Por Manuella Schutz Mariani
Antes de começar meu relato, registro aqui o quanto é difícil, porém uma honra estar no blog da Carol, afinal esse blog é incrível e merece bons textos. Obrigada Carol pelo espaço!
Há um tempo venho participando de
trilhas, sempre com um grupo, cujo nome saiu de uma brincadeira: “Só para os
fortes”. O grupo é muito familiar e de amigos, pode-se dizer que 99% deles, são
Alfredenses.
Sou aluna de jornalismo da
Universidade Federal de Santa Catarina e sempre que posso faço alguma matéria
sobre a trilha que realizo e isso vem me encantando cada dia mais. Foi aí que
conheci o grupo Trip Montanha, o maior do sul do Brasil que reúne os amantes de
trekking.
Anos atrás pude conhecer a Pedra Branca
com a família, mas desta vez eu queria produzir algo para o telejornal que
participo, então tive a oportunidade de ir com o Trip Montanha novamente na
Pedra Branca, em Alfredo Wagner.
Cheguei no local marcado no
sábado à tarde, o pessoal já estava com as barracas montadas e assistindo as
palestras oferecidas no local. Essa parte achei muito interessante,
principalmente a de primeiros socorros, sobre como fazer fogo ou cuidar de
algum ferimento na trilha. Quem gosta de caminhar por aí, precisa de aulas
assim, recomendo!
Entre uma palestra e outra, as
pessoas confraternizavam e trocavam experiências. A noite foi chegando e o céu
não estava estrelado, o que me preocupou. Eu não dormi no local, como meus pais
moram em Alfredo Wagner, voltei e dormi em casa. Por volta das 5h da manhã meu celular desperta e nesse momento
confesso que dá uma vontade de continuar dormindo, mas eu sabia que era
passageiro.
Embarquei no fusca junto com meu
companheiro e cinegrafista amador, o Rafael. O trajeto levou 1h do centro de
Alfredo até a Pedra Branca e muitas porteiras pra abrir. Mas enquanto isso o
dia foi amanhecendo e a gente foi curtindo a paisagem e ouvindo um CD de música
bem gaúcha… relíquias do meu pai deixada no fuscão (quem ainda usa CD?). Bom, e
nessas horas o sol ainda não dava as caras.
Chegando no acampamento, a nossa
guia Vanessa apitava demasiadamente para o pessoal que estava atrasado,
precisávamos partir.
Todos à postos, foto registrada,
começamos a trilha.
E aí nos primeiros metros já
começa o efeito “cebola”, todos começaram a tirar os casacos, pois a subida
exigiu força. Nessa subida havia muitas pessoas, de diversos locais. Eu achava
que era a única que não conhecia ninguém, mas aos poucos percebi que não era.
Quanto mais subíamos, mais eu perdia
esperanças de ver o sol. O tempo ficava mais úmido, o cabelo molhado a
temperatura baixando. Apesar disso, ainda acreditava que poderia me
surpreender, pois na primeira vez que fui, o tempo pregou essa peça.
Infelizmente desta vez, não foi possível.
De certa maneira foi um
aprendizado, de que eu pude ir além do convencional, testar novas oportunidades
e me surpreender com meu físico. A galera era super animada, então o tempo ruim
não era problema.
Fizemos um lanche na montanha e
logo descemos. O Renan e Vanessa criaram um espaço lá no cume onde guardam um
livro de registros, achei muito interessante. Outra coisa fofíssima que
aconteceu, foi a companhia de uma cachorrinha levada na mochila por um casal…
em certos momentos eu queria estar no lugar dela.
Enfim, o evento foi bem
organizado, cheio de bom humor, entusiasmo e o tempo apenas seguiu sua ordem
natural… na próxima se ajeita.
Como eu não me chamo Carol
Pereira e não tenho essa habilidade das crônicas e boa memória, prefiro deixar
o vídeo que produzi e aí quem sabe eu consigo te mostrar como foi o Segundo
Encontrão do Trip Montanha.
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