Riquezas da minha terra aos olhos do
coração
Entendo que
Alfredo Wagner não está situada apenas entre os limites que definem a serra e o
litoral, o município também permite identificar-se nos limites de sua
identidade. Convivemos com culturas tão díspares quanto a alemã, a italiana, a
gaúcha e a açoriana. Alfredo Wagner não está inteiramente localizada na serra,
nem no litoral ou no alto vale e seu clima é um capítulo a parte, pois vivemos
invernos de europeus a verões cariocas. A diversidade religiosa é flagrante e
ao mesmo tempo harmoniosa. Nosso ambiente natural não é purista - ainda bem! E
nossa identidade caracteriza-se por um certo instinto de não-identidade, pela
mistura.
O nosso eterno
Barracão tem o estranho poder de despertar um sentimento de contemplação
poética, de encantar a todos com suas belas paisagens, com suas tradições e com
seu povo, que como não poderia deixar de ser, também é algo ímpar.
Alfredo Wagner, a Terra Querida, como é
chamado por muitos tem o poder de deixar no peito dos que daqui já se foram um
sentimento de doçura e sensibilidade, misturados com a saudade desta terra que
tanto nos cativa.
A cidade
permanece em um mundo paralelo, entre o passado e o futuro, beirando o encanto.
Mantém trejeitos de cidades do início do século passado, cultiva hábitos como a
amizade entre vizinhos e famílias. A comunidade tem raízes profundas neste chão;
todo mundo se conhece de longa data e na maioria das vezes se quer bem. Mas o alfredense
não fica parado no tempo, somos arrojados e modernos, temos uma educação de qualidade
e estamos sempre conectados no futuro além de estarmos a um “pulinho” da
capital. Este é mais um paradoxo que torna Alfredo Wagner única em todo o
mundo.
Somos a Capital
das Nascentes e nossas paisagens são dignas de filmes de aventura. Ainda somos
uma jóia bruta incrustrada ao pé da Serra.
A nossa história
é rica, assim como as das mais consagradas nações, nossa cidade também foi
erguida por bravos e visionários homens que acreditaram que esta nova terra se
tornaria a “sua pátria”, e aqui dispenderam seus esforços fazendo a terra prosperar.
Reconhecer-se um
verdadeiro cidadão alfredense requer não apenas ocupar seu espaço físico, é
preciso também cultivar a necessidade que todo ser humano tem de sentir-se em
casa, de encontrar em cada pedaço de sua terra um vestígio do seu lar; é levar
e manter no coração um sentimento de orgulho, orgulho este construído pela
miscigenação de todos aqueles que um dia aqui passaram e deixaram sua marca.
Ps: Parte do texto foi inspirado em um texto de Valdir da Cunha.
1 Comentários
valeu, carol, vc é uma jovem impressionante, de muito valor - daquelas que, aos passos de formiguinha, gradualmente vai transformando o mundo ao redor com boas ações e atitudes positivas. uma revolucionária, no melhor significado da palavra.
ResponderExcluirvaldir cunha