Visitar Nápoles nunca esteve em meus planos mas, como Pompeia estava no
roteiro, Nápoles veio como um bônus e achei uma experiência legal. Apesar de
não ter conhecido os maiores pontos turísticos da cidade, a visita me fez
conhecer o seu povo e a maneira como o napolitano vive.
Cheguei até a cidade de trem, por um caminho L-I-N-D-O
entre as montanhas verdes e o mar Mediterrâneo. A única coisa que eu sabia da
cidade é que lá que se inventou a pizza, a margherita – o que já era importante
– pois é um dos sabores mais populares de toda a Itália, mas nem de longe
passava a ideia de tudo o que a cidade representa.





Apesar do caos, o mercado é um festival de cores e minhas amigas
polonesas se encantavam com toda aquela diversidade e qualidade das frutas e verduras.
Me contaram que quando chegam na Polônia os produtos já não tem a mesma
qualidade. Compramos tomates, clementinas, linguiças, queijos e vinhos. Vimos
de longes um castelo bem bonito, fomos chacoteadas por algumas crianças,
discutimos preço com donos de barracas – vale lembrar que a gente não falava
italiano e eles não falavam inglês, foi engraçado – e quase fomos atropeladas 3 vezes por uma
italiana de cerca de 150 kg em cima de uma Bis furiosa. Loucura, loucura,
loucura!
Voltei para o hotel particularmente realizada, pois foi de fato uma
experiência única na Itália. Conheci alguns aspectos singulares de uma das
culturas mais ricas do planeta. Foi a beleza junto ao caos.
No hotel abrimos nosso vinho de 1 euro, nosso salame e passamos horas
conversando sobre os mais diversos assuntos. Segunda Guerra, Cinema, família,
política... tudo isso em meio a muitas risadas por causa do nosso vocabulário
limitado e da minha inaptidão com o polonês e delas com o português.
Eu havia passado o dia inteiro com elas, parte em Pompeia – onde
visitamos as ruínas, igreja na parte nova da cidade e comemos uma pizza
deliciosa por apenas 1,20 euros. A Bogusia cuidou de mim como uma mãezona, me
deu frutas, água. Depois, em Nápoles, fez questão que eu conhecesse tudo o que
elas gostaram no dia anterior. Ela disse que estava cuidando de mim como
gostaria que as pessoas cuidassem da Kasia – que é superdivertida e
comunicativa – quando ela vai viajar.
Ela era muito parecida com a minha vó gente, impossível eu não amar.
Quando deu a hora do meu trem, elas me levaram para a estação. Eu tenho
certeza que Nápoles tem muito mais a oferecer do que a parte que eu vi. Sei que
a cidade é linda, cheia de museus, história e uma cultura maravilhosa. Dessa
vez, conheci apenas o caos, mas a cidade ficou mesmo marcada por ter sido nela
que conheci duas das pessoas mais bacanas e de bom coração da viagem. Nápoles
foi especial.
0 Comentários