No dia 24 de Maio os alunos do 1º
e 2º ano do Ensino Médio Inovador da Escola de Educação Básica Silva Jardim
realizaram uma viagem de estudos com destino a Serra Geral.
Realmente podemos dizer que o Brasil
é abençoado por Deus e bonito por natureza, pois, apesar de ser um país
tropical, também apresenta a ocorrência de neves. No estado de Santa Catarina,
esse fenômeno ocorre na Serra Geral, uma área de 49.300 hectares e
abrange os municípios como Urubici, Bom Jardim da Serra, Urupema e São Joaquim.
Essa região é dominada pela Floresta Ombrófila Mista (mata
com araucárias), uma das formações mais ameaçadas do país. Parte do bioma da Mata Atlântica, esse ecossistema possui atualmente menos de 5% de sua cobertura original, devido a intensa exploração pela atividade madeireira.
com araucárias), uma das formações mais ameaçadas do país. Parte do bioma da Mata Atlântica, esse ecossistema possui atualmente menos de 5% de sua cobertura original, devido a intensa exploração pela atividade madeireira.
A Serra Geral é composta por
lindas e intrigantes paisagens que despertam não somente nosso olhar turístico
mas também científico. Nessa paisagem estão presentes cascatas, cânions, vales
profundos, formações rochosas cobertas ou não por vegetação, além de possuir
nascentes de vários rios como o Canoas, um dos formadores do Rio
Uruguai.
Uruguai.
O clima temperado da região é
influenciado diretamente pela região litorânea do estado. A massa de ar úmida
formada sobre o Oceano Atlântico desloca-se sobre o continente e ao cair, sob
forma de chuva, favorece o desenvolvimento da Floresta Ombrófila Densa (Mata
Atlântica). A temperatura média anual varia entre 12 e 14ºC.
Na vegetação se alternam os
Campos Gerais, as Matas de Araucárias - que se desenvolvem entre 500 e 1.200 metros de
altitude -, a Floresta Pluvial Subtropical que ocupa o fundo dos vales. Nas
bordas da Serra, acima dos 1.200
metros , a vegetação recebe o nome de mata nebular,
devido à ocorrência de névoas e apresenta espécies endêmicas. A espécie mais
comumente observada é o Pinheiro-do-Paraná (Araucária) que é símbolo da Floresta
Ombrófila Mista. Todas essas características contribuíram para a escolha do
destino, fazendo-se assim perfeito para uma aula de geografia sobre a geologia,
diversificação vegetal e história da região.
Após passarmos pela Serra do Panelão
e suas inúmeras curvas chegamos até a cidade de Urubici, onde tomamos café da
manhã e de lá seguimos até a Serra do Rio do Rastro que é patrimônio do
município de Lauro Muller, contornando um "Cânion" profundo de 1.460 metros em
relação ao nível do mar. Na divisa com o município de Bom Jardim da Serra, no
alto da serra, há um mirante onde, em dias de sol, se vislumbram até as águas
do Oceano Atlântico. A Serra do Rio do Rastro é um dos mais belos marcos
geológicos do planeta, a subida da serra permite ao espectador vislumbrar a
história geológica da Terra com vegetação exuberante e abundância de
cachoeiras.
Antiga trilha de tropeiros nos anos20, a
Serra era o caminho mais próximo entre a Região Serrana e o Litoral, onde o
intercâmbio comercial era feito em lombo de mulas, a construção da rodovia se
deu seguindo o caminho das trilhas das mulas e este é um dos motivos pelo seu trajeto
ser tão sinuoso, outro motivo, ainda mais determinante foi o relevo da região.
Antiga trilha de tropeiros nos anos
Do alto do mirante o professor
Reginaldo ministrou uma aula de geografia espetacular usando a paisagem como
base, e isso aconteceu ao longo do dia, em cada um dos locais que visitamos. Os
alunos acompanharam a tudo com bastante interesse, se distraindo apenas por um
momento, quando um quati roubou a bolsa de uma das alunas.
Da serra seguimos até a Parque Eólico.
O Parque Eólico de Bom
Jardim da Serra na verdade é formado por quatro
parques eólicos denominados de Bom Jardim, Rio do Ouro, Púlpito e Santo
Antônio, sendo que os três primeiros possuem 20 torres cada um e o último, duas
torres.
As
62 torres da usina com 140 metros de altura, cada uma, distribuídas pelos 4 parques ocupam uma área
de 5 mil hectares e têm 93 MW de potência instalada. O aproveitamento, porém, é
de 32% desta potência e, pode iluminar um município com cerca de 200 mil
habitantes.
A
energia eólica é considerada limpa, pois o impacto ambiental da mesma é
bastante pequeno se, por exemplo, for comparado ao impacto gerado pelas usinas
hidroelétricas. No parque tivemos mais uma aula de Geografia e de lá seguimos
até a Cascata do Avencal.
