tag:blogger.com,1999:blog-90797843473060335362024-03-05T09:15:40.380-03:00Carol PereiraCarol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.comBlogger827125tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-3497231240320804162023-06-29T11:39:00.001-03:002023-06-29T11:39:26.720-03:0010 coisas que aprendi no Canadá <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaWXkAxr1cmVnqDMnG3_lxoIKcnPa1eX6boURJS63Cdk83Q6u62XQEa5yBaWueA5wudDMl1-0WjSotxwR_D7jtXEBF-mOJAGdAC9Ub5t3TvgsW7BhSNGAsTUkOsHqrSboWlxux07u6JcA95u90UVZ6E8e0Z92w347mXlTG6aeVMlJ3LqeDWzynB6p9BaI/s1457/Screenshot%202023-06-29%20at%2010.38.18%20AM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1101" data-original-width="1457" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaWXkAxr1cmVnqDMnG3_lxoIKcnPa1eX6boURJS63Cdk83Q6u62XQEa5yBaWueA5wudDMl1-0WjSotxwR_D7jtXEBF-mOJAGdAC9Ub5t3TvgsW7BhSNGAsTUkOsHqrSboWlxux07u6JcA95u90UVZ6E8e0Z92w347mXlTG6aeVMlJ3LqeDWzynB6p9BaI/s320/Screenshot%202023-06-29%20at%2010.38.18%20AM.png" width="320" /></a></div><br /><p></p><p>1 – Frio intenso - É o lugar mais frio em que já estive. Lembro que uma vez na Alemanha o termômetro marcava -6 e eu achei que fosse morrer congelada. Aqui já peguei temperaturas de -28, com sensação térmica de -32. Me sinto louca olhando o app de clima marcando zero grau e pensando: ok, não está tão frio assim.</p><p>2 – Maple Syrup - Eles podem usar Maple Syrup em tudo! Eu não conhecia, mas ele é uma forma de xarope, extraído da seiva bruta de uma arvore a Maple tree. O xarope é extraído da mesma maneira que extraímos o látex da Seringueira. A seiva é retirada das árvores entre o final do inverno e o início da primavera, quando o metabolismo das árvores ainda está reduzido, como resultado do rigoroso inverno. Com o clima frio, as árvores armazenam amido em seus troncos e raízes, que é convertido em açúcar. É uma delícia e eles utilizam com Wafles, panquecas, fazer doces, em alguns drinks e até para cozinhar carnes e tudo mais o que se possa imaginar.</p><p>3 – Verão marcando 40 graus - Eles vivem me dizendo que preciso apenas esperar o verão chegar para me sentir no Brasil, pois os termômetros aqui também passam dos 40 graus. Eu mantenho as minhas esperanças, já que estamos na primavera e já chegamos a 29 graus, mas só acredito vendo. --40 e 40 graus positivos, será que isso é possível?</p><p>4 – Hóquei – O hóquei está para os canadenses assim como o futebol esta para nós brasileiros. Parece que as crianças antes mesmo de aprender a caminhar já sabem como patinar no gelo. Se prepare para passar vergonha se for em alguma pista de patinação. As crianças vão dar um show, assim como os adultos.</p><p>5 – Calçados na porta – todo mundo tira o calcado quando entra em casa. Eu sei que em algumas regiões do Brasil isso ainda é comum, mas aqui isso é praticamente uma regra social. Você não irá ver ninguém usando calcados da rua dentro da casa, sendo visita ou não.</p><p>6 - Muitas fazendas – Talvez nem todo mundo pensa como eu pensava, mas em minha cabeça o Canadá era um país de industrias e tecnologia. Ok, ele pode ser isso também, porém pelo menos na área em que eu moro o que mais se vê são enormes fazendas. Tipo aquelas fazendas que estamos acostumados a ver nos filmes, sabe? Com grandes celeiros e uma enormes casas...</p><p>7 – Conexão com a família real – O príncipe Philip morreu mês passado e as bandeiras de todo o pais ficaram em meio mastro. Canadá ainda faz parte do Commonwealth e em muitas situações ainda dança no ritmo da monarquia. É claro que o país tem bastante autonomia, mas em muitos aspectos ainda é comandado pela rainha, que aliás tem sua face estampando notas e moedas que circulam pelo país.</p><p>8 – Mais ruivos do que na Irlanda – Sim, pelo menos na região onde moro eu vejo muito mais ruivos do que vi na Irlanda, país que carrega esse estereótipo de gente ginger. A explicação é, sem dúvidas, a massiva colonização escocesa que aconteceu por aqui ao longo dos séculos XIX e XX.</p><p>9 – Jantar mais completo que o almoço – Assim como na Irlanda a principal refeição deles não é o almoço e sim o jantar. Já estou faz algum tempo nessa rotina, mas ainda não me acostumei com isso. Pois pelo menos de onde eu venho no Brasil o almoço é a maior refeição do dia e tem gente que até evita comer muito na janta. Aqui, completamente diferente.</p><p>10 – Canadá > USA – Está bem que essa afirmação pode ser bem polemica, mas para mim é verdadeira. Os dois países apesar de estarem tão próximos fisicamente, são muito diferentes entre si. Canadenses não gostam de ser comparados com os vizinhos americanos e eu consigo entender bem o porquê. A forma como os canadenses vivem é muito diferente da deles e em meu ponto de vista, muito melhor.</p><div><br /></div><br /><p></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-46719623388531681822023-01-29T18:45:00.044-03:002023-01-29T19:14:36.054-03:00Bratislava - a vizinha menos famosa <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHEeJPH6Mr3mORuVLCapW-9S06_yuoUCHLbvU_0sZbLhUzOMNCE2uFWTdQslMv8TrsFOMQKjk-Nxe965gSmHorg6SH-eb7mVsWqwaqsYBYb858FhWTTFGV1PI5EQxs4xoxYrtUaSnvjswKVYk6Dpd8qVc8AsXapEdWwGUI2-yRnFXhBcC3kroBIo41/s1600/f91793bf-8099-45b2-8974-ebaffd76183b.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHEeJPH6Mr3mORuVLCapW-9S06_yuoUCHLbvU_0sZbLhUzOMNCE2uFWTdQslMv8TrsFOMQKjk-Nxe965gSmHorg6SH-eb7mVsWqwaqsYBYb858FhWTTFGV1PI5EQxs4xoxYrtUaSnvjswKVYk6Dpd8qVc8AsXapEdWwGUI2-yRnFXhBcC3kroBIo41/s320/f91793bf-8099-45b2-8974-ebaffd76183b.jpeg" width="320" /></a></div><br /><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMW1DUeGupDhs_xxzFm8f1aVgOLoBk5s96pNr6-jmD3vLJ6NLLxZi7bSZuhGpL_pU-WME7vd2imjXj-luDuAOGuuGeFWvRsv9HdPTv3cQhG-TILsyDSzQMrpMnBOxD6EZuNPfHFM1FTDF2HDCE5qWwLqvc6l5GH95IHUifgldbuNw3CaWVkKkxopZZ/s1600/6e145a8e-430c-469f-8ad3-c0bc13331a2a.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMW1DUeGupDhs_xxzFm8f1aVgOLoBk5s96pNr6-jmD3vLJ6NLLxZi7bSZuhGpL_pU-WME7vd2imjXj-luDuAOGuuGeFWvRsv9HdPTv3cQhG-TILsyDSzQMrpMnBOxD6EZuNPfHFM1FTDF2HDCE5qWwLqvc6l5GH95IHUifgldbuNw3CaWVkKkxopZZ/w150-h200/6e145a8e-430c-469f-8ad3-c0bc13331a2a.jpeg" width="150" /></a></div>Em minha coleção de países menos badalados, tenho a Eslováquia - que muitas vezes confundo com Eslovênia - mas que apesar de ser menos conhecida, não deixa nada a desejar se comparado com outros países da Europa. <p></p><p>Confesso que quando eu pensava em Eslováquia era impossível não associar com o filme “O Albergue”,que colocou medo em muitos viajantes, após retratar as cenas de terror passadas por hospedes de um albergue em uma cidadezinha da Eslováquia, pertinho da Bratislava, que seria o meu destino. Mas muito longe do que vi no filme, encontrei uma Bratislava alegre e cheia de gente simpática. <br /></p><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi58oIbWGnBCx6h1OH_EtuDAlS2WJI9O-hBJQAANi2OSXAWBdo5tYUMa7Uuqovb-NQ5U4_JTbtAih61uffgalMmx4sNHC6VLFypC1IDHwvx4yripWqBZTRbDcDreod0JpVKqCUbt0VIl6tlavq7hY2hPt-f-HExv3Ks0N9kfBFl4Y4XSe-2ALAtBnXq/s1600/11fc6602-8f07-4a36-a5a8-0a87b63541c6.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi58oIbWGnBCx6h1OH_EtuDAlS2WJI9O-hBJQAANi2OSXAWBdo5tYUMa7Uuqovb-NQ5U4_JTbtAih61uffgalMmx4sNHC6VLFypC1IDHwvx4yripWqBZTRbDcDreod0JpVKqCUbt0VIl6tlavq7hY2hPt-f-HExv3Ks0N9kfBFl4Y4XSe-2ALAtBnXq/w150-h200/11fc6602-8f07-4a36-a5a8-0a87b63541c6.jpeg" width="150" /></a></div>É impossível pensar em Eslováquia sem pensar na relação entre o país e o holocausto e a união soviética. A Eslováquia, como a conhecemos, é um país de formação recente, nascido de uma notável separação dos eslovacos de seus vizinhos tchecos. A antiga Tchecoslováquia fazia parte do regime socialista, mas saiu dele em 1989 em um processo pacífico chamado Revolução de Veludo e em 1992 sofreu uma divisão e dessa divisão surgiu Eslováquia e a vizinha República Tcheca. As marcas do comunismo e do nazismo ainda são muito evidentes nas ruas, seja pelos monumentos, placas contando histórias ou pela boca do povo que sempre conhece alguém que sofreu durante esses dois regimes. <br /></div><div><br /></div><div>Bratislava, é a capital do país, e mesmo sendo a menos conhecida em relação às suas vizinhas Viena, Budapeste e Praga, é uma cidade aconchegante e com muito para entregar aos turistas. A cidade ainda mantém uma sensação medieval e um ar de cidade pequena que é difícil de encontrar em outras capitais da Europa. Além disso é uma das capitais mais baratas dessa região da Europa, você vai notar a diferença de forma ainda mais gritante se Viena for o seu próximo destino. </div><div>Para você for conhecer a Bratislava você não precisa reservar muitos dias, eu fiquei dois dias e meio na cidade e foi o suficiente, para fazer tudo com calma. A cidade tem um centro histórico muito pequeno e compacto. É possível caminhar por suas principais ruas e ver seus principais atrativos a pé. E aqui vai uma dica de milhões, quando você estiver andando por cidades da Europa, arrisque-se um pouco, ande pela ruelas da cidade, pois com certeza irá encontrar muita coisa legal e diferentes formas de cultura, fora do roteiro turístico básico. </div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieoKWCbIcYb6npHVSYKqlREEE161iRdnTMzTOkDh5iWw-pfsXaCMJqxAhwUg-8s1BAbjIdXPTAeichjan_uJbjFcYQXVx70OHm2yXqQvPGL7ft6Jt9aZRbroEGOP0Kto9Z03zrs56dTzKSkxzm1W7apkmtVQvnypOg3WYZ476DZaV5JAevdKdQdlyf/s1600/949d4825-7675-4698-a611-11e258461b57.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieoKWCbIcYb6npHVSYKqlREEE161iRdnTMzTOkDh5iWw-pfsXaCMJqxAhwUg-8s1BAbjIdXPTAeichjan_uJbjFcYQXVx70OHm2yXqQvPGL7ft6Jt9aZRbroEGOP0Kto9Z03zrs56dTzKSkxzm1W7apkmtVQvnypOg3WYZ476DZaV5JAevdKdQdlyf/s320/949d4825-7675-4698-a611-11e258461b57.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div><br /></div><div>Quando eu estive por lá em 2019, eu tinha uma lista de atrações que queria conhecer e que com certeza, não dispensam uma visitinha quando vocês estiverem por lá: </div><div><br /></div><div><b>O Castelo de Bratislava: </b> Ele se localiza em cima de uma colina e tanto a vista que se tem a partir dele ou ao o ver de muitos pontos da cidade são espetaculares. Lembro que passeei pela margem oposta do rio e umas das imagens que mais me recordo quando penso na Bratislava é o reflexo do castelo nas águas azuis do Danúbio. </div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqB2Cj2bDZBeJuIpS1aJUxdTMGNrTNo1egl_5i4WZOz8L7vT8aNgPfJn3B6j_lID-vnobkS4YGRx0uTQ5DFFFhK1EbdQ1VrOZaDfuchdevLHoSeAQdt4PSa0sqk2hwUPjmka8b8GOy_DQePJ2CzgvbATmrD7JfzNEFa6Y8o50KN8lycFi_Vi5bEiwI/s1600/75249cc7-8e96-4a93-b6eb-eb3a676f1405.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqB2Cj2bDZBeJuIpS1aJUxdTMGNrTNo1egl_5i4WZOz8L7vT8aNgPfJn3B6j_lID-vnobkS4YGRx0uTQ5DFFFhK1EbdQ1VrOZaDfuchdevLHoSeAQdt4PSa0sqk2hwUPjmka8b8GOy_DQePJ2CzgvbATmrD7JfzNEFa6Y8o50KN8lycFi_Vi5bEiwI/s320/75249cc7-8e96-4a93-b6eb-eb3a676f1405.jpeg" width="320" /></a></div><div><br /></div><div><b>UFOTower: </b>um observatório em forma de Disco Voador que fica em uma das cabeceiras da ponte Most SNP, também conhecida como ponte do UFO. O curioso é que o ingresso dá direito a uma visita durante o dia e uma durante a noite. Além do observatório lá no alto também tem um café e um restaurante e a noite eu jantei por lá, de fato o ambiente é muito sofisticado e agradável, ideal para você degustar um bom vinho depois de desfrutar da culinária local. </div><div><br /></div><div><b>Catedral de St. Martin:</b> onde foram coroados 11 reis – Mas confesso que na época, por estar vivendo na Europa eu não aguentava mais visitar igrejas, especialmente por estar morando na Irlanda. </div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlinejUOYhs_hvJrk-qfXFO9nVzdbrogsekSgTTRSYHQtpEiE_rFKOqxgp9SVSYk7L_OZJf-FxO6XBpAktRurj3Y0M2HZ0Af1ea9CfdsGSTfveoR4fi3BQan7nLHsxTP5o3R_X8HbLLJR5uKIutA9JNyPA-NwUPArhrYVlmkK9wNYVGh-4cXq0Fgkc/s1600/f4b64ad4-bc52-4aaa-98f6-4993674a9411.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlinejUOYhs_hvJrk-qfXFO9nVzdbrogsekSgTTRSYHQtpEiE_rFKOqxgp9SVSYk7L_OZJf-FxO6XBpAktRurj3Y0M2HZ0Af1ea9CfdsGSTfveoR4fi3BQan7nLHsxTP5o3R_X8HbLLJR5uKIutA9JNyPA-NwUPArhrYVlmkK9wNYVGh-4cXq0Fgkc/s320/f4b64ad4-bc52-4aaa-98f6-4993674a9411.jpeg" width="320" /></a></div><br /></div><div><b>Hlavne Namestie:</b> que é praticamente o coração da cidade. Eu diria que é a mais importante “praça “da cidade e circundada por diversas atrações como prédios históricos, museus – eu fui em uma exposição de animações e achei super interessante -, bons restaurante e monumentos famosos, como a estatua <b>Hlavné Square Cumil (The Watcher)</b>, que é retrata um operário saindo de um bueiro. Uns dizem que ele esta ali para olhar por baixo da saia das mulheres, outros já dizem que ele é um protesto ao comunismo, retratando como os trabalhadores do regime se comportavam. </div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGLrDszJaZbmDqz1XDD-YD12z9Rir6ljCNpRydcDnjMla7Q-IujiInlmptFcEIxNAedeuk203RPGiKrJnkb-qU0_JLJ6kX6Lp9GwvSa1ysT-betQVj0u8HEWUdDS1zMnF1bYh0sIWSUC9NTk2x9PlN2i1JZHm_278qLWI20Zaspqb_Y7OEYgb36hQB/s4032/5E180C79-075A-4204-9D61-53497BA5B3A1.heic" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3024" data-original-width="4032" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGLrDszJaZbmDqz1XDD-YD12z9Rir6ljCNpRydcDnjMla7Q-IujiInlmptFcEIxNAedeuk203RPGiKrJnkb-qU0_JLJ6kX6Lp9GwvSa1ysT-betQVj0u8HEWUdDS1zMnF1bYh0sIWSUC9NTk2x9PlN2i1JZHm_278qLWI20Zaspqb_Y7OEYgb36hQB/s320/5E180C79-075A-4204-9D61-53497BA5B3A1.heic" width="320" /></a></div></div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9kqppL_-JFt-xAReh-vQZSnxrmTnxmHQdQmwqy5TcuFkr_YgLAhdbNNHacXEeLUOn9vEdzMqbszpZayRMLWZHSmJ6vYvW3mnVsiCn35PZspZTFOzFGTBzUrthZ3sYz4ySTw0oQLio1pqEbiSYl7HAfdFRYcBpR0vSlHSnDIV1v_stx-PK-deJGtWX/s1600/80c73049-618c-4c9d-81e0-6337322d4f60.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9kqppL_-JFt-xAReh-vQZSnxrmTnxmHQdQmwqy5TcuFkr_YgLAhdbNNHacXEeLUOn9vEdzMqbszpZayRMLWZHSmJ6vYvW3mnVsiCn35PZspZTFOzFGTBzUrthZ3sYz4ySTw0oQLio1pqEbiSYl7HAfdFRYcBpR0vSlHSnDIV1v_stx-PK-deJGtWX/w150-h200/80c73049-618c-4c9d-81e0-6337322d4f60.jpeg" width="150" /></a></div><b>St. Michael's Gate:</b> Como toda cidade medieval Bratislava também possuía muros e portões para proteger a cidade. Eles eram quatro no total, mas apenas um deles continua de pé, o Portão de São Miguel e lá também você irá encontrar o marco zera da cidade, onde você encontra a distancias para 29 cidades do mundo. </div><div><br /></div><div><b>Hviezdoslavovi Square:</b> lá sempre terá alguma coisa interessante rolando e com certeza é o lugar certo para você comprar alguns souvenires. Se você estiver pela Bratislava no final do ano, também pode ir até a praça para prestigiar o mercado de natal, que é montado na praça. </div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAHEoVa6TCIvOMkOF1sjiDrj2GqI6bPdjecz44HNGQjaZ9JMVbBrv57t3JPfPLyLXHkiuWJRDM8X0nPHdJewHdRRSdnBNelrpMkp3csE6yI8BjyAyRkS7HFrnDXWpUPREh3oQrufRL82jvtucVmLEri0xrUn5Lnu5X9q-Ruileql51i2PjrLY3hd4u/s3088/DFE07272-ED66-4937-91D1-1A7A638CFD80.heic" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="3088" data-original-width="2316" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAHEoVa6TCIvOMkOF1sjiDrj2GqI6bPdjecz44HNGQjaZ9JMVbBrv57t3JPfPLyLXHkiuWJRDM8X0nPHdJewHdRRSdnBNelrpMkp3csE6yI8BjyAyRkS7HFrnDXWpUPREh3oQrufRL82jvtucVmLEri0xrUn5Lnu5X9q-Ruileql51i2PjrLY3hd4u/w150-h200/DFE07272-ED66-4937-91D1-1A7A638CFD80.heic" width="150" /></a></div><b>Blue Church Devín Castle:</b> é uma igreja toda azul, que se mistura com o azul do céu e é tão bonitinha que parece um docinho, da até vontade de comer. Eu não sei da história da igreja e se é famosa apenas por ser fofinha, mas eu achei ela muito linda e peculiar! </div><div><br /></div><div><b>Gastronomia:</b> Se você for pra Bratislava também precisa se experimentar a gastronomia local e lembro que a minha inserção foi através de um Bryndzové halušky nhoque de batata com molho de queijo de cabra e pedaços de bacon, divino. Para mim, a combinação, batata, bacon e queijo jamais pode dar errado e realmente não deu. Amei. Dentro da gastronomia, vale a pena experimentar também um vinho feito a partir do mel. O Vidiecka medovina é uma delícia e eu tomaria mais como um licor do que como um vinho, apesar de ele ter apenas 13,8% de álcool, ser mais fraquinho, sem dúvidas valeu muito a pena conhecer. </div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgur-AOaDwZR09EUD5OWNgrG1pMo6rfP7ME58IxH49BBoZ8Ql3366nF0bRdvWmnFtB0UN6TXoKbjg-VzKVD0yr6rMiECf5RlNbRP2ETHRRyh7kvtHjFjm6AV8o10oIHngEujFF2HQrzE6e1loMB0FD5zGTDz9WymMDikefngmOsnytiflod6y8pxXuk/s2000/Bryndzove%CC%81%20halus%CC%8Cky.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1538" data-original-width="2000" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgur-AOaDwZR09EUD5OWNgrG1pMo6rfP7ME58IxH49BBoZ8Ql3366nF0bRdvWmnFtB0UN6TXoKbjg-VzKVD0yr6rMiECf5RlNbRP2ETHRRyh7kvtHjFjm6AV8o10oIHngEujFF2HQrzE6e1loMB0FD5zGTDz9WymMDikefngmOsnytiflod6y8pxXuk/s320/Bryndzove%CC%81%20halus%CC%8Cky.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div><br /></div><div><b>Sad Janka Kráfa: </b>que é um parque frequentado sobretudo pelos habitantes, que até tem uma praia artificial com areia e tudo. Eu cheguei nele depois de através a ponte do disco voador sobre o Rio Danubio a pé e confesso que o castelo visto de lá é ainda mais bonito visto de lá. </div><div> </div><div><br /></div><div>É isso gente, Blava, como é carinhosamente chamada a cidade esta guardada em meu coração como uma cidade querida e que quem sabe no futuro eu até volte a visitar!</div><p></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-55576937883998845562023-01-23T16:00:00.003-03:002023-01-23T16:00:25.265-03:00 Retrospectiva 2020<p> Retrospectiva 2020</p><p><br /></p><p>No texto que escrevi revendo meu ano de 2019 eu estou dizendo que tinha certeza que 2020 seria maravilhoso e eu teria muitos motivos para agradecer.</p><p>Tenho sim motivos para agradecer, mas nem de longe eles eram imagináveis quando escrevi aquilo.</p><p>Agradeço por ter todos da minha família saudáveis;</p><p>Agradeço por, apesar de tudo que passei durante esse ano, estar terminando ele tão feliz. </p><p>2020 foi um dos piores anos da minha vida, mas também teve alguns momentos maravilhosos e que tenho certeza de que mudaram para sempre o rumo da minha vida:</p><p>Escrevi meu primeiro romance;</p><p>Comecei a viver meu primeiro romance;</p><p>Cheguei ao meu 31º pais;</p><p>Odeio o Covid;</p><p>Trabalhei em um lugar completamente diferente da minha área e aprendi e também sofri, muito;</p><p>Me despedi de Limerick;</p><p>Odeio o covid;</p><p>Tô terminando a primeira tradução de um dos meus livros; </p><p>Sofri vendo as atrocidades de Aushiwtz;</p><p>Odeio o Covid;</p><p>Eva terá Realidade Aumentada;</p><p>Me apaixonei por Praga;</p><p>Não gostei de Vienna;</p><p>Budapeste ainda me parece uma pintura;</p><p>Me surpreendi com Bratislava, na Eslováquia;</p><p>Realizei o sonho de ver neve caindo, aos montes, no Canadá;</p><p>Odeio o Covid;</p><p>Ganhei First Class honour na minha pós na Irlanda;</p><p>Tive muita ansiedade;</p><p>Tomei remédio para dormir;</p><p>Perdi 15kgs;</p><p>Conheci muita gente legal na The Range;</p><p>Comecei um novo mestrado;</p><p>-10 é uma temperatura, digamos, ok;</p><p>Passei o ano inteiro sem ir para o Brasil;</p><p>Sou uma International student ambassador;</p><p>Odeio o Covid;</p><p>Nunca me senti tão amada;</p><p>Minha vó continua a mais gostosa do sul (e do norte tbem) do mundo;</p><p>2020 não deixa saudade, que 2021 venha junto com a vacina e que sejam 365 dias de alegrias, paz e realizações para todos nós! </p><p>Vamos fazer de 2021 o ano de nossas vidas! ❤️❤️❤️</p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-43269823111505554172023-01-23T15:41:00.000-03:002023-01-23T15:41:16.024-03:00Retrospectiva 2021<p> <span style="background-color: white; color: var(--primary-text); font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; white-space: pre-wrap;">“Adeus ano velho, feliz ano novo” </span></p><div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 12px;"><div class="" dir="auto" style="font-family: inherit;"><div class="x1iorvi4 x1pi30zi x1swvt13 x1l90r2v" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id="jsc_c_6fs" style="font-family: inherit; padding: 4px 16px 16px;"><div class="x78zum5 xdt5ytf xz62fqu x16ldp7u" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="xu06os2 x1ok221b" style="font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="x193iq5w xeuugli x13faqbe x1vvkbs xlh3980 xvmahel x1n0sxbx x1lliihq x1s928wv xhkezso x1gmr53x x1cpjm7i x1fgarty x1943h6x x4zkp8e x3x7a5m x6prxxf xvq8zen xo1l8bm xzsf02u x1yc453h" dir="auto" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; color: var(--primary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xdj266r x126k92a" style="font-family: inherit; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span class="x3nfvp2 x1j61x8r x1fcty0u xdj266r xhhsvwb xat24cr xgzva0m xxymvpz xlup9mm x1kky2od" style="display: inline-flex; font-family: inherit; height: 16px; margin: 0px 1px; vertical-align: middle; width: 16px;"><img alt="🎊" height="16" referrerpolicy="origin-when-cross-origin" src="https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v9/tf2/3/16/1f38a.png" style="border: 0px;" width="16" /></span> <span class="x3nfvp2 x1j61x8r x1fcty0u xdj266r xhhsvwb xat24cr xgzva0m xxymvpz xlup9mm x1kky2od" style="display: inline-flex; font-family: inherit; height: 16px; margin: 0px 1px; vertical-align: middle; width: 16px;"><img alt="🍾" height="16" referrerpolicy="origin-when-cross-origin" src="https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v9/t57/3/16/1f37e.png" style="border: 0px;" width="16" /></span><span class="x3nfvp2 x1j61x8r x1fcty0u xdj266r xhhsvwb xat24cr xgzva0m xxymvpz xlup9mm x1kky2od" style="display: inline-flex; font-family: inherit; height: 16px; margin: 0px 1px; vertical-align: middle; width: 16px;"><img alt="🥂" height="16" referrerpolicy="origin-when-cross-origin" src="https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v9/t4d/3/16/1f942.png" style="border: 0px;" width="16" /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Dois mil e vinte e um, foi um ano fantástico. Cheio de novidades, de aprendizado e de amor. Foi um ano em que não consegui ir para o Brasil e quase morri de saudade, mas por outro lado, iniciei uma das maiores experiências da minha vida.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Fiquei um ano todinho no mesmo país, Canadá; até tentei ir para o Brasil, mas devido a Covid, tive que voltar no meio do caminho;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Fui vacinada;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><a style="color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit;" tabindex="-1"></a></span>Chorei de saudade da minha família e amigos mais vezes do que posso contar;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Noivei;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Assisti muitas séries;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Terminei meu mestrado;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Escolhi meu vestido de noiva;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">To deitando no Inglês;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Escrevi mais um livro;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">A Eva Schneider ganhou realidade aumentada e o primeiro livro uma segunda edição;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Lancei um livro em Alfredo, sem estar no Brasil;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Comecei a escrever meu livro sobre viagens e ele já tem mais de 180 páginas;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Pela primeira vez eu “carved pumpkins”, fiz lindos bonecos de neve e patinei no gelo;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Vi muita neve;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Aprendi a jogar Golf;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Me apaixonei 365 vezes pelo mesmo homem;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Fiz a minha primeira viagem no nosso veleiro;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Meu irmão mais fofo sofreu um acidente, mas já está bem, e seremos agradecidos a Deus eternamente;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Escolhi meu vestido de noiva e conto as horas pra provar ele novamente;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Minha vó continua a mais gostosa do sul (e do norte tbem) do mundo;</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Tenho certeza que 2022 será mais um ano memorável, será o ano do meu casamento, o ano que irei definitivamente iniciar minha família e o ano em que finalmente eu vou reencontrar todos os meus amores, pois nem covid, nem ninguém irá me impedir de ver de perto a minha gente, Brasil, me espere em 2022!</div></div></span></div></div></div></div><div class="x1n2onr6" id="jsc_c_6ft" style="font-family: inherit; position: relative;"><div class="x1n2onr6" style="font-family: inherit; position: relative;"><div style="font-family: inherit;"><a class="x1i10hfl x1qjc9v5 xjbqb8w xjqpnuy xa49m3k xqeqjp1 x2hbi6w x13fuv20 xu3j5b3 x1q0q8m5 x26u7qi x972fbf xcfux6l x1qhh985 xm0m39n x9f619 x1ypdohk xdl72j9 x2lah0s xe8uvvx xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x2lwn1j xeuugli xexx8yu x4uap5 x18d9i69 xkhd6sd x1n2onr6 x16tdsg8 x1hl2dhg xggy1nq x1ja2u2z x1t137rt x1o1ewxj x3x9cwd x1e5q0jg x13rtm0m x1q0g3np x87ps6o x1lku1pv x1a2a7pz x1lliihq x1pdlv7q" href="https://www.facebook.com/photo/?fbid=10217246185267208&set=a.1673100407892&__cft__[0]=AZVj_ysV3fCBIEvGq8NjeK1gSzKiQA9h2CiSqRgQYAlr0yshPjCgWEv6F3UDsKgllwty0Dt2aSx1D9atoseGxDYWF27LJD8IOfd0wYbkX3K27WdRfTcGMSoqbNU7uTJOIAj0cVTRar4RNThlph2O8aVC54mlHUTqJ6bxg6GAHoutHmzZOThSU0UTyJ2aal8SBsc&__tn__=EH-R" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; align-items: stretch; background-color: transparent; border-bottom-color: var(--always-dark-overlay); border-left-color: var(--always-dark-overlay); border-radius: inherit; border-right-color: var(--always-dark-overlay); border-style: solid; border-top-color: var(--always-dark-overlay); border-width: 0px; box-sizing: border-box; color: #385898; cursor: pointer; display: block; flex-basis: auto; flex-direction: row; flex-shrink: 0; font-family: inherit; list-style: none; margin: 0px; min-height: 0px; min-width: 0px; outline: none; padding: 0px; position: relative; text-align: inherit; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation; user-select: none; z-index: 0;" tabindex="0"><div class="x6s0dn4 x78zum5 xdt5ytf x6ikm8r x10wlt62 x1n2onr6 xh8yej3 x1jx94hy" style="align-items: center; background-color: #b2b2aa; display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; overflow: hidden; position: relative; width: 590.109px;"><div style="font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 500px; width: calc((100vh + -325px) * 1.33333);"><div class="xqtp20y x6ikm8r x10wlt62 x1n2onr6" style="font-family: inherit; height: 0px; overflow: hidden; padding-top: 438.984px; position: relative;"><div class="x10l6tqk x13vifvy" style="font-family: inherit; height: 438.984px; left: 0px; position: absolute; top: 0px; width: 585.328px;"><img alt="Nenhuma descrição de foto disponível." class="x1ey2m1c xds687c x5yr21d x10l6tqk x17qophe x13vifvy xh8yej3 xl1xv1r" height="1080" referrerpolicy="origin-when-cross-origin" src="https://scontent-ord5-2.xx.fbcdn.net/v/t39.30808-6/270083260_10217246185227207_5213662941934545218_n.jpg?_nc_cat=107&ccb=1-7&_nc_sid=730e14&_nc_ohc=Ps8QycyE9r8AX-TqcU7&tn=FSrVT_TO3Q1Jef6l&_nc_ht=scontent-ord5-2.xx&oh=00_AfCa5aObTaJUpTBE-EwnNuo8w2x0EVvcyolpVYSYyCwjDg&oe=63D369EA" style="border: 0px; height: 438.984px; inset: 0px; object-fit: cover; position: absolute; width: 585.328px;" width="1440" /></div></div></div></div><div class="xua58t2 xzg4506 x1ey2m1c xds687c x47corl x10l6tqk x17qophe x13vifvy" style="border-bottom: 1px solid var(--media-inner-border); border-top: 1px solid var(--media-inner-border); font-family: inherit; inset: 0px; pointer-events: none; position: absolute;"></div><div class="x1o1ewxj x3x9cwd x1e5q0jg x13rtm0m x1ey2m1c xds687c xg01cxk x47corl x10l6tqk x17qophe x13vifvy x1ebt8du x19991ni x1dhq9h" data-visualcompletion="ignore" style="border-radius: inherit; font-family: inherit; inset: 0px; opacity: 0; pointer-events: none; position: absolute; transition-duration: var(--fds-duration-extra-extra-short-out); transition-property: opacity; transition-timing-function: var(--fds-animation-fade-out);"></div></a></div></div><div aria-hidden="false" class="x6ikm8r x10wlt62" style="font-family: inherit; overflow: hidden;"></div></div></div><div class="x8gbvx8 xdppsyt x1n2xptk x78zum5 x1q0g3np x1qughib xz9dl7a xn6708d xsag5q8 xpkgp8e" style="background-color: white; border-bottom: 1px solid var(--divider); border-top: 1px solid var(--divider); color: #1c1e21; display: flex; flex-direction: row; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 12px; padding: 12px 12px 12px 14px; place-content: flex-start space-between;"><div class="xc26acl x6s0dn4 x78zum5 x10w6t97 x1nhvcw1" style="align-items: center; display: flex; font-family: inherit; height: 32px; place-content: center flex-start;"><div class="xt0psk2 x1t4t16n" style="display: inline; font-family: inherit; margin-right: 5px;"></div></div></div>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-25506690260820230742022-10-11T12:23:00.001-03:002022-10-11T15:43:44.485-03:00Personalidades: Edelberto Seemann e Ivete Schutz Seemann<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgitWusxsPtImFv0MsZqhyB5FNqHhpAjUg8cPxBaMZ9cby0aHzrO2UFs_cdTPOwikQWHC1anEqxcSQbuCiM6wVcZgD33t7ePpKeK8xeUJ_8SuuJVNkmZwezJUa8WlRG-69XLWkxDThXwoeUeeFTV1pKQZTcnfHE59iRdQIIaVSdzDTWgoEaIr99VvAI/s1640/A%20chegada%20da%20Camargo%20Corre%CC%82a%20em%20Alfredo%20Wagner%20(6).