O que teve?
Teve muito Wesley Safadão;
Teve ostentação com a nossa tenda;
Teve frustração com a nossa tenda;
Teve queijeiro;
Teve muita chuva;
Teve muito umaduziamenosdois pila;
Teve quardo do Bob, quarto do Ted e quarto dos espíritos;
Teve Exu sem tabu;
Teve banheiro mal-assombrado;
Teve Bibiana frita uma linguiça;
E teve muita diversão;
Como sempre, passar o final de ano com meus amigos do tempo da
faculdade de Sistemas é muito divertido e não seria diferente dessa vez. Nosso
destino nessa virada foi o Campeche e a chuva nos acompanhou o tempo inteiro.
Dessa vez o grupo da praia era composto por Alvas, Barbara, Marco
Antonio, Daiane, Taty, Zé, Alds e eu.
Ao chegarmos na casa que alugamos pensamos que tínhamos levado um golpe,
pois à primeira vista ela não era grandes coisas e estava bem suja, porém,
passado o susto, deu tudo certo – continuava suja, mas não era tão ruim assim.
Os quartos eram temáticos, o nosso era do TED, pois tinha um urso
imenso escondido em um canto perto do guarda roupa – super macabro, diga-se de
passagem –, o quarto do Alvas era todo voltado à paz e ao amor, era um quarto mais
natural, cheio de símbolos e desenhos que faziam apologia a maconha, logo,
ganhou o nome de quarto do BOB. O quarto do Marco Antônio era o quarto dos
espíritos, pois encontraram vários livros falando sobre esse tema.
Nesse primeiro dia fomos para praia, mas não para a principal do
Campeche pois nosso GPS nos levou para um lugar mais deserta, no lado oposto à
“badalação”, mas tudo bem, a praia lá também era linda.
Chegamos, montamos nossa tenda – que era puro luxo, de uma
grandiosidade ímpar – ligamos nossa música e mal deu tempo da Bárbara pular de
cara na água em um salto que de ornamental não tinha nada, começou a chover e a
ventar. Era quem mais podia recolher as coisas, guardar a tenda, proteger os
Iphones e correr para o carro. Chegando em casa, frustrados pela chuva,
resolvemos aproveitar para descansar e, à noite, colocar o papo em dia em um
churrasco que preparamos. Até dei uma sugestão para o Alvas ter seu próprio
sabre de luz, mas ele não aceitou bem.
Segundo dia. O que fazer na praia com chuva?
Ir para o shopping, é claro! Foi o que fizemos – eu simplesmente tenho
pavor desse programa, shopping só se for para ir ao cinema, à livraria ou para
comer – lá fizemos nada além de andar sem rumo, ver as roupas absurdamente
caras com a estampa do Stars Wars e almoçar uma lasanha do Spoletto – e é claro
queimar minha língua. À tarde ouvimos a notícia que lá fora tinha sol, saímos
em disparada rumo aos Ingleses, os meninos iam encontrar com uns amigos.
Passamos a tarde toda papeando em uma mesa de um daqueles barzinhos à beira
mar. Compramos óculos e tomamos algumas dezenas de cervejas. Foi uma tarde
ótima.
Terceiro dia, o fatídico dia!
De todas as praias de Floripa talvez a Joaquina seja a que eu mais
goste, ela é linda em todos os ângulos e além disso tem aquela aguinha clara e
pessoas lindas – o que nem sempre é bom para quem não é tão lindo assim o.O –
lugar perfeito para armarmos nossa tenda e pagarmos de patrões, e foi isso que
o fizemos. O dia estava lindo, tudo estava perfeito, tínhamos cerveja gelada,
sombra, um sol maravilhoso e uma brisa fresca soprando. Fomos almoçar enquanto
Marquinhos, Daiane e Taty ficaram cuidando de nossas coisas, demoramos uma
eternidade, mas a comida era ótima. Depois de sairmos do restaurante, Alvarino e Barbara foram a pé comprar gelo – cerca de 5 km sob um sol escaldante – e nós voltamos para a praia. Porém quando chegamos o cenário era estarrecedor, nossa tenda não passava de um monte de metal retorcido, amontoados em uma pilha, sucumbida às fortes rajadas de vento. Marquinhos e Day estavam no mar e Taty teve que pedir ajuda as pessoas da tenda ao lado para poder segura-la, antes de cair. Conta-se que Taty cenava para os dois no mar, porém eles acenavam de volta de forma festiva, achando que ela tava dando oi.
Foi triste ver que novamente não passávamos de pobres pessoas que alugam guarda sol. Para completar o dia ainda constatei que a bateria da minha GoPro estava vazia e não pudemos tirar fotos maravilhosas naquelas águas. Dia triste, porém, muito engraçado.
A noite foi o momento de encontrarmos Gui e recebermos dicas preciosas
de como conseguirmos o que queríamos. O encontro seria no Guaca, mas como não
tínhamos reserva e em alta temporada aquilo fica ainda mais lotado fomos até o
Didge, um restaurante temático que também fica na beira mar, gastronomia
australiana, uma delícia!
Quarto dia – O último dia do ano, alternava entre sol e pancadas
violentas de chuva. Fomos para a praia do Campeche, dessa vez a certa. Entre
uma pancada e outra de chuva pegávamos sol, nos escondíamos debaixo de guarda
sol para nos proteger das gotas imensas de chuva, os meninos jogavam vôlei e as
meninas conversa fora. Foi então que surgiu o famoso queijeiro e a dica do Gui
funcionou. Fomos mandados para as dunas e de lá saímos prontos para eu cair
dentro de um Rio/esgotinho que corta a praia. O Google nos ajudou e no final
das contas deu tudo certo.
Resolvemos passar a virada na praia do Campeche mesmo – mas deveríamos
ter ido ver o filme do Pelé – é legal, mas acho que na contramão da maioria das
pessoas com juízo eu gosto de lugares badalados como BC, Copacabana e estava
topando ir ver os fogos com a ponte Hercílio Luz de fundo. De qualquer forma
brindamos, nos banhamos com champanhe e fizemos nossos votos para o ano de
2016. Em casa ainda celebramos mais um pouco e fomos dormir.
Quinto dia – Dia de churrasco no Jardim com mais amigos de SI, dessa
vez Zóio foi nos visitar, levando sua esposa e sua filhinha; Gui e Ana também
estavam lá. Ao som de Wesley Safadão (para terror dos roqueiros de plantão)
passamos o dia, na paz e no amor. Mas a noite ainda consegui passar mal.
Sexto dia – Dia de ir ver a chuva na Barra da Lagoa e abandonar uma
trilha antes de começar, devido ao barro. À noite comemos sushi, assistimos ao filme o Tempo e
o Vento e Imortalizamos a frase “Bibiana frita uma linguiça”!
No dia seguinte retornamos para casa. Mais uma vez foram momento
maravilhosos de muita diversão. É sempre bom passar esses momentos com os meus
amigos de longa data, eu sei que rimos das mesmas piadas sempre, mas mesmo
assim é legal. Poder relembrar nossos tempos de C.A, fazer alguma referência a
F.R.I.E.N.D.S, ou simplesmente rir um do outro já torna nossos momentos
especiais. Até final do ano, galera!
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