Em busca do pinheiro gigante


No último domingo, saímos em busca do pinheiro gigante centenário. São muitas as histórias que falam sobre ele e toda a sua grandeza. Fomos com o Fusca do Evandro em direção ao Santo Anjo, até os Soldados... devo comentar... o dia estava chuvoso, até esboçava uma garoa quando saímos do centro e mesmo assim, entre nuvens, os Soldados estavam lindos, mais uma vez enchendo nossos olhos.

O pinheiro fica na margem esquerda do riacho que se tem que atravessar para chegar ao Soldados. Margeamos o rio, depois subimos um imenso pasto – uma caminhada realmente muito forçada, cheguei ao topo com meu coração saindo pela boca – de cima do pasto ficamos praticamente na mesma altura da base dos Soldados – de onde as Imensas pedras “brotam” – e adentramos a mata. As árvores de “Jurrassic Park”, como o Evandro comenta, deixam a paisagem maravilhosa - certamente são árvores centenárias que permaneceram ali, intactas.

As bromélias encantaram a Su e ali, entre as árvores e muitos tombos, encontramos um pinheiro enorme que nós 3 não conseguiríamos abraçá-lo. Já estávamos impressionadas e Evandro disse “Como esse tem muitos, é pequeno”. Andamos mais um pouco, mas fomos impedidos de avançar devido a uma grota gigante. Então resolvemos voltar ao pasto e entrar na mata um pouco mais atrás, fizemos isso mais duas vezes, mas sempre encontrávamos a grota, que não nos permitia avançar.

Como estávamos com fome, resolvemos voltar ao carro e deixar para encontrar o pinheiro em outra oportunidade. Na volta para o carro, famintos, encontramos uma pinha praticamente intacta, a recolhemos e levamos conosco até o local onde faríamos uma sapecada.
No inverno, a semente da Araucária - o pinhão, é muito comum nas beiradas das estradas de terra ou nos campos de serra e é um ótimo combustível para qualquer pessoa que pratique atividade física, pois fornece carboidrato e proteína, podendo ser guardado no bolso. Para nós é comum a sapecada, mas para quem não sabe o que significa, lá vai uma pequena explicação:

primeiro devemos fazer uma pilha com as grimpas – que são as “folhas” secas da araucária que caem no chão; depois jogamos os pinhões por cima das grimpas; basta colocar fogo e esperar que os pinhões “sapequem”. Tivemos um pouco de dificuldade para colocar fogo nas grimpas, pois o vento estava intenso, mas com a ajuda do Fusca e de um cobertor, após uns 30 fósforos, conseguimos! Os pinhões ficam um delícia, torradinhos. Basta tomar cuidado para não queimar os dedos ou colocar um pinhão em brasa na boca, como eu quase fiz.
Após a sapecada, ainda fizemos um piquenique com algumas coisas que tínhamos levado, demos uma volta em direção a Santa Bárbara e depois retornamos para casa.
Não foi dessa vez que encontramos o pinheiro, mas em breve retornaremos!

O passeio, apesar de não ter atingido seu objetivo, foi fantástico. Nos divertimos tanto na estrada com o Fusca mais turbinado que existe e também com as belas paisagens que encontramos.

A busca continua....


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