Poesia - O antigo Barracão


                        Autor: Orly Miguel Schweitzer

Da nossa terra querida
Queremos aqui falar
Seus filhos se reuniram
Para  homenagens prestar

Todos lembram com saudade
Do saudoso Barracão
Hoje, Alfredo Wagner
Também do nosso coração

Nas nascentes dos rios
Cá nos altos da serra
Surgiu uma povoação
Que veio a ser nossa terra

Cebola, gado e alimentos
É a sua produção
Profissionais de serviços
Transporte com caminhão
Mas o seu maior orgulho
É a sua população

Gente humilde e hospitaleira
Trabalho é a vocação
Nossa raça é a brasileira
Temos Deus no coração

Homenageamos os pioneiros
A todos seus fundadores
Comerciantes e caminhoneiros
Funcionários e agricultores

Dos antigos moradores
Externamos admiração
Aos principais fundadores
Da querida Barracão

Queremos homenagear alguns deles
Que ainda conhecemos
Pedimos desculpas aos demais
E daqueles que esquecemos
Lembrar de todos se experimenta
Referimo-nos lá para os  “anos sessenta”

Para a construção do colégio
Para a nossa educação
Agradecemos ao Sr. José Campos
Que o terreno fez doação

Para criar o município que era o grande ideal
Na construção da igreja, do clube e do hospital
Todo o povo ajudou  para minorar muito mal

E o terreno do Hospital
Tudo de graça. Imagina!
Doação do Seu Balcino, junto com Dona Vergina

Lembramos Padre Cristóvão
Da igreja a construção
Com Raulino e Bepe Zilli na sua edificação
Adelar, Izidorio e Paulo Bumm - na sua Direção.

Pedro Borges, Duca, Rogerio, Norberto, Formiga, Ivam, Sergio e Vanderley e agora Naldir - os Prefeitos
Gente boa - eu sempre disse
Virto, Cláudio, Quiliano, Rogerio, Wanderlei e Juliano e Luiz Carlos e Daniel
Exerceram o cargo de “Vices”

Olíbio Cunha um grande idealizador,
Era o nosso escrivão
Sua inteligência usava
Em prol da população

No comércio: Paulo Almeida, Tolda, Dorinho, Clauberg Olímpio e  Artêmio Faria
Natalício, Querino, e Lauro Schweitzer - No armazém
Balcino na Olaria
Antonio Thiesen com açougue
E Quiliano com serraria

Lembramos do “seu” Talico
Com bar e sorveteria
Da bondade da “dona”  Julita
Quem não conheceu um dia?

Aldo e Bruno Seemann na farmácia todo dia
Zezinho, Gentil,  Celio,  e Cacepa - os barbeiros,
Lourenço e Valmor com fotografia
Tio Bebeto e “seu” Ogê - os sapateiros
Tio Vilsôn na Alfaiataria
E até hoje ainda está -  o Santo Luca na ferraria
                                                                 
Parada obrigatória
De quem ia para “baixo” ou para “cima”
No “seu” Adelino Lickmann
Com Posto de Gasolina
           
                       
Para iluminar a cidade
Começaram com muito jeito
A Represa da Eletricidade
Da Família dos Chequetto

Não podemos esquecer
Do pessoal do “Saltinho”
Dias, Nelito e Cerilo Palma
Tia Noca e Tio Florinho

Em Demoras, o Olávio Silveira
“Seu” Nena e  Ernesto Faria
Nos foguetes João Custódio
Nas festas era alegria

Da família Poeta, com  serraria o primeiro
Era o Pai “seu” Salvador.
O filho Nilton como seleiro
E Fernando - com o pai - agrimensor

José Onofre, Zé Gonga e Gentil Farias
Manduca, Oscar Schitz,  Germano Porto e  José Kalckmann
Quem vai para  Águas Frias
Célio e o Oscilino fazendo carrocerias
                                                          
E  o Zé da Marcelina
Vejam só o coitado
Tinha lá a sua sina
De tudo era o culpado          
                                  
Na Laminadora o Manoel Semman
Começou a produção
Ivo Almeida e Gil Lucena
Tetega, João Valério e Nelson Souza - com Caminhão
Emilio Medeiros e Beto Corrêa
Lá no bairro Barracão

Hotel e alimentação
Era servido todo o dia
“Seu” Fernando, Lindolfo,  Neri e Luizão
Com restaurante e Churrascaria

Em mecânica de veículos tinha lá muito “doutor”
Izidorio, Juquinha e Lauro, “seu” Iahn com radiador
Homenagem a Olíbio Zilli que era aqui o Coletor
E para o progresso da cidade
O Adilson  Schweitzer com a contabilidade