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="924" data-original-width="1640" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgitWusxsPtImFv0MsZqhyB5FNqHhpAjUg8cPxBaMZ9cby0aHzrO2UFs_cdTPOwikQWHC1anEqxcSQbuCiM6wVcZgD33t7ePpKeK8xeUJ_8SuuJVNkmZwezJUa8WlRG-69XLWkxDThXwoeUeeFTV1pKQZTcnfHE59iRdQIIaVSdzDTWgoEaIr99VvAI/s320/A%20chegada%20da%20Camargo%20Corre%CC%82a%20em%20Alfredo%20Wagner%20(6).png" width="320" /></a></div><br /><span style="text-align: center;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;">O Quebra Dentes foi uma das comunidades mais importantes do Antigo Barracão e mesclada com a sua história, também está a história de um casal que participou ativamente do desenvolvimento da comunidade e foi de extrema importância em uma época onde a localidade era ponto de passagem para todo mundo que estava entre a serra e o litoral. Vamos conhecer, através do relato escrito por seu neto Aldair Forster, um pouco sobre a vida do casal Edelberto e Ivete e sobre o famoso hotel do Quebra Dentes. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Ao conversar com alguém que viveu no antigo Quebra Dentes antes dos anos 1980, com certeza você observará um olhar para esquerda e para cima acompanhado de um sorriso no rosto na busca das boas memórias de um tempo que, com certeza, deixa saudades.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O atual distrito de São Leonardo, Quebra Dentes antes dos anos de 1980, era um local movimentado — antes da construção da BR 282. A comunidade era grande, havia diversos comércios, construção de móveis, comércio de baterias e itens para geração de luz e alimentação dos rádios, lojas de roupas, oficinas de carros e rádios, mercado, vendas, posto de combustível, até mesmo um cartório funcionava no local. De todos os pontos comerciais o único que ainda resiste ao tempo é o estabelecimento do Seu Beto, que em outros tempos foi um famoso hotel que atendia viajantes, comerciantes e tropeiros que tinham o local como parada antes da pesada subida para a Boa Vista.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A história da família do Seu Beto e da Dona Veta, como são conhecidos os proprietários do Hotel e personalidades nessa história, está emaranhada com a história de São Leonardo e daqueles que viveram ou passaram por lá.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O Seu Beto se chama Edelberto Seemann, nasceu em 04 de setembro de 1938, filho dos agricultores Henrique Guilherme Seemann e Bertolina Guckert Seemann, nasceu no Rio Adaga. A Dona Veta, que incorporou o Seemann ao sobrenome depois do casamento, se chamava Ivete Schutz e nasceu em 10 de fevereiro de 1942 no Quebra-Dentes, filha dos também agricultores Olinda e Lindolfo Schutz.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O encontro do Beto e da Ivete aconteceu como muitos outros da época, mas não deixou de ser especial por isso, nos bailes das comunidades, que aconteciam tanto nos salões como nas casas, onde se arrastavam os móveis e a festa era garantida até próximo do amanhecer.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O casamento aconteceu em 1960 e, depois de casados, eles foram morar no Rio Adaga e trabalhar na lavoura, onde plantavam cebola, arroz e outras hortaliças para alimentação própria e criavam porcos, galinha e gado também para consumo. Moraram lá até o final da década de 1960. O nascimento da última filha já aconteceu no Quebra Dentes, após a mudança.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A mudança aconteceu justamente porque o casal construiu uma sociedade para tocar o Hotel que já funcionava no Quebra Dentes e que pertencia à família do senhor Audelino Carlos Klauberg. Após algum tempo de sociedade, seu Beto comprou o restante do hotel e passou a tocar negócio sendo gerido por ele e Dona Veta.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O hotel que se localiza próximo à chegada a São Leonardo e fica de frente para a rua principal funcionava 24 horas por dia, sete dias por semana, e contava com sete quartos de duas camas e um quarto menor com uma cama.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Tocar um estabelecimento como esse não era uma tarefa fácil. Nos anos 1960 até o início dos anos de 1970, não havia energia elétrica. Antes da chegada da eletricidade, lamparinas de querosene eram usadas para iluminar o local. Depois da chegada da eletricidade, as coisas ainda não eram perfeitas, porque ela caía constantemente. Nesses momentos, os famosos liquinhos também eram usados para a iluminação. Fogão e forno a lenha preparavam todas as refeições servidas no estabelecimento durante muito tempo. Muitos móveis foram sendo adquiridos ao longo do tempo, somente na década de 1970 que um velho fogão a gás foi adquirido. Pia para dentro de casa com água encanada somente no início dos anos 1980, até então as louças eram todas lavadas nas gamelas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Enquanto não havia energia elétrica, alguns alimentos e bebidas eram conservados num porão, outros numa geladeira depois da chegada do gás. Como o hotel era central na localidade, os alimentos armazenados também eram usados para troca com os produtores locais, que produziam, por exemplo, farinha e açúcar. A ideia de comunidade era muito forte na época, todos se ajudavam. A geladeira, por exemplo, era compartilhada com outras famílias vizinhas que a utilizavam para conservar seus alimentos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Além de hospedagem, o hotel oferecia serviços de restaurante, cuja cozinha contava com a chefia da Dona Veta e o auxílio das filhas. As refeições eram café da manhã, almoço e jantar que eram todos servidos à la carte.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Eram oferecidos três tipos de café da manhã. O café com pão era o mais simples, que além do café com leite servia um dos três tipos de pão oferecidos acompanhado de mousse de alguma fruta, margarina, nata ou uma chimia de queijinho (coalhada de leite com nata). O café com salgado servia os itens anteriores e acompanhava alguma carne frita ou ovos fritos. O café com mistura, além dos itens anteriores, ainda contava com acréscimo de bolo, cuca, o clitsch — que não sabemos como escrever, mas pronunciamos assim — que é um manjar de coco, coração (wafer), algumas vezes um bolinho frito que se assemelha a um sonho ou bolinho de chuva e rosquinhas doces fritas, todas servidas em porções individuais.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">No almoço, eram oferecidos os alimentos produzidos na região como arroz, feijão, macarrão e batatas, com três opções de carne — porco, gado ou frango — e pelo menos três tipos de saladas, eles podiam ser pedidos em porções individuais de cada um deles. Além dessas opções, para o almoço era oferecido o que chamamos hoje de prato feito, o sortido da época, que era composto de arroz, macarrão e batatas fritas, acompanhado de dois tipos de carne, e servidos separadamente uma porção de feijão e saladas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Os pães, bolos e cucas também eram comercializados no local e podiam ser comprados para levar. O movimento no local era intenso e havia tardes que Dona Veta passava todo o tempo em frente ao fogão preparando os corações, rosquinhas e sonhos para servir nos cafés.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Todo o trabalho no hotel era dividido entre Seu Beto, Dona Veta, os quatro filhos, os sócios e alguns empregados. Trabalharam no hotel a filha do Senhor Klauberg, Marli Klauberg Schutz, e seu marido o Jamiro Schutz, além de outros funcionários como o irmão do Seu Beto, o Helson Seemann, e sua esposa Nelza Klauberg Seemann e outros parentes da família, como o Aldin Sardá e Lili Sardá, e mais tarde Zenital Sardá.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Seu Beto era encarregado da parte dos negócios. Cuidava da compra dos itens para abastecimento do local. Buscava com sua pick-up na fábrica da Pepsi em São José os refrigerantes que eram vendidos no hotel e que ele também revendia a outros comerciantes da região. Enquanto estava no hotel, cuidava do atendimento aos clientes. Também gostava de criar alguns animais e sempre teve alguns porcos que criava para o abate.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Dona Veta era encarregada principalmente de preparar os alimentos e do cuidado com os filhos. Com a educação dos filhos era rígida e um rabo de tatu era usado sempre que necessário. Toda a rigidez era compensada com o carinho que era transmitido no cuidado que tinha com as roupas e na comida, lembrada com saudades pelos filhos, netos e principalmente pelos genros e nora a quem gostava de alimentar bem e dar um agrado extra sempre que possível.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O bom atendimento que era entregue aos clientes tinha um custo alto para a família, que usava a maior parte do tempo trabalhando e tinham poucos momentos de lazer. As crianças precisaram trabalhar desde muito cedo e recebiam as tarefas que podiam cumprir. Os filhos contam que tinham suas tarefas diárias, como ajuda no preparo dos alimentos, no atendimento nas mesas, no balcão e na limpeza do local. Como moravam próximos à escola, só podiam deixar suas tarefas para ir à aula no momento em que o transporte que trazia a professora passava em frente ao hotel. Além disso, precisavam correr atrás do transporte para chegar em tempo de fazer a fila na escola. Os dois filhos mais velhos precisavam ainda ir para casa na hora do recreio da escola para auxiliar nas demandas. A mais nova, desde muito cedo, era responsável por buscar e lavar as batatas e com o comando “Celoi, batata!” gritado por Dona Veta, já sabia o que tinha que fazer e carregou por algum tempo o apelido Celoi batata.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">As crianças podiam sair para brincar quando não havia mais trabalho a ser feito. Mas os filhos contam que usavam uma estratégia para fugir das obrigações de vez em quando para brincar na vizinhança. A menor fugia de casa, outro dizia que ia chamá-la e aproveitava para ficar por lá e assim outro ia chamar os dois anteriores. Se Dona Veta precisasse deles e eles não estivessem, ela os buscava acompanhada do seu rabo de tatu e você pode imaginar como terminava a travessura.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O negócio no hotel era realmente um empreendimento próspero e que de certa forma envolvia boa parte da família. A Dona Olinda ajudava na lavação das roupas de cama do hotel e na escolha do arroz. O Seu Henrique e a Dona Bertolina traziam, em seu cargueiro do Rio Adaga, porcos e galinhas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Mesmo com a construção da BR 282, que fez com que o tráfego não passasse mais por São Leonardo, o hotel, embora com um número reduzido de hóspedes, continuou em funcionamento, atendendo quem ainda passava por dentro da comunidade. Com o passar dos anos, o número de hóspedes foi reduzindo até os donos decidirem fechar o hotel, no final dos anos 80. Com a saída de outros pontos de comércio da comunidade, o local passou a atender como mercearia e como bar.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Com toda a certeza o trabalho e dedicação ao hotel marcam a história da família do seu Beto e da Dona Veta, que dedicaram a maior parte da sua vida ao negócio e viveram na casa ao lado do hotel até 1996, quando a Dona Veta faleceu por complicações da diabetes que a acompanhava.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">No início dos anos 2000, seu Beto se casou novamente, foi morar no centro de Alfredo Wagner. A mercearia foi tocada então pela filha Izonea e sua família. Seu Beto voltou a morar no local depois da separação, acompanhado de sua nova esposa, Dona Solange Schutz Batista. Os dois trabalharam no local por mais algum tempo auxiliados pela família. Depois de sua morte em 2016, a filha Isolde herda o local e assume o negócio, mantendo viva a história da família e de São Leonardo, com seu mais antigo estabelecimento.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Informações repassadas por:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Izonea Seemann Forster</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Izolde Seemann</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-36483496926917148372022-09-12T16:53:00.002-03:002022-09-12T16:53:46.790-03:00Cuba - Meu 32º país<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixf7wki_PcjZe2a4PNV08tppivQ_ODkLBXTCrl3LYa26TizNVJdD4BsPXGRLvj7Z1iEedIBVKIgkO82EPqD08zXjiVEujbPyfc7vsFBYycdcVhtj7bEssw_0O4H1z6oHdq8uUdsZMgjxxufSbQ9lNayYXMEgYOOaUNRtmI5Hox07aJQ8NbN181TxRs/s1024/3aca87e2-631f-41d2-8ab0-37a80e6aa6d9.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="768" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixf7wki_PcjZe2a4PNV08tppivQ_ODkLBXTCrl3LYa26TizNVJdD4BsPXGRLvj7Z1iEedIBVKIgkO82EPqD08zXjiVEujbPyfc7vsFBYycdcVhtj7bEssw_0O4H1z6oHdq8uUdsZMgjxxufSbQ9lNayYXMEgYOOaUNRtmI5Hox07aJQ8NbN181TxRs/s320/3aca87e2-631f-41d2-8ab0-37a80e6aa6d9.jpeg" width="240" /></a></div><p>Cuba é um país lindo, de praias paradisíacas, águas claras e quentinhas e areia de um branco que poucas vezes vi na vida. Terra dos famosos charutos, do rum, do café e de um povo alegre e gentil.</p><p>Fomos para Cuba para comemorar nossa lua de mel e não poderíamos ter escolhido um lugar melhor para relaxar. Essa foi a nossa primeira viagem internacional juntos – apesar de termos nos conhecido na Irlanda e hoje morar no Canadá - e o meu companheiro de viagem e de vida foi aprovadíssimo. </p><p>Muitas Pina coladas e Mojitos depois estou aqui, já em casa, colocando no papel algumas das minhas percepções sobre essa ilha tão peculiar. </p><p>Peculiar pois existem alguns fatos muito interessantes sobre o país caribenho: Primeiro, eles vivem sobre o polêmico regime do socialismo; por causa do socialismo, Cuba erradicou o analfabetismo, todo mundo tem acesso a universidades e, é muito comum ver gente com mais de um diploma universitários; Cuba, um país de terceiro mundo é referência em formação de médicos e tem até mesmo sua própria vacina contra Covid-19, a Soberana – com alto nível de eficácia. A imensa maioria dos carros são anteriores a década de 60, quando ocorreu o bloqueio econômico, e então se você é fã dessas antiguidades, Cuba é um grande museu a céu aberto e a em uma mão a extrema proximidade territorial e em outra a completa aversão aos Estados Unidos. </p><p>Quando a gente ouve falar em Cuba, logo vem a cabeça o lendário Che Guevara e o polemico Fidel e estando lá, a gente pode ter a certeza da importância deles para o país e de que as razões que levaram a revolução Cubana são muito plausíveis, porém o regime socialista se perdeu faz tempo. Com tons de regime ditatorial o sistema levou a população cubana a pobreza e carência do básico.</p><p>A revolução queria uma Cuba realmente independente e livre das emendas da constituição que davam plenos direitos aos Estados Unidos de intervir em tudo relacionado ao país vizinho. Essa é uma história de luta pelos direitos e pela liberdade, daquelas que a gente gosta. O problema foi que aos meus olhos o poder subiu a cabeça do Fidel e ele insistiu em um sistema que não funciona tão bem na realidade, quanto na teoria. Enfim, andar pelas ruas de Havana, apesar da quantidade de museus e história, é também um tabefe na cara. Gente pedindo dinheiro, tentando vender qualquer coisa, pedindo leite, comida, a dificuldade de encontrar coisas básicas e extremamente insatisfeitas. Além disso, ninguém aceita pesos Cubanos, só dólares, dólares canadenses e Euros. Trocamos e se livramos de alguns dando gorjeta, pois no comércio, não aceitavam. </p><p>Mas fora os problemas sociais, dos quais me faltam autoridade para falar sobre, principalmente por ter sido uma viagem apenas com fins turísticos, Cuba é linda – principalmente se você ficar no conforto de um resort em Varadero ou em outros locais da ilha que sobrevivem do turismo. </p><p>Varadero fica a menos de duas horas da capital, Havana. É um balneário, repleto de resorts de frente para o mar e foi que ficamos a maior parte do tempo. Eu não sei se esse é meu estilo de viagem, mas adorei. Foi perfeito para descansar da loucura que foi a preparação do casamento, me reencontrar com um clima tropical e com altas temperaturas. Eu estava precisando disso, depois de mais de três anos no Hemisfério Norte. Sol, calor, praias, piscinas, água quentinha... estava sentindo muita falta de tudo isso. </p><p>Mergulhamos com peixes tropicais, aprendemos muito sobre a história do país, andamos em carros conversíveis dos anos de 1927 e 1957, visitamos o Beatles Café, comemos lagostas frescas em restaurantes locais e Rory degustou e comprou mais charutos do que eu gostaria rsrs, com certeza essa viagem ficará na nossa memória para sempre e fica a esperança de um dia voltar a Cuba e aquela gente que nos serviu tão bem no hotel, ter a oportunidade de ter na mesa deles tudo o que serviam para a gente. </p><p><br /></p><p>Extra: Você sabia que foi Hemingway, em sua temporada morando em Cuba que criou o Mojito? E não só ele, mas também o Daiquiri outro drink tradicional de Cuba, além disso, foi morando lá que ele escreveu um de seus maiores sucesso, “O velho e o mar”, que, se você assiste Pantanal, deve lembrar que Juma estava lendo e ficou completamente fascinada pelo “Véio do mar”.</p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-3886912118381722152022-03-23T10:14:00.007-03:002022-03-23T10:14:57.168-03:00Personalidades: Luiz Carlos Onofre - Ratão <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3kOrc3zH_inpPpuUD1lwbe9Gs3yRwOioOuI1KxrZTATv-T0_fSZN8Uj4E9_c1VqY62jmxsNmHCg4XrQouYI5QCJDm5RDW9h-HPt9RTmw_R43mEp2ez55NgGBTn5O-h_RDbOtYvQhPk1OYCJvgseGd2mBcnY2JYVighWHV-aZNa4J3qlhK7EMcbX0k/s1640/A%20chegada%20da%20Camargo%20Corre%CC%82a%20em%20Alfredo%20Wagner%20(5).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="924" data-original-width="1640" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3kOrc3zH_inpPpuUD1lwbe9Gs3yRwOioOuI1KxrZTATv-T0_fSZN8Uj4E9_c1VqY62jmxsNmHCg4XrQouYI5QCJDm5RDW9h-HPt9RTmw_R43mEp2ez55NgGBTn5O-h_RDbOtYvQhPk1OYCJvgseGd2mBcnY2JYVighWHV-aZNa4J3qlhK7EMcbX0k/w400-h225/A%20chegada%20da%20Camargo%20Corre%CC%82a%20em%20Alfredo%20Wagner%20(5).png" width="400" /></a></div><br /><p></p><p><br /></p><div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">23 de maio de 1956</span></div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: right;">27 de janeiro de 2000</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><br /></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span> </span>Luiz Carlos Onofre foi um homem que infelizmente teve uma vida muito curta, porém mesmo vivendo pouco, deixou muitas marcas na cidade de Alfredo Wagner. Não estamos falando apenas das marcas deixadas no coração de todos que o amavam, mas também marcas na política e esporte da cidade, áreas onde ele sempre foi muito atuante. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Luiz Carlos nasceu no Caeté — em frente à gruta — em 23 de maio de 1956. Ele era filho do casal João Manoel e Cecília de Andrade Onofre, famílias pioneiras na colonização do Morro Redondo e Santa Bárbara e presente também no Caeté. Seus pais tiveram oito filhos, duas mulheres e seis homens e Luiz era o mais novo dos meninos. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">O pai, João, tinha uma charqueada e trabalhava com agricultura e a mãe o ajudava e tomava conta da casa. Luiz desde muito cedo começou a ajudar o pai na charqueada, aprendendo a carnear gado, porcos, fazer linguiças, charques e tudo mais que o pai precisasse de ajuda. Além disso, sua família também engordava gado no Morro Redondo e ele sabia como ninguém lidar com a criação.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Como adolescente, um de seus principais passatempos era jogar futebol, junto com amigos, irmãos e primos. Essa paixão, ele levou por toda sua vida. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Sua primeira profissão foi como ajudante de seu pai na charqueada, depois foi trabalhar na CAFASC, na vacinação de gado contra a febre aftosa, já que também tinha experiência com gado e foi enquanto trabalhava nesse órgão do Governo do estado de Santa Catarina, que conheceu sua futura esposa, Maria Izabel Wagner.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Ela conta que eles se conheceram na escola, pois ambos estudavam no Silva Jardim, porém não eram da mesma sala e não tinham amizade, se conheciam apenas de vista. Mas certo dia Bel — como é conhecida por todos — foi com seu irmão Gilberto, o Betinho, para um casamento no interior do município. Na volta, perto da localidade de Catuíra, eles avistaram um acidente de carro e em um dos carros envolvidos estava Luiz Carlos, acompanhado por Antônio Carlos Thiesen. Os dois eram funcionários da CAFASC e percorriam todo o município realizando a vacinação do gado e naquele dia tinham se acidentado. Os irmãos Wagner pararam para prestar socorro e os levaram para o hospital. Bel foi durante todo o caminho amparando Luiz Carlos, que estava machucado e precisando de ajuda.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Passados alguns dias, ela foi visitar Luiz, para ver se ele já estava bem. Ela acha que depois do resgate Luiz Carlos ficou muito interessado nela, pois perguntou se ela queria namorar com ele, ao que ela respondeu “Não”, pois ele estava em um namoro sério com uma outra moça. Mas ele não desistiu e continuou investindo na moça, que era a única filha mulher do casal Virginia e Balcino Matias Wagner. Ela também havia ficado interessada nele e quando foi questionada pela segunda vez, não resistiu, respondendo que sim, então eles iniciaram o namoro. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Eles se casaram no dia 20 de abril de 1977, quando ele tinha 21 anos. Do casamento, nasceram dois filhos, Eduardo Luiz e Evandro Luiz. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Além do trabalho com o pai e na CAFASC, ele trabalhou também em uma livraria, mais tarde como taxista e finalmente voltou para o ramo de seu pai, abrindo um açougue. O açougue do Ratão que foi inaugurado em 1977. A livraria e papelaria se chamava Rozita, pertencia a Wanderley Silva, um grande amigo e incentivador de Luiz Carlos, além disso o táxi que Luiz dirigia também pertencia ao amigo e ele era um motorista adorado por todos, pela maneira que dirigia e atenção que dava aos passageiros, principalmente em viagens longas, como para Florianópolis — geralmente para consultas médicas. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Todos conheciam Luiz Carlos pelo apelido de Ratão, que surgiu em seu nascimento. Quando ele nasceu, seu cabelo parecia com a pelagem de rato, meio acinzentado, meio manchado, e ele usava o cabelo penteado para trás, o que fazia lembrar ainda mais o animal. Ele começou sendo chamado de Ratinho, Rato até se tornar o Ratão, como era conhecido por todos.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Ratão sempre foi muito envolvido com a comunidade, com eventos esportivos e não demorou muito para ele se voltar para a política. Disputou sua primeira eleição para vereador no ano de 1977 e, com apenas 21 anos, foi eleito vereador, sendo o terceiro mais votado do município, e segundo do partido (MDB), com 232 votos. Ele ainda foi vereador em uma segunda oportunidade, na gestão de 1983 até 1988. Como vereador, suas principais preocupações estavam voltadas para a construção de novas escolas — Escolas Isoladas — implantação de rede de água — da CASAN — e construção de um ginásio de esportes — lembrando que naquela época o Rogerão ainda não existia. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Apesar da insistência do partido para ele ser candidato a prefeito, ele aceitou concorrer apenas como vice, ao lado de Nivaldo Wessler — Formiga. Eles foram eleitos para a gestão de 1997 até 2000. Durante esse mandato, Ratão atuou como Secretário da Agricultura do município. Ele foi o responsável por uma grande reestruturação na secretaria e início de várias ações, tais como o “troca-troca de sementes” e o fornecimento de calcário para os agricultores. Também foi em sua gestão que ele trouxe um engenheiro agrônomo para trabalhar na cidade e estruturar tecnicamente a área. Seus amigos de partido contam que ele era um grande companheiro, fiel, uma pessoa de palavra, que só prometia o que poderia cumprir. Além disso, era uma pessoa muito popular, tinha conversa com todo mundo e estava sempre muito contente. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Ele tinha uma caligrafia muito bonita, uma letra bem desenhada e era extremamente organizado em seus negócios e também na política, mantendo diversas cadernetas com anotações. Anotava de quem tinha comprado determinado boi, quanto estava pesando no dia que comprou, a evolução da engorda do animal e quanto ele tinha obtido de lucro com a venda do mesmo. Ele também tinha tudo anotado sobre os bois que tinha em pastagens alugadas, em outras cidades como Urupema e serra acima. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">O filho mais novo, Evandro, relembra que muitas de suas memórias do pai estão associadas ao futebol. Ele era um jogador apaixonado pelo esporte e muito habilidoso, além disso, quando não estava em campo, ele adorava assistir partidas. Mesmo quando saíam de Alfredo Wagner, o pai sempre parava com eles em campos de futebol para assistir aos jogos. Durante muito tempo, ele jogou no time Corisco, de Alfredo Wagner. No futebol de salão, ele era lateral esquerdo e no futebol de campo, jogava como ala esquerdo. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Além disso, Ratão adorava carros, principalmente os potentes. Ele adorava dirigir velozmente em seus momentos de lazer e os filhos sempre estavam com ele, o que até hoje permanece sendo uma das paixões deles. Entre as lembranças, também estão as idas para a praia com o caminhão boiadeiro, que eles usavam para acamparem na praia. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Ele era uma pessoa muito boa, paciente e gostava muito de crianças. Todos seus sobrinhos o adoravam e eles queriam ver o tio todos os dias. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">O filho Evandro ainda ressalta que três adjetivos podem definir seu pai: bom caráter, honesto e trabalhador. Ele acordava todos os dias antes do sol e já começava a trabalhar. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Uma curiosidade é que ele sempre foi do MDB e a família de sua esposa, grandes apoiadores do PP. Eles moravam na mesma casa que os sogros e os dois partidos, na época, eram grandes adversários em nossa cidade, mas as divergências políticas nunca interferiram na rotina da família. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Seus hobbies, como já citamos, eram o futebol, a engorda do gado e amava levar os filhos quando chegava algum circo na cidade, principalmente para assistirem as touradas, realizadas com os bois cedidos por ele. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Ele faleceu em 27 de janeiro de 2000 por conta de um aneurisma, a morte repentina aconteceu quando ele tinha apenas 43 anos. Ele conheceu apenas uma de suas três netas e, segundo contam, ela era outra de suas grandes paixões. Ele sempre carregava uma foto dela dentro de sua carteira. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Apesar de suas outras duas netas não terem tido a oportunidade de conhecer esse grande homem, a família não deixa que sua memória se apague e sempre fala para as pequenas sobre o seu incrível vovô Ratão, um homem que deixou grandes memórias por onde passou.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Os filhos e a Bel mantêm o seu legado vivo, seja no açougue que ainda leva seu nome “Açougue do Ratão”, na fábrica de embutidos “Embutidos Rathão” ou no gosto pelos carros potentes. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><br /></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><br /></div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: right;">Informações repassadas por: </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: right;">Maria Izabel Wagner</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: right;">Evandro Luiz Onofre </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: right;">Suzanne Werlich Schmitz Onofre</div></div>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-18470804198393178762022-03-16T10:16:00.001-03:002022-03-16T10:16:05.872-03:00 Personalidades: Nivaldo Wessler - Formiga<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgL5mjG0bu5pVpvJzXH86rw7WGHzIdlRD02v0RdXlwcE5faq60Ek6yYLI_xy0PMPnxYg6eQqT_hv7knfjKqBSp-t9YDmNQtDkLjyTM9g-3mc4C-zX6oId1_i6udl8mg0xD5ws44QCa-lNq13D5YsgOjFVpy3Ra5opCPYHLaTf175bZxdvlMfDnd6eWJ=s1640" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="924" data-original-width="1640" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgL5mjG0bu5pVpvJzXH86rw7WGHzIdlRD02v0RdXlwcE5faq60Ek6yYLI_xy0PMPnxYg6eQqT_hv7knfjKqBSp-t9YDmNQtDkLjyTM9g-3mc4C-zX6oId1_i6udl8mg0xD5ws44QCa-lNq13D5YsgOjFVpy3Ra5opCPYHLaTf175bZxdvlMfDnd6eWJ=w400-h225" width="400" /></a></div><br /><p style="text-align: right;"><br /></p><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: right;">18 de julho de 1949</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: right;">27 de julho de 2017</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><br /></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Um dos políticos mais marcantes da cidade de Alfredo Wagner, sendo por três vezes prefeito, três vezes vereador e até mesmo candidato a Deputado Estadual, ficando na suplência, esse foi Formiga. Homem que deixou profundas marcas na cidade de Alfredo Wagner, sendo por suas gestões como prefeito ou por sua atuação na vida social.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Nivaldo Wessler nasceu em 18 de julho de 1949, na cidade de Braço do Norte, Santa Catarina. Filho de Júlio Wessler e Venerana Junklaus, Nivaldo mais conhecido como Formiga era um menino esperto, sadio, gostava de brincar como qualquer outra criança. Brincava de bolinhas de gude, peteca, pega-pega, mas o que ele mais gostava era brincar de bola, jogar futebol.