A Praia do Campeche já é muito linda e encanta todos que a visitam,
mas a pequena ilha que leva o mesmo nome merece um destaque especial. Todos que
visitam o Campeche ao olhar para o mar veem aquele pequeno pedacinho de terra
que tem a fama de ser o caribe da ilha de Florianópolis.
A Ilha do Campeche é um dos passeios mais disputados pelos turistas em
Floripa, tanto por sua beleza selvagem, praia de areias finas e claras, por seu
mar de águas calmas que variam entre um verde e o azul, quanto por ser valor
histórico. Dizem que ela é local místico, onde homens primitivos viveram há
cerca de 5 mil anos, deixando como grande legado a maior concentração de
inscrições rupestres de Santa Catarina.
Estando na ilha deve-se aguardar a visita dos curiosos quatis, que vez
ou outra vem fazer uma visita e bisbilhotar as bolsas em busca de alguns
petiscos.
A Ilha é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, desde
1940, está sob os cuidados da Associação Couto de Magalhães. Por esse motivo, o
número de visitantes diários na Ilha do Campeche é limitado. As embarcações que
levam os turistas saem das praias do Campeche, da Armação ou da Barra da Lagoa,
e os preços variam dependendo da época do ano, em alta temporada os preços costumam
ser um pouco salgados, mas, cada centavo vale a pena.
Como existem apenas dois restaurantes na ilha, uma boa dica é levar o
seu lanche e fazer um piquenique, desfrutando da bela paisagem.
Como já falei anteriormente, a Ilha do Campeche é o local com maior
concentração de acervo arqueológico do litoral catarinense. Mesmo tendo algumas
inscrições dinamitadas por ingênuos caçadores de tesouros no passado, os sinais
nos paredões de diabásio, ainda são visíveis na parte Oeste da ilha, voltada ao
mar grosso. As inscrições rupestres, chamadas de petróglifos, têm cerca de um
centímetro e meio de largura, com meio centímetro de profundidade, sendo
polidas por dentro. De acordo com algumas pesquisas, não é possível precisar
qual grupo indígena foi responsável pelas inscrições, nem realizar testes de
carbono, já que para isso é necessária presença de matéria orgânica. Supõe-se
que tenham sido realizadas por um grupo que existiu no lugar antes dos guaranis,
que habitaram o litoral catarinense, e possivelmente foram expulsos ou extintos
por eles.
A desenho mais acessível aos turistas é denominado Máscaras Gêmeas,
por apresentar um padrão quase simétrico, com uma pequena diferença.
Acredita-se que a inscrição está relacionada à crença indígena quanto ao
nascimento de gêmeos, na qual dizem que a alma é dividida em uma parte boa e
outra ruim, sendo necessário identificar o caráter dos irmãos para sacrificar o
espírito mau. No local também existem as oficinas líticas e inscrições em
formatos geométricos, que remetem a flechas e espinhas de peixes.
O mergulho é uma prática bastante comum, devido às águas claras, porém
no dia da visita até a ilha o mar estava bastante revolto e a visibilidade não
era das melhores.
Mesmo assim, segue o vídeo com algumas imagens!
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