Quando eu era pequena eu queria ser jornalista ou professora.
Se eu fosse professora, queria ser professora de história, para poder falar
sobre antigas civilizações, falar sobre as revoluções, sobre os movimentos
sociais, sobre como o passado influencia nosso futuro. Mas – sempre tem um mas
-, minha mãe era professora e ela não tinha uma vida muito fácil, quase não tinha
tempo para ficar com a gente, passava mais tempo com os filhos dos outros do
que com os dela, enfim, eu não queria isso para minha vida.
Com 17 anos eu tive que escolher que faculdade cursar.
Fiquei entre jornalismo, história e Sistemas de Informação, a timidez e a
certeza de que eu não queria ser professora me fizeram escolher a terceira
opção.
Depois de formada voltei para a Alfredo e comecei a
trabalhar. Onde? Em uma escola. Em uma escola não... na minha escola, o Silva
Jardim. Obvio que me apaixonei pela profissão, inclusive, a considero a melhor
do mundo! Eu me encontrei como professora, é o que eu amo fazer. Saber que você
pode fazer a diferença na vida de alguém, que você pode ser uma referência, um
ombro amigo, alguém em que seu aluno pode confiar é uma grande responsabilidade
e sem dúvidas algo muito gratificante.
Eu fiz outra faculdade, de Licenciatura em Informática.
Todos os meus projetos mesclavam tecnologia e história então, 10 anos depois de
eu ter iniciado minha primeira faculdade eu finalmente resolvi que iria cursar
história, eu precisava fazer isso, pois era uma de minhas grandes paixões.
Ontem foi o final desse ciclo.
Me graduei em história.
Hoje posso estufar o peito e falar orgulhosa que eu
sou uma professora de história.
Eu não estou na foto junto com os outros formandos,
não pude ir para a minha formatura, pois estou estudando longe do Brasil, mas
eu não poderia deixar de celebrar esse dia. O dia em que eu me tornei mais um
pouco do que eu sempre sonhei para a minha vida!
Parabéns para nós, novos professores de história!
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