Uma queda livre de quase 100 metros (88 para ser
preciso) ótima para os adeptos de rapel, a cascata do avencal é um modelador
das escarpas da serra geral. Seu nome deriva de avenca, vegetação comum na
região. Maravilhosa. Infelizmente devido a grande estiagem o volume d’agua era
pequeno e não podemos ver sua real dimensão. Mesmo assim já foi uma visão
encantadora.
Nosso almoço foi na cidade de
Urubici. No restaurante ficamos sabendo que um ônibus com alunos que também
tinham ido até o Morro da Igreja em viagem de estudo tinha sofrido um acidente,
inclusive com mortos. Como as notícias poderiam ter chegado desencontradas até
Alfredo resolvemos ligar para casa e para a escola e avisar que estávamos bem,
mesmo assim alguns pais ainda ficaram muito preocupados, achando que o acidente
poderia ter acontecido com nosso ônibus. Após o almoço seguimos até a Serra do
Corvo Branco.
Com mais de 1470 metros de altitude
a Serra do Corvo Branco, localizada em Grão-Pará é um emaranhado de escarpas e
montanhas por onde passa a estrada. No ponto mais alto, a estrada cruza dois
paredões de 90m, o maior corte vertical feito em rocha no Brasil. O que vem
depois são sinuosas e perigosas curvas que alguém pode ver em uma estrada, 5 km de descidas íngremes,
precipícios. Em volta a mais imponente criação da natureza: a serra. Do alto da
Serra consegue-se avistar boa parte da planície catarinense e várias formações
de cânions e vales profundos.
Da serra do Corvo Branco fomos até o alto do Morro da Igreja. O Morro da Igreja é uma montanha pertencente ao Parque Nacional de São Joaquim, localizada na divisa entre os municípios catarinenses de Bom Jardim da Serra, Orleans e Urubici.
Da serra do Corvo Branco fomos até o alto do Morro da Igreja. O Morro da Igreja é uma montanha pertencente ao Parque Nacional de São Joaquim, localizada na divisa entre os municípios catarinenses de Bom Jardim da Serra, Orleans e Urubici.
Em 17 de novembro de 2011, a Secretaria de
Estado do Planejamento emitiu um parecer técnico no qual confirma exatamente
isso: A base da Aeronáutica (CINDACTA II), onde é feito o controle do tráfego aéreo do RS e
SC e a estação meteorológica
do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) - área onde os turistas
contemplam a paisagem estão em Bom Jardim da Serra. A misteriosa Pedra Furada,
alvo das fotografias pertence ao município de Orleans. E o principal acesso ao
Morro da Igreja continua sendo por Urubici, Mas, vale lembrar que como já foi
mencionado, o Morro da Igreja é do Parque Nacional de São Joaquim, patrimônio
da região.
O Morro da Igreja é considerado
um dos pontos mais alto do sul do Brasil com 1.822 metros de
altitude. Neste pico, há grande possibilidade de ocorrência de neve no inverno.
Em 1996 foi registrada a temperatura mínima recorde no Brasil, de 17,8 ºC
negativos no termômetro e 40ºC negativos na sensação térmica. Em dias claros,
torna-se um ótimo mirante para as escarpas da Serra Geral e até para o litoral,
a mais de 60
quilômetros de distância.
Do topo é possível avistar e
admirar a Pedra Furada, uma intrigante obra da natureza, uma formação rochosa
como uma escultura natural em forma de janela medindo aproximadamente 30 metros de
circunferência.
A vista é maravilhosa, para
qualquer lado que se olhe a paisagem é exuberante. Para completar nosso tour
pela Serra Geral nosso último destino foi a Cascata Véu de noiva. No Aparados
da Serra Geral, está a Cascata Véu da Noiva, uma cachoeira sobre o rochedo
ondulado. Esta cascata tem o formato de um véu, o que deu origem ao seu nome. Com
aproximadamente 60 metros
de altura, suas águas geladas descem por paredão de basalto cercada de mata
nativa, infelizmente por causa da baixa quantidade de chuva o volume de água
também era muito pequeno. Após o lanche voltamos para casa.
Com a prática da saída de campo, espera-se que os
alunos busquem no contato com a realidade uma relação mais aprofundada e
contundente daquilo que se estuda, visando conscientizá-los das transformações
e apropriação do espaço pela presença e atuação do homem, que mesmo no quadro
natural, transforma e influencia o espaço.
As saídas de campo são ótimas estratégias de
ensino/aprendizagem, pois despertam o interesse dos alunos e levam à sua ativa
participação, permitindo uma observação direta do ambiente e uma relação com a
realidade.
2 Comentários
Carolina pereira dos Santos, tbém era o nome de minha querida avó.
ResponderExcluirCarolina Pereira dos Santos. Já está os documentos no Familysearch.
Excluir