Cheguei ao meu 15º país! Eu sei que é um número pequeno, mas merece
uma postagem especial, pois me sinto muito privilegiada por estar tendo a
oportunidade de conhecer tantos lugares que sempre sonhei.
Quando eu tinha 15 anos meu maior sonho, quem sabe
o mais inatingível, era um dia conhecer
o Rio de Janeiro, então ter chego até aqui, merece comemoração. Naquele tempo
eu já escrevia páginas e páginas em meus diários, mas o que eu não sabia era
que escrever, me faria ter oportunidades de conhecer alguns pedacinhos do
mundo. Essa viagem é um bom exemplo disso, então, nada melhor que escrever para
demonstrar minha satisfação.
Assim como todo mundo que gosta de viajar, eu tinha
a Itália entre os meus destinos pretendidos. Acho que conheci um pouco mais da
cultura da Itália, como a maioria das pessoas da minha geração, assistindo
Terra Nostra, aliás, vim para cá com o vocabulário que aprendi na novela, que
se resume a algumas palavras: Caspeta, Mateo amore mio, manjare... pensem na
loucura que é quando vou estabelecer um diálogo em Italiano hahaha.
Estou aqui há dois dias e me sinto dentro de um
livro de história, também pudera, estou andando por ruas que estão ali há milênios.
A cada esquina me deparo com monumentos, ruínas, igrejas, que me deixam
boquiaberta. A preservação é incrível, o cuidado e o zelo que se tem para não
comprometer a herança palpável da humanidade é impressionante. Estar em meio a
isso tudo é quase surreal.
Mas não precisa ser um amante de história como eu
para curtir a Itália. Roma, por exemplo, é uma cidade cheia de música, cheia de
vida, com pessoas alegres, que falam alto pela rua, que cantam e que elevam sua
autoestima – quer se sentir linda? Vem pra Itália. Se parece muito com o Brasil
o fato de ter se unificado tardiamente - oficialmente em 1929 apenas -,
permitiu que o país tivesse a miscelânea de culturas que tem hoje, miscigenação
que conhecemos muito bem.
Essa mistura toda, também influencia na comida, que
como não poderia deixar de ser, é um capitulo a parte, de excelente qualidade,
uma delícia – estou chovendo no molhado falando isso né, mas para mim é
importante, pois quem me conhece sabe que não como pizza, massa ou pão e aqui
estou tendo que comer e para delírio geral, estou gostando.
Essa também é uma viagem atípica, pois estou
sozinha. De fato, não é a maneira que mais gosto de viajar, pois se nenhum ser
humano é uma ilha, eu devo ser um arquipélago todo, pois gosto de gente, de
interação, de risadas, comentários, amo viajar desse jeito... mas estou usando
a solidão – essa será a viagem das selfies - para me perder no horizonte,
imaginando tudo o que já se viveu nessa terra e o melhor, às vezes me perco em
pensamentos até com trilha sonora, vinda dos inúmeros músicos de rua, é como se
estivesse em um filme italiano.
Quinze é um dos meus números da sorte e tenho
certeza que a Itália ainda me fará suspirar muito!
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