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Mas as brincadeiras logo tiveram que dividir espaço com o trabalho, pois ele começou a trabalhar desde muito pequeno, ajudando seu pai na roça – em terras do senhor Balcino Matias Wagner. Pois eram uma família muito humilde e trabalhavam como arrendeiros.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Aos catorzes anos começou a trabalhar na laminadora, dos senhores: Batistote, Manoel Seemann e seu Celmente. Trabalhou também como pintor para ajudar na renda da família.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Mas mesmo sendo trabalhando muito, ele sempre encontrava tempo para fazer uma das coisas que mais amava, jogar futebol. Com o passar dos anos ele começou a jogar futebol com os adultos. Jogava como goleiro no “União Futebol Clube”. O esporte sempre foi muito presente em sua vida, sendo ele várias vezes presidente da CME - Centro Municipal de Esporte – de Alfredo Wagner, levando times de Alfredo Wagner para disputarem competições em outros municípios.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Formiga era um homem popular e cheio de amigos. E seu Manoel Seemann, seu patrão, via um imenso potencial nele para a carreira política, sempre admirando o seu jeito de ser. Seu Manoel, o chamava carinhosamente de Miga, diminutivo para Formiga e lançou sua candidatura como vereador nas eleições de 1972, quando ele tinha 24 anos. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Já na primeira eleição que disputou foi eleito e continuou na câmara por 14 anos, sendo eleito por três mandatos consecutivos, de 1973 a 1988.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Durante esse tempo, no ano de 1975, ingressou na empresa CELESC como Auxiliar administrativo. Trabalhou, em Florianópolis, como Diretor da Empresa Celesc na sede que ficava localizada na Avenida Ivo Silveira. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Era hora de Formiga crescer politicamente, então lançou-se como prefeito, nas eleições de 1988 e foi eleito. Ele foi prefeito da cidade de Alfredo Wagner por três gestões, na gestão de 1989 a 1992, na de 1997 a 2000 e depois na de 2009 a 2012.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Mas além de um grande político, existia também o Formiga esposo, pai e grande avô. E essa parte de sua vida começou em uma noite de carnaval. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>“Nos anos de 68/69 haviam noites de carnaval na Sociedade Recreativa nica Clube onde os jovens se encontravam e conversavam. Em um desses carnavais Formiga foi escolhido para ser o Reio Momo e a Rainha foi a jovem Laura dos Santos. Em uma dessas noites nos conhecemos e começamos um belo namoro”, conta Maria Helena dos Santos, a Dona Lena, sua esposa e companheira de vida. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>O namoro ficou sério e eles se casaram no dia 11 de janeiro de 1975, quando Formiga ainda era um iniciante na Câmara de Vereadores. Do casamento vieram dois filhos: Andrey Wessler e André Wessler. Além disso ele teve também três netos: Mateus Dora e Igor.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Com os filhos foi um pai muito presente, ativo e conselheiro. Que protegia, cuidava e amava. Nunca mediu esforços para os ajudar, ensinar e orientar. “Para todos os problemas, era ele quem achava uma solução”.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Ele Gostava da família reunida, de conversar e rir e se ele já foi um ótimo pai, o que podemos falar dele como avô? </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Ele tinha um amor incondicional pelos seus netos, tinha bondade, paciências, bom humor, dava conforto emocional e lições de vida. Não media esforços para realizar os pedidos dos netos, fosse pedido material. ou uma simples brincadeira de criança. Ria e se divertia embaixo do cobertor, dando chocolates escondido. Virava cavalinho, super-herói, dançava e cantarolava músicas. Não tinha tempo a perder na presença dos netos. Sempre com um sorriso, um abraço e um colo para oferecer. No coração dos netos deixou sua maior herança, um amor simples, mas gigante.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Seu neto mais velho Mateus, emociona a falar de seu inesquecível avô: “Como definir com algumas palavras alguém tão importante em minha vida. Um amigo, parceiro, melhor dizendo: um segundo pai. Sempre se fez presente quando precisava e nunca tinha uma “hora ruim” para dar atenção. Sempre disposto, com sorriso no rosto e muita motivação para ajudar a todos, esse era meu avô, o famoso Formiga. Eu gostava muito de estar ao lado dele, ele sempre que possível ia assistir meus jogos de futebol, me levava nos rodeios, íamos a praia com todos das famílias, nunca se queixou de nada, muito pelo contrário estava do meu lado em todos os momentos! Eu sempre passava minhas férias, até eu ter uns 15 anos, em Alfredo Wagner, ficando geralmente na casa de meus avós, quando estava lá dividia a cama com ele sempre, saiamos muito na parte da noite para algumas voltas na cidade, comíamos alguma besteira de lanche, pizza, porção, quase toda noite. Com muita certeza ele é uma inspiração para mim, como vô, amigo, em todos os sentidos! Levo comigo nas lembranças todos os momentos marcantes e felizes que passamos juntos, aprendi demais a ajudar sempre ao próximo e aproveitar a vida com a família”.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Seu Formiga veio a falecer no dia 27 de julho de 2017, em decorrência de um câncer e deixou muita saudade no coração de toda sua família e de muitos de seus eleitores. Ele foi um dos políticos mais populares que Alfredo Wagner já teve. Um homem alegre que levava essa alegria a seu povo através de animadas noites de carnaval na Avenida Beira Rio, noites de réveillon também na mesma avenida e outras festividades, tais como Festa do Barracão.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Além disso como prefeito ele deixou várias marcas na infraestrutura e sociedade alfredense. Como político ele também se lançou como candidato a Deputado Estadual no ano de 1994, com o número 25.125 pelo PFL, recebendo 15.193 votos, ficando na suplência. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Alguns de seus principais feitos políticos, durante seus três mandatos:</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Ele realizou muitos feitos na educação, como a construiu a escola do Passo da Limeira, aumentou em 40% na Creche Ângela Amim, realizou melhoria na biblioteca municipal, a ampliação do transporte escolar, adquirindo novos carros e ofereceu melhor qualificação aos motoristas. Foi também em uma de suas gestões que foi construído o centro comunitário onde hoje esta localizada a Câmara de Vereadores e o EJA – Educação de jovens e adultos – com a construção do espaço os adultos passaram a estudar no próprio município, pois anteriormente eles tinham que se dirigir até a cidade de Ituporanga. Implantou a Creche Primeiros Passos, localizada primeiramente, no imóvel alugado do senhor Lauro Hilzendeger. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Foi em uma de suas gestões que a agencia do INSS foi instalada no município, ele abriu estradas em diversas localidades, construiu a garagem da prefeitura. Diversas ruas da cidade receberam calçamento, tais como: Estreito, na Rua São João, bairro Barracão, ruas centrais da Catuíra, Águas Frias, Beira Rio, Rua Claudino Mariotti, asfaltou o acesso ao Parque de Exposições e realizou a obra de calcamento do morro do cemitério, calçando a estrada e realizando toda a iluminação do trecho e construindo um grande Cristo para ornamentar o local. Além disso foi em sua gestão que foi construído o loteamento Jose Del Antonia (Casinhas) para os funcionários da prefeitura com 30 casas habitadas pelos funcionários. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Concluiu e construiu novos muros gabião no centro, estreio e Barracão, realizou drenagem dos rios, obras muito importantes para evitar enchentes na parte central da cidade, que sempre sofria terríveis perdas devido a força das águas. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Recuperou pontes e construiu a ponte do centro, de São Leonardo, São Wendolino, Rio Caeté e outras localidades devido as cheias de 2010. Construiu também casas com recursos da Defesa Civil para as famílias atingidas na mesma cheia.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Reformou completamente o Ginásio Rogerão e colocou três professores para atender crianças e adolescentes e aflorar o esporte no município. Além disso foi em uma de suas gestões que os ginásios da Catuíra e da Picadas foram construídos.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Implantou o sistema de energia elétrica rural para mais de 1000 famílias beneficiadas. Na Catuira ainda implantou os sistemas de luz e água para os moradores, gratuitamente.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Manutenção viária do centro com faixas e placas de identificação. Nova instalação do Clube das mães em anexo a secretaria da saúde. Saneamento básico no Loteamento Germano Kreuch no Estreito e no Loteamento Valdir Mariotti. Construiu as academias ao ar livre em diversas comunidades</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Na assistência social, construiu 42 casas populares - 24 construídas e 18 em análise pela Caixa Econômica federal. Distribuiu cestas básicas, fraudas e leite especial.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Na Cultura, Turismo e esporte, realizou apresentação da Orquestra Sinfônica, realizou implantação de sinalização turística e construiu o portal turístico, iniciou as comemorações do dia da Mulher no jardim. Durante uma de suas gestões a cidade de Alfredo Wagner, recebeu duas edições do encontro de escritores, reunindo escritores brasileiros e estrangeiros no III Encontro Catarinense de Escritores e I encontro Internacional de Escritores de Alfredo Wagner e Região. Houve feira de livros e de artes, lançamento de livros, palestras, apresentações artísticas, apresentações culturais e visita aos pontos turístico e históricos da cidade. Carnaval de rua e Réveillon, Festa do Colono, Encontro de Corais, convenio com o Museu de Alfredo Wagner, Natal Luzes, Comemoração do Cinquentenário do Município, Baile de Debutantes da terceira idade.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Na agricultura apoiou exposição e leilão de cavalos, o recolhimento de embalagens de agrotóxicos, os programas de calcário, milhos, alevinos, arvores frutíferas, inseminação de bovinos, e realizou melhoria nas estradas para os agricultores.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span> </span>Na saúde realizou a reforma do hospital no valor de R$:128.000,00. Realizou convenio com o mesmo, repassando um valor total de R$: 1.3444.00,00 e o atendimento no mesmo passou a ser gratuito. Implantou o Posto de Saúde da Catuira. Criação do Centro Odontológico com tres consultórios em anexo a Secretaria da Saúde. Nova unidade de Saúde no Centro de Alfredo Wagner, além de equipamentos para melhor atender o povo, como a sala de fisioterapia. Ofereceu gratuitamente cirurgia de cataratas, eletrocardiograma na Unidade Básica do Centro, construiu sala chumbada do Raio X e adquiriu o aparelho para o hospital. Disponibilizou mais carros a disposição dos pacientes e prestou total apoio ao SAMU da cidade. </div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;">Informações repassadas por:</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><a class="oajrlxb2 g5ia77u1 qu0x051f esr5mh6w e9989ue4 r7d6kgcz rq0escxv nhd2j8a9 nc684nl6 p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of lzcic4wl gpro0wi8 q66pz984 b1v8xokw" href="https://www.facebook.com/mariahelena.wessler?__cft__[0]=AZX0Ruze7lWLJ94wz21GDYT6n9f3kCVz6WUFcP75EA6jRI1jWNJEIFz7NWADzxCbTrZXsmhKgy-ApS0cAsBv4mQw8pAJc39lznrJe2dZlAp_otcpJb_MtYZjYk_hl6IioGw&__tn__=-]K-R" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; 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text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjZSZn5Hz5IeCGKFOQeVCFMQFWxH50IYdgTdZ-FHoTFlK9OHDmu63ZSwEb5B3-5eiep7TvlOJn8g_ODPAbT0JQMZiBt0KJ9R1f7EmDi4D4ZljNaKJCzOY6J5cNuKlIeHqwpj_mb92SvHlzPmGdmVxGfXmBeFD9Alzz_PpbHCOOCwB-1aOlhi2V-DtZk=s1640" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="924" data-original-width="1640" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjZSZn5Hz5IeCGKFOQeVCFMQFWxH50IYdgTdZ-FHoTFlK9OHDmu63ZSwEb5B3-5eiep7TvlOJn8g_ODPAbT0JQMZiBt0KJ9R1f7EmDi4D4ZljNaKJCzOY6J5cNuKlIeHqwpj_mb92SvHlzPmGdmVxGfXmBeFD9Alzz_PpbHCOOCwB-1aOlhi2V-DtZk=w400-h225" width="400" /></a></div><br /><p><br /></p><p style="text-align: right;"><i>02 de marco de 1932</i></p><p style="text-align: right;"><i>30 de julho de 2006</i></p><p><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="white-space: pre;"> </span>Uma das mulheres mais marcantes que já viveu na cidade de Alfredo Wagner foi a Dona Vete. Mulher de garra, à frente do seu tempo, que nunca se acomodou ou teve medo de trabalhar pesado. Mulher de uma generosidade incrível, que gostava de política e que por muito tempo ainda será lembrada. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Dona Vete tinha personalidade forte, trabalhou desde criança na roça e sempre foi muito decidida e certas vezes autoritária, pois ela sabia onde queria chegar e levava sua família junto. Teve uma vida muito sofrida, marcada pelo trabalho árduo, na Santa Bárbara, Mosquito, Pedra Branca e depois no centro de Alfredo Wagner. Tinham muitas terras e a prosperidade vinha da força de seu trabalho. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Verdolina Mariotti Berger era o seu nome, mas todos a conheciam por Dona Vete. Ela foi registrada na Catuíra em 02 de marco de 1932. Ela nasceu na comunidade de Santa Bárbara, onde a sua família morava. Ela era filha de Willy Mariotti e Amélia Hinckel Mariotti. Vete teve nove irmãos, seis homens e três mulheres. Ela era a mais velha das mulheres e, por isso, desde cedo tinha as suas responsabilidades.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Foi na Santa Bárbara que conheceu o seu futuro marido, Avelino Pedro Berger, que nasceu em 21 de julho de 1928. Foi lá que namoraram, casaram-se e começaram a sua família. Mas, assim que casaram, o casal foi morar no Mosquito, comunidade da cidade de Rio do Sul. Os quatro primeiros filhos nasceram na Santa Barbara, Adelita no Mosquito Grande, os outros três, na Pedra Branca, localidade de Alfredo Wagner para onde a família se mudou, após Avelino comprar as terras que pertenciam a seu pai. Flávio, o caçula, foi o único filho que não nasceu em casa, pelas mãos de uma parteira e sim no centro de Alfredo Wagner, assistido por um médico. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Foi enquanto moraram na Pedra Branca que sua filha Julita adoeceu. A menina tinha um câncer na cabeça, doença que não era muito comum naquele tempo. O tratamento para a filha precisava ser feito em Porto Alegre e elas tinham que ir e vir de avião. Dona Vete não sabia ler, nem escrever, tampouco tinha saído muitas vezes do Barracão, mas como era uma leoa pelos seus filhos, superou todas as dificuldades e acompanhou a filha durante o tratamento. Ela não conhecia nada por lá, mas não se amedrontou. Ficou no hospital e passou a ajudar a todos que precisavam, para conseguir permanecer com a filha. Como não tinham telefone na Pedra Branca e as cartas demoravam muito para chegarem ao seu destino, ela mandava notícias para a família pelas ondas do rádio. A família estava sempre sintonizada à rádio gaúcha, aguardando que a mãe desse notícias, dela e de Julita.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Foi uma grande luta pela vida de Julita, mas a doença acabou vencendo. Vete ficou devastada, mas sabia que havia feito tudo o que podia pela menina. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Com os filhos ficando maiores, eles começaram a não querer mais a vida sofrida de trabalhar na roça e aos poucos começaram a se mudar para a praça, comprando uma propriedade em frente à ponte Emilio Kuntze, subindo em direção onde hoje fica o cemitério. Como a maioria dos filhos já estava vivendo no centro, o casal também acabou se mudando, no final da década de 60. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Com a saída da Pedra Branca, seu Avelino também comprou alguns caminhões e foi o filho Otávio que foi ser caminhoneiro e cuidar desse ramo dos negócios da família. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Eles se mudaram para a casa de dois andares em frente à ponte. Casa onde antes funcionava a maternidade da cidade. Lá tiveram uma venda e um dormitório com muitos quartos. Eles também alugavam algumas salas comerciais, onde funcionou a prefeitura por algum tempo, posto de despachante e salão de beleza. Uma das características mais marcantes do dormitório da Dona Vete era a limpeza e organização.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Além disso, ela também trabalhava fazendo festas de igreja nos finais de semana. Trabalhava de doceira, fazendo doces, tranças, bolos, era responsável pelas galinhas nos fornos e adorava fazer tudo isso. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>O casal Vete e Avelino era muito conhecido, então as pessoas que vinham da Pedra Branca, Santa Bárbara e não tinham onde ficar, sabiam que tinha pouso garantido na casa deles. Além do pouso, ganhavam café da manhã, almoço e até janta se fosse preciso. O casal gostava de acolher seus amigos.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>A comida era muito farta na casa de Dona Vete. Mesmo já morando na praça, criava galinhas, porcos, plantavam batata, aipim, batata doce. As filhas passavam oras preparando o almoço, pois a casa era sempre cheia. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>A Dona Vete também era muito envolvida com política e ela acabou concorrendo, em forma de protesto, a vice-prefeita na eleição de 1982. O protesto teve início quando dois candidatos que sempre foram oposição se juntaram para terem mais chances de vencerem a eleição. A chapa juntando os dois “inimigos políticos” não agradou muita gente e então uma outra chapa em protesto foi lançada. Concorrendo a prefeita estava Maria Isabel Wagner Onofre — a Bel do açougue — e Dona Vete como vice. A indignação do eleitorado apareceu nas urnas: 14, 99% dos eleitores votaram em branco. Mas o que surpreendeu mesmo foi a quantidade de votos que as duas receberam. A chapa formada pelas mulheres alfredenses, que concorriam pelo PMDB, recebeu 1.108 votos, representando 26,8% dos votos válidos. Elas perderam, mas com certeza essa é uma das eleições históricas da cidade de Alfredo Wagner e só poderia ter sido protagonizada por duas mulheres fortes, cuja fama de trabalho e garra falava por si só, garantindo a elas muitos votos. Acredita-se que se elas tivessem feito uma campanha de verdade, teriam muitas chances de vencer. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Dona Vete também cuidava de todos os netos que nasciam. Sempre que alguém família ganhava bebê, vinha para a sua casa para ela ajudar a cuidar das crianças. Ela cuidava com todo o amor e carinho e uma das coisas mais marcantes era que ela fazia um charutinho com as crianças, embrulhando com todo o cuidado no cobertor, de forma que mesmo se a criança viesse a cair, não se machucaria. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Com o passar do tempo e o trabalho sem descanso, o corpo começou a dar sinais de cansaço. Dona Vete era obesa e com a idade chegando, começou a ter que usar muletas, teve que passar por algumas cirurgias nas pernas e quase não conseguia mais andar. Quando adoeceu e começou a ter dificuldades para se locomover, ela logo achou uma solução, começou a fazer coroas para vender. Ela também, mesmo sentada, ajudava a fazer o almoço, descascando batata, cortando as carnes, os temperos e saladas. Costurava também, fazendo colchas de retalhos. Ela não queria parar de trabalhar, mesmo que não pudesse ficar muito tempo de pé.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Em 2006, quando a filha de Juliana — sua neta mais velha — nasceu, Dona Vete estava internada. A bisneta Ana Julia nasceu no mesmo dia do aniversário dela. Eles achavam que ela nunca ia sair do hospital, então Juliana foi mostrar sua filha para sua amada avó. Mas Dona Vete era muito forte e se recuperou, voltando para casa em alguns dias. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Ela continuava muito doente, mas sua maior preocupação era com a saúde da filha Néia, que havia sido diagnosticada com câncer no intestino. Dona Vete queria ficar perto da filha e então pediu para sua outra filha a levar para Florianópolis.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Toda a família ainda sofre ao se lembrar do dia 30 de julho de 2006. Nesse dia, aconteceu um acidente de carro, na cidade de Rancho Queimado, que tiraria a vida dela e de sua bisneta, de dois anos e meio, Júlia. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Para a família ainda é uma dor muito grande. Eles sabem de toda a luta da Dona Vete contra a doença, contra o peso e, por causa de um motorista irresponsável, foi lhe tirada a chance de viver. Uma vida que ela construiu com tanto trabalho e dedicação. Mas ela deixou um grande legado. Muito exemplo, ela ensinou muita coisa boa e linda, para os filhos e netos, e hoje ela continua presente na maioria das melhores memórias de seus familiares e também presente na história da cidade de Alfredo Wagner.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p><i>Informações repassadas por:</i></p><p><i>Juliana Berger </i></p><p><i>Adelita Berger Waltrick (Dele)</i></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-43017984562065895962022-02-04T17:38:00.005-03:002022-02-04T17:38:36.390-03:00 A chegada da Camargo Corrêa em Alfredo<p style="text-align: justify;"><span> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjUQh2od7e8LT4C6J4IoscEzku9dv3EsaU717vvBwibtXryv2AoDsln3zlTA3irDFH_4HVoCd_VSu3BWKucdW9tlodASfz-NJvLJBdUeeK6X-HvSwI6SBu5SePGrx8CjfEnln7TDRtT3-M36Wv8NoYFjtXVaOCiBgoLmfxu9k8eODgC89kupnleapyN=s1640" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="924" data-original-width="1640" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjUQh2od7e8LT4C6J4IoscEzku9dv3EsaU717vvBwibtXryv2AoDsln3zlTA3irDFH_4HVoCd_VSu3BWKucdW9tlodASfz-NJvLJBdUeeK6X-HvSwI6SBu5SePGrx8CjfEnln7TDRtT3-M36Wv8NoYFjtXVaOCiBgoLmfxu9k8eODgC89kupnleapyN=s320" width="320" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;">Alfredo Wagner, ou o antigo Barracão, sempre esteve na rota dos tropeiros, por sua posição estratégica, entre a serra e o litoral, porém, em tempos de outrora para chegarmos tanto em Florianópolis, quanto em Lages, podia-se demorar dias. Na década de 70, horas.</p><p style="text-align: justify;"><span> </span>As condições das estadas eram péssimas e o relevo da região também não ajudava. A solução do governo federal para facilitar o transporte de pessoas e mercadorias foi a construção de uma grande rodovia, que corta o estado indo até à fronteira com a Argentina. A BR 282, muitas vezes chamada de "corredor do Mercosul", realiza a ligação Leste-Oeste cruzando todo o estado de Santa Catarina. Três momentos distintos foram significativos para que a estrada se concretizasse: em 1894, a estrada São José a Lages foi reaberta e retificada em vários trechos; em 1929, a expansão da imigração alemã estabelecendo vilas, realizou-se do litoral em direção ao planalto, abrindo novas estradas e conservando as que já existiam e, aproximadamente em 1975, a rota passou a ser transformada em BR, para, então, começar a receber pavimentação asfáltica. O trabalho de pavimentação prolongou-se até a segunda metade da década de 80. O trecho que compreende o município de Alfredo Wagner foi concluído em 1986.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>A rodovia tem um total de 678 km e cerca de 70 km ficam na cidade de Alfredo Wagner, que foi, justamente, como relatado no livro "Caminhos da Integração Catarinense. Do Caminho das Tropas à Rodovia BR 282" de Antônio Carlos Werner “o trecho entre Bom Retiro e Rancho Queimado, o mais complexo, que transpõe a Serra da Boa Vista”. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>A construção da BR tirou da rota comunidade como Picadas e Quebra Dentes, que até a década de 70 tinham um comércio forte e eram tão desenvolvidas quanto o centro de Alfredo Wagner. A construção da rodovia não mudou apenas a forma como se vivia nessas comunidades, além de trazer o progresso, essa obra ainda mudou completamente a sociedade de Alfredo Wagner.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Antes da modificação da rota, ela também passava pela rua Águas Frias. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Com a chegada da empreiteira Camargo Corrêa, empresa responsável pela construção da rodovia, em julho de 1979, que montou acampamento na cidade, houve um processo de mudança de hábitos da sociedade alfredense, de uma hora para a outra, a cidade quase dobrou sua população. O sotaque alemão deu lugar a sotaques de todos os cantos do país. Eram pessoas com costumes muito diferentes dos nossos. Pode-se perceber essas mudanças no comércio, que passou a ter mais consumidores e consequentemente obteve mais lucros e com isso os comerciantes locais investiram mais no município, surgindo hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>A vinda da empreiteira Camargo Corrêa como citado anteriormente aumentou a população local, o que desencadeou um maior desenvolvimento econômico no município e aumentou o número de volume de serviços, pois a empresa construtora utilizou a mão-de-obra local e passou a investir em Alfredo Wagner. Um bom exemplo disso eram os hotéis, pensões e pousadas que hospedavam esses funcionários e locais como a Choupana do Tatu, onde Dona Tita se desdobrava em mil para dar conta das mais de cem marmitas que entregava por dia para os funcionários. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Além da BR-282 ter aberto os caminhos para Alfredo Wagner, a vinda da empreiteira para nossa cidade alimentou nossa economia na década de 1980.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Mudanças Culturais</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: pre;"> </span>Quando a empreiteira chegou em Alfredo Wagner com todos os seus empregados, encontrou uma pequena vila, caracterizada pela cultura alemã, e que mudou muito com a chegada dessa gente que vinha de todos os cantos do Brasil: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Ceará, São Paulo entre outros estados marcavam presença entre os funcionários da empresa. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: pre;"> </span>A princípio, as famílias Alfredenses ficaram um pouco assustadas com a quantidade de pessoas que chegaram, principalmente pela quantidade de homens que faziam parte do grupo de funcionários. Aproximadamente 80% das pessoas que vieram para cidade eram do sexo masculino.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: pre;"> </span>Diversificação culinária, musical, no estilo de se vestir, no estilo de se comportar, tudo passou a ser um pouco diferente. A princípio, existia rivalidade entre os moços de Alfredo e os recém-chegados com a empreiteira. Parte dessa rivalidade foi diminuída através dos esportes. Tanto os alfredenses quanto os funcionários da Camargo amavam futebol e logo o esporte os uniu em times e em inesquecíveis torneiros de futebol ou futsal. Além disso, os ex-funcionários da Camargo e alguns moradores de Alfredo relembram do saudoso time CCCC — Construções e Comércio Camargo Corrêa — memorável time formado pelos funcionários da Camargo. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: pre;"> </span>As farmácias da cidade começaram a vender uma série de produtos que não estavam no topo das vendas anteriormente, como perfumes, desodorantes, outros produtos de higiene pessoal e também aumentou a venda de injeções para DSTs.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: pre;"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Visão de quem veio de fora</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Zaida de Lima Pereira, filha de Bonifácio e Leontina, fazia parte de uma das famílias que veio morar em Alfredo Wagner e conta como foi essa experiência. Antes de irem para Alfredo Wagner, a família já havia morado em muitas cidades, tanto no Rio Grande do Sul, quanto no Paraná. O pai, Bonifácio, assim como os irmãos de Zaida, eram funcionários da empresa. Antes de irem morar em Alfredo, eles moravam no Salto no Paraná em um grande alojamento montado para os funcionários, com casas privadas, clubes com piscina e toda uma infraestrutura montada. Chegar em Alfredo Wagner foi um choque de realidade.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Ela diz que, aos seus olhos, Alfredo Wagner não passava de uma pequena vila, cheia de gente que ainda falava alemão. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Apesar de a cidade ser pequena e ainda pouco desenvolvida naquela época, Leontina, mãe de Zaída que hoje mora em Guaíra, no Paraná, diz que foi um dos lugares que ela mais gostou de viver. Lugar de gente simples, mas muito acolhedora. Ela lembra com saudades dos vizinhos e de todas as pessoas que conheceu durante esse seu tempo no Alfredão, como ela costuma chamar a cidade. A família trabalhou com a Camargo até a aposentadoria de Bonifácio e passaram por nove cidades no Rio Grande do Sul e quatro no Paraná. Três dos filhos de Bonifácio e Leontina casaram em Alfredo Wagner: Tabajar, Darcy e Roberto.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>A princípio, essas famílias ficaram hospedadas na Churrascaria Familiar do seu Vandino — na parte de baixo era o restaurante e na parte de cima uma hospedaria e assim as famílias tiveram tempo para encontrar as casas para alugar, entre as famílias inteiras que vieram para Alfredo Wagner, Darcy Lima Pereira relembra as famílias de seu pai Bonifacio, Antenor, Darcy, Rosa, Miguel, Anacleto, Mineirinho. <span> </span>A casa alugada pela família ficava no Bairro estreito e era comum que os funcionários que vinham com as famílias alugassem casas para viverem, enquanto funcionários solteiros costumavam ficar nos alojamentos ou em pensões e hotéis. Existiam dois alojamentos no centro da cidade, um localizado onde hoje fica o Ginásio Rogerão e um outro construído onde hoje fica o Posto Kretzer ao lado da BR 282, além deles, outro grande acampamento ficava no Rio Lessa. