Acordei e fui tomar banho, afinal não sou o cascão.
Tomamos banho em um banheiro de posto de gasolina para economizar a
água do motorhome. Segundo informações dormimos em um posto, todo mundo tomou
banho e até tivemos que mover nossa “casa” durante a noite, mas eu não lembro
de nada, pois como já comentei na postagem do primeiro dia, dormi
profundamente.
Nosso pernoite foi em São Borja e logo, antes das 9hrs, já havíamos
passado pela imigração e entrado no país dos “Hermanos”.
Tem sido assim... leio um pouco, durmo. Olho o charco... durmo. Ouço
a Shondas Rhimes... durmo. Riu de Shonda... durmo. Converso um pouco... durmo. Tomo
uma cervejinha... durmo.... durmo, durmo, durmo.
Viajar pela Argentina não tem toda aquela adrenalina das estradas
cheias de curvas do Brasil. Você olha para o horizonte e não vê nenhum
morrinho, a impressão que tenho é que se pode colocar no piloto automático e
deixar o carro ir. Tenho sono, durmo.
Entre meus cochilos, leio. Além do livro da minha BFF Shonda, li
também um artigo sobre o Atacama em uma revista de viagens, escrito por quem?
Por minha outra BFF, Martha... Martha Medeiros... No artigo ela da várias dicas
que poderei usar quando finalmente chegar ao Chile.
Como diria Shonda, simbiose. Valeu
pelas dicas Martha.
Almoçamos na cidade de Ita Ibaté, uma vila... só lá encontramos um
restaurante, perdido no meio do charco, estávamos afoitos para usar a internet –
sim, mais do que para comer -, pois a do nosso MH não funciona. Demoramos
séculos para conseguir entender a senha do Wi-fi – ComedorNeon1, comedorLeon1,
comedorminhon1, por fim descobrindo que era comedor-1, pois o hífen em espanhol
significa guión e não tracito. Foi engraçado, juro.
Em uma de minhas sonecas acordei pensando que estava tipo, no inferno.
Nosso ar deu problemas e como fazia um calor infernal pelos charcos argentinos,
ficou insuportável estar dentro de nosso veículo. Tivemos que andar quase 100km
até chegar a Corrientes e tentar solucionar o problema.
Ficamos mais de 4 horas dentro da loja de conveniência de um posto de gasolina,
fazendo companhia ao cara do caixa que aparentemente gostou de nossa companhia,
mas quando a moça que trabalharia depois dele chegou, desligou a internet e
entendemos o recado, não éramos mais bem-vindos por ali. Nesse tempo deu a maior tempestade por lá e caiu
um grande volume d’agua, alagando o posto. Sim, não to exagerando. Fora o
número imenso de raios que caiam.
Durantes as 4 horas no posto... encontrei uma família de Otacílio Costa, que conhece a Ana, uma grande amiga que tenho lá, e também uma cerveja bem sugestiva,
chamada Schneider! Tive que tomar.
Falando em cerveja, é a segunda que experimento hoje, no Restaurante
do Comedor, tomamos Quilmes, que da última vez que estive na Argentina não pude
tomar devido a minha reação da vacina, lembram? Dessa vez quero conhecer
muitas! Coloquem 2 aí na lista!
Por fim, expulsos do posto fomos até a oficina onde nosso MH estava
sendo concertado e de lá seguimos sem descer do MT até a província de Salta. Fizemos
nossas refeições dentro de nossa casa móvel.
Essa noite não dormi tão bem quanto na anterior,
com o veículo em movimento se torna mais difícil.
Amanhã já tem turismo!
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