Garopaba Season 5 em São Paulo


Essa viagem é uma naquele estilo congresso de JAVA em Ijuí, mas, mais uma vez deu tudo certo. E ela não teria acontecido sem a ajuda de minhas amigas.
O ano está sendo maravilhoso, mas ele como alguns sabem, não começou muito bem para mim, e o ano de minhas MPs eixo sul também vinha carregado de mudanças, colocando alguns empecilhos ao nosso encontro anual de páscoa em Garopaba. As minhas gaúchas preferidas não estão mais morando em Porto Alegre e isso por si só já reduzia as chances de nosso encontro, somando isso a minha pobreza de início de ano e a falta de ânimo, nosso encontro para abril se tornou impossível. Cogitamos adiar a data e tentar um encontro no Corpus Christi, mas aparentemente também não ia dar certo, até que uma semana antes as peças se encaixaram e rolou.


Não tínhamos pretensões turísticas... mas a viagem serviu para SP ganhar um espacinho maior dentro do meu coração, já que ela não me agrada muito. Bom, Garopaba Season 5 estava aberta, desta vez com Livinha nos acompanhando e com participações especiais de Juliana, Addas, David e mais uns queridos que encontramos pelo caminho e é claro que tivemos mais uma vez como anfitriã, a Paula.
Fui na quarta à noite e a quinta pela manhã serviu para dormirmos, nos recuperarmos da viagem e depois testarmos as habilidades culinárias da Aline, que nos preparou um almoço delicioso: arroz com lentilhas a moda árabe, chamado Mjadra. A guria está de parabéns, está sabendo cozinhar bem!

Após o almoço, quase janta, encontramos Juliana, uma amiga de Aline e passeamos pelo Minhocão. Siiiiiiiiiiim, eu também não sabia que rolava isso de passear por ele a pé! O que não deveria ser novidade pois acontece a quase 20 anos. O Minhocão é fechado ao trânsito e vira uma passarela de lazer. O horário de fechamento no fim de semana e feriados é de 15h para ser retomado só às 6h30 da manhã. Sem carros, a maior aberração urbanística de São Paulo -- que acelerou a decadência de uma área nobre da cidade -- adquire uma beleza dramática. Percorrer os 2,8km do viaduto é quase como passear por uma galeria de arte ao céu aberto, pois de dia ou a noite a beleza cênica está garantida. O passeio me lembrou o High Line Park de Nova York, adorei!
Mas a noite não foi apenas de Minhocão, fomos também a feira da diversidade que estava acontecendo no vale do Anhangabaú. O evento fazia parte do Mês do Orgulho LGBT. Depois da feira fomos para Praça Roosevelt, tomar uma cerveja e fazer nosso mapa astral. Voltando para casa o David estava com alguns amigos e a noite foi bem divertida, ouvimos muito música boa e vimos muitas cenas de beijos de casais fofos da tv. Isso mesmo, beijos tipo Nelta e Dinho e ouvindo trilha sonora de novela, músicas no nivel: “Somente por amor...”, bom colocamos em prática todo nosso conhecimento sobre teledramaturgia, apresentada pela Globo ou SBT.

No dia seguinte nossa veia novelística ainda estava bem aflorada e fomos fazer o “Queridos Amigos Tour”, que seria um passeio turístico por pontos vistos na minissérie, que narra o reencontro de 12 amigos em São Paulo, em 1989, e faz um balanço das utopias da juventude brasileira nos anos 1970.
Como o “Queridos amigos tour” foi uma criação nossa, também teve a fase de preparação, onde ficamos vendo as cenas da minissérie e tentando descobrir onde eram os locais. Ficamos muito felizes quando descobrimos onde era a casa do Pedro, a estatua onde o Leo foi encontrado, o viaduto onde ele e Lena passeavam, entre outros cenários que fomos encontrando pelo caminho. Por mais simples que tenha sido, foi tudo muito divertido.

Antes almoçamos uma feijoada vegana, que demorou duas vidas e meia para chegar.
Fomos na Praça da Sé, Viaduto do Chá, Viaduto Santa Ifigênia, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandú e depois na Galeria do Rock.

Uma coisa que me marcou durante um passeio foi quando lembrei de uma cena da minissérie, quando uma das personagens passa pela Praça da Sé e vendo os moradores de rua ela fala: “Quando foi que a gente parou de ver eles?”... bom, eu ainda não parei de vê-los e nem fico indiferente a sua presença. Não é comum para mim ver um ser humano naquele estado, então sempre fico impressionada e me sentindo muito impotente. É um contraste tão grande com a riqueza da cidade que seria impossível não me sensibilizar. É triste poder fazer tão pouco por eles, mas nem esse pouco fazer. É lastimável ver que as vezes ainda reclamos da vida injustamente. Me entristece ter medo de estar entre eles, pessoas que estão em uma situação tão difícil e que certamente não tiveram as mesmas oportunidades que eu e que com certeza notam a insegurança em meu olhar. Acho que esse é um dos maiores motivos para eu não amar São Paulo. Essa pobreza escancarada dando um tapa na minha cara, esse choque de realidade e minha impotência diante disso.

