaterra, foi inaugurada na passagem entre o dia 31 de dezembro de
1999 e 1 de janeiro de 2000, com 135 metros de altura é um dos pontos
turísticos mais disputados da cidade. A roda é maravilhosa contemplar a cidade
lá de cima foi um privilégio!
A fila é imensa, até mesmo para quem comprou o
ingresso antes, como a gente. Na fila conheci o homem da minha vida. Um cara
estilo Indiana Jones – tava até com o chapéu – muito lindo, olhos claros, pena
que já tinha duas filhas igualmente lindas e uma mulher que pela idade das
filhas, estava muito bem também. Droga. Hahah
Lá de cima se podia ver toda a área central de
Londres, com os carros andando de um lado para o outro – todos na contramão
hahaha – as luzes aos poucos se acendendo, o rio, as pontes... Lindo. O pôr do
sol daquele dia também foi um espetáculo à parte. Apaixonante.
Antes de ir para casa passeamos pelas barracas que
ficam ali nas imediações. E depois seguimos para a King’s Cross St Pancras
Station, é amigos, lá que fica a estação de um londrino que fez parte da
infância e adolescência de muita gente de nossa geração, o Harry Potter. A
plataforma 9 ¾ da estação King’s Cross, é parada obrigatória para os fãs de
Harry Potter. Na história, o bruxinho e sua trupe utilizam a passagem secreta
em uma parede do local para pegar o Hogwarts Express, o trem que conduz os
alunos à escola de bruxaria dirigida por Albus Dumbledore.
Em homenagem aos fãs da série, a estação possui de
fato sua plataforma 9 ¾, com direito a plaquinha na parede e um carrinho de
bagagens do qual se pode ver apenas a metade que ainda não atravessou a
passagem para o outro lado.
Para chegar até lá e garantir nossa foto, teve
muita confusão. Nosso inglês deu pane e simplesmente eu não conseguia me
expressar, naquelas maquinas de pedir informações por telefone. Não conseguindo
elaborar a frase soltei um: “Harry Potter is here?” uauhauhau que depois gerou
muitas risadas – e ainda gera – mas que foi respondida pelo atendente. Ao
chegar ao local, ficamos quase uma hora na fila, que começava do lado de fora
da estação. Tiramos a foto e comemos feijões mágicos, tive a sorte de pegar os
com sabor de ovo podre e de sujeira. Delicia.
Na volta para casa, no metrô encontrarmos Eberth,
que nos acompanharia por uma parte da viagem.
A vontade de economizar a todo custo não foi maior
que a fome e a vontade de comer carne, então compramos carne e macarrão, para
ter uma refeição digna. Comemos no hostel.
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