Autoridade de respeito
Eu muito tenho falado
Mantinha a ordem com jeito
O MURILO como Delegado

Como Juiz de Paz, mesmo sem ser durão
Eram tratados com respeito
Lindolfo Mariot,  e Luizão
E Altair Schweitzer que foi nomeado até  Juiz de Direito

Na música, começou a despontar,
Na região devagarinho
Era o “Jazz Familar”
Da família do seu Etti, juntos com o Tio Vadinho
           
Outro que fez sucesso
Que não foi brincadeira
Eram dos bons, eu confesso
O conjunto “Os Caveiras”

Títi no sax,  Tampa e Vito no acordeom
Nica na guitarra, Valdir no  baixo,  e Dédi no pistom
Oda, Zequinha, Murilo e Jonas - pra fazer a marcação
Abrilhantaram muito festa em toda a  região 

Aqui vai minha homenagem
Ao “Tampa” -  meu irmão
Que agora está lá no céu
Tocando seu acordeom

Lá do Grupo Escolar
Saíram muitos “doutores”
Quero agora relembrar
Seus primeiros professores

Della Antonia - o seu José
Ensinar foi vocação
Maria Inez e Cléia
Responsáveis na Direção
                                              
Maria Helena, Nilza, Olga, e Valmira
Dona Benta, Zelina e Terezinha juntas com dona Nazira,
Foram as Educadoras
Nunca esqueço, eu sempre  disse
De muitos - a primeira professora
Foi a dona Doralice
           
A hora da merenda
Era a melhor que tinha
A gente sempre se lembra
“Seu” Júlio Wessller, dona Edite e da tia Mariazinha

Tantas outras professoras
Não consigo aqui nominar
Que deixaram a sua marca
Cabe a cada um relembrar
A todas neste momento
Prestamos nosso agradecimento
Exportador de Prefeitos  pra toda a Santa Catarina
De todos nos orgulhamos
Paulo Cesar em Agrolândia
Nabor Schmitt em Vidal Ramos

Foram muitos eu não minto
É notícia que espanta
O Foster em Correa Pinto
E daqui saiu também, um  Prefeito de Atalanta

É filho de Alfredo Wagner
Com o que a honra é toda nossa
Foi Prefeito por duas vezes
O Ronério na Palhoça

E no cenário estadual
Não perdemos em nada
Temos Dirce Heiderscheidt
Como nossa deputada

No futebol incomodava
No tempo do UNIÃO
Cada time que jogava
Encontrava oposição
Nosso treinador não brincava
Era ele o seu ILÃO
Nunca interferiu no placar
Quando precisava apitar

Pela defesa ninguém passava
Tinha o JOEL e o IPEROGÍ,
O ROMEU e o ATÍLIO,
O MURILO e o OSNI.
Com o DELLER no gol ninguém passa ali
                                                                                 
No meio jogava o DEDI,
O EDINO, JAIRO THIESEN e o VAVÁ
No ataque o ADILSON, TAMPA e o TETI
LELO, VADA, ANDRADE e o PARANÁ
E eu que nada jogava não deixavam nem entrar

Com a torcida que estava
O adversário entrava no “cano”
Quando um torcedor gritava
Era o grito do TUCANO
Com a receita que espanta!
“Quebra a cola que levanta”

Aqueles que daqui saíram
A procura da profissão
Aqueles que aqui ficaram
Somos todos como irmãos
E hoje aqui reunidos
Na festa do Barracão

Foi um pouco da história
Da nossa terra senhoras e senhores
Em mistura de poema, verso e prosa.
Perdoem-me os escritores
                                                                                 
E PODER ABRAÇAR UM AMIGO
E SENTIR O CALOR DE UMA GRANDE AMIZADE
ISSO É A FELICIDADE

... E todos cantando: 
           
ISSO É A FELICIDADE,  
ISSO É A FELICIDADE
SEM TER AMOR NESSA VIDA NÃO HÁ
QUEM SEJA FELIZ DE VERDADE.

ANDAR SEM TEMOR PELA VIDA
E SENTIR O VALOR DE SE TER LIBERDADE
PODER ABRAÇAR UM AMIGO
E SENTIR O CALOR DE UMA GRANDE AMIZADE
    
            “...BIS...”


* O Autor é advogado e Mestre em Engenharia de Produção pela UFSC
   orlyms@terra.com.br

   São José - SC 


Postar um comentário

0 Comentários