Falando em contrastes, o tour já tinha acabado, mas continuamos pela Augusta e encontramos um super salão de beleza, bem pitoresco chamado Circus Hair, onde Paula cortou o cabelo. O espaço é um salão de cabeleireiro que conta com serviços de beleza, moda (brechós, desfiles, feira vintage), arte (exibições de cinema, curso, exposições) e um pequeno pub, onde ganhamos cervejas. Sério, o lugar é incrível.
Saindo do salão fomos para algumas galerias, que particularmente odiei, pela combinação de lojas (odeio ver vitrines) e calos nos pés, que estavam me matando.
A noite ainda teria um encontro com Flavio e seus amigos.

O Flavio esteve na última season de Garopaba, mas dessa vez mal tivemos oportunidade para conversar. O grupo dele estava afinadíssimo e infelizmente a mesa ficou dividida entre eles e nós, sem muita interação.
O dia seguinte tivemos o caos da 25 de Março, mas antes teve passeio pelo centro, que estava lindo, cheio de artistas e pessoas passeando. Aproveitei para fazer algumas fotos de Eva, na “Saapaulo”.

Chegando na 25 - 1º Experiência antropológica da viagem. Que loucura! Quanta gente gritando! Quanta gente andando? Quanta gente!!!
O almoço deixamos para a Liberdade, em um restaurante Chinês, onde parecia um despautério não falar a mesma língua das garçonetes e da conta, que veio no idioma deles. Mas a comida era uma delícia. Se tiverem oportunidade visitem o Chi-fu que é um dos melhores restaurantes chineses de SP. Bem tradicional, sem talheres, só com hashis. Tem também um chá de latinha vermelha que dizem ser bem famoso, mas que a Livinha não aprovou. Preciso lembrar também que a Aline postou várias fotos no stories do Instagram achando que se tratava de um restaurante japonês rsrs. Foi bem legal também ver uma comemoração dos chineses da mesa ao lado e tivemos até que disfarçar, para não perceberem que estávamos reparando em tudo que faziam.



Da Liberdade para o Ibirapuera, em um fim de tarde lindo. Enquanto Aline e Livia ficaram lagarteando na grama eu e Paula saímos para dar uma passeada pelo parque, que aquele dia estava lotado de gente feliz, praticando esportes, brincando ou aproveitando para simplesmente caminhar.
Na volta para casa pegamos um taxista super cult, que ficou conversando conosco sobre os mais diversos temas, que iam desde obeliscos até Cristiane F, drogada e prostituída. Em casa teve mais comida preparada pela Aline, Ratatouille!

Domingo era dia de retornar para casa, mas antes tinha Parada Gay, que estava passando praticamente na rua da casa da Paula.
Com a temática da defesa do Estado laico, críticas à atuação da bancada evangélica no Congresso e apoio às "Diretas Já", a 21ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo teve um público estimado de 3 milhões de pessoas.

Sob o lema "Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei. Todos e todas por um Estado laico", a Paulista já mobilizava a multidão logo no início do evento. Famílias com crianças, jovens e veteranos de outras Paradas dividiam espaço na tradicional via paulistana, palco do ato há mais de duas décadas.
Os shows das cantoras Daniela Mercury, Anitta e Pablo Vittar foram as grandes atrações musicais da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. O ato, que teve início na avenida Paulista, seguiu pela rua da Consolação e se encerrou no Vale do Anhangabaú. Fafá de Belém e Tulipa Ruiz também fizeram parte da programação. Dezenove trios elétricos desfilaram mas nós acompanhamos mesmo o da Dani e o
apogeu foi quando ela cantou Pérola Negra e também “Jogue suas tranças de Mel”, foi um grande carnaval, a 2ª Experiência antropológica da viagem. Confesso que ver aquele monte de homens maravilhosos e saber que não tinha a menor chance me fazia ter inveja dos outros homens maravilhosos que tinham chance, mas foi tudo muito divertido. Destaque para nossa corrida de quarteirões pela rua paralela a Paulista para ficarmos na frente do trio.

Momentos memoráveis! Lindo, lindo, lindo! Depois ainda teve volta para casa pelo Minhocão e pizza, que inclusive gostei.

Paula me apresentou uma São Paulo diferente, mais acessível, mais a nossa cara. Valeu muito a pena e a Garopaba Season 5 já deixou saudades. 

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Empoderados

Perigosas


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Paula cortando o cabelo

Ops


Diferentona

hahaha


Em algum viaduto

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Muito fotogênicas, só que bem ao contrário 

Novo corte de cabelo

Sol dando aquela favorecida na imagem

Eva em São Paulo

Eva em São Paulo II

Qual é sua preferida e qual sua mais odiada?

Oi?

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Nossa Musa do dia


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