8 meses - Saudade daquilo que a gente não viveu


Nunca esperei completar meus 8 meses em Limerick nessa situação, isolados, repartidos, desolados...
O Neymar estava certo, “saudades daquilo que a gente não viveu”, foram tantos planos, tanto da nossa amada Irlanda que deixamos para conhecer depois e depois os planos mudaram e as possibilidades escorreram por nosso dedos.
Realmente, somos meros peões nesse jogo, essa foi a maior prova. Simplesmente não tivemos escolha e sabemos que tudo foi conduzido para que nós ficássemos seguros à salvo.
                Agora vejo o tempo correr através da janela do meu quarto. As árvores que já vi com os galhos secos, outras vezes cobertas de neve, hoje começam a florescer, deixando tudo ainda mais bonito.
O céu de Limerick, que sempre me encantou, nessa primavera trocou o cinza dos dias chuvosos por um azul sem igual, com dias ensolarados e finais de tarde igualmente “gorgeous”.
Nesse último mês, sem a Universidade, sem a biblioteca, a academia, sem o Dolans para ouvir música Irlandesa e o Nancy’s para ver os Irlandeses nossos dias parecem durar uma eternidade. Temos muito o que estudar, mas é impossível ficar o tempo todo na frente do P.C. e para não pirarmos, temos recomendações de tentar espairecer… tenho caminhado. Nessas caminhadas tenho conhecido uma Limerick diferente, talvez até diria mais rural e cada canto dessa cidade me encanta. Nesses passeios surgiu até a inspiração para um romance.
Limerick será cenário do meu próximo livro, meu primeiro romance, tenho noção de que não sou nenhum Frank McCourt que conseguiu mostrar Limerick para o mundo inteiro quando escreveu Angela's Ashes, mas essa cidade que tão bem me acolheu me inspira tanto, que não posso deixar de aproveitar isso.
Ah Limerick, nós ainda temos muito para viver juntas!

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2 Comentários

  1. Acompanho seu trabalho Carol e espero realmente que conclua o romance , adoro ler sobre tudo, porém os romances me fascinam.
    Neste momento de isolamento estou morando sozinho na cidade de Anitápolis 2500 habitantes,perto de Alfredo Wagner para me refugiar do agito da cidade grande.

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  2. Passei a minha infância em Alfredo Wagner,fui aluno e meu pai era professor e diretor do colégio silva Jardim .
    Dr Thiago de Souza
    Tenho boas lembranças da nossa terra .

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