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>A família de Bonifácio e Leontina viveu em Alfredo Wagner durante oito anos. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Um outro depoimento importante é dado por João Evangelista Campos, um dos funcionários que se mudou para Alfredo com a empreiteira e ainda continua morando na cidade. João é de José de Freitas, no Piauí, e começou a trabalhar na empresa em 1981, com apenas 19 anos. Ainda tão jovem, ele se mudou para o Pará, para trabalhar na construção da barragem de Tucuruí, e lá ficou até o ano de 1985, quando se mudou para Santa Catarina, vindo trabalhar na construção da BR 282, como mecânico de máquinas pesadas. Ele destaca que toda a formação dos funcionários acontecia dentro da empresa, os jovens entravam sem saber nada e saíam com profissões como: mecânicos, torneiros, eletricistas, pedreiros etc. O salário pago pela empresa também era muito bom para a época. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>A primeira parada em Santa Catarina, foi na Vargem Grande, ponto onde a obra estava naquele tempo, mas não demorou muito para ele se mudar para Alfredo Wagner. Diferente de muitos funcionários, João não ficou nos alojamentos e sim no hotel da Dona Amália — Churrascaria São Cristovão, que anteriormente se chamava Churrascaria do Tucano. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Ele recorda que não era apenas uma boa alimentação e dormitórios que eram oferecidos no local, a proprietária Dona Amália tinha muito carinho pelos seus hóspedes e os acolhia verdadeiramente com afeto. Ela tratava até mesmo de apresentá-los no comércio da cidade e se colocar como avalista, caso alguém estivesse receio em vender para eles. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Um outro ponto destacado pela esposa de João, Valneide, era a dificuldade de comunicação com as famílias. Os empregados da Camargo vinham de vários locais do país e cada um tinha que se organizar de uma maneira para se comunicar com a famílias. Muitos utilizavam cartas e telegramas e às vezes telefonemas, como era o caso de João. Não importava qualquer outro compromisso que ele pudesse ter, mas as tardes de domingos estavam reservadas para ele telefonar para a mãe Maria Alves Campos, que havia ficado no Piauí. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>O frio foi um dos principais empecilhos para João se adaptar à cidade. Ele nunca tinha passado tanto frio quanto passou em Alfredo Wagner. Vindo de uma das regiões mais quentes do Brasil, chegar em Santa Catarina e encarar o inverno não foi fácil. Além disso, o que mais lhe chamou a atenção quando chegou foi o relevo da cidade. A impressão que ele tinha, estando dentro do vale, era que a qualquer momento tudo poderia vir abaixo. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>O casal Valneide e João destaca que existia um pouco de preconceito pelos casais formados entre moças da cidade e os camargueiros: “Como assim uma moça tão boa vai se casar com um sujeito desconhecido?”, “Ah, essa união não tem futuro”, “Esses camargueiros não valem nada, vieram para cá apenas para se aproveitarem das moças ingênuas”, e por aí iam os comentários. Os preconceitos vinham até mesmo da igreja, que não era a favor desses casamentos. Hoje, o casal já completa mais de 30 anos de casado e é a prova viva de que o amor sempre pode vencer o preconceito. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>As discotecas e outros atrativos</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Os “camargueiros” eram diferentes dos moços alfredenses, principalmente na maneira em que dançavam. Na década de 80, as Discotecas eram a diversão para os jovens da cidade e desta época pode-se destacar duas que ficavam cheias aos finais de semanas e fazem parte das memórias de muita gente que viveu essa época: a Discoteca Beira Rio, do Nanico, que ficava na Água Fria e a Discoteca Hollywood, dos irmãos Iung, que ficava em local privilegiado no centro da cidade. Eram nesses lugares que os camargueiros mostravam todo o seu gingado dançando com coreografias diferentes ou encantando as moças com as famosas “lentas”.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>A discoteca Beira Rio contava com o DJ Neco, que sabia exatamente, em meio aos seus LPs e fitas, qual a trilha sonora para animar a galera ou despertar o clima de romance. O bar da discoteca era comandado pelo Ceceu e as bebidas mais vendidas eram Cuba — Coca-Cola com uísque — cerveja e muito uísque puro, o Nanico ficava na portaria. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Outro ponto frequentado pela turma da Camargo e que também era um ponto de encontro para os jovens da época era a lanchonete Detalhes, da Dona Marlene e do seu Antonio Carlos, que ficava bem no centro da cidade. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Casas de prostituição </b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: pre;"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: pre;"> </span>Famosas também ficaram algumas casas de prostituição da cidade. Com o significante aumento de homens, muito deles solteiros, esse também foi um setor que teve um crescimento exponencial. As duas casas de prostituição mais famosas eram o Pinheirinho e a Escova Bode. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: pre;"> </span>A Escova Bode ficava no centro da cidade, situada mais ou menos por onde hoje fica o prédio da CELESC, no início do bairro Estreito, e era muito frequentada pelos moços da Camargo. A casa era famosa por confusões, causadas por clientes enciumados por causa de suas funcionárias. Rolou até mesmo morte. Um senhor, descontente por encontrar sua funcionária da casa preferida nos braços de outro, acabou matando o jovem a facadas. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Manifestações contra a construção do viaduto </b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Quando a Camargo começou a trabalhar no aterro para a construção do viaduto do Estreito, enfrentou muitos protestos, realizados pela comunidade que vivia naquele bairro. Eles reivindicavam a construção de um túnel e não o viaduto. Como todos sabem, o viaduto de quase 200 metros de extensão acabou sendo construído, mas não sem uma grande manifestação, com bastante gente e até mesmo pessoas se deitando na frente dos tratores para impedir as máquinas de trabalhar. A manifestação só teve fim com a chegada do prefeito, que conversou com a população e teve o aval para a obra seguir adiante. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Lenda Urbana</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="white-space: pre;"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Muitas pessoas talvez já tenham ouvido essa história, que talvez não passe de uma Lenda Urbana, mas que durante a década de 90 fazia parte das histórias contadas boca a boca pela cidade. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Contam que na época da construção do viaduto, um dos funcionários teria caído em uma das sapatas da ponte — as estruturas que sustentam a construção, formada por grandes tubos —, ninguém notou que ele havia caído e concluíram a tarefa, preenchendo os tubos com cimento.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Apenas no final do expediente, quando voltaram para o alojamento, os colegas notaram a falta do homem e foram procurar por ele e então se deram conta que ele deveria ter caído dentro de um dos tubos, porém quando perceberam, o cimento já estava seco. Não tinham o que fazer a não ser lamentar.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Porém, essa não foi a última vez que o homem foi visto, contam que em algumas noites, ele sai do tubo e se senta embaixo do viaduto, olhando para rio e gritando, pedindo ajuda para quem passa por ali. Muitas pessoas juram de pés juntos que já viram a assombração, mas outros não acreditam que isso realmente aconteceu. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Pagamento dos Funcionários </b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Na época da chegada da Camargo Correa em Alfredo Wagner, o escritório da empreiteira ficava no Rio Lesse e o pagamento era realizado lá, porém os funcionários do BESC — extinto Banco do Estado de Santa Catarina — tinham que levar o dinheiro até o escritório. A ex funcionária do BESC, Izete Terezinha Martins Pereira, relembra do risco que ela corria, pois “era dinheiro para realizar o pagamento para mais de 700 funcionários e a empresa era conhecida por pagar bem seus funcionários, era muito dinheiro”. Ela e o guarda do Banco (Belmiro Kreusch) colocavam todo o dinheiro em grandes malotes e seguiam de moto até o escritório, onde os funcionários eram organizados em fila e entravam um por um na sala para receber o seu pagamento. O BESC era responsável pelo pagamento apenas dos “peões”, os funcionários com cargos mais elevados recebiam pelo Banco do Brasil. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>A funcionária relembra que nunca aconteceu nada de grave, mas sem dúvidas era um risco eles transportarem todo esse dinheiro sem escolta e em uma moto. Ela também relembra que em dia de pagamento da Camargo, o centro da cidade fervia, os funcionários lotavam os mercados, lojas e bares da cidade, movimentando assim a economia do lugar. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Casamentos</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Como não poderia diferir, existiu muita miscigenação entre alfredenses e pessoas que vieram de fora. Muitas moças do Barracão se casaram com funcionários da Camargo e também algumas moças das famílias que vieram com a Camargo acabaram se apaixonando por alfredenses. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Alguns dos casais foram Sandra e Tabajar, Valneide e João, Arlete e Alvaro, Izete e Darcy, Dulce e Roberto, Poli que casou com a Ioli Terezinha, Cabreira e Sônia, Pedro Facada e Carmen, Luiz Antônio Müller com a Rose do Tatu, Sueli Lopes e Hermes. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>A importância da chegada da Camargo Corrêa em Alfredo Wagner provavelmente é muito maior para mim do que para muitos outros alfredenses. A empresa trouxe desenvolvimento e prosperidade para a cidade, mas muito mais do que isso, ela trouxe o meu pai. Meus pais foram um desses casais que se formaram nos anos 80 em uma mistura entre alfredenses e os forasteiros da Camargo. Cresci ouvindo histórias dos tempos dessa construção, dos alojamentos, das amizades...</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Meu pai, Tabajar, o Taba, trabalhou na empresa desde muito cedo e juntamente com sua família percorreu boa parte do Rio Grande do Sul e Paraná trabalhando com a Camargo, onde se tornou mecânico de máquinas pesadas, dos bons. Com o final da obra, ele permaneceu em Alfredo Wagner e fez dessa cidade o seu lar, até falecer em 2009. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span> </span>Registrando a história da construção da BR 282 em Alfredo, registro também parte da minha história, que nunca existiria caso a Camargo Corrêa não tivesse trazido aquele gaúcho para o Barracão. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><i>Informações repassadas por:</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><i>Izete Terezinha Martins</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><i>Darcy de Lima Pereira</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><i>Zaida de Lima Pereira</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><i>Leontina Proença de Lima Pereira</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><i>Joao Evangelista Campos</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><i>Valneide Terezinha da Cunha Campos</i></div><div style="text-align: right;"><br /></div></div><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-51589255002533124892021-11-09T14:18:00.003-03:002021-11-18T12:03:33.332-03:00Sponsor a reader <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi542GrKenXXxupiuHD__yFDq1mEZlilnGONkQa7WRQbqb7OrAa_OIW9KPQJZhtBjtNwHYRZY-Zrw_ZRhktbEavTkGOR1BD2nsVKiPtmk6X03hEdu5cOleg7i5koo-a7WrNVb2fdILeZrc/s1620/1+%252819%2529+%25281%2529.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1620" data-original-width="1620" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi542GrKenXXxupiuHD__yFDq1mEZlilnGONkQa7WRQbqb7OrAa_OIW9KPQJZhtBjtNwHYRZY-Zrw_ZRhktbEavTkGOR1BD2nsVKiPtmk6X03hEdu5cOleg7i5koo-a7WrNVb2fdILeZrc/s320/1+%252819%2529+%25281%2529.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">This idea came to me when selling my book “Histórias da nossa gente”, some people here in Canada and Ireland told me that they would love to buy the book. However, as they are native English speakers and the book is in Portuguese, the book would never be read, it would just be a way to help me.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">With that in mind, I decided to draw up a “plan” so that people can help me, but also so this book can also be read.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">From 2009 to 2016, I worked as a teacher in Brazil, at the Silva Jardim Basic Education School, which was also the school where I studied throughout my school life. I have great affection for Silva Jardim and for the children who, like me, have that school as a reference.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">So, if you buy a book, your book will be donated to that school. The book that will be destined for the school is called “As Aventuras de Eva Schneider” and is used by teachers to work on some educational content, as the book was created especially for that. In addition to the books, students and teachers will be able to download a free Augmented Reality app, created especially to be used with the book's content, as part of my MIC Master's thesis, and I will write a chapter completely in English, one new adventure for the English teacher’s work in class. </div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">In Brazil, we have English in schools, which we learn for eight years. However, it is something so far from our reality, that we leave school knowing almost nothing. The new English teacher at the school is a committed teacher and a friend of mine, so we will designing a project, where we will try to bring these students closer to the English language, putting them in contact with some aspects of the culture of the English-speaking countries and with you. As a former student at the school and getting to know the students there, I'm sure this will make a difference in learning.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">You just need to commit to sending a letter in response to the letter you will receive and the rest we will do.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">How much does the book cost?</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">If you are living in Canada the book costs only 8 dollars and if you are in Ireland it costs only 5 euros. It's very cheap and it will make a difference, for me, for my ex-students and for the school!</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Can I count on you?</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><br /></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">For Sponsor a reader, that is the link ===> <a href="https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw4EA9jbkgpQX3QOzcSH-74Og--sL8IEHVI-H3OE08RRdyLg/viewform?usp=sf_link">https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw4EA9jbkgpQX3QOzcSH-74Og--sL8IEHVI-H3OE08RRdyLg/viewform?usp=sf_link</a></div></div></div><br /><p></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-55465416076029531472021-10-18T11:22:00.002-03:002021-10-18T15:00:04.899-03:00Pré-venda do livro: Histórias da nossa gente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_gM3GmOUeYULgzpjyaUs5VvtcUbmtyH5_hPHm2jg2uTlH__GW65TunwQd7W-buNU-rIlli5qZK_SDhZKY0ec2fVvsruiEFM6gFXzVMD_3slxD_xOL_AQddsyCfNF26EUqYwszXT40REQ/s1600/3d2a0fb7-c462-4781-a5df-c3c26def8671.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1135" data-original-width="1600" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_gM3GmOUeYULgzpjyaUs5VvtcUbmtyH5_hPHm2jg2uTlH__GW65TunwQd7W-buNU-rIlli5qZK_SDhZKY0ec2fVvsruiEFM6gFXzVMD_3slxD_xOL_AQddsyCfNF26EUqYwszXT40REQ/w400-h284/3d2a0fb7-c462-4781-a5df-c3c26def8671.jpeg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://forms.gle/KvKgWyQtLAqBfQiN7" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="242" data-original-width="800" height="97" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLdc6P7qOrVziGPepRbpslynd7WDibMFySwKULAnOy8EETnoM5LZJaIgYEaAIZAnKcPJ976NxFxzZXHUqkSLokkcWuZN4B-RmH9VfWycAhI7LnCMHBKXl6asaHnuQyNd-qXn41DteX7us/s320/compre-aqui.png" width="320" /></a></div><p><br /></p><p><span style="font-family: georgia;">O grande dia chegou!</span></p><p><span style="font-family: georgia;">Estamos oficialmente começando a pré-venda do nosso livro "Histórias da nossa gente".</span></p><p><span style="font-family: georgia;">O livro que vem sendo escrito desde 2018, foi finalizado e iniciamos a pré-venda, para que ele seja impresso até o dia 10 de dezembro, o dia da festa de lançamento.</span></p><p><span style="font-family: georgia;">Histórias da nossa gente, usa o testemunho de dezenas de pessoas para contar a história da nossa terra, as histórias do nosso povo, da nossa gente.</span></p><p><span style="font-family: georgia;">Se você quiser conhecer um pouco mais sobre Alfredo Wagner, sobre nosso passado, sobre histórias que nos levaram a chegar até aqui, esse livro é pra você!</span></p><p><span style="font-family: georgia;">Se você quer se divertir e se relembar de algum personagem marcante ou de uma outra época de nossa cidade, esse livro também é pra você.</span></p><p><span style="font-family: georgia;">Mas se você pouco conhece sobre Alfredo Wagner mas quer apoiar duas autoras apaixonadas pela sua terra natal, não tem problema, pois esse livro também é para você!</span></p><p><span style="font-family: georgia;">O livro Histórias da nossa gente é para todos.</span></p><p><span style="font-family: georgia;">E a seguir, um pouquinho das histórias que ele conta:</span></p><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Introdução </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Poesia sobre o Antigo Barracão</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">De que lugar na Alemanha vieram os alemães que colonizaram nossa região?</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">A importância do Morro do Trombudo para a cidade de Alfredo Wagner </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">A genealogia na Cidade de Alfredo Wagner </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">O nosso Silva Jardim </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">A chegada da Camargo Corrêa em Alfredo </span></div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">ENTREVISTAS </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Antônio Polícia e Dona Joana</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Dona Martinha </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Fernando Luiz Poeta </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Dona Thereza </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Edolino Marian </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Anivo Forster e Herta </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Atanir Onofre </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Gueta Scheidt Guckert</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Vanir Iung Weingartner </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Ivone Ianh Klauberg </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista - Denir Horst </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista - Virto Weingartner </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Elli Vand Sand Neuhaus </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Nely Walter de Mello - Um jogo do União. </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista - Ivanilde Schaeffer Hinghaus </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Seu Wirto Schaeffer </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Entrevista – Delegado Murilo </span></div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">PERSONALIDADES </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades: José Andrade </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Valdevino Klaumann – Tucano – Amália Heiderschedt Klaumann</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Adão da Silveira Maciel</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Osni Werlich e Verônica Otília Farias Werlich</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Antônio Carlos Thiesen - Tonico </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Quirino Iung</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Sergio Biasi Silvestri </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Osvaldo Miguel Sebold – Queta – e Alda Maria Andersen</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Nicolau Pedro de Almeida - Dedi</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Seu Arno Passig - Tatu </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades - Maria Cecilia Westphal </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Doralice Andersen Seemann</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Verdolina Mariotti Berger - Vete </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Teobaldo José Gelsleichter</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Luiz Carlos Onofre - Ratão </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Fernando Joaquim Figueiredo e Judith Krautz Figueiredo</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Raulino Linder - Linda </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Ivo Schmitz </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Edelberto Seemann e Ivete Schutz Seemann </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Zélia Verônica Bunn Schweitzer </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Nivaldo Wessler - Formiga </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Herta Truppel Althoff</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades – Anélio Rogério Andersen</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades - Vanda Schäffer Klaberg</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades - Zeli Coelho Duarte</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades - Geni Mariotti dos Santos </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;">Personalidades - Altair Wagner</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://forms.gle/KvKgWyQtLAqBfQiN7" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: georgia;"><img border="0" data-original-height="242" data-original-width="800" height="97" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJC8_DjLLzaBG9DJbFf7-_LPJDOtBVEfaDufcfjB7maTyhGpthZqfHdjsb3zTAv3E5c4Tjnvta9oL16NB_3yY39nvIOblFkEFjKTLia-9j77oG4dNHrh8qAu182L5VvGPmJLbBE-XdD4I/s320/compre-aqui.png" width="320" /></span></a></div><span style="font-family: georgia;"><br /></span><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><br /></div></div>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-5681565711354179132021-09-26T16:31:00.001-03:002021-09-26T16:31:28.554-03:00 A piece of land lost in the ocean. A piece of land of unrivalled beauty <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqJsdem1CU3PgkIlLhChap26XbfkdlZSWdiY__iqD0oyf3hu_IBad5EbwzhrS0D3izPhShzyllAykI1kRmUo0nGdhTewI_idDBGKhddAgK1aIGA_6Vz8pALK_Xlq8QZqAyQdw7djwd4RU/s828/95AC2A11-74AE-4D41-99B3-A8FFB13C5134.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="612" data-original-width="828" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqJsdem1CU3PgkIlLhChap26XbfkdlZSWdiY__iqD0oyf3hu_IBad5EbwzhrS0D3izPhShzyllAykI1kRmUo0nGdhTewI_idDBGKhddAgK1aIGA_6Vz8pALK_Xlq8QZqAyQdw7djwd4RU/s320/95AC2A11-74AE-4D41-99B3-A8FFB13C5134.jpeg" width="320" /></a></div><br /><p><br /></p><p>I'm from Santa Catarina, one of the most beautiful states in Brazil. Our capital is called Florianópolis and is also an island. Many people wrote songs and poems to show how strong and deep their love is for that small piece of land. One of the songs that I like most is "Rancho de Amor a Ilha", and I took the idea for the title from this song. "A piece of land lost in the ocean. A piece of land of unrivalled beauty". Floripa is known as "Ilha da Magia" but it was on another island that I found all the magic from the world. Land of the leprechaun, endless rainbows, Cailleach and Celtics legends, Ireland is also a magical island. </p><p>I always had a big love for travel, getting to know other places, cultures and people, but I never felt for another place, the love and connection that I felt at first sight in Ireland.</p><p>Probably it is a love from another life. Probably, I was Irish at another time.</p><p>There's not enough rain in Ireland to explain how much I felt at home in this place. All the green, all the stones, all the love that I found in this place and that changed me completely. </p><p>Dublin with all the lights and people. Dingle with all the tones of blue in your sky and sea. The green of Kerry. Doolin and your traditional music. All the medieval faces of Kilkenny. The beautiful and colourful Galway, Cork, Ennis, Killaloe, Connemara and many other places gave me big sighs. No doubt, beautiful sites, but the one that stole my heart was Limerick. </p><p>As Denis Allen claimed, ‘Limerick is a lady’, like a mom who cared for me, the city made me fall in love with the golden waters of the Shannon, with the dark colour of Guinness, and the wind messing my hair when I was walking in the O’Connell Street. The lady is full of charm and sweetness that made me feel at home. </p><p>To my surprise, Limerick was not the sad, poor and cold place that Frank McCourt showed me in his novel Angela's Ashes. Limerick is an unbelievable city, a place full of flowers, with happy people, filled with opportunities and generosity. Limerick was my place in Ireland.</p><p>And it was as if The Cranberries made my soundtrack: "Oh, my life "was" changing every day, in every possible way" while I lived there for more than one year. I arrived in Ireland with only two small bags, my courage and my passport. The biggest adventure in my life.</p><p><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Limerick is for everybody. Doesn’t matter if you are looking for peace in a church or for relaxing in one of the city's many pubs. You will find what you are looking for. I went to Ireland looking to find knowledge, but I found so much more than that. I found inspiration and myself.</p><p>Like Floripa, Ireland has people who wrote songs to show love, and I will borrow some lines to finish my text. It is true that "the Isle of home is always on your mind", and Ireland has become that for me. I will always say to Limerick: "The beauty that surrounds you, I take it with me love wherever I go."</p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-77242893253696382872021-07-14T13:02:00.002-03:002021-07-14T13:02:29.527-03:00Eva Schneider em: O Lobisomem <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUDbH_TnIPQIA61o5kZ9WcKOItnqjiXgT13C4uUyXwi0-ICruK_m1F7jKMSpqGKEoRlbgJp-wou30zeRVztLbTgyFLpx9RGBRBm37MzGdVlrSKTMB_uCexGE0bd54qUxIdTP_9kaukqIw/s1280/1ba9e529-33fb-408d-848b-7de7f8e54cde.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="905" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUDbH_TnIPQIA61o5kZ9WcKOItnqjiXgT13C4uUyXwi0-ICruK_m1F7jKMSpqGKEoRlbgJp-wou30zeRVztLbTgyFLpx9RGBRBm37MzGdVlrSKTMB_uCexGE0bd54qUxIdTP_9kaukqIw/s320/1ba9e529-33fb-408d-848b-7de7f8e54cde.jpg" /></a></div><br /> <p></p><h1 style="break-after: avoid; color: #2e74b5; font-family: "Calibri Light", sans-serif; font-size: 16pt; font-weight: normal; line-height: 22.82666778564453px; margin: 12pt 0cm 0cm;"><br /></h1><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> A mãe de Joaquina, a esposa de August havia passado por uma delicada cirurgia e o filho de Albert e Matilda chamou os pais para que passassem umas duas semanas com eles, para que pudessem ajudá-lo a cuidar da sogra e também a realizar as plantações, pois era época de plantio. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">No princípio foi difícil para eles convencerem as crianças de que dessa vez não poderiam ir junto, teriam que ficar com senhorita Bernard e Tião, mas bastou Tião dizer que eles poderiam acompanhá-lo, quando ele fosse buscar o gado que Tio Albert havia comprado de um criador do Queimado, que eles se animaram e resolveram que aceitavam ficar.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Estar em casa sem Albert e Matilda e Bijuca não fazia o menor sentido. Fazia apenas dois dias que os tios tinham saído de casa e eles já estavam morrendo de saudade. As horas se arrastavam e a comida da senhorita Bernard não tinha nem de longe, o sabor da comidinha da tia. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">Finalmente chegou o dia de irem para o Queimado. Ceci e senhorita Bernard foram de aranha e Eva e Sabu acompanharam Tião a cavalo, para ajudar a tocar o gado. Eram apenas seis cabeças, mas para as crianças era como se elas estivessem prestes a conduzir uma tropa inteira. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Sabu se imaginava como um grande tropeiro conduzindo mais de uma centena de cabeças de gado, como os homens com os quais eles tantas vezes já tinham conversado e ouvido as histórias, próximo ao barracão perto da igreja, onde os tropeiros amarravam os cavalos e soltavam o gado para se alimentarem e passarem a noite. