Segundo relatos da região, conta-se que o longínquo
ano de 1893, um grupo de soldados, fugidos da Revolução Federalista, atravessou
a pé nossa região, certamente com destino a Lages. Porém o inverno fez daquela
viagem um inferno: tempestades, neve, fome, falta de abrigo e caminhos incertos
foram algumas das dificuldades encontradas por eles.
Infelizmente na escuridão de uma das noites,
cruzando a frígida Chapada das Demoras, um deles, debilitado e doente,
perdeu-se do grupo, sendo encontrado morto no dia seguinte. Ali mesmo no local, sob um grosso
pinheiro, os colegas o sepultaram.
Com o passar do tempo e aumento do tráfego de
tropeiros por aquela região, a simples cruzinha colada no local, passou a ser referência
para os viajantes, que paravam, acendiam avelas, rezavam pela alma do
desconhecido e pediam-lhe graças. Criou-se então certa devoção àquele jazigo,
principalmente quando o novo dono daquelas terras, desinformado, ateou fogo na
mata, queimando toda a vegetação. De maneira inexplicável, a cruz de madeira
resistiu as chamas.
Construiu-se. Dessa forma, na década de 1950, no
local, um túmulo até hoje muito visitado. O lugar passou a ser um centro de
peregrinação de romeiros que garantem ter alcançado graças do Soldado
Desconhecido. Comprovando assim seus milagres.
2 Comentários
quando era criança fui muitas vezes lá. Era muito cansativo ir a pé, mas muito divertido também! passávamos o dia, fazíamos piquenique, visitávamos o túmulo do soldadinho... Inclusive era passeio de escola, pois era muito importante conhecer esta história!
ResponderExcluirEu estava lá morei lá até os 17 anos
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