Por Daniela Bunn
Data de nascimento: 20 de dezembro de 1929
Data de falecimento: 06 de agosto de 2001
Lauro Comichelo Cechetto nasceu
em Orleans, em 20 de dezembro de 1929. É filho de Sebastião Cechetto e Antônia
Moro Cechetto. De família pobre e humilde, teve como língua materna o italiano.
Seu pai era cego e tocava gaita, instrumento com o qual sustentou a família. O
sobrenome Comichelo é uma homenagem ao seu padrinho de batismo, Jucelino
Kubitschek, que deu de presente uma quantia em dinheiro, revertida em uma
vaquinha de leite que contribuiu durante anos na renda familiar.
Lauro mudou-se
ainda pequeno para Alfredo Wagner onde cursou dois anos de escola. Mecânico de
profissão, casou-se com Laurentina Mariotti (in memoriam), costureira, que teve um AVC muito nova. Lauro
dedicou-se intensamente a cuidar de sua esposa e filhos. Muitos alfredenses
podem se lembrar da imagem de seu Lauro, conduzindo dona Laurinha (como era
chamada) pelo braço que, embora toda a dificuldade para caminhar, não faltava
uma missa no fim de semana. Seu Lauro era um marido atencioso, todas as noites,
após seu joguinho de baralho ou dominó,
trazia para sua esposa acamada um agrado: um chocolate, uma bala, uma
cocada. Gesto que demonstrava todo seu carinho e atenção. E isso aconteceu
durante anos e anos. Foi pai, avô e esposo extremamente dedicado. O casal
deixou três filhos, seis netos e uma bisneta.
Era um
grande contador de causos, de histórias de pescadores e caçadores, era bom de
trova e adorava um verso de improviso.
Seu
Lauro participou da vida religiosa e política de nossa cidade. Doou para a
Igreja Matriz de Alfredo Wagner a imagem do Cristo Morto, participou da
construção do Hospital e prestou trabalhos comunitários como Vereador, numa
época em que vereador não recebia salário.
Morreu de
infarto, em 2001, aos 71 anos, após quarenta dias internado no Hospital de
Caridade, em Florianópolis, devido a um câncer.
“De meu
avô lembro da careca, que eu costumava beijar, do carinho com minha avó, ao
trazer todas as noites um agradinho, das verduras que plantava, dos sustos que
adorava dar nas pessoas. Era um grande contador de causos e adorava polenta. No
seu carro sempre tocava Pena Branca e Chavantinho ou Tonico e Tinoco. Aprendi
com ele a ter paciência e a cuidar das pessoas com muita dedicação e carinho.”
(Daniela Bunn, primeira neta)
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