Daniela
Bunn
Data de nascimento: 6 de abril de 1907
Data de falecimento: 3 de janeiro de 1970
Conhecer
nossa cidade e nossos antepassados é conhecer um pouco mais de nós mesmos, de
nossas raízes. É dessa bela iniciativa do projeto “Conhecendo Alfredo Wagner”
que vozes esquecidas (ou desconhecidas às gerações mais novas) resurgem e
completam o grande quebra-cabeça da composição histórica de nosso município. As
pessoas que moraram no Barracão, seus feitos, suas histórias – nossas
histórias, afinal, em cidade pequena,
quase todo mundo é primo de todo mundo.
Venho apresentar então meu avô, que não cheguei a
conhecer, mas que teve uma longa trajetória profissional, familiar e religiosa
muito atuante em nossa comunidade.
Paulo Pedro Bunn nasceu em 6 abril de 1907, em Rancho
de Tábuas, no município de Angelina/SC.
Descendente de alemães e filho de Pedro Jacob Bunn e Apolônia Goedert
Bunn, casou-se com Irma Schutz, em 23 de julho de 1932 e veio, em seguida,
morar no Barracão. Nessa época, Paulo tocava um curtume e possuía uma atafona
(moinho de fazer farinha de mandioca, movido manualmente ou por animal). Com
Irma, Paulo teve seis filhos: Nelsa, Inerto, Mário, Adelaide, Pedro Cristiano,
Zelia e Angélica. Pedro Cristiano faleceu, tragicamente, em 17 de setembro de
1939, na roda d´água do engenho. Em primeiro de abril de 1945, Irma também
falece, deixando esposo e cinco filhos.
Posteriormente, em 20 de setembro de 1946, Paulo se
casou com Geni Goulart Bunn, com quem teve mais oito filhos, por ordem de
nascimento: Raul, Elza, Aldo, Maria, Sônia, Elizabete, Paulo e Orlando. Paulo
tinha um famoso açougue que fazia propaganda impressa nas revistas de Bom
Retiro e região. Porém, como conta a filha mais velha, quando a carne chegou a
custar 50 cruzeiros ele decidiu fechar o açougue, pois não concordava com o
preço.
Paulo teve também uma fábrica de óleo de sassafrás. Em
Santa Catarina, milhares de árvores foram picadas e transformadas em óleo num
processo a vapor, entre os anos de 1940 e 1980, nas famosas fábricas de óleo de
sassafrás ou “safrol”. Paulo teve também uma serraria, em sociedade com seu
Izidoro Cechetto. A extração de madeira era feita no Bairro Soldadinho - os
terrenos até hoje pertencem aos descendentes. Homem religioso e atuante, Paulo
Pedro Bunn foi presidente, tesoureiro e leiloeiro da Igreja Matriz. Faleceu de
câncer, em 03 de janeiro 1970, em Alfredo Wagner. É lembrado por muitos pela
sua seriedade e dedicação frente aos anos que atuou em prol da Igreja Matriz.
Informações
transmitidas por:
Aldo
Bunn e Elza Bunn Varela
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