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> A viagem foi cansativa, chegaram no local somente no final do dia, mas eles tinham se divertido. Tião era muito animado, sempre contando algum causo e fazendo piadas. Senhorita Bernard e ele se davam muito bem. Ceci via brilho nos olhos da professora cada vez que ele falava com a moça, mas como Ceci estava sempre procurando por romance, Eva não deu muita bola quando a amiga lhe contou que achava que a professora sentia algo por Tião.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Eles tinham planos de retornar no dia seguinte, mas chegando na propriedade o casal que havia negociado o gado com Albert estava passando por problemas. A mulher havia entrado em trabalho de parto, teria seu primeiro filho, mas havia tido complicações, a parteira não havia conseguido fazer o parto de forma tradicional e foi obrigada a abrir a barriga da mulher com uma tesoura. O bebe apesar de muito fraco estava vivo, mas mulher que se chamava Ana, precisava ser levada às pressas para Salto Grande, onde existia um médico que poderia lhe salvar. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Quando eles começaram a enxergar a casa de longe, viram o alvoroço. Tião colocou o cavalo a galope, para ir ver o que estava acontecendo. Chegando lá o marido o colocou a par da situação e ele prontamente ofereceu a aranha e se ofereceu para ir na frente, tentar encontrar o médico e ir agilizando tudo para que ela pudesse ser atendida com a maior rapidez possível. Senhorita Bernard também correu para ajudar a parteira, que lutava para estancar o sangue que saia do ventre da mulher.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> A mãe da moça, Dona Rosa, ficou com o neto muito pequenino no colo e as três crianças que ela ainda nem conhecia a seu lado, enquanto os outros corriam estrada afora, com a esperança de salvar a vida da moça.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Como já estava quase escurecendo o jeito foi entrar. As crianças estavam meio sem jeito, pois sem dúvidas não era o melhor momento para se receber visitas em casa, mas usaram de toda a educação que receberam e ficaram quietinhos e ainda prepararam um chá para a senhora que estava embalando o bebe, ajoelhada em frente a nossa senhora, pedindo para que ela salvasse a vida da filha. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Dona Rosa mostrou onde eles poderiam dormir e eles foram para o quarto. Passava um pouco da meia noite quando todos acordaram assustados.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - O que é isso, Eva? – Perguntou Sabu, já pulando para perto da amiga. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Não sei, é um uivo!? Parece ser um cachorro, um lobo, não sei. Mas é algo muito grande e parece estar aqui perto.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Não demorou muito para a senhora Rosa entrar no quarto assustada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Vocês ouviram isso crianças?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Sim, o que é?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Não faço ideia.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Outros uivos vieram, a cachorrada começou a latir, as vacas a mugir, cavalos relinchando, as galinhas pareciam muito assustadas e eles começaram a ouvir o barulho de um bicho que parecia enorme correndo na rua.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Minha nossa senhora, o que será que é isso? – Indagou Ceci.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Dona Rosa embalava a criança que havia começado a chorar e disse:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Tranquem a porta do quarto, coloquem a cama na frente dela e empurrem o armário para a frente da janela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">As crianças não entenderam direito o porquê de se fazer aquilo, mas naquelas alturas, parecia o melhor a ser feito, sem questionar fizeram o que a mulher pediu e falaram:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- E agora?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Agora a gente reza e espera ele ir embora.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">E foi o que fizeram. Demorou alguns minutos para o alvoroço na rua ter fim, mas depois as coisas pouco a pouco começaram a se acalmar, embora ainda pudessem ouvir um uivo apavorante ao longe. Demoraram a pegar no sono, e Dona Rosa apenas disse que na amanhã seguinte eles conversavam, mas ela parecia muito assustada. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">Quando o sol raiou acordaram e abriram a porta. O cenário era medonho. Dois cachorros estavam sem a cabeça, um terceiro estava todo ferido, com arranhões por todo o corpo que pareciam ter sido feitos por garras enormes. Algumas galinhas estavam mortas e suas penas voavam pelo ar. A ramada das vacas havia sido quebrada e não tinha mais nenhuma lá dentro, estavam soltas pela propriedade, junto com os cavalos. Eva não conseguia ver Artigas e estava começando a ficar preocupada, quando viu o bicho galopando ao longe, ele estava vivo, mas parecia muito assustado. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">As crianças também, ficaram muito assustadas com o que viram e trataram de ajudar dona Rosa a organizar as coisas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">Mais ou menos no meio da manhã Tião e Senhorita Bernard voltaram à propriedade e também se assustaram com o que encontraram. Eles não traziam boas notícias, a mulher ainda estava muito mal, mas o médico estava lutando para lhe salvar. Tião iria levar algumas coisas para Ana e o esposo, pois eles teriam que ficar alguns dias por lá, mas quando viu o estado da propriedade também ficou preocupado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- O que aconteceu por aqui? – Perguntou o moço.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Ah meu filho, acho que foi o tal do lobisomem. Só pode ter sido ele.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Lobisomem? – Questionaram as três crianças em coro.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Lobisomem? O que é isso? – Perguntou a professora.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- A minha gente, eu nunca acreditei muito nisso. Sempre achei que fosse besteira desse povo falador, mas depois de ontem, acho que não tem outra resposta para o que aconteceu.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Dona Rose, isso é conversa do povo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Tião? Ninguém vai me responder? O que diabos é esse tal de lobisomem? – Questionou novamente a professora.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Ah minha filha, acho que você vai preferir não saber. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Conte, conte Dona Rosa, a professora quer saber sim. – Falou Eva, se aproximando da senhora. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Pois bem, vou contar.... Lobisomem é uma mistura de homem e fera, homem e lobo. Conta a lenda que a transformação ocorre em noite de Lua cheia em uma encruzilhada. O monstro passa a atacar animais e pessoas para se alimentar de sangue. Volta a forma humana somente com o raiar do Sol.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Ah, já sei... na Inglaterra conhecemos ele por Werewolf. Mas acho que ele não passa de uma lenda.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Ah professora, então explica para os cachorros que perderam a cabeça que isso não passa de uma lenda.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Ceci, pode ter sido um outro animal que tirou a vida deles.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Não professora, nós conhecemos todos os animais que vivem por aqui, nenhum deles deixa essa pegadas muito menos essas marcas. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Vocês tem muita imaginação crianças. O que você acha Tião?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Eu acho que deve ter sido um outro bicho, um leão baio quem sabe.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Bom, vocês não estavam aqui. Leão baio não uiva. Nem tem essa pata. Veja! Parece uma pata de cachorro, mas é muitas vezes maior. Só pode ser um lobisomem. – falou Eva apontando para a pegada deixada no chão.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Se for um lobisomem, você tem que matar ele Tião. – Disse Sabu, já arregalando os olhos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Ah meus filhos, matar um lobisomem é uma tarefa muito difícil pois ele é muito ágil e feroz, assim, a única forma segura e dizem alguns, a única forma possível de exterminar um lobisomem é matando-o com uma bala de prata que deve atingí-lo no coração.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">Ficaram mais um tempo de conversa na frente da porta da casa, até que Tião chamou as crianças para irem em busca do gado e dos cavalos. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">Eles conseguiram juntar a criação, mas faltavam dois bezerros logo depois do almoço foram a cavalo atrás deles, mas não os encontraram com vida. Estavam no meio do mato, também sem cabeça, com algumas partes do corpo comidas e quase sem nenhum sangue em seus corpos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">Tião analisou o cadáver dos bezerros e resmungou: “o que será que fez isso com elas? Deve ser um bicho muito grande”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">Eles voltaram para casa, mas no caminho Eva estava matutando um plano. Ela achava que se tratava mesmo de um lobisomem, mas parece que eles não acreditariam nisso. Eles precisavam provar! Então chegando na casa, pegou pás e enxadas e anunciou aos amigos:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;">- Vamos construir uma armadilha! Vamos cavar um buraco bem fundo e cobrir com folhas e alguns galhos secos?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - É uma boa ideia, mas temos que ter uma isca! – Disse Sabu.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Já sei! Vamos levar uma galinha e pendurar perto da armadilha? – Respondeu Ceci.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Eva e Sabu acharam boa a ideia de usarem a galinha. Pegaram-na e foram para o local onde haviam encontrado os restos dos bezerros.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Começaram a cavar. A terra era macia e eles estavam muito empolgados com a ideia de pegar o bicho, então nem demoraram tanto para fazer o buraco. Fizeram um buraco estreito, e um pouco mais fundo que a altura de Eva. Penduraram a galinha e voltaram para casa. Eva ficou com muita pena da galinha e até pensou em abortar o plano, mas Ceci a convenceu de que o bicho não conseguiria pega-la, pois ela estava bem no alto. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Pertinho da noite Tião saiu para levar as coisas até o hospital, ele só voltaria no dia seguinte. As crianças não conseguiam dormir. Queriam ficar acordadas para ver se a armadilha havia funcionado. Mas foram vencidas pelo cansaço e pelo marasmo, pois nada acontecia aquela noite.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> No dia seguinte perceberam que nenhum animal da propriedade tinha desaparecido. Então correram para o mato e foram direto para a armadilha.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Quando chegaram lá Ceci disse:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Ué, cadê a galinha?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Eva gritou:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Olha a galinha, ela está morta e sem cabeça...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Sabu desceu no buraco e gritou:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Aqui tem pelos e os rastros são os rastros são os mesmo que vimos ontem.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Vamos dar uma volta aqui por perto, para ver se o bicho fez mais alguma vítima. Eles foram seguindo as pegadas do animal. Eram profundas, o que significava que ele era um bicho enorme. Seguiram, seguiram, até uma encruzilhada, onde elas simplesmente deixaram de existir e deram lugar a pegadas humanas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Minha Nossa Senhora Aparecida! É mesmo o tal do Lobisomem! – Exclamou Ceci, que havia ficado pálida.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - E agora? Como vamos matar esse bicho? – Perguntou Sabu. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Só tem um jeito! Temos que atingir o coração dele com uma bala de prata. - Falou Eva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Ah, simples! E onde vamos encontrar uma bala de prata? – Ironizou Ceci.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Vamos fazer uma!!! – Eva disse isso e foi encarada por dois pares de olhos arregalados.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Como assim, fazer uma?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - A gente estudou em química com a professora Bernard. Sabemos o ponto de fusão da prata. O Sabu já viu centenas de vezes o tio Albert montar as balas da espingarda. A gente faz um molde com argila, esquenta ela para deixar ela dura, desmonta uma bala da espingarda, tira algumas partes e a pólvora e usa para montar a nossa.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Sério que você pensou em tudo isso agora, Eva? – Falou novamente Ceci.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Não! Na verdade eu fiquei pensando nisso a noite inteira. Não consegui dormir, pensando que a galinha ia morrer e a gente não ia conseguir pegar o bicho. Nosso buraco não era muito fundo. Então fiquei pensando em como faríamos isso.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Tem somente um probleminha Eva, onde você pretende arrumar prata? Ta sabendo de alguma mina por aqui? – Ironizou Ceci.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Não precisamos de uma mina Ceci, apenas de duas das moedas de prata que encontramos na calçada de pedra.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Mas você as trouxe?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - É claro! Acha que eu ia deixar nosso tesouro sozinho no sítio?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Muito bom! Então vamos lá, precisamos encontrar uma panela de ferro e fazer muito, muitooooooo fogo!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Primeiro eles precisavam se certificar de que existia uma espingarda na propriedade. Tinha! Uma igual ao que o tio tinha no sitio, o que foi ótimo, pois Sabu sabia cada partezinha dela e de suas balas. Depois foram para o forno, pegaram um monte de lenha e uma panela de ferro. Eles sabiam que para atingirem o ponto de fusão da prata eles precisavam de muito calor, muito fogo. Tiveram sorte pois o dia estava bem abafado e o forno era de pedra, o que ajudava a manter e elevar a temperatura. Mas não foi fácil, queimaram muita lenha, fecharam a abertura do forno, e ainda tinham que disfarçar, pois senhora Rosa e senhorita Bernard não poderiam desconfiar do que elas estavam fazendo. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Quando a prata finalmente ficou no estado liquido, eles tiveram que ser rápidos. Tinham moldes para duas balas, despejaram a prata nos dois buracos em forma de bala, fecharam e esperaram secar.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> A ansiedade estava tomando conta deles e todos, sem exceção estavam com a ponta dos dedos queimados. Foram até o riacho e pegaram água gelada, para jogar sobre o molde de argila e quando finalmente “desenformaram” a bala estava ali. Bastou pegar uma lima e lixar um pouco na borda e ela estava perfeita.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Já estava escurecendo quando Sabu finalmente terminou de montar as balas. Eles só teriam duas chances. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Ficou combinado que quem atiraria seria Ceci, pois ela era boa de mira, muito boa. Sempre conseguia atingir o alvo com o estilingue que Albert havia feito para eles. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Para colocar o plano em prática eles ainda precisavam conseguir sair do quarto com a espingarda e ir em busca do bicho. Mas isso foi fácil, pois senhorita Bernard havia dormido no quarto do casal com dona Rosa e Tião ainda não havia voltado do hospital, ele tinha avisado que conforme fosse, ficaria com eles por lá, para ajudar. Senhorita Bernard estava cuidando não só do bebê, mas também de dona Rosa, que estava em um estado de nervos preocupante. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Então eles esperaram elas dormirem e saíram pela janela. Sabu e Eva levavam cada um facão, para caso o tiro falhasse, eles terem com o que se defender. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> A noite estava clara e não fosse o medo de dar de cara com a criatura, seria um agradável passeio. Tudo estava tranquilo, então eles avançaram até o local onde haviam feito a armadilha no dia anterior. Nem sinal do bicho, então continuaram andando por cerca meia hora até começarem a ouvir os uivos do animal.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Meu Deus, Eva! Acho que é ele!!! – Disse Sabu assustado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Sim, acho que é ele mesmo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Os três estavam apavorados, os uivos pareciam cada vez mais perto. Eles estavam parados no meio de uma clareira. Araucárias gigantes os cercavam, uma coruja crocitava no alto de uma árvore e o tempo parecia que havia começado a correr mais lentamente. Eva conseguia ouvir o barulho de seu coração compassado com o de Sabu e Ceci.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Eu acho que é melhor a gente correr! – Disse Sabu.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Não, espere! Não sabemos onde ele está!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Eles ouviam o barulho do bicho correndo em meio a vegetação. Até que em um salto ele ficou na frente deles.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Era um bicho enorme. O pelo era preto e empastado de sujeira e sangue. Eles começaram a sentir um cheiro de morte, de sangue podre que vinha dele. A fera tinha grandes dentes afiados, as presas eram gigantes. O monstro se ergueu em suas patas traseiras e ergueu as dianteiras, dando um uivo enorme, de pé ele tinha mais ou menos com 2 metros e meio de altura<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Eva estava apavorada, parecia que ia desmaiar. Então começou a gritar:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Atira Ceci, atira!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Mas a menina estava paralisada. Não se movia, nem parecia estar ouvindo o que Eva gritava. Ela estava com os olhos fixos na criatura, que de pé parecia ser a imagem do final de suas vidas. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Vamos sair daqui! – Gritou Sabu, saindo correndo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Atira Ceci! Atira! Meu Deus! – Eva pegou Ceci pelo braço e começou a sacudi-la, nisso pode sentir que ela estava gelada e estava da sua cor, de tão pálida.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> A criatura saiu correndo atrás de Sabu, então Eva tomou a espingarda de Ceci, que naquele momento parecia estar recuperando os sentidos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Sabu correu, e começou a subir em um pinheiro. O bicho era grande e pesado, subiu um pouco atrás de Sabu, mas escorregou, porém ele não desistiu, fez uma nova investira e dessa vez passou as garras na perna de Sabu. Dava para ver a sua fúria.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Temos que fazer alguma coisa ou ele vai pegar Sabu. – Disse Eva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Ceci ouvindo a amiga, pegou uma pedra e jogou no bicho! Acertando bem na cabeça.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> O animal deu mais um uivo apavorante e se virou para as meninas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Atira Eva! – Disse Ceci.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Eva mirou no animal, deu o tiro, mas o ricochete da arma a fez voar longe. O tiro passou a metros de distância do animal, que partiu para cima dela. Ceci, começou a jogar pedra no bicho.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Sai, sai dai bicho medonho, não! Sai, sai, sai!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Sabu desceu da árvore em que estava e partiu para cima do bicho.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Nãoooo, deixa a Eva em paz!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Ele acertou o facão nas costas do bicho, que se virou para ele e com a pata dianteira lhe deu um chega para lá, o jogando longe.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Eva estava tentando colocar a última bala de prata na espingarda, mas suas mãos tremiam tanto que ela não conseguia encaixá-la corretamente. O bicho se levantou novamente e uivou<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - AAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUULLLLLLLLLLLL<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Partiu para cima de Eva. Ela não podia errar.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Mirou no bicho, bem no coração. Fechou os olhos e atirou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> PAH!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> O tiro ecoou seco pelo ar e ela sentiu o peso do bicho caindo sobre o seu corpo. Ela não sabia se havia atingido o bicho ou não. Então ficou mais um tempo de olhos fechados, enquanto seus ouvidos zuniam por causa do barulho do tiro.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Eva, Eva, Eva? Você está bem?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Começou a ouvir Ceci e Sabu a chamando. Ela sentia gosto de sangue em sua boca, estava coberta de sangue e sentia dor pelo corpo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Eles começaram a arrastar o bicho de cima da menina. Ele agonizava. Eva estava tonta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Vamos sair daqui! – Disse Sabu.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Eu o acertei? – Perguntou Eva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Sim! – Corre, corre.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Não calma, olha, foi bem no coração.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Quando Eva terminou de falar a frase, ouviram um último gemido do bicho e um ruído vindo do céu.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Corre! – Disse Ceci.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Uma bola de fogo caiu em cima do bicho.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> As crianças saíram correndo e no meio do caminho encontraram senhorita Bernard, dona Rosa e o bebe.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Meu Deus, o que aconteceu? – Perguntou a professora.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> As crianças correram e a abraçaram.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Vamos voltar para casa, ouvimos barulho de tiro e uivos. Acho aquele bicho voltou a atacar.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Não se preocupe professora. Nós matamos o lobisomem. – Disse Eva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Como assim?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Fizemos uma bala de prata e atiramos nele.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Não posso acreditar nisso.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Vamos, podemos te mostrar o corpo dele.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Eles pegaram senhorita Bernard e dona Rosa pela mão e as levaram até a clareira, onde tudo tinha acontecido. Mas o espanto foi enorme, quando lá chegaram e não tinha nem vestígio do lobisomem.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Onde ele está?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Crianças, aqui não tem lobisomem nenhum.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Mas professora, a gente viu o corpo dele. Veja esse sangue é do bicho, olhe a perna de Sabu, foi o bicho.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Mas onde ele está, Eva? Um animal tão grande quanto o que vocês falaram não iria evaporar no ar.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Professora, deve ter sido a bola de fogo que caiu do céu! – Disse Ceci.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Bola de fogo que caiu do céu? Tenham a santa paciência crianças!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Não estamos inventando professora, veja! Olhe aqui.... – Eva se abaixou e tirou do chão a bala de prata. – foi com essa bala que matamos o bicho.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> A professora pegou a bala e a analisou...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Foi vocês que fizeram essa bala?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Sim! Fomos nós, a senhora nos ensinou sobre ponto de fusão de elementos químicos, a gente fez a prata ficar liquida e fez essa bala.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> A professora olhava para a bala incrédula. Toda aquela história era muito esdrúxula, mas ela estava orgulhosa. Terem conseguido fazer uma bala de prata, não era pouca coisa. Então ela disse:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Então tá tudo bem, já mataram o bicho, vamos voltar para casa. – Ela falou isso e estava evidente que ela não estava acreditando em nada que eles falavam.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> Eles ficaram muito desapontados, pois de fato tinha acontecido. Não tinha o que fazer a não ser voltar para casa. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> No caminho dona Rosa ficou para trás e disse a Eva,<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> - Bom trabalho minha filha, eu acredito em vocês! <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 15.693333625793457px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif; font-size: 12pt; line-height: 17.1200008392334px;"> <o:p></o:p></span></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-15740456243502506432021-05-22T10:56:00.001-03:002021-05-22T10:56:27.782-03:00 Histórias da Nossa Gente – Elli Vand Sand Neuhaus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD2GRh4Ywp4hyphenhyphenlsPw0_WX6Xeokh_71N52LfpuXKxsrmlUfuZJWcQ0XXJWxiayM-2-3k8A03hnrOXUk8YZr14pI36yIUGBu20lK7mEDxd-m-riGVTor-LNSdasBpHN60j0MHfc1p6enNKE/s1280/Banner.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD2GRh4Ywp4hyphenhyphenlsPw0_WX6Xeokh_71N52LfpuXKxsrmlUfuZJWcQ0XXJWxiayM-2-3k8A03hnrOXUk8YZr14pI36yIUGBu20lK7mEDxd-m-riGVTor-LNSdasBpHN60j0MHfc1p6enNKE/w400-h225/Banner.jpg" width="400" /></a></div><br /><p><br /></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"><span> </span>Hoje vamos conhecer um pouco da história de vida de Dona Elli, que ninguém conhece como Elli e sim como a Mota, a mota da família Neuhaus. Como o “apelido” denuncia, Elli é descendente de alemães. Seus pais vieram da Alemanha e se conheceram no Maracujá. A família Neuhaus é muito influente no setor madeireiro e já há algumas décadas tem a cidade de Alfredo Wagner como sua terra.</span><span style="font-family: Centaur, serif;"> </span></p><p align="center" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: Centaur, serif;"> </span></b></p><p align="center" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: Centaur, serif;">“Eu sou a Elli, tenho 82 anos. Moro em Alfredo Wagner”<o:p></o:p></span></b></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Dona Elli tem uma forte conexão com o Maracujá, comunidade que faz divisa com Alfredo Wagner e pertence ao município vizinho, Anitápolis. <b>“Eu nasci no Maracujá e fui criada lá, fui pra aula, casei, tive meus 6 filhos, tudo no Maracujá”. <o:p></o:p></b></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Filha de Arnoldo Vand Sand e Emília Kleinjohann Vand Sand, Elli nasceu em 25 de agosto de 1939, sendo a filha mais nova dos oito filhos do casal - Pedro, Ana, Henrique, Gertrudes, Geraldo, Herna e Teia. Ela conta que seu pai veio muito jovem para o Brasil, com cerca de 18 anos. Ele atravessou o oceano sozinho, sem ninguém mais da sua família o acompanhando. O corajoso Arnoldo veio para tentar uma vida melhor em uma terra completamente desconhecida e naquele tempo ainda selvagem. Sua mãe fez o mesmo caminho com sua família, saindo da Westphalia, na Alemanha e quis o destino que os dois fossem parar no mesmo local, Maracujá. Foi lá que se conheceram <b>“O casamento foi lá em Águas Mornas, foram de cavalo”<o:p></o:p></b></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Ela relembra que seu pai tomava banho de rio todo dia de manhã cedo e depois que chegava da roça, não importando se fosse inverno ou verão: <b>“Ele pegava a toalha, amarrava na frente e ia tomar banho todo dia de manhã, de noite também quando ele vinha. No inverno ia antes do sol. Ele dizia que a água era melhor, mais quente”.</b></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif; text-indent: 35.4pt;">Como Elli era a caçula da casa ela conta que não tinha irmãos mais novos para tomar conta, mas que ajudou a cuidar dos sobrinhos, que até hoje são como irmãos para ela “</span><b style="font-family: Centaur, serif; text-indent: 35.4pt;">Tem sobrinho que é seis dias mais velho do que eu, então nós sempre brincávamos juntos”</b><span style="font-family: Centaur, serif; text-indent: 35.4pt;">. Quando Dona Elli era jovem seus pais já eram de mais idade então ela também relembra que quando tinha alguma festa, um baile, ela sempre ia com a família de seu irmão. Era o irmão e a cunhada que tomavam conta dela e ela sempre tinha a companhia de seus sobrinhos, que eram quase da mesma idade. </span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Seu pai gostava muito do Maracujá, ela conta que <b>“Ele veio da Alemanha, foi morar ali e de lá foi pro cemitério. No mesmo lugar onde ele começou no mato, não saiu mais. Criou os filhos tudo e sempre dizia: daqui eu não saio, só quando eu morrer". </b> E foi mesmo o que aconteceu, seu Arnoldo morreu aos 83 anos, vivendo no mesmo local que comprou quando chegou da Alemanha, com apenas 18.