Num dia em que a nostalgia machucava seu coração, Eva saiu
para cavalgar com seu fiel companheiro. Naquele dia os cascos de Artigas batiam
forte nas pedras do estreito caminho que levava às montanhas do alto rio Caeté
onde Eva esperava abrandar uma saudade pulsante do pai falecido e de uma mãe
que sequer conheceu.
Quando já estava no alto, desceu do cavalo, à beira de uma
linda cachoeira, para que pudessem beber água, ao se abaixar Eva escorrega e
acaba caindo atrás da cascata da cachoeira, e desmaia. Algum tempo depois ela
acorda e percebe que está em uma caverna, curiosa começa a percorrê-la. Eva vê
uma forte luz ao fundo da caverna, motivada pela curiosidade e enfrentando o
medo continua, quanto mais se aproximava mais forte a luz ficava, então Eva
atravessa o enorme clarão e se depara com um lindo jardim, nele havia índios em harmonia com o
homem branco, negros e judeus que pareciam ser orquestrados por uma belíssima
jovem loira que emanava paz, quando Eva se aproximou a emoção tomou conta dela,
a empatia entre elas foi tão grande que parecia de uma vida toda. Eterna, como
disse que podia ser chamada, contou que aquele era um mundo onde todos eram
tratados da mesma forma, não havia diferenças entre raças, religiões e classes
sociais, a apresentou a todos, passaram várias horas juntas, mas Eva percebeu
que precisava voltar para casa, caso o contrário seus tios ficariam preocupados.
Eva foi a caminho de
Eterna e se despediu:
- Adeus Eterna, nunca
me esquecerei de você!
- Eva... Eu preciso lhe contar algo: eu sou...
- É o que Eterna?
- Eva eu sou sua mãe.
Eva chorava muito emocionada.
Então Eterna falou:
- Filha, sua missão nessa vida é...
E Eva acorda no meio de uma enorme caverna.
2 Comentários
Minha filha Helena, saiba que você é motivo de orgulho para nós, me traz enorme felicidade saber que o gosto por literatura que sempre incentivei desde pequenininha está dando resultados. Independente de seu texto ser o vencedor ou não, mas foi um dos escolhidos, já mostra sua dedicação aos estudos. Te amamos. Mãe, pai e Marina.
ResponderExcluirLindo e emocionante conto. Parabéns!
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