Diário de bordo - Eurotrip - Dia 7 - Londres - História, Beatles e Amy


Como havíamos prometido, voltamos ao Museu Britânico pois achamos que tínhamos ficado pouco tempo da última vez.  Então foi a hora de se esbaldar pelas sessões do Egito, Grécia, entre outros.
Com mais de 8 milhões de objetos das mais variadas eras e civilizações, ele é o maior museu da Grã Bretanha e tem o privilégio de albergar a coleção nacional de arqueologia e etnografia. O British Museum proporciona uma visão abrangente e absolutamente única da história e cultura humana, sendo que as suas galerias apresentam coleções relativas ao Egito, Grécia, Roma, Ásia, África e Europa medieval.

                Dentre esses milhões de itens, que incluem ossos pré-históricos e fabulosas peças de joalheria, temos de destacar como joias da coroa os frisos do Partenon de Atenas, habitualmente conhecidos como mármores de Elgin  - em reconhecimento de Lord Elgin, que os entregou ao museu -, e a Pedra Roseta, que data de 196 AC.
Mesmo sabendo que vai encontrar uma das maiores coleções de arte e objetos do mundo, você só tem uma ideia da dimensão do espaço quando está lá.

Resolvemos ficar mais concentrados na parte do Egito e da Grécia e ainda assim, tinha muita coisa para se ver em apenas algumas horas. Ou mesmo um dia. No que diz respeito à Grécia, uma boa dica é ir ao Parthenon. Você vai se deparar com um autêntico retrato do que a Grécia representou para o desenvolvimento do mundo ocidental, em termos de arte e filosofia.
Visitar as grandes salas dedicadas ao acervo egípcio do Museu Britânico é entrar em um túnel do tempo. Tudo o que você aprendeu a respeito da civilização que se desenvolveu às margens do Nilo se materializam diante dos seus olhos: esculturas, sarcofágos, múmias, artefatos, pedaços de construções, cada objeto conta a história da terra dos faraós.

Mas o grande destaque na área egípcia do museu é Pedra Roseta. Trata-se de um fragmento de pedra, descoberto em 1799, por tropas do general Napoleão. O que, inicialmente, parecia marcas indecifráveis, mais tarde, foram identificados como 3 diferentes escritas: hieróglifos, demótico egípcio  e grego. Em 1822 o francês Jean-François Champollion, traduziu os hieróglifos. A pedra simboliza a chave para decifrar os hieróglifos e aprender ainda mais sobre a brilhante civilização egípcia. Você gosta de Spoiler? Eva Schneider viverá uma aventura que tem como base a Pedra Roseta, fique atento!

Obviamente, o Império Romano também é parte fundamental na formação do acervo do British Museum. A razão é muito simples: não se pode contar a história da civilização ocidental sem passar por Roma. No caso dos ingleses e dos londrinos, em particular, a conexão é ainda maior: os romanos são os fundadores de Londres e deixaram marcas da presença deles por todo o país, mas ok, não preciso me empolgar e ficar falando tanto sobre história aqui.
Você também vai encontrar no Museu Britânico o Jogo de Xadrez de Lewis, com peças esculpidas no século 12 e que serviram de inspiração para a escritora J.K Rowling de Harry Potter quando ela criou o Xadrez de Bruxo e outros artefatos como a Múmia de Katebet, o Tesouro de Oxus, uma Armadura Samurai original entre outras peças raras e interessantíssimas e muito, mais muito mais. Ficamos mais um bom tempo lá, mas é claro que ainda não conseguimos ver tudo.

Saindo dali almoçamos no Tas Turkish Restaurant on Bloomsbury St, um Fish na Chips, pois não podíamos passar por Londres sem comer seu prato mais típico. Super recomendo o restaurante, muito fino, requintado, com uma comida deliciosa e o melhor, com um preço que podíamos pagar.
Saindo dali já era noite, afinal, já era quase 16 horas – inconformante – resolvemos ir até a Abby Road.

Se musicalmente Abbey Road revela-se um dos discos mais importantes da história, sua capa também se tornou uma das imagens mais icônicas da história da cultura pop. Com o nome do álbum homenageando a rua e ao estúdio de Londres, o grupo – aquela bandinha, os Beatles - resolveu ser clicado andando sobre a faixa de pedestres, tornando o local um ponto turístico para os beatlemanícos. E é claro que tendo nosso lado Obladi, Oblada bem aguçado nós não poderíamos deixar de tirar uma foto nesse local.

Foi, Iain Macmillan que teve a missão de fotografar a capa de Abbey Road. Na manhã de 8 de agosto de 1969 – em pleno verão em Londres –, alguns policiais fecharam as ruas para que os músicos pudessem atravessar sem maiores problemas. Nós não tínhamos policiais a nossa disposição, então perdemos alguns minutos esperando que os outros turistas nos dessem uma oportunidade de tirar a foto também. Destaque para uma japonesa sem noção que tirou no mínimo umas 30 fotos.

Saindo de lá tínhamos um encontro marcado com outra alfredense, a Valquiria. Ela é irmã de duas das minhas grandes amigas – Dona Vera e Dona Valneide –, e também companheira de algumas trilhas e estava em Londres com a família e marcamos um encontro em Camden Town.
Camden tem vários mercados e lojas – quando você sair da estação vire à direita e vá caminhando. Existem muitas opções para comer por ali, pubs, restaurantes e barracas de comida. No caminho você vai atravessar o Regent’s Canal, o canal mais famoso de Londres.

Seguimos da Abby até lá a pé e foi incrível, nos sentimos no Underground da cidade. Foi uma experiência agregadora.
Não sabíamos de antemão, mas o Hawley Arms – nosso local de encontro – é o Pub onde a Amy iniciou sua carreira. Camden Town era a casa de Amy Winehouse em Londres. Oficialmente, a diva da voz marcante, do inegável carisma e das tristes histórias envolvendo álcool e drogas morava no número 30 da Camden Square. Mas quem conviveu com ela afirma que quase dava para chamar de sua casa o número 2 da Castlehaven Road. É nesse endereço que fica The Hawley Arms, pub que ela sempre afirmou ser seu favorito em toda Londres.

Por mais que Amy fosse conhecida por suas loucuras, basta assistir a vídeos antigos dela para perceber que a doidona tinha em sua essência um lado pacato, sereno e encantador.
E seu pub preferido em Londres também é assim. Apesar de movimentado, com os clássicos barulhos de bar  - pints sendo servidas, brindes sendo feitos, boa música rolando, etc, The Hawley Arms é um pub aconchegante e com uma atmosfera calma quase surpreendente.

A decoração intimista, a luz baixa, as “luzinhas de Natal” que dão um ar romântico ao pub, as flores espalhadas pelas mesas e pelo balcão… Tudo isso contribui para que em pouco tempo no The Hawley Arms qualquer um entenda por que ele era o pub preferido de Amy Winehouse.
Ah, e lá ela não era só cliente, não. Frequentadores assíduos do bar contam que muitas vezes ela passou para “o lado de lá” do balcão e serviu bebidas aos clientes como se fosse uma bartender qualquer. Além disso, não foram poucas as vezes que ela decidiu dar uma canja no seu pub do coração.

Já pensou ir tomar uma cervejinha despretensiosa no bar e, sem mais nem menos, ver Amy Winehouse no palco? Pois é, lá isso era possível…
Bom, o encontro no Pub foi maravilhoso. Conversa boa com Valquiria, Márcio, Henrique e Matheus, e muitas cervejas especiais, para marcar nossa última noite em Londres.

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