<o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Ela tem muitas lembranças do pai: <b>“Ele nunca tomou remédio, que eu me lembre. Morreu de enfarte, mesmo. Dançou comigo num casamento no dia anterior. Ele também gostava muito de cantar. Gostava de uma cerveja também, mas tinha pouca naquela época. Nunca tinha dançado comigo, naquele dia ele foi me tirar pra dançar, nós dançamos e ele estava tão feliz. Ele foi pra casa, e conversando com a mãe ele disse: "mãe, foi um dia tão feliz hoje, tão bom".</b> Seu Arnoldo veio a falecer no dia seguinte, deixando dona Elli e toda a família com o peito cheio de saudade. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Da escola ela lembra que só começou a estudar aos 10 anos de idade, pois a comunidade era um pouco isolada e antes não tinham professores que queriam ir trabalhar lá, pelo difícil acesso. Sua casa ficava mais ou menos há uma hora de caminhada da escola. Ela caminhava uma hora para ir e uma hora para voltar da aula. Ela recorda que começar a estudar foi muito difícil pois ela falava apenas em alemão, nunca tinha aprendido português, pois até mesmo seus pais falavam apenas a língua nativa da Alemanha. Ela só foi aprender a falar o <b>“brasileiro”,</b> como ela diz, quando começou a ir pra aula e as represálias contra os alemães se intensificaram no sul do país, mas seu pai era contra, não queria que os filhos falassem em português. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Ela chegava da escola e como diz, <b>“já ia direto pra enxada”.</b> Na roça plantavam feijão, milho, batata, aipim. A família também tinha vacas de leite, para o leite e o queijo. <b>“Mas não era que nem hoje, que fazem três, quatro tipos de comida. Feijão era feijão, puro. Aipim, arroz era mais difícil porque tinha que socar no socador, o pilão. Naquela época, não tinha arroz pra comprar assim quando eu era criança, depois quando eu casei já era diferente, mas mesmo assim, foi bem complicado”.</b><o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Ela conta que conheceu o seu marido em uma festa que teve no Maracujá, mas que eles eram conhecidos de toda uma vida, <b>“nós até fomos juntos pra aula, eles moravam no Maracujá, daí ele foi de muda com o pai dele lá pra Ilha Grande, depois foram morar lá pra Três Barras”.</b><o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Ela ficou alguns anos sem ter notícias de Lino. Mas o moço tinha uma sapataria, em sociedade com seu primo Teobaldo Marian.<o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Lino foi para a festa com seus tios. Ela relembra que ele e os tios chegaram a pé, caminharam pelos campos e foi então que os dois se reaproximaram e começaram a se ver, começaram a namorar. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Mas dona Elli a princípio não queria nada com seu Linho <b>“Eu disse: pois tu tem uma namorada no Caeté e ele me respondeu: não, mas eu vou deixar dela, não quero mais ela". </b>E foi isso que ele fez, terminou com a moça do Caeté e iniciou o namoro com a amiga de infância. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Não demorou muito para Lino vender a sapataria e ir de muda novamente para o Maracujá. Foi morar com seu tio, para ficar mais perto da amada. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Ela conta que naquela época os namoros eram muito diferentes dos de hoje em dia. Quando Manu pergunta a ela <b>“Não podia beijar na boca, né?” </b>a resposta foi espontânea: <b>“Deus o livre!!! Não podia se beijar de jeito nenhum, né, muito menos na frente dos pais”.</b> Até mesmo pegar na mão, só era aceitável depois de um certo tempo de namoro, como ela diz: <b>“nos primeiros tempos cada um pra si”</b>, sem se tocar. Quando começaram o namoro Elli tinha 18 anos e seu Lino 21 e ela aguardava ansiosa pelo domingo, pois era o dia em que ela via o namorado.<o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Quando se casaram eles foram morar com os pais de Elli, para que ela pudesse cuidar de seu pai, que nessa época já era bem velhinho. Eles moraram por oito anos com eles. Foi lá que tiveram os três primeiros filhos. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Só se mudaram, pois, Lino tinha uma serraria com os sócios Leo Fe Gerônimo Wombemell e se mudaram para mais perto do trabalho do marido. Mas mesmo se mudando, Elli ainda ia toda semana até a casa da mãe, para fazer pão e ajudá-la no que fosse preciso.<o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">O casal Lino e Elli teve seis filhos: Valdeni Neuhaus, Isolde Neuhaus, Denise Neuhaus (Nina), Orli Neuhaus, Waldir Neuhaus e Claudinei Neuhaus. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Ela também nos conta que o filho Valdeni era muito apegado aos avós e que havia ficado morando na casa com eles, para ajudá-los. Quando o pai de Elli faleceu, Valdeni e a mãe dela também foram morar com eles na casa perto da serraria. Sempre foi desejo da mãe morar com a filha caçula quando ficasse mais velha – Dona Emília morreu aos 94 anos de idade. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Enquanto o marido trabalhava na serraria ela ficava em casa, criando os filhos e fazendo a roça. <b>“Plantava aipim, batata, essas coisinhas, cará pra fazer o pão. Fazia o pão só em dia de aniversário, de trigo né. Era só o pão de milho naquela época.”</b> Ela relembra que pão de trigo, assim como outras “misturas” eram apenas para ocasiões especiais: <b>“Não era de fazer cuca, bolo, fora de época. Época assim que era de aniversário. Às vezes no sábado fazia rosca, mas era difícil”.</b> O trigo não era produzido pelos colonos da região e era caro e difícil de conseguir nas comunidades mais isoladas, mas ela conta que <b>“Sempre tinha carne de porco, galinha a gente produzia tudo, não comprava nada”.<o:p></o:p></b></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> No Maracujá a diversão ficava por conta das domingueiras: <b>“Domingueiras na casa dos colonos mesmo. Alguém fazia aniversário, vamos na casa de um, na casa de outro. Tinha um gaiteiro lá que tocava a gaita e animava as festas”. </b>Ela também revela que até seu marido tinha uma gaita velha e tocava um pouco. Foi seu desejo que algum de seus filhos também aprendessem a tocar o instrumento, mas que nenhum dos filhos tinha se interessado, porém ela ressalta que a esperança ainda não morreu, pois ela tem esperanças que o bisneto João Arthur realize o desejo de seu bisavô.<o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"><span> </span>Seu Lino sempre foi muito ativo politicamente. Ele era do UDN e chegou até mesmo a ser vice-prefeito da cidade de Anitápolis, por seis anos – o mandato naquela época era de seis anos. Nessa época em que ele era vice, ele vivia no centro da cidade de Anitápolis, na casa de sua sobrinha Marlene. Durante esses seis anos, ele nunca tirou férias, trabalhou direto. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Enquanto o pai trabalhava na prefeitura, quem tomava conta da serraria eram os filhos, que desde cedo tinham aprendido tudo sobre o ofício e administração com o pai. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">As coisas estavam muito bem no Maracujá até que começou a existir uma escassez de madeira. Seu Lino já estava com uma certa idade e não queria ter que ir trabalhar na roça e foi então que uma boa oportunidade de negócio aconteceu. O encontro aconteceu por acaso, seu Lino encontrou com os amigos Adroaldo Cassol e Vilmar Becker, e eles comentaram que os dois tinham um terreno na Fazendo Nova, com muito pinheiro e estavam à procura de um sócio, para realizar a retirada da madeira. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Seu Lino fechou o negócio e eles se mudaram para a fazenda nova. Mas a vida por lá também era de muito trabalho. <b>“Era tudo casas velha, serraria também não era muito boa e passava lá por dentro da Fazenda Nova. Eu fiquei um tempo no Maracujá, depois eu fui pra lá. Levei umas vacas pra lá, eu tirava leite, fazia um quintal grande, plantava umas coisinhas e outra, criava galinha.”</b> Os filhos trabalhavam com o pai e ela e sua nora, Terezinha faziam a comida para a família e os empregados. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Dessa época ela relembra com saudade de quando os netos Diogo e Thiago eram pequenos: <b>“era uma alegria, eu ia com eles olhar o campo pra olhar o gado, eles brincavam, brincavam muito. O Thiago era mais agarrado comigo e o Diogo com o falecido, né? Com o Lino”.<o:p></o:p></b></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Com a doença de Seu Lino eles resolveram se mudar para o centro de Alfredo Wagner, em um terreno pertinho da casa do filho Valdeni.<o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Seu Lino acabou falecendo no ano de 2010, mas deixou um grande legado. Hoje os filhos continuam trabalhando com madeira: Dalmo: Madeireira Pai e Filhos, Valdeni: Madeireira Casa Nova, Waldir: WD Comércio de Madeiras, Orli: Neuhaus Comércio de Madeiras e Claudinei: Madehaus Comércio de Madeirase. Dona Elli se orgulha de falar da grande família que formaram <b>“Ah, já dá mais de 53! Família toda unida né, gosto e amo todos eles igual e eu acho, pelo que eu sinto, que eles todos gostam de mim, né?”</b><o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Ela é a Mota de todos e é isso mesmo, pois Mota significa mãe e ela é uma grande mãe para toda a família Neuhaus.</span><span style="font-family: Centaur, serif;"><o:p></o:p></span></p><p style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 8pt; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4sgq3zntYnLnZu8GECaPHheshhgS8DZvOYIfyY-rfi0ToiLXzemVpIiwFUP7LPqWvg-ZzNDL_Te4KBy0bCcT7XAZ696qBsaOLaz0QthaJrfI4Gecon6BdTTD-SPyyFWBgi8Kg_VHNVPs/s1280/BisnetosDoCasal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="943" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4sgq3zntYnLnZu8GECaPHheshhgS8DZvOYIfyY-rfi0ToiLXzemVpIiwFUP7LPqWvg-ZzNDL_Te4KBy0bCcT7XAZ696qBsaOLaz0QthaJrfI4Gecon6BdTTD-SPyyFWBgi8Kg_VHNVPs/s320/BisnetosDoCasal.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdEQNcJAhkJvLTY2SRhMwOHmQaEVRmyjPR9qKxwiVyjPai-9khAU_Y5dS5EQZvgFcbH4frf94XpS1aPgLpHbHzxLeeLjSlj3UtXPQ5sC9NmRCDguGXfKsnU4EpfnhhkwStJxInCvQjk8/s1280/Casal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="908" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdEQNcJAhkJvLTY2SRhMwOHmQaEVRmyjPR9qKxwiVyjPai-9khAU_Y5dS5EQZvgFcbH4frf94XpS1aPgLpHbHzxLeeLjSlj3UtXPQ5sC9NmRCDguGXfKsnU4EpfnhhkwStJxInCvQjk8/s320/Casal.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhknKYnmnGNqV6u5IfdaJrbuzXAwA2s6TMRDI2FTiLkEbLPR_csriHGWSwYRcgiVcpj74QsSkm-qcZW3KToPoWm5csHbeAIxOSvsHfatJY86XYN9xicXrXwKr-TBA4-qClhpmLqn1Oh_Pk/s1280/CasalComFilhos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhknKYnmnGNqV6u5IfdaJrbuzXAwA2s6TMRDI2FTiLkEbLPR_csriHGWSwYRcgiVcpj74QsSkm-qcZW3KToPoWm5csHbeAIxOSvsHfatJY86XYN9xicXrXwKr-TBA4-qClhpmLqn1Oh_Pk/s320/CasalComFilhos.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrWuOKxmjGmvGQcAeai4VLT9ba09FgwyqraAcfJdjhvqrj7wwXAu49fKs8i39PJ2mmlXpR0bFsXHpwDcYSzi786XyTG9GTSn80Z0EgTiwVo7GBzmhxa-6zyCq41reTuH2U1cchO4YDkT8/s1280/CasalComNeto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="881" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrWuOKxmjGmvGQcAeai4VLT9ba09FgwyqraAcfJdjhvqrj7wwXAu49fKs8i39PJ2mmlXpR0bFsXHpwDcYSzi786XyTG9GTSn80Z0EgTiwVo7GBzmhxa-6zyCq41reTuH2U1cchO4YDkT8/s320/CasalComNeto.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8fPvg1KDkjDpDuhqB386uI_R8kzi230_d1hwcWm28Tn18qT7LtWyI-Q54OBRfv__7jjhyphenhyphentGWf5X3wN1ATfULDR6wGNRloMW5Qdv2Fwe3VzYN-hH3xrOrX4tVX7iFQo_M3JFMYnXhCBJo/s1280/CasalDancando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="949" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8fPvg1KDkjDpDuhqB386uI_R8kzi230_d1hwcWm28Tn18qT7LtWyI-Q54OBRfv__7jjhyphenhyphentGWf5X3wN1ATfULDR6wGNRloMW5Qdv2Fwe3VzYN-hH3xrOrX4tVX7iFQo_M3JFMYnXhCBJo/s320/CasalDancando.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrHVmNFlbQnbqTNcA49wa2IDxH71eVvB203up-gsfkfjI7-VS929eRK6tdyjchhelI0ceidRpMTwGjgWVciYRCgx_-2pLff_Y1b7G1h1ZdLdkOAFpT4dNjmH7o7DM0pF2dhPaFp5DN_r4/s1280/Familiatoda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="893" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrHVmNFlbQnbqTNcA49wa2IDxH71eVvB203up-gsfkfjI7-VS929eRK6tdyjchhelI0ceidRpMTwGjgWVciYRCgx_-2pLff_Y1b7G1h1ZdLdkOAFpT4dNjmH7o7DM0pF2dhPaFp5DN_r4/s320/Familiatoda.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg89YdFC7Iw9sX5qAa0TjldjTndzAxHc6zDI_7m8ku0LnNF1dV3nKLHaxWAmm_OsrMVBq-UWB_tdBn16ipUZQ18DXXFngGLjFac_o8rlIejTegiX52PjI6DrMpId61ihPXX7rhJ5_LL45c/s1280/NetosDoCasal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="889" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg89YdFC7Iw9sX5qAa0TjldjTndzAxHc6zDI_7m8ku0LnNF1dV3nKLHaxWAmm_OsrMVBq-UWB_tdBn16ipUZQ18DXXFngGLjFac_o8rlIejTegiX52PjI6DrMpId61ihPXX7rhJ5_LL45c/s320/NetosDoCasal.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiIRwdCNHe9fI5ZVGZ4EeGrft6PBPABA-ZB9a9hPE531gsKbSK0Buxa6mtAj7ArDhqTW-uj8U4z3Z1Dp-dkn8KTW6Aa0o0voDmX8U_0CAiaDsTYVLjeGyMH7mMRdRTTd1nbPbEzI1GZTc/s1280/Outros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="891" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiIRwdCNHe9fI5ZVGZ4EeGrft6PBPABA-ZB9a9hPE531gsKbSK0Buxa6mtAj7ArDhqTW-uj8U4z3Z1Dp-dkn8KTW6Aa0o0voDmX8U_0CAiaDsTYVLjeGyMH7mMRdRTTd1nbPbEzI1GZTc/s320/Outros.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNZj4v3aHI6YlZH4hyaWwMnvHYR2c_DtqO5yYraasNLfvSfXoTQj5N54IDVNBVSRz5H2ENutiTF1iOMR9uWXacqVOfGQCcwlz6yQcwfKMVWmjEsdvUa1bzIPH996PNxM4pAqHMRPWwrCg/s1280/TodaaFamilia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="919" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNZj4v3aHI6YlZH4hyaWwMnvHYR2c_DtqO5yYraasNLfvSfXoTQj5N54IDVNBVSRz5H2ENutiTF1iOMR9uWXacqVOfGQCcwlz6yQcwfKMVWmjEsdvUa1bzIPH996PNxM4pAqHMRPWwrCg/s320/TodaaFamilia.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9qzy-H420_w5zlRFwbZ-wNeRPCkFyiyahRo9b-FBcyKabAcry1BZps7zHNH-SwPhccc3Ik9Wvsvfnia2WY4e_os-mGJEMikO7LmNXfhjIkZ4DgKQ-ZvuqybapSIUDBs_L6z58LgNxLTw/s1280/Velhinhos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="879" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9qzy-H420_w5zlRFwbZ-wNeRPCkFyiyahRo9b-FBcyKabAcry1BZps7zHNH-SwPhccc3Ik9Wvsvfnia2WY4e_os-mGJEMikO7LmNXfhjIkZ4DgKQ-ZvuqybapSIUDBs_L6z58LgNxLTw/s320/Velhinhos.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: Centaur, serif;"><br /></span><p></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-27214041940092334672021-05-17T21:45:00.004-03:002021-05-17T21:45:36.718-03:00 Histórias da nossa gente: Virto Weingartner<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnlH0DUmAiv_4fBDs3nJPq6rGaEALynEPAZEuD96gsSPrNc9jG0ysnXUk3OB_G10iE2ArpKYac2gRrBegRqtW7az6CrvXprXg6XcWFVngt_4vKppFRyWaORgFC6ahF-RCuPj6xY7qAeXs/s1280/Banner.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnlH0DUmAiv_4fBDs3nJPq6rGaEALynEPAZEuD96gsSPrNc9jG0ysnXUk3OB_G10iE2ArpKYac2gRrBegRqtW7az6CrvXprXg6XcWFVngt_4vKppFRyWaORgFC6ahF-RCuPj6xY7qAeXs/w400-h225/Banner.jpg" width="400" /></a></div><p><br /></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinQWZRgGbJvnpY1sx0UMW6k0HErtem5IM8IR4fp7BHA2td7O62ben9Nx71PXVryyNjAk-B4WlOR8e0Eq10C5GI_rytkmpRYd0HHk83W4OSPQv2d2ka8pUkthZJg1QrG1TnBFLxNQcO3Ik/s1066/Soldado.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1066" data-original-width="675" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinQWZRgGbJvnpY1sx0UMW6k0HErtem5IM8IR4fp7BHA2td7O62ben9Nx71PXVryyNjAk-B4WlOR8e0Eq10C5GI_rytkmpRYd0HHk83W4OSPQv2d2ka8pUkthZJg1QrG1TnBFLxNQcO3Ik/s320/Soldado.jpg" /></a></div><span style="font-family: Centaur, serif;">Essa edição do Histórias da Nossa Gente vai contar algumas histórias sobre a vida de Seu Virto, que aos 92 anos relembra fatos de sua passagem pelo exército, o Rio de Janeiro nos anos 40, bugreiros e a história da índia Sophia, uma indiazinha que viveu entre os brancos. <o:p></o:p></span><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Virto Weingartner nasceu em Navalha - em Taquaras - no dia seis de outubro de 1929. Filho de Osvaldo Weingartner e <u>Elza</u> Shutz Weingartner. O rapaz viveu lá até ir para o exército em 1948 onde passou quase um ano na cidade do Rio de Janeiro. Depois disso se casando em 1950, com <u>Edelia</u> Iahn Weingartner e então mudando-se para a Picadas. <br /><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">O pai de Virto foi primeiro sapateiro, depois começou a trabalhar com carreta, fazendo transporte de mercadorias entre a serra e o litoral. Trazia madeira, charque e outros produtos. As vezes levava até 3 meses para realizar a viagem, principalmente devido as péssimas condições das estradas. <b>“Tinha sempre muita carreta encalhada”</b>. Essas carretas citadas por seu Virto, eram grandes carroças, puxadas por sete, dez cavalos. O resto da família vivia da agricultura, plantava de tudo – amendoim, feijão, batata, batata aipo -, na casa nunca <u>faltou</u> nada e ele ressalta que a qualidade da comida produzida ainda era muito melhor que hoje em dia, pois se plantava tudo sem agrotóxico. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Quando alguém ficava doente eles geralmente se <u>tratavam</u> em casa, tomavam remédios homeopáticos como chás e costumavam fazer emplastos. Mas, quando a doença era um pouco mais grave, seu Virto relembra que os moradores da Taquaras, precisavam recorrer a um farmacêutico de Rancho Queimado, que se chamava Aberlado. Eles não tinham acessos a médicos, por isso a figura do farmacêutico era tão importante e procurada, pois eles geralmente sabiam que remédio deveriam receitar para cada doença e até mesmo realizavam pequenas cirurgias. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Os divertimentos dos jovens da Navalha da geração de seu Virto não eram muitos, eles se distraiam jogando peteca e as vezes roubavam fumo para fumar escondido. O futebol naquela época não era tão comum por lá quando era pelas terras do Barracão. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXq8DQYNpf7g5eMs1bwrZWVLUvLsbrxJxCbCLGqW17E_4qfyufVgk1Eu8YKkIElpYhSP4RCWrfxmWhR4mUFnIE6eGaV1Cbci-wqLWU6DrhSXh-8VoNpk6uBPAaMNY6Ofm2ENjv8K5BqDI/s586/Jovens.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="586" data-original-width="452" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXq8DQYNpf7g5eMs1bwrZWVLUvLsbrxJxCbCLGqW17E_4qfyufVgk1Eu8YKkIElpYhSP4RCWrfxmWhR4mUFnIE6eGaV1Cbci-wqLWU6DrhSXh-8VoNpk6uBPAaMNY6Ofm2ENjv8K5BqDI/s320/Jovens.jpg" /></a></div><span style="font-family: Centaur, serif;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> A comunidade, que também ficava na rota dos tropeiros tinha vendas como a de Willy Weiss que vendia comida e as vezes algumas roupas, a de Gerônimo <u>Thiesen</u>, que era uma venda maior e do seu <u>Jacó Gueda.<o:p></o:p></u></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Na infância ele falava tudo em <u>alemão</u> e as coisas só começaram a mudar na época do Partido Novo, com as políticas de Getúlio e toda as retaliações que os alemães passaram a sofrer. O pai de Virto foi obrigado a enterrar todos os livros escritos em alemão, para evitar de ser xaropeado. Eles tinham medo dos Ramos de Florianópolis que sempre <b>“atiçavam para perseguir os alemães”. <o:p></o:p></b></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><b><span style="font-family: Centaur, serif;"> </span></b><span style="font-family: Centaur, serif;">O avô dele comprou o primeiro radio da Navalha. Ele lembra que <b>“todo mundo ia para a casa do vovô assistir”</b>. Todos os vizinhos se sentavam na sala, no escuro para ouvir o rádio. Ele relembra ainda que a maior parte da comunicação era realizada através de cartas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Da escola seu Virto não tem muitas recordações, entrou na escola com sete <u>anos</u> e como na maioria das escolas das colônias, existia estudo apenas até o quarto <u>ano</u>. Ele tinha muitas dificuldades para aprender com as didáticas utilizadas pelos professores da época. Didáticas que incluíam muitos castigos físicos como palmatória, ficar ajoelhado no milho e também castigos psicológicos. Ele recorda que <b>“Fiquei seis anos na primeira cartilha, quando finalmente fui para a terceira sai da escola”</b>. Mas não aprendeu muito. <b>“O interessante é que quando era o pastor que me ensinava eu conseguia aprender, mas fui aprender a ler e escrever mesmo no exército”</b>. Ele recorda que se alfabetizou quando fez um amigo no exército. O amigo era professor e como viu que Virto não conseguia escrever cartas para sua família, que sempre dependia dos outros para fazer isso, resolveu ajudá-lo. <b>“Eu não queria depender dos outros, sempre tinha alguém pra me ajudar, mas as vezes eles escreviam o que eles queriam e não o que eu queria. Tinha coisa que nem era minha, eles eram católicos e escreviam coisas deles nas minhas cartas”. </b>Então com muita força de vontade e ajudado pelo amigo, que também era catarinense, da cidade de São José, ele aprendeu a ler e escrever e sempre que podia comprava jornais, ainda no Rio de Janeiro, para treinar a leitura.<b><o:p></o:p></b></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Ele foi para o Rio de Janeiro em janeiro de 1948, quando entrou para o exército e dessa época ele tem muitas histórias para contar. Imaginem um menino, criado na pequena comunidade de Navalhas, indo morar na capital do país, uma cidade que já naquela época atraia turista, lotava as praias, realizava grandes jogos de futebol no Maracanã e se preparava para sediar a copa do mundo de 1950. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">No exército era comum que seus colegas o chamassem de Catarina, por ser catarinense. Bastou apenas alguns dias para ele ver que a vida no exército não seria um mar de rosas. Era gente de todos os cantos do Brasil, com costumes e jeitos muito diferentes e que agora tinham que conviver todos juntos no mesmo local. Acostumado a sempre trabalhar duro e sempre ter fartura de comida em sua casa, seu Virto relembra que muitas vezes ouviu a barriga roncar no Rio de Janeiro. “<b>Não tinha muita comida, era tudo racionado”, </b>ele precisava encontrar uma solução.<b> </b>Logo que chegou ele tinha a pretensão de se tornar motorista de guerra, mas logo desistiu, pois ele achou que os colegas que também almejavam essa carreira dentro do exército eram um pouco arrogantes. Foi então que ele voltou os olhos para a cozinha. <br /><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhENWOsTICHWnn5cFFE9qrBrxPW_B6RFg1dcR9u2z16ChQ98J3D8F4LXCQA8sGiKoPNOUiIH75IWxkX8M38xhqhUKayG3up_4n8mDV7YF52NSLr17sb4miG9DC-AoqGTylOsbbyb0S87-Q/s828/Reservista.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="828" data-original-width="674" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhENWOsTICHWnn5cFFE9qrBrxPW_B6RFg1dcR9u2z16ChQ98J3D8F4LXCQA8sGiKoPNOUiIH75IWxkX8M38xhqhUKayG3up_4n8mDV7YF52NSLr17sb4miG9DC-AoqGTylOsbbyb0S87-Q/w163-h200/Reservista.jpg" width="163" /></a></div><span style="font-family: Centaur, serif;">Ele poderia trabalhar como cozinheiro e além de aprender uma profissão, ainda se assegurar de que teria o que comer naquele ano. Para isso ele precisou se alistar para a função, ser selecionado e depois disso ainda fazer um curso. Ele conta orgulhoso que ainda hoje guarda o diploma e que ele era o chefe, muitas vezes comandando sete, oito homens. <o:p></o:p></span><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Além dos trabalhos diários preparando as refeições seu Virto ainda lembra de ter ido muitas vezes ao Maracanã a trabalho. Os soldados faziam a segurança nos jogos, pois mais de 70 anos atrás os times cariocas, Flamengo, Botafogo, Vasco, já levavam multidões aos estádios e era preciso que tivesse gente lá para controla-los. Seu Virto relembra que não gostava muito dessa função <b>“sempre dava confusão, empurra-empurra, se a gente não cuidasse, eles subiam na nuca da gente para assistir o jogo.”</b> Ele lembra de várias brigas que aconteceram por lá, algumas inclusive envolvendo os próprios membros do exército, onde o filho do capitão que era soldados, acabou matando um outros soldado conhecido de seu Virto, que era da cidade de Criciúma. <br /><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisPR2p1kD9PV4vnTg2GC-JbiX8z0lo6xpLwsT2Uo_pYXxRxS7LxGFX2AfEynWNPo5Q1j5o4h41CG9_25uSe03xBP_Jwv4x2zvlNLPMv2oft3APigO0nRxvTJ8biiE4NgiknbgyRQdM8OM/s871/Soldado2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="871" data-original-width="661" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisPR2p1kD9PV4vnTg2GC-JbiX8z0lo6xpLwsT2Uo_pYXxRxS7LxGFX2AfEynWNPo5Q1j5o4h41CG9_25uSe03xBP_Jwv4x2zvlNLPMv2oft3APigO0nRxvTJ8biiE4NgiknbgyRQdM8OM/w152-h200/Soldado2.jpg" width="152" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Ele relembra também de uma ocasião onde um dos soldados, <b>“um bem bravo”, </b>estava detido dentro do batalhão e eles tinham que abrir a cela para levar comida para ele e ninguém queria ir sobrando para ele a função. O cara dizia <b>“Eu já degolei um, vou degolar outro.”</b>. Seu virto entrou com o bule pelando e apenas avisou para ele não se meter a besta com ele. Funcionou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Ele conta que lá no exército não podia se mostrar fraco. Tinha que <b>“peitar” </b>os outros e não abaixar a cabeça, pois senão com certeza seria pior. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Quando não estava de serviço ele também aproveitava para passear pelo Rio de Janeiro, que mesmo naquela época já era um pouco violenta. Ele andava de bondinho, conheceu algumas das praias, o Pão de Açúcar e foi até o Morro da Mangueira. Ele também teve a oportunidade de passar um carnaval na cidade maravilhosa, mas foi bem na época que ele tinha machucado o pé com um prego, mas mesmo assim ele deu um jeito e foi aproveitar a festa “<b>Foi uma loucura, era muita gente e a gente não sabia nem se era homem, ou se era mulher”<o:p></o:p></b></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Graças ao trabalho na cozinha, seu Virto conseguiu economizar um bom dinheiro, pois enquanto os outros soldados ganhavam em torno de 100, seu Virto recebia 700. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> No dia 4 de dezembro seu Virto e alguns outros soldados de Santa Catarina finalmente voltaram para casa. Eles teriam que ficar mais alguns dias em Joinville, mas seu Virto resolveu que iria pagar uma passagem de ônibus e começar a voltar para casa. Emprestou dinheiro para alguns amigos e começaram a saga. Logo no primeiro ônibus tiveram um problema, quase perderam o dinheiro da passagem, mesmo recuperando apenas parte do dinheiro eles seguiram até Itajaí e de lá fretaram um transporte menor. Ele relembra que ainda deram uma carona para o Pastor Lindolfo Weingartner até Florianópolis, o pastor era uma figura importante para toda a comunidade luterana do estado. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Voltando para Taquaras ele ficou mais um tempo na casa dos pais, mais logo conheceu sua futura esposa, <u>Edelia</u> e se casaram. Nos quatro primeiros anos de casado ele viveu na casa do sogro, mais principalmente com a sogra, pois ele nos conta que teve pouco convívio com o pai de sua esposa, pois ele e a esposa se casaram em 20 de maio de 1950 e seu sogro veio a falecer em 1 de junho do mesmo ano. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Mesmo com pouca convivência, Roberto, o sogro, ensinou algumas coisas que seu Virto nunca esqueceu, como por exemplo: <b>“Nunca compra comida fiado, sempre com dinheiro”, </b>falando da importância de sempre ter alguma economia para se caso fosse preciso. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Da união o casal teve quatro filhos as meninas <u>Elza</u>, Zeli e dois rapazaes que infelizmente nasceram mortos. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Quando ele casou o caminhão que levou ele pro casamento, era um caminhão tocado a lenha. Para pegar o motor era com uma manivela. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Depois de se mudar da Picadas ele foi viver no Hamburg, onde iniciou sua primeira plantação de cebola. Ele ressalta a simplicidade dos agricultores e a esperteza dos políticos, que prometeram uma carga de fertilizante para os moradores da região, mas no lugar mandaram uma carga de salito. “<b>A gente quase matou os cavalos, fazendo eles subirem com todo o adubo e quando descobrimos aquilo não servia para nada”</b>. Eles só descobriram quando receberam a visita de um japonês que os alertou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Os índios eram presença constante na região onde seu Virto nasceu e foi criado. Ele lembra de um de seus primeiros encontros com os bugres, que aconteceu no faxinal de seu avô <b>“que ficava ali próximo de onde existe um viaduto na BR 282”.</b> Viu dois homens parados no meio do mato, <b>“só poderiam ser os bugres”.</b> Ele não quis nem saber da confirmação, saiu em disparada com seu cavalo. Ele chegou a ver mais bugres, tanto em Navalha quando depois no Quebra Dentes, mas ressalta que eles eram pacíficos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Seu Virto relembra também sobre duas crianças índias que foram adotadas por imigrantes. Um menino – que ele não se recorda do nome e a menina Sofia. Segundo a história nos conta as crianças teriam sido as únicas sobreviventes de um grande massacre realizado por Martinho Bugreiro e seus parceiros. Dizem que nesse ataque os bugreiros tiraram a vida de mais de 200 índios e muito ainda se comenta sobre as técnicas cruéis utilizadas pelos bugreiros para matar, principalmente as crianças, que segundo o próprio Martinho <b>“tinham a carne macia”. <o:p></o:p></b></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Os bugrinhos seriam irmaos. A menina era muito pequena e por esse motivo teria se adaptado melhor a vida entre os brancos, já o menino por ser um pouco maior, se tornou rebelde e nunca se adaptou. <b>“Os mais velhos contavam que davam banho nele e ele corria para trás do chiqueiro e rolava no chão, para se sujar novamente”.</b> Ele estava sendo criado por uma outra família que o acolheu e seu Virto não tem muitas informações sobre ele, as pessoas acreditam que ele tenha fugido e voltado a viver na mata. Seu Virto lembra que quando os bugres descobriram que os imigrantes tinham a menina em sua casa, começaram a aparecer ao redor da propriedade, gritavam, ameaçavam atacar, para recuperar a menina, mas aos poucos desistiram.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">A prática de “poupar” algumas crianças era corriqueira entre os bugreiros, mas não pensem que eles faziam isso por piedade. Eles deixavam algumas crianças vivas para que elas fossem vendidas em cidades como Florianópolis, para servirem praticamente como escravas para as famílias brancas. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Sophia viveu como parte da família, foi batizada e seu corpo está sepultado no cemitério luterano da cidade. Apesar de inofensiva, por conta de sua origem indígena, todos temiam a menina, que se tornou uma mulher robusta e brava e que nunca deixou ninguém se meter a bobo com ela, como nos contou seu Virto, ainda segundo ele, o nome do pai de criação da menina seria <u>Armandios</u> <u>Gueda</u>. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Para encerrar a entrevista seu Virto falou do amor pela família e que o maior legado que ele pode deixar aos seus é a honestidade. Além das duas filhas, seu Virto tem sete netos, onze bisnetos, dois tataranetos (menino de 6 e um de 8).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">E com as palavras de seu neto Jaison, encerramos a entrevista com a definição do que é seu Virto “<b>Uma pessoa sempre alegre, cheia de carisma e honesto</b>”. <o:p></o:p></span></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-83819152738660602992021-05-17T11:08:00.004-03:002021-05-17T11:08:46.945-03:00Download do aplicativo de Realidade Aumentada - As aventuras de Eva Schneider<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNI3H-LzyPeY7jmY_2X7_27zBrZSbRumOG58XKnhLAx_poCW6spLw5NT3Scj5Hf_yHMJb-KfUF6EpK8DAmbWZ8eMA46b41IBNIy_rQ0dCNpqkV045TEGDr7afXFFopX_x8JBMg5SGTBHk/s1280/EvaRA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1280" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNI3H-LzyPeY7jmY_2X7_27zBrZSbRumOG58XKnhLAx_poCW6spLw5NT3Scj5Hf_yHMJb-KfUF6EpK8DAmbWZ8eMA46b41IBNIy_rQ0dCNpqkV045TEGDr7afXFFopX_x8JBMg5SGTBHk/s320/EvaRA.jpg" /></a></div><br /> <p></p><p>Olá pessoal,</p><p><br /></p><p>Segue o link para quem quiser baixar o aplicativo de Realidade Aumentada que pode ser utilizado com o livro "As aventuras de Eva Schneider".</p><p>Basta fazer o download para Android no Google Play! </p><p><a href="https://play.google.com/store/apps/details?id=com.MarcosDev.AventrasEvaSc">https://play.google.com/store/apps/details?id=com.MarcosDev.AventrasEvaSc</a></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-66271516524204204822021-05-14T12:16:00.008-03:002021-05-14T13:09:09.707-03:00Histórias da Nossa Gente: Entrevista com Denir Horst<p style="text-align: center;"> <span style="font-family: Centaur, serif; text-align: justify;"> </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0uOm8VUpNkQSbWIElR1-fhv1YqG_at7fE7ff9dOgVMi5JjvTpaLF-0sgEgSSJOjHcHXmlOxRO9lnWg_CutfYKyPwB7e7dDuBjWE2pHSpX3GDumaTO79h5W6tvnK6ruu9Ip1E3ZWfyRM0/s1280/Banner.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0uOm8VUpNkQSbWIElR1-fhv1YqG_at7fE7ff9dOgVMi5JjvTpaLF-0sgEgSSJOjHcHXmlOxRO9lnWg_CutfYKyPwB7e7dDuBjWE2pHSpX3GDumaTO79h5W6tvnK6ruu9Ip1E3ZWfyRM0/w400-h225/Banner.jpg" width="400" /></a></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">O Histórias de Nossa Gente entrevista o senhor Denir Horst, para ele nos contar um pouco sobre sua vida e amor por Picadas, falar sobre a história da cebola no município de Alfredo Wagner, transformações causadas pela construção da BR 282, presidência do hospital e seus mandatos como vereador. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Denir nasceu em Picadas, no mesmo local onde vive hoje, em 11 de março de 1947. Filho de Evaldo Horst e Nildia Heinz Horst, descendentes de alemães. A Picadas onde Denir nasceu era aquela mesma comunidade prospera que já conhecemos de outras entrevistas, com comércios de secos e molhados, ferrarias, atafonas, serrarias, celeiros, hotéis, um local muito frequentados pelos tropeiros. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Todo o tráfego Serra/Litoral passava pela comunidade. Naquela época carros e caminhões eram raros, a maior parte dos transportes se dava através da tração animal, realizada por carroças, carros de boi e cavaleiros tocando tropas enormes de gado. As boiadas como eram conhecidas, tocada pelos tropeiros, vinham principalmente da cidade de Lages, na Serra. Para chegar até o destino final era uma longa viagem que podia levar semanas, dependendo do destino, por esse motivo os tropeiros que desciam para o litora contavam com alguns pontos estratégicos na região, locais que serviam de parada para esses homens realizarem a Cestiada – parada para o almoço - ou a Pousada – como o nome indica, passarem a noite. Seu Denir nos conta que alguns destes pontos ficavam nas propriedades de: Alfredo Iahn e Mila Schutz na Picadas e Bertoldo Althoff no Rio Lessa.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Vale lembrar que o antigo nome de Alfredo Wagner, Barracão, tinha esse nome exatamente por conta de ser um destes pontos de parada dos tropeiros. Perto de onde hoje fica a igreja matriz, existia um enorme barracão, destinado para que os tropeiros passassem a noite. Ao lado do barracão, um pasto para que os animais também descansassem.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Carlos Horst, o avô de seu Denir tinha um celeiro/paiol especial, preparado para que quando os tropeiros estivessem realizando a viagem de volta para Lages pudessem pernoitar e cuidar de seus cavalos para seguir viagem. Ainda é muito viva na memoria de seu Denir as lembranças de quando era um “gurizote” e os tropeiros passavam pela Picadas para retornarem para casa. Ele lembra deles fazendo comidas utilizando as trempes e o fogo de chão. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Outra presença comum na comunidade e região eram os ciganos que vinham em centenas e montavam o seu acampamento por lá. Eles eram amistosos, mas levantavam desconfiança e curiosidade nos moradores da comunidade. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Da infância seu Denir ainda relembra o trabalho desde cedo na agricultura, os jogos de futebol realizado no campo de seu avô e a escola sempre presente na vida dos moradores da comunidade. Ele também nos conta que como não existiam escolas que oferecem mais anos de estudo ele foi estudar fora, em Rio do Sul no colégio Dom Bosco, mas isso não era muito comum para as pessoas de sua geração. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT90fgJMN095sjtVH4CpGP3TYupIcpwb6cwhx-YjAxbz5RTgYJJuwoj8qCGwb9UzQioHPmlVnaz3Kp6d-odS16EMWMcwgsYEE-Fu4sBQenAQ9u8399sELvAmv9_G2FdUDukAr1HZovO4U/s1131/TimeDeFutebol1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="691" data-original-width="1131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT90fgJMN095sjtVH4CpGP3TYupIcpwb6cwhx-YjAxbz5RTgYJJuwoj8qCGwb9UzQioHPmlVnaz3Kp6d-odS16EMWMcwgsYEE-Fu4sBQenAQ9u8399sELvAmv9_G2FdUDukAr1HZovO4U/s320/TimeDeFutebol1.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLYKxS7SpCm9e25IqjgdRSKkDk3Z17RrflUpGeWfWg8mX8NqcUWRfmIEO253kJLZITfhXohTPOtmxWx6QG4MN2k1bcxvmJHHjZHDZV5dHWDqTB-b72TrdqFsEp3xJNbWcpkjQgTzPj2Yg/s1103/TimedeFutebol2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="695" data-original-width="1103" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLYKxS7SpCm9e25IqjgdRSKkDk3Z17RrflUpGeWfWg8mX8NqcUWRfmIEO253kJLZITfhXohTPOtmxWx6QG4MN2k1bcxvmJHHjZHDZV5dHWDqTB-b72TrdqFsEp3xJNbWcpkjQgTzPj2Yg/s320/TimedeFutebol2.jpg" width="320" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Falar da vida de seu Denir também é falar da história da cebola no município de Alfredo Wagner. Pois além de plantar cebola por toda sua vida ele ainda foi um dos pioneiros, realizando a venda do produto para mercados como os do estado de São Paulo. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Desde pequeno ele trabalhou com cebola. Segundo o seu Denir, o início do cultivo, do produto que é carro chefe da economia no município de Alfredo Wagner e muitos municípios da região, tais como Ituporanga, Bom Retiro, começou na Picadas e Rio Lesse. Foram os agricultores dessa região que apostaram no cultivo deste legume.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">A produção naquela época era muito diferente do que é hoje, os agricultores não contavam com a ajuda de tratores e tobatas ou tinham a facilidade para comprar insumos para a produção ou até mesmo as sementes. Na época estas não vinham de fora, elas eram produzidas na própria comunidade. Se escolhia o bulbo que se achava adequado e se plantava para produzir as sementes. Quem tinha mais sementes vendia para os vizinhos, para que todos tivessem como plantar. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">A medida inicial das sementes, para a venda e para o plantio, era feita com caixas de fosforo. Conforme a área plantada da região foi aumentado, as medidas também foram se atualizando, passando para garrafas e litros. <b>“Uma garrafa de semente de cebola, se você dividir ela em caixa de fósforo da 28 caixas”.</b> Apesar da produção quase rudimentar os agricultores daquela época colhiam cebolas de até 1,200kg.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGChu0OQfz2reKiIJeahILMK4Jax8erVHAZO6aXzVWVM3-NpkU-hnyGvuos50eBek5RPZ41AURjW_VZQFbfLi7R5S5h_0anRq3l0UmZxw92PgQytpWVx0HYL9N8ajU04KCyzsDQH-Cep4/s885/DenirComCebola.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="595" data-original-width="885" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGChu0OQfz2reKiIJeahILMK4Jax8erVHAZO6aXzVWVM3-NpkU-hnyGvuos50eBek5RPZ41AURjW_VZQFbfLi7R5S5h_0anRq3l0UmZxw92PgQytpWVx0HYL9N8ajU04KCyzsDQH-Cep4/s320/DenirComCebola.jpg" width="320" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Seu Denir relembra algumas histórias sobre a simplicidade dos agricultores: conforme a produção e plantio de cebola foi aumentando na região alguns agricultores começaram a produzir sementes voltadas à venda, como foi o caso de seu Gaspar Popenga conhecido como Seu Caspa. Certa vez um comprador foi procurar seu Caspa, pois queria comprar um litro de sementes, mas o vendedor disse que era muito, que um litro não poderia vender ao homem. O comprador então perguntou, se ele poderia vender uma garrafa e meia. Após uma pausa para pensar, seu Caspa respondeu que sim, isso ele poderia. Seu Denir ri relembrando o fato, pois uma garrafa e meia equivalia exatamente a mesma quantidade de um litro. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Seu Denir também relembra que um dos pioneiros levando cebola do Barracão para São Paulo foi Raul Juventino da Silva, Raulão era chamado, e nosso entrevistado era seu braço direito. Na época ainda não existia a BR 282 e as estradas eram muito precárias, principalmente as que levavam até as propriedades privadas onde a cebola era plantada, então o transporte da produção era bastante difícil. Como muitas vezes os caminhões, por serem grandes não conseguiam chegar até as propriedades, era comum que eles tivessem que passar rios e pontes de arame com toda a produção nas costas ou fazendo uso de cargueiros. E assim saco por saco os caminhões eram carregados. Era um trabalho muito árduo, mas que compensava. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHwbzVOgJeF_nMdBweFkdPXjQXc28T-DSXMQAggJzHxgxT-6Z9Gamj6e1G9NtISkhL_qAxC9D31jQG0GaUd0LleXL5-gKxVt6f_qeRYv2VdwPFZeQ0Yvv1yi6GwWBQLssG_-_htkH9R1k/s776/Raulao.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="491" data-original-width="776" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHwbzVOgJeF_nMdBweFkdPXjQXc28T-DSXMQAggJzHxgxT-6Z9Gamj6e1G9NtISkhL_qAxC9D31jQG0GaUd0LleXL5-gKxVt6f_qeRYv2VdwPFZeQ0Yvv1yi6GwWBQLssG_-_htkH9R1k/s320/Raulao.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Assim que eles começaram a vender cebola para São Paulo muito dinheiro começou a entrar no município, dinheiro que os agricultores nunca tinham visto antes na vida. Seu Denir também relembra uma história que aconteceu no Caeté, na propriedade da família Knall: o “arrendeiro” puxou a cebola o dia todo para carregar o caminhão, quando terminou já era noite e recebeu o pagamento de seu Raul. Quando o homem lhe pagou ele ficou tão nervoso que não conseguiu terminar de contar. <b>“Era tanto dinheiro que ele não sabia como lidar e ficou emocionado, seu patrão acabou tendo que terminar a contagem pois era dinheiro demais!”</b><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">O pioneiro da cebola ainda comenta sobre a produção e comercio do produto, falando que é uma mercadoria que o sempre oscila muito o preço. <b>“O mercado funciona com duas palavras, procura e oferta. Tendo muita oferta o preço baixa e quando tem procura ele, sobe. Por isso a produção de cebola as vezes é tão injusta, pois muitas vezes quando todos conseguem uma excelente safra o preço não é muito atrativo, por conta quantidade de produto no mercado, já quando a safra é ruim, os poucos que conseguem ter produto para oferecer, acabam fazendo um bom dinheiro”.</b><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Ele ainda relembra uma história que aconteceu com ele no ano de 1978. Nessa época ele já não trabalhava mais com Raul. Ele começou a comprar cebola para ele mesmo vender e pode comprovar toda essa história de oferta e procura. No mês de março terminou a venda de cebola no município, mas ele resolveu que ia comprar o resto da cebola dos vizinhos, pois sempre sobrava alguma coisa. Comprou um pouquinho aqui, um pouquinho ali e quando viu ele já tinha um caminhão cheio. Então ele, mesmo sabendo que já era bastante fora do período normal da venda de cebola, resolveu oferecer a carga para um de seus compradores, o senhor Antônio Capi que morava em Campinas, no estado de São Paulo. Mas para falar com o comprador ele precisava telefonar, porém naquela época eles não existiam telefones em Picadas. Então ele pegou o carro que tinha na época, um Fusca 1975 e ele e seu irmão foram até Florianópolis, na Telefônica, para fazer a ligação. Seu Antônio ficou muito feliz em saber que Denir ainda tinha uma carga de cebola naquela época do ano e disse que era para ele levar para Campinas assim que pudesse. Vendo o interesse do comprador seu Denir perguntou a ele o valor que ele pagaria pela cebola, mas o comprador não dava o preço. Ele não queria chegar em Campinas e ter prejuízo, queria saber antes quanto seu Antônio iria pagar, mas o comprador apenas dizia: <b>“Me traga a cebola, me traga a cebola”</b>. Seu Denir ficou meio sem saber o que fazer, mas como o comprador era de confiança ele resolveu que iria levar a cebola para Campinas. Seu Denir ri lembrando que seu Antônio tinha lhe dado apenas uma pista, quando disse<b>: “Na volta você vai tomar aquele Uisque Cavalinho Branco”,</b> uma bebida bastante cara na época.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu_LSpE7JNgu0yuUZ8xnbaIeEytcqzM_3w5qcadxVSyAFDQAImXQrIsxohL0QY-DDOcgoMsbsEgfnDS9Fwd77rAE7q7I-rjEU1Uqkk7npvCFu63_Y-rIq-SBIIe9ZmOyWzLXmw4kprq2c/s876/Caminhoes2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="543" data-original-width="876" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu_LSpE7JNgu0yuUZ8xnbaIeEytcqzM_3w5qcadxVSyAFDQAImXQrIsxohL0QY-DDOcgoMsbsEgfnDS9Fwd77rAE7q7I-rjEU1Uqkk7npvCFu63_Y-rIq-SBIIe9ZmOyWzLXmw4kprq2c/s320/Caminhoes2.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE4TsAkbL6E6piMWrqZD2712MrkYpuusWQ6vjuvbvGB70x8CtTyvZkuQTWSnU5xDD91x6PxM-2FjDUP7eaUpokRtpI1VncmxTpp9oN1M75BDY-gfiUbWljOBzo8TiwFnanFjcYAyf8gDw/s705/CaminhoesDeCebola.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="428" data-original-width="705" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE4TsAkbL6E6piMWrqZD2712MrkYpuusWQ6vjuvbvGB70x8CtTyvZkuQTWSnU5xDD91x6PxM-2FjDUP7eaUpokRtpI1VncmxTpp9oN1M75BDY-gfiUbWljOBzo8TiwFnanFjcYAyf8gDw/s320/CaminhoesDeCebola.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Realmente o comprador não mentiu para seu Denir. Na hora do acerto, as 15 toneladas de cebola valeram 375 milhões de cruzeiro. Para você ter uma ideia, com esse dinheiro seu Denir foi até Rio do Sul, na concessionaria Mercedes e comprou um caminhão do ano. O Mercedes 1513 custou 364 milhões 480 mil de cruzeiros. <b>“Veja bem que preço, a carga de cebola deu para comprar um caminhão novo e ainda sobrou dinheiro”.</b><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"><b><br /></b></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD4_SF23RrsYL7iX2Zwj2i1bRt2Uu7RlsNu7wCKSNduv51bTudcUDdWpMzB2MWTEU3ZUW2pMa-tZ3LLDrtqV8Q0XjFu1ap5QpEbGBGHw-1fo1n9vKcfK9cWisTmEx8GafraZN63S-uIIo/s959/CebolaCaminhao.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="573" data-original-width="959" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD4_SF23RrsYL7iX2Zwj2i1bRt2Uu7RlsNu7wCKSNduv51bTudcUDdWpMzB2MWTEU3ZUW2pMa-tZ3LLDrtqV8Q0XjFu1ap5QpEbGBGHw-1fo1n9vKcfK9cWisTmEx8GafraZN63S-uIIo/s320/CebolaCaminhao.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Mas ele também ressalta que não só de anos bons vivem os agricultores que plantam cebola, ele também relembra de anos ruins, onde o preço ficou muito baixo e foi preciso jogar toda a produção fora e os agricultores passaram sufoco para pagar empréstimos e para se manterem até a próxima safra. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Um outro ponto abordado na entrevista foi a construção da BR 282, o que mudou drasticamente toda a dinâmica de comunidade como Picadas e Quebra Dentes. Como já citado anteriormente as comunidades eram bastante desenvolvidas, principalmente pelo frequente tráfego de tropeiros pela região. Com a mudança do traçado da estrada, passando por fora da comunidade que começou a acontecer em julho de 1979, com a chegada da Camargo Correia em Alfredo Wagner, muitas mudanças aconteceram na comunidade e seu Denir consegue encontrar vantagens e desvantagens. Com certeza a maior desvantagem foi o enfraquecimento do comercio na comunidade, que hoje em dia não conta mais com serviços que existiam há décadas atrás, porém entre as vantagens esta o sossego e o fácil acesso a Florianópolis. <b>“Hoje em menos de duas horas estamos lá, antigamente a viagem demorava muito mais. Era difícil tirar toda a cebola do município, hoje em dia isso está muito mais fácil.”<o:p></o:p></b></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Além de agricultor e vendedor de cebola seu Denir também foi muito atuante na comunidade, sendo vereador do município por dois mandatos, entre os anos de 1989 a 1996 e também assumindo a presidência do hospital.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Como ex-presidente do hospital de Alfredo Wagner, ele ressalta a importância de nosso hospital para toda a região. <b>“Não importa a gravidade da doença ou socorro, todos sempre irão buscar por atendimento lá”</b>. Ele destaca que o hospital, construído na década de 60, sempre passou por dificuldades financeiras, mas a população sempre deu um jeito, se unindo para o mantê-lo funcionando. E ele lembra que com a BR 282 ou até mesmo antes disso, quando a BR ainda nem existia, o hospital era importante para atender as pessoas que passam pela cidade e acabavam se envolvendo em algum acidente. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL_pV-Q3G6LGY-GuLJq7EHM-U8j0KkBlGwVQM2E7lUgngQ3YlEyGInO6D8t9UeU97IMtPWUQQ3iUM0XPFtSSZNOaklbazAVQsUcG349w2RORzEBM1JhhMBfL27q1l_6tVlwBjAoIYiIk0/s824/Casamento.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="824" data-original-width="475" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL_pV-Q3G6LGY-GuLJq7EHM-U8j0KkBlGwVQM2E7lUgngQ3YlEyGInO6D8t9UeU97IMtPWUQQ3iUM0XPFtSSZNOaklbazAVQsUcG349w2RORzEBM1JhhMBfL27q1l_6tVlwBjAoIYiIk0/w115-h200/Casamento.jpg" width="115" /></a></div>Para finalizar seu Denir falou do amor pela comunidade e pela família. Casado com Etla Schlemper Horst por mais de 50 anos ele tem uma família grande: Seis filhos: Franciele, Maike, Josiane, Marcos, Marlize, Zenaide (falecida), 18 netos e cinco bisnetos. Ele conta que gosta de ser participativo na vida dos netos, principalmente na questão da educação. Ele se sente responsável por seus netos e tem orgulhoso da família que formou. <o:p></o:p><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">E sobre a comunidade: <b>“A gente que nasceu aqui, fica com amor no lugar. Não adianta a gente querer fugir, se mudar. Eu me sinto bem aqui”</b> ele diz que rejeitaria qualquer oferta para ir morar em outro local, é na Picadas que esta o seu coração, o seu amor. <br /><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpm1EGe1V2NWGjc2-7ubiySkPvGTn43vL8nc9mlxZCMjIPRl4-bcz35_Xi2a8dLIJSZa9R4d056-djRdOvafdIC4MYxKLXTISieUSwxUCIHoL5_leRbmrb2IbG3TirNhiqQUQsbzKEZbA/s1280/Familia.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpm1EGe1V2NWGjc2-7ubiySkPvGTn43vL8nc9mlxZCMjIPRl4-bcz35_Xi2a8dLIJSZa9R4d056-djRdOvafdIC4MYxKLXTISieUSwxUCIHoL5_leRbmrb2IbG3TirNhiqQUQsbzKEZbA/s320/Familia.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPEF9zQM7wWrjVa6uXGvWXO9Hl27nGy7kqq5a8SmmQVr5n_yCc2PlUrVeQcEoJD_M3Nwe3IdtExAB4G2SRoqcrVp3ojJST9IC_sPuquBepbvItZfzQ7fE7BQ6_IU0d_o00IzmWpML6kR4/s1280/Casa.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPEF9zQM7wWrjVa6uXGvWXO9Hl27nGy7kqq5a8SmmQVr5n_yCc2PlUrVeQcEoJD_M3Nwe3IdtExAB4G2SRoqcrVp3ojJST9IC_sPuquBepbvItZfzQ7fE7BQ6_IU0d_o00IzmWpML6kR4/s320/Casa.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQheXCrcemnWGP-kN4J6tC8B-IVpkcT8nOwq4646M_rGd-EYYe9vUO2zXHNcdJW5w5cV1GUqwUcZH5Mc50hMXTU95OOFBjDrI4vrl3Tfb47Rt5_BudCfR5zOaxMpqHgapAeW0Hf8NHc5M/s783/Casal.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="530" data-original-width="783" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQheXCrcemnWGP-kN4J6tC8B-IVpkcT8nOwq4646M_rGd-EYYe9vUO2zXHNcdJW5w5cV1GUqwUcZH5Mc50hMXTU95OOFBjDrI4vrl3Tfb47Rt5_BudCfR5zOaxMpqHgapAeW0Hf8NHc5M/s320/Casal.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> A entrevista foi conduzida pelo historiador Edson Iahn. </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"><br /></span></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-89596922959922932902021-05-08T19:02:00.001-03:002021-05-08T19:16:44.262-03:00 Histórias da Nossa Gente: Entrevista com Ivanilde Schaeffer Hinghaus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrZ_aLqWioArrC88kcUKev-MJUNGRAKgrbfptAeMz77MeTVcX7v3O6PGMZbYjKKqllJgZWxD7jgUBUosKkUZh6TkAv3UC00GjB03JjEQQiD2FCbP98sdNKH1w9A6m1hgjVAV0ZCyeuIqw/s1280/Linde.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrZ_aLqWioArrC88kcUKev-MJUNGRAKgrbfptAeMz77MeTVcX7v3O6PGMZbYjKKqllJgZWxD7jgUBUosKkUZh6TkAv3UC00GjB03JjEQQiD2FCbP98sdNKH1w9A6m1hgjVAV0ZCyeuIqw/w400-h225/Linde.jpg" width="400" /></a></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: center;"><b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #212529; font-family: Centaur, serif;"><o:p> </o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: center;"><b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #212529; font-family: Centaur, serif;">“Nem com chuva, nem com sol, Lomba Alta é só farol”<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #212529; font-family: Centaur, serif;"><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #212529; font-family: Centaur, serif;">Enquanto o Brasil vivia os anos 50, também conhecidos como Anos Dourados, o mundo todo vivia essa época de transições, a sociedade mudava o perfil empurrado pelo <i>boom</i> da prosperidade econômica pós segunda guerra mundial, havia muito otimismo e esperança por todo o globo terrestre, isso se refletia na moda, na música e na forma de vida em geral. No Brasil, não era diferente, na música surgiu a bossa nova, na política o presidente Jucelino Kubitschek prometia “50 anos em 5”, anunciando um progresso como nunca antes houve e de fato realizou grandes obras, entre elas a de transferir a capital do Brasil para Brasília, construindo esta do zero. Mas... numa cidadezinha no interior de Santa Catarina, a juventude do Barracão desconhecia os Anos Dourados, sua diversão maior eram os torneios de jogos de futebol entre as comunidades, como nos conta a dona Ivanilde </span><span style="background-color: #fcf8fa; font-family: Centaur, serif;">Schaeffer</span> <span style="background-color: white; font-family: Centaur, serif;">Hinghaus, </span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #212529; font-family: Centaur, serif;">na entrevista realizada no último dia 03 de maio de 2021.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Isolados dos grandes centros, com poucos rádios e com estradas precárias a diversão dos jovens do Barracão eram os torneios de futebol. Os rapazes jogavam futebol e as moças ficavam encarregadas das torcidas organizadas para os jogos. Dona Linde nos contou que os jogadores vinham em cima de caminhões, parecidos com o que conhecemos hoje por “pau de arara”, de várias comunidades do município, tais como: Lomba Alta, Águas Frias, Catuíra. Era uma forma dos moços e moças se conhecerem, de formar amizades e de passar o tempo. Sempre após os jogos havia as tardes dançantes. Era um Barracão muito diferente dos dias de hoje.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> Enquanto a copa do mundo acontecia no Brasil em 1950 e o Maracanã se calava na derrota para o Uruguai por 1x0, o que agitava a Picadas naqueles dias, era provavelmente uma disputa entre a seleção de casa, Picadas e Lomba Alta, no campo do seu Carlos Hosrt, que segundo Dona Ivanilde, assim como o Maracanã era imenso – o campo ficava localizado onde hoje se encontra o galpão do seu Deni Horst. Os torneios quase sempre aconteciam aos domingos e depois dos jogos eles iam para o clube dançar, comemorar a vitória ou esquecer a derrota. Dona Ivanilde relembra em meio a risadas o refrão musical usado pela torcida organizada de Picadas, as moças cantavam provocando o time adversário: “Nem com chuva, nem com sol, Lomba Alta é só farol”. Nessa copa, diferente do mundial, o campeão foi o time da casa. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">A música das tardes dançantes, ficava por conta da banda famosa na época em toda a redondeza, “Jazz Familiar”, banda formada pelos irmãos mais velhos de Ivanilde: Bruno <span style="background-color: #fcf8fa;">Schaeffer</span>, na percussão; Arno <span style="background-color: #fcf8fa;">Schaeffer</span>, no trompete; Etvino <span style="background-color: #fcf8fa;">Schaeffer (primo)</span>, no clarinete; e Edelberto <span style="background-color: #fcf8fa;">Schaeffer e Edgar Schaeffer</span>, no acordeon.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Qe0SlkJPQwDWqh9HeIPQ4AW5t0IYfNPZQ-HsGRjE75UV_shYd3MCVuQ5ZgQhtRpA5Ohm4ujKiRI0o2laTX0hEU26pqopQsa-03ZbDWcG_3Nhx-Vm6mss5b6n_Ppte6F-L5wB00Gm9gY/s671/JazzFamiliar.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="443" data-original-width="671" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Qe0SlkJPQwDWqh9HeIPQ4AW5t0IYfNPZQ-HsGRjE75UV_shYd3MCVuQ5ZgQhtRpA5Ohm4ujKiRI0o2laTX0hEU26pqopQsa-03ZbDWcG_3Nhx-Vm6mss5b6n_Ppte6F-L5wB00Gm9gY/s320/JazzFamiliar.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: Centaur, serif;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Ivanilde nasceu em Picadas, em 27 de setembro de 1940. Filha de <span style="background-color: #fcf8fa;">Rodolfo Jacó Schaeffler </span>e Frida Amália <span style="background-color: #fcf8fa;">Schaeffer</span>, a caçula dos nove filhos do casal - Edelberto, Arno, Bruno, Edgar, Wirto, Irma, Vanda e Yolanda, descendentes de alemães e ingleses, viveu sua juventude em Picadas, uma comunidade bem desenvolvida naquele tempo, com vários comércios como o celeiro Walter Zimmer, a sapataria do Ruth Wesler, a latoaria de Alfredo Iahn, onde se faziam canecas, chaleiras, bules, panelas... No localidade existia até mesmo um hotel, do lado da Atafona do seu Teobaldo, ali próximo da igreja luterana, além da venda do Goth Truppel, o comercio do seu Albert Propst - na reta de Picadas, ali perto de onde hoje se localiza o Ginásio de Esportes - a ferraria de seu pai Adolfo, que atendia a comunidade e todos os viajantes que passavam pela estrada geral de Picadas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Da infância ela relembra da fartura em sua casa. Todos trabalhavam arduamente, mas a dispensa sempre estava cheia. Plantavam, trocavam alimentos nas atafonas – o milho bruto pela farinha de milho já moída, artefatos de couro por fumo – e cozinhavam seus alimentos nos fornos e fogões a lenha. A dona Linde lembrou que não havia energia elétrica na época, que a iluminação era toda por lampiões e lamparinas à querosene.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUyAj2wIJ6gu_fYXgz7mJ17WB1czHEf1GahSV-GfgHxjPk5z9eAha3oGVupYEJLKHhAY4Q_4wvBIHeLLP-E6TESWcLIz_PeYPtYJyZ_uNs-PJaj9ac-JjPl16Io6or_ljx22YlR3hhyaE/s1160/Familia.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="872" data-original-width="1160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUyAj2wIJ6gu_fYXgz7mJ17WB1czHEf1GahSV-GfgHxjPk5z9eAha3oGVupYEJLKHhAY4Q_4wvBIHeLLP-E6TESWcLIz_PeYPtYJyZ_uNs-PJaj9ac-JjPl16Io6or_ljx22YlR3hhyaE/s320/Familia.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: Centaur, serif;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Seu pai tinha uma grande ferraria, para o padrão da época, com cerca de 19 funcionários, que se dividiam entre os trabalhos na ferraria e também na agricultura. Milho, cebola, batata, vacas, cavalos, eram uma família prospera. A mãe, dona Frida, fazia comida para todos, filhos e funcionários, que realizavam as refeições todos juntos em uma grande mesa. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">O pai buscava toda a matéria prima para a produção de sua ferraria, como: ferro e chifres de gado para fazer os cabos de facões e facas, em Florianópolis. Ele ia de carroça e geralmente demorava cerca de uma semana para ir e vir. Ela conta que tudo era escolhido com muito esmero. Como a ferraria ficava na rota dos tropeiros, estes também conhecidos como “lageanos”, eram clientes certos de seu Adolfo. Que vendia para eles todo tipo de material como facas, facões, foices, enxadas, ferragem das rodas de carroças, se faziam ferraduras, etc, e as vezes como relembra sua filha, também trocavam mercadorias por fumo, produto que não era muito comum no Barracão naquela época e que atraia muitos compradores. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Carlos Horst, o dono do campo onde os jogos aconteciam, fazia também as bainhas para os facões e a pequena Linde, com aproximadamente 10 anos, já ajudava o pai, fazendo as florezinhas para ornamentar as peças, ela lembrou que adorava fazer isso. Carlos era casado com Dona Matilda, a parteira que trouxe ela e seus irmãos ao mundo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">A religião, como na maioria das famílias de imigrantes que colonizaram o município, era muito importante na casa de sua família, ela relembra que sempre ouviam o culto juntos e cantavam os hinos de louvores, afinal de contas a música estava no sangue de sua família. Lembra também, que às vezes à família se reunia nos finais de tarde para cantar louvores tradicionais e músicas conhecidas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">De sua infância além das aulas com a professora Maria Cecilia Westphal, na escola que ficava perto da igreja Luterana, onde estudou até o terceiro ano, ela ainda relembra de lobo, um cachorro de seu irmão Edelberto: em uma época sem telefone as pessoas precisavam criar seus próprios meios de comunicação. Edelberto, também chamado de Eti, morava em cima do morro próximo, com sua família – esposa e seus filhos. A família tinha um cachorro branco, chamado Lobo e eles o treinaram para ajudar na comunicação. Quando ele precisava de alguma coisa – algum remédio ou chá, alguma coisa do tipo - escrevia um bilhete e colocava na coleira do cachorro, batia palma e o mandava até a casa de sua mãe. A mãe lia o bilhete e colocava o pedido na coleira do cachorro novamente, batia palma e ele voltava pra casa do filho. Quando o cachorro chegava de volta em casa, Edelberto tocava o clarinete, para a mãe saber que ele tinha recebido a encomenda.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Outro fato que ela relembra sobre a casa do irmão mais velho era as frequentes visitas de brugues que ele recebia. Ela conta que a casa era alta do chão e os índios entravam debaixo do assoalho e batiam com pedaços de pau nas paredes, para assustar a família. Quem mais tinha medo dos índios era a sua cunhada, que quando ia trabalhar na roça sempre levava o cachorro junto, com o intuito de usar o cachorro bravo para se defender, assustar ou pelo menos ter tempo de correr dos bugres, caso eles aparecessem.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Até mesmo os rádios não eram comuns naquela época, poucas eram as casas que tinham. Ela relembra, entre sorrisos, as noites que ia à casa do tio Calinho, para assistir a novela da Magnólia, o local era ponto de encontro de toda a vizinhança, que tinha o mesmo propósito. Ela contou também que gostava muito de ouvir as notícias, então ficava debruçada na janela de sua casa com seu pai para ouvir, tal era a altura que o tio colocava o volume do rádio na casa próxima. Na hora da novela, o tio gostava de zoar com as visitas, dizendo que dentro do rádio estavam as pessoas que falavam e não foram poucas as vezes que a pequena Ivanilde tentou ver elas dentro da caixa do rádio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Ivanilde casou-se cedo, em 1955, aos 15 anos com Artur Hinghaus com quem teve quatro filhos: Sueli, Alceu, Elenice e Advaldo. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Centaur, serif;">Em seus 80 anos Dona I<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #212529;">vanilde passou por algumas guerras e revoluções. Ela relembra que em 1945, na época da Segunda Guerra Mundial, quase toda a sua família falava só a língua alemã, ela até os cinco anos falava apenas o idioma de seus antepassados. Ela relembra que a mãe e a avó nessa época começaram a lhe ensinar o português, com medo das retaliações que ela poderia enfrentar, sendo a mais comum entre os imigrantes dessa região: de ser xaropeada com óleo. Além dessa lembrança ela também relembra que em tempos de Guerras e Revoluções era comum que os homens se escondessem no mato para não serem convocados para a luta armada. Hoje pode parecer estranho, os homens fugirem e deixarem as mulheres em casa, a mercê de tropas de soldados que estavam passando pela região, como por exemplo, as tropas que passavam por aqui durante a revolução de 30. Aliás, se engana quem pensa que as fake News são coisas apenas do século XXI, como relembra dona Ivanilde e a filha Sueli: O ano era 1964, o Brasil estava entrando no Regime Militar e as notícias não corriam tão rápido quanto hoje em dia. A população sabia que algo estava acontecendo no Brasil, mas havia muita desinformação. Foi então que uma rádio de Lages passou informações sobre o recrutamento de homens pelo exército brasileiro para lutar nessa “revolução”, fato que realmente nunca ocorreu, mas foi o que bastou para que homens e até mesmo adolescentes novamente se escondessem para fugir do recrutamento.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Centaur, serif;"> </span></b><span style="font-family: Centaur, serif;"> O marido de dona Ivanilde, Artur Hinghaus, foi um homem a frente do seu tempo, sempre buscando por novidades. Assim que casaram começaram a plantar cebola, mas logo depois abriram um comércio “a venda”, depois uma barbearia e uma alfaiataria e não satisfeito ainda por volta do ano de 1963 fez um curso por correspondência para aprender a construir rádios. Foi assim que nasceu a Fábrica de Rádios TransKennedy. Todo o material para ele estudar vinha de São Paulo pelo correio e ele estudou sozinho em casa, comprou todas as peças e montou seu primeiro rádio. A esposa lembra com alegria o dia do primeiro teste: Todos estavam ao redor da pequena caixa de madeira, será que aquilo iria mesmo funcionar? Eram tantas peças, tantos estágios até aquilo ficar pronto! O rádio funcionou e a alegria não poderia ser maior, pois logo em seu primeiro uso, já se conectou a ondas curtas de uma estação da Alemanha. Todos comemoraram em Alemão, pois entendiam bem a língua que estava sendo falada pelos jornalistas alemães! A produção era realizada em parceria com Adelino Heck que fazia, segundo dona Ivanilde, com muito capricho as caixas de madeira de imbuia, muito bem envernizadas, que emolduravam as unidades de rádios montadas, e que já tinham clientela garantida após prontas. Com a boa aceitação dos rádios, a produção teve que ser aumentada, então o irmão de Dona Linde, Wirto Schaeffer, passou a ir para São Paulo para buscar maior quantidade de peças, para fabricação de novos rádios. A produção só diminuiu quando ele assumiu o cartório do Quebra Dentes, não tinha mais tempo para os rádios, mas ainda devem existir alguns exemplares desses rádios por ai!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Centaur, serif;"> </span></b><span style="font-family: Centaur, serif;">Entre suas lembranças da comunidade, também existem algumas que são tristes, como a morte da família Schuller. As mortes aconteceram por conta de uma grande enchente ocorrida no ano de 1969. Uma família inteira foi levada pelas águas violentas que desciam do Quebra Dentes. O pai e o filho ficaram isolados na casa, subiram para o sótão, eles pediam ajuda pela janela, mas ninguém conseguia socorrer. A violência da água acabou levando toda a casa, com quem estava dentro dela. <b><o:p></o:p></b></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> A sorridente dona Ivanilde encerra a entrevista dizendo que quer ver o material pronto e afirmando que foi muito bom relembrar de tudo isso. Às vezes as memorias ficam escondidas em nossas mentes, mas basta dar uma buscadinha e tudo reaparece, trazendo alegrias de bons tempos vividos e lembranças de pessoas amadas. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman", serif; line-height: 24px; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Centaur, serif;">A entrevista foi realizada no dia 03 de maio de 2021, na comunidade de Picadas por Edson Iahn. <o:p></o:p></span></p>Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-64631096014629111432020-04-13T09:48:00.002-03:002020-04-13T09:48:39.374-03:008 meses - Saudade daquilo que a gente não viveu <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYh5MWBV-9fpz7WyPZWAnWUTxLPeqjPFCrRFKQ-Wuz2-TTd8QLV_q9e5Gx3-CbxPb9g3ijQSQ2ZSJQNTPeZB2RoUMVgeNqH93lWpW73Ynd65W5RXnXwfd1sLyUvxE__JAIYJWPIN82hPc/s1600/35C7E4B5-DA17-47D8-B938-80B0253ED674.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYh5MWBV-9fpz7WyPZWAnWUTxLPeqjPFCrRFKQ-Wuz2-TTd8QLV_q9e5Gx3-CbxPb9g3ijQSQ2ZSJQNTPeZB2RoUMVgeNqH93lWpW73Ynd65W5RXnXwfd1sLyUvxE__JAIYJWPIN82hPc/s320/35C7E4B5-DA17-47D8-B938-80B0253ED674.jpeg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
Nunca esperei completar meus 8 meses em Limerick nessa situação,
isolados, repartidos, desolados...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
O Neymar estava certo, “saudades daquilo que a gente não viveu”, foram
tantos planos, tanto da nossa amada Irlanda que deixamos para conhecer depois e
depois os planos mudaram e as possibilidades escorreram por nosso dedos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
Realmente, somos meros peões nesse jogo, essa foi a maior prova.
Simplesmente não tivemos escolha e sabemos que tudo foi conduzido para que nós
ficássemos seguros à salvo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Agora vejo o tempo correr
através da janela do meu quarto. As árvores que já vi com os galhos secos,
outras vezes cobertas de neve, hoje começam a florescer, deixando tudo ainda
mais bonito.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
O céu de Limerick, que sempre me encantou, nessa primavera trocou o
cinza dos dias chuvosos por um azul sem igual, com dias ensolarados e finais de
tarde igualmente “gorgeous”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
Nesse último mês, sem a Universidade, sem a biblioteca, a academia, sem
o Dolans para ouvir música Irlandesa e o Nancy’s para ver os Irlandeses nossos
dias parecem durar uma eternidade. Temos muito o que estudar, mas é impossível
ficar o tempo todo na frente do P.C. e para não pirarmos, temos recomendações
de tentar espairecer… tenho caminhado. Nessas caminhadas tenho conhecido uma
Limerick diferente, talvez até diria mais rural e cada canto dessa cidade me
encanta. Nesses passeios surgiu até a inspiração para um romance. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
Limerick será cenário do meu próximo livro, meu primeiro romance, tenho
noção de que não sou nenhum Frank McCourt que conseguiu mostrar Limerick para o
mundo inteiro quando escreveu Angela's Ashes, mas essa cidade que tão bem me
acolheu me inspira tanto, que não posso deixar de aproveitar isso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
Ah Limerick, nós ainda temos muito para viver juntas! <o:p></o:p></div>
<br />Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-13131022885664133942020-03-30T23:12:00.003-03:002020-03-30T23:12:42.538-03:0033<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinyGNeiM4Ks-zW1qNSN53BT33ORdUJAnjv2ThpQ0GhN9NCzR7YOkQA-paKlsh4jMqtiXWU8IMO5B70WoEQ5OzHZbr8_U1kBI7jKf3cDZrJbBeikoPO50wu9IUvLua8UzzyyVDhJZiwHXM/s1600/565F6A81-E5FE-4F4F-AA0A-27951BD9DC45.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1391" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinyGNeiM4Ks-zW1qNSN53BT33ORdUJAnjv2ThpQ0GhN9NCzR7YOkQA-paKlsh4jMqtiXWU8IMO5B70WoEQ5OzHZbr8_U1kBI7jKf3cDZrJbBeikoPO50wu9IUvLua8UzzyyVDhJZiwHXM/s320/565F6A81-E5FE-4F4F-AA0A-27951BD9DC45.jpeg" width="278" /></a></div>
<br />
Eu gosto tanto de fazer aniversário que eu mesma venho me desejar parabéns! =)<br />
Três sempre foi o meu número da sorte, então o que posso esperar para esse novo ciclo que está chegando é sorte em dobro, afinal 33.<br />
Esse é o primeiro ano que passo o meu aniversário longe de Alfredo. Sem comemorar com minha família, com meus amigos, sem receber inúmeros beijos e abraços e o carinho que eu amo tanto sentir nesse dia.<br />
Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de fazer aniversário e o quanto essas demonstrações de carinho e afeto são importantes para mim. Eu sei que será um dia difícil, mas sei que irei rir e me emocionar na frente do computador ou celular algumas vezes, sentindo o amor através das palavras de quem tá longe.<br />
Quando eu fiz aniversário ano passado e me auto-desejei muita felicidade eu não sabia o que estava por vir e não posso reclamar de nada, esse foi um ciclo muito generoso para mim. Conheci muita gente inspiradora, lugares onde sempre sonhei estar, mudei de continente e acredito até que tenha reencontrado locais e pessoas de outras vidas. Certamente eu sou uma outra Carol, tudo o que vi e vivi enquanto tinha 32 anos me modificou completamente.<br />
Foi um dos melhores anos da minha vida. Foi cheio de desafios, onde eu precisei ter muita coragem para deixar minha zona de conforto e tudo o que me era familiar para crescer, para viver algo completamente diferente e novo. O novo sempre assusta, mas é transformador.<br />
Hoje, transformada, entro nos 33 anos. Me sinto velha, bem velha, mas foram esses anos vividos, todas essas experiências que fizeram de mim quem sou hoje. Acredito que eu ainda precise evoluir muito, aprender muita coisa, me tornar alguém melhor em muitos sentidos, mas estou no caminho e gosto de quem eu sou.<br />
Bom, sempre que eu escrevo um recado de aniversário eu desejo um monte de coisas bem clichês no final, então, no meu recado de aniversário eu não poderia fugir desse padrão!<br />
Não vou desejar muitas coisas, apenas que quem eu amo tenha saúde para que eu continue recebendo amor, que eu aprenda com meus erros e que essa minha nova idade seja repleta de sorrisos, de aprendizado e de muito amor, pois no final de tudo, só o que importa são os laços que criamos e os afetos que conquistamos durante nossa jornada.Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-46491435447563709372020-03-29T17:44:00.002-03:002020-03-29T17:44:52.086-03:00Limerick e meu coração partido <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8DzWzZaRSnSc8ttCRjR9pJpx995piWWex5wOnpOmTzqTAKz4LnM7-ToBwxz4IjpQaiwKgchwFPS-q1itp40pPgEx3zvJAQYOfQUFJw5ao6h3OKzbgQo6qYk27m38nh4-rjD1AhIQCJI8/s1600/signature.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1133" data-original-width="1600" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8DzWzZaRSnSc8ttCRjR9pJpx995piWWex5wOnpOmTzqTAKz4LnM7-ToBwxz4IjpQaiwKgchwFPS-q1itp40pPgEx3zvJAQYOfQUFJw5ao6h3OKzbgQo6qYk27m38nh4-rjD1AhIQCJI8/s320/signature.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ilustração: Janaína Andrade </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: center;">
“As cidades estão desertas como nunca estiveram</div>
<div style="text-align: center;">
Todos tem medo do que está pelo ar</div>
<div style="text-align: center;">
Os planos que nós tínhamos foram por água abaixo</div>
<div style="text-align: center;">
Nossa vidas estão adiadas</div>
<div style="text-align: center;">
Mas eu sei que no fim tudo ficará bem”</div>
<br />
Duas semanas atrás tudo isso que estamos vivendo hoje parecia com o enredo de um filme, um filme que eu não nem teria vontade de assistir.<br />
Estávamos cheios de planos, terminando as observações com nossos supervisores, íamos conhecer mais algumas escolas, as aulas estavam cada vez mais interessantes...<br />
Os planos para a páscoa começavam a tomar forma, tínhamos tanto da Irlanda e da Europa que ainda precisávamos conhecer. E eu estava animada para escolher o que comeria para comemorar meu aniversário, pois foi me dado o direito de escolher o cardápio.<br />
Em quinze dias todos os planos mudaram, tudo ficou diferente por aqui. Agora nosso maior companheiro é o silêncio do Courtbrack, o silêncio que grita o medo de nossos corações, corações que agora estão partidos.<br />
Partidos como esse ano que foi interrompido;<br />
Partidos pelo medo de pegar o vírus ou ver quem amamos doente;<br />
Pelo eco dos corredores vazios;<br />
Pela perspectiva de passar o meu aniversário sozinha;<br />
Pela falta de abraços, beijos, risadas e leveza;<br />
Partido pela falta de tudo que era familiar.<br />
Da pra sentir falta até do tumulto da cozinha na hora da janta, de passar pela sala desviando dos nossos Irishs e do barulho deles chegando a noite, mas a falta que mais sinto, são dos meus colegas que voltaram para o Brasil e deixaram o bloco F vazio.<br />
O vazio do F17 me deixou órfã, sem minha “mamis”, orientadora, maga dos signos, companheira de Guinness, a pessoa que mais me passava segurança e para quem eu enviava memes e vídeos e sabia se eram engraçados ou não quando ouvia a risada dela, sim as paredes aqui são finas.<br />
O F20 me faz falta toda hora, perdi minha companheira de todos os jantares, de todas aulas, de muitas conversas, postergação, de receber conselhos e dos melhores almoços de domingo.<br />
Não ouço mais os funks do F14, nem posso abrir a porta para a sua moradora entrar no F18, sentar no chão e ouvir as histórias que eu tenho para contar, ou contar as histórias dela, certamente a melhor companhia para qualquer pub da cidade.<br />
Saudades de babar pelas comidas do F3 e do F19, de ouvir as longas e divertidas histórias do F2; deixar o F1 apavorado falando sobre as novelas que eu cresci assistindo; do som do violão tocado pelo F4 e que agora está mudo em meu quarto. Saudade de todos os Fs que se foram. Vocês fazem muita falta!<br />
O Corona não levou apenas meus amigos e mudou meus planos, ele também interrompeu uma outra história linda, que estava começando e que desejo que tenha força para resistir a esse vírus.<br />
Em mim, o principal sintoma do Corona é meu coração partido. Partido pela falta, pela saudade, pelo desespero e aflição de não saber como será o amanhã de quem eu amo.<br />
Eu espero que quando isso tudo passar, a gente finalmente possa voltar a sorrir!Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-47667951534055071672020-03-27T15:09:00.003-03:002020-03-27T15:09:51.715-03:0015º DIA DE QUARENTENA <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhic92dXwNlJ12EjBCsZ77Dx-U1hXV8CQTSSzp2Dj6qVRZMXwTGPYrkdP7It-Hfqr5TBzCoy6OL_kg46hyiWQQaSkvD7dob1p1SUAKLQC-Jp8MgucsD2xy2SikNvU0nA7lE6IG-MXckMeM/s1600/9BA2C87C-5F77-429A-B480-622CB39D6251.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhic92dXwNlJ12EjBCsZ77Dx-U1hXV8CQTSSzp2Dj6qVRZMXwTGPYrkdP7It-Hfqr5TBzCoy6OL_kg46hyiWQQaSkvD7dob1p1SUAKLQC-Jp8MgucsD2xy2SikNvU0nA7lE6IG-MXckMeM/s320/9BA2C87C-5F77-429A-B480-622CB39D6251.jpeg" width="320" /></a></div>
<div dir="ltr" id="docs-internal-guid-61764742-7fff-c61f-894c-8777e96e29a8" style="-webkit-text-size-adjust: auto; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" id="docs-internal-guid-61764742-7fff-c61f-894c-8777e96e29a8" style="-webkit-text-size-adjust: auto; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Estou entrando em meu 15º dia de quarentena e acho que já estou bem afetada.</span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: auto; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Eu morava em um lugar com outras 97 pessoas, uma acomodação estudantil da Mary Immaculate College, mas hoje estou vivendo aqui apenas com mais 6 pessoas, e estamos tentando nos manter isoladas uma das outras. Me mudei provisoriamente para um novo quarto, em um corredor só para mim. - Sim, eu tenho medo de ir ao banheiro à noite, é óbvio.</span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: auto; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Divido boa parte dos meus dias entre ler os artigos da pós-graduação e passar raiva na frente do computador lendo os absurdos e asneiras ditos por um certo político e propagado por outras tantas pessoas, que ainda não entenderam que se voltarmos para a rua agora, em duas semanas seremos obrigados a ficar em casa e ainda estaremos chorando pelos nossos entes queridos mortos. </span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: auto; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nesse período de quarentena fico também tentando não começar a escrever um novo livro, pois seria um caminho sem volta e eu preciso estudar.</span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: auto; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Como tenho muito tempo livre fico também fazendo uma profunda análise para entender qual é a de São Pedro ou a de Saint Patrick que resolveram que não vai mais chover na Irlanda. Sério, a única certeza que eu tinha aqui era a de que iria chover, em algum momento do dia iria chover… mas hoje… até essa certeza me foi tirada e eu que estava tão saudosa do sol, agora que ele está aqui comigo, posso vê-lo apenas pela janela. Fico fazendo tudo isso tomando chá, já que estou há 8 dias sem beber coca-cola. </span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: auto; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A primavera chegou no hemisfério norte, mas com ela não vieram apenas flores, veio também o vírus… vírus que levou para outros continentes boa parte das pessoas que eu amava aqui. Vírus que está começando a me deixar apavorada. Apavorada por pensar que nós brasileiros estamos entrando nessa terrível tempestade com alguém tão despreparado guiando nosso barco. </span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: auto; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Essa constatação me faz lembrar que na última semana o presidente aqui da Irlanda fez um pronunciamento, que mais parecia uma luz, parecia um abraço para quem estava desesperado, ele afirmou que o estado - como todo estado tem a obrigação de fazer - fará sua função, a de ajudar seu povo perante a crise e finalizou o discurso com a frase: “Vamos ficar juntos como uma nação, mas separados uns dos outros” e era esse o discurso que todo líder responsável deveria estar adotando.</span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: auto; line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Como eu já disse, a primavera chegou... mas parece que estamos no outono, com tudo morrendo e uma tristeza misturada com melancolia pairando no ar. </span></div>
Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-2141857899519278462020-03-27T08:32:00.002-03:002020-03-27T08:32:36.722-03:00FIQUE EM CASA<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "inherit",serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Eu estou começando a ficar DESESPERADA
aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "inherit",serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Aqui na EUROPA a ordem é ficar em
casa para tentar diminuir a velocidade do avanço do vírus. O que se vê são os GOVERNOS
incentivando e auxiliando para que isso aconteça, pois é a única coisa a se
fazer, INFELIZMENTE.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "inherit",serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Enquanto isso no BRAZIL algumas
pessoas simplesmente não acreditam nisso e dessa forma colocam ainda mais gente
em risco. Isso é muita IRRESPONSABILIDADE.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "inherit",serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Essa gripezinha não é um problema,
pois só morrem idosos, né? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "inherit",serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Eu não quero que meus IDOSOS morram. Eu
não quero banalizar a VIDA deles como se não tivessem nenhum VALOR. Eu não
quero que a gente chore a morte de nossos AVÓS como se fosse algo normal,
quando a gente pode sim fazer algo para defende-los. Não só eles, pois
acreditem JOVEM também morrem. Mesmo os que tem histórico de ATLETA. Mais de 20
MIL VIDAS já foram perdidas e esse é apenas o COMEÇO! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "inherit",serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Me desculpem se não estou pensando em
dinheiro, na economia ou no RAIO que o parta, eu estou pensando em vidas. E são
vidas que devem importar, se você não pensa assim, volte 3 casas nesse jogo,
pois você está fazendo isso errado. ERRADO. Vidas importam mais do que
dinheiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "inherit",serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O mundo inteiro irá sofrer essa
crise, INEVITAVELMENTE. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "inherit",serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não desejo isso, mas como será quando
essa gente que se apegou a ideia de “defender a economia” estiver chorando no velório
de seus entes queridos? Desculpe, vocês não terão direito de se ARREPENDER. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "inherit",serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A situação é muito séria e
infelizmente irá piorar rápido no Brasil. Faça o que todo o mundo está fazendo
FIQUE EM CASA! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "inherit",serif; font-size: 10.5pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">FIQUE EM CASA POR FAVOR.<o:p></o:p></span></div>
<br />Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9079784347306033536.post-1231815812907574882020-03-18T20:03:00.001-03:002020-03-29T17:51:52.585-03:00Uma pandemia chegou junto com meus sete meses na Irlanda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkSIXjBe77XcT2wvoig2SU6PMa9VrZnEnFlu_WDEwLAiKjsavcoFu8UHWKLOD8mhx-21Q7gE4iGDF5Y-GZBcZHMcQDF9WePMhq23L4ZSueDidAugB3Vj4RRwz5NGVOw6VuCcQEOhwRXj8/s1600/1583751620393.jpg--.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkSIXjBe77XcT2wvoig2SU6PMa9VrZnEnFlu_WDEwLAiKjsavcoFu8UHWKLOD8mhx-21Q7gE4iGDF5Y-GZBcZHMcQDF9WePMhq23L4ZSueDidAugB3Vj4RRwz5NGVOw6VuCcQEOhwRXj8/s320/1583751620393.jpg--.jpg" width="320" /></a></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">Eu estar na
Europa nesse momento certamente deixa muita gente preocupada.</span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">Na última
sexta-feira todas as escolas e universidades da Irlanda fecharam as portas e
não se sabe quando irão reabrir. Nesse mesmo dia as pessoas foram aos mercados
e esvaziaram as prateleiras. Estima-se que mais de 60% da população da Irlanda
contraia o vírus! </span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">O vírus
veio para marcar profundamente minha estadia por aqui. </span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">Ver como os
Irlandeses estão lidando com a pandemia é inspirador. O senso de
responsabilidade coletiva é muito mais presente aqui do que no Brasil. Várias
ações estão sendo desenvolvidas para tentar conter o avanço da doença. </span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">Os PUBs
estão fechando - dizem que até então, apenas Deus teria esse poder - os
irlandeses estão fechando pubs, cafés, restaurantes... Os comerciantes estão
perdendo dinheiro, mas eles estão fazendo isso para que o corona não ceife
ainda mais vidas. Isso é pensar nos outros e eu estou tendo uma aula sobre isso
estando aqui durante esse período.</span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">É egoísmo
meu falar que o Corona ta fazendo um estrago na minha vida, quando sei que ele
ta afetando de maneira muito pior a vida de tantos outros, mas à partir de
amanhã o vírus dará uma nova cara a minha estadia aqui na Irlanda.</span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">Eu pensei
que o cancelamento das comemorações de San Patrick’s day, que contei os dias e
sonhei muito em ver, seria a pior coisa que aconteceria, mas estava
redondamente enganada. </span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">Muitos de
meus colegas, a minha família Irlandesa, eles estão voltando para o Brasil.
SIM, VOLTANDO PARA O BRASIL! O curso irá continuar online pelo menos pelo resto
do semestre... tenho certeza de que ainda voltarei a ver alguns, mas tudo o que
vivemos aqui no Courtbrack começa a ficar no passado. Não to sabendo lidar com
essa nostalgia que já se tornou minha maior companheira, mas isso será assunto
para outro texto.</span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">A previsão
é que os aeroportos fechem em breve e existem rumores de que os mercados e
lojas também irão fechar nos próximos dias. A quarentena por aqui está sendo
levada a sério e me irrita muito quando vejo alguns brasileiros postando que “é
só uma gripe”, “não faz mal, não to no grupo de risco”, “isso é invenção da
mídia”, “vou aproveitar as férias/quarentena para viajar” isso tudo é uma
mistura de falta de informação, com egoísmo e a inexistência de bom senso. Essa
pandemia é real e ainda vai matar muito mais gente e isso é terrível, precisa
ser encarado como tal. O que estou vivendo aqui é completamente inédito para
mim, parece coisa que acontecem nos filmes, estou ansiosa e um pouco assustada,
mas me sinto segura.</span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Certamente não era assim que eu esperava
escrever meu texto de sete meses na Irlanda, um mês em que tantas coisas lindas
aconteceram em minha vida, um mês tão especial, que infelizmente se transformou
em um período em que tenho que me despedir de muitos de meus amigos e
infelizmente ter a certeza de que nada será como antes. </span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt;">Estando
sete meses aqui não acho precipitado dizer que nunca mais conseguirei tirar a
Irlanda da minha vida. Eu amo a Irlanda, mas definitivamente odeio o Corona
virus! </span><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
Carol Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08119470102214023670noreply@blogger.com0