Sob o sol da toscana - Florença



Eu não poderia ir para a Itália sem conhecer Florença. Então, quase aos 45 do segundo tempo, eu decidi que iria conhecer a cidade e valeu cada momento. A viagem, que incluía a cidade de Pisa, era uma verdadeira corrida contra o tempo e, para ela se realizar, eu precisei de 4 trens e contei com a ajuda imprescindível do Google Maps.
Estar na Toscana era um sonho. Belos cenários, cultura, gastronomia ... vendo as paisagens pela janela do trem era impossível não lembrar do filme “Comer, Rezar e Amar”, clássico do cinema que faz qualquer um que o assiste ter vontade de conhecer a região.
Como era uma visita corrida, eu pensei nos lugares que eu tinha que conhecer em Florença e, assim que o trem parou, corri para eles.
Primeira parada:  Ponte Vecchio e Rio Arno em Florença


A famosa Ponte Vecchio e o Rio Arno são dois dos principais pontos turísticos de Florença. Poupada pelas bombas jogadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, a Ponte Vecchio é um dos símbolos de Florença e um dos pontos de encontro de moradores e turistas que se encantam com sua beleza. Ao seu redor estão diversas construções que datam do século XVI e no seu interior tem uma quantidade enorme de lojas de joias, ouro, óculos e relógios de luxo – que não tive curiosidade de conhecer, pois não são muito a minha praia. 
Além das lojas e de toda a paisagem espetacular, vários artistas de rua se apresentam todos os dias alegrando o local. Atravessei a ponte e dei a volta pela outra margem, admirando as construções belíssimas que se debruçam sobre o Rio Arno. Todos os ângulos proporcionavam belas imagens.  A ponte é a mais antiga da cidade, data de 1345. Nesse passeio vi até uma igreja luterana e me chamou a atenção, pois foi a única que vi – ps: eu sei que existem muitas igrejas luteranas na Itália, mas as católicas são maioria esmagadora e vê-la chamou minha atenção.
Saindo das margens do rio, fui para na Galleria degli Uffizi, que é nada mais, nada menos, que o mais famoso museu de Florença e um dos mais famosos e importantes museus do mundo.
O edifício que alberga a Galeria Uffizi remonta a 1560. As obras de arte dos grandes artistas italianos como Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Raffaello, Ticiano, da idade média até o renascimento, assim como as esculturas, pisos e o teto são verdadeiras joias. O prédio de três andares em forma de U é um dos mais belos museus do mundo. Na fachada do museu podem-se ver esculturas de muitos artistas que fizeram parte do renascimento. É uma verdadeira aula de história e de arte.
Em seguida visitei a Piazza della Signoria com o Palácio Vecchio, que formam o coração político e social de Florença. A Praça é intensamente procurada pelos turistas por ser uma verdadeira galeria de arte ao ar livre.
A Praça faz uma síntese da história de Florença. Ali foram instalados banhos romanos, mais tarde passou a ser um local de reuniões e reinvindicações e hoje é um lugar de comemorações da cidade. Na Praça ficam três grandes estátuas: A de Netuno é obra de Bartolomeo Ammannati e celebra as vitórias navais da Toscana. A do David é uma réplica da obra prima original de Michelangelo, que esteve na Praça até 1873, quando foi transferida para a Galeria dell’Accademia. Comemora o triunfo sobre a tirania através do personagem bíblico. O David é uma das obras mais famosas e consagradas de Michelangelo. E a estátua do Hércules e Caco, que fica ao lado do David e na mesma praça, foi esculpida por Baccio Bandinelli e retrata a vitória de Hércules sobre a maldade de Caco, um dos episódios dos “Doze Trabalhos de Hércules”.
Ao lado da Loggia dei Lanzi fica o Palácio Vecchio, onde ainda funciona a prefeitura de Florença. O Palácio foi construído em 1322 e no alto da sua torre foi instalado um sino, usado para convocar a cidade para reuniões.


A Piazza del Duomo ou Praça da Catedral, em português, é a praça na qual fica localizada a Catedral de Florença, que é uma das igrejas mais visitadas de toda a Itália. Ela fica bem no centro de Florença e tem pontos turísticos superimportantes da capital da Toscana.
Um outro ponto turístico importante em Florença é a Basílica di Santa Maria del Fiore. Conhecida como Catedral de Florença ou Duomo de Florença, essa catedral levou séculos para ser construída e há mais de 20 anos recebeu o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O prédio é simplesmente maravilhoso, cheio de detalhes e uma das mais importantes obras da arte gótica já arquitetadas. Não consegui entrar na Basílica, pois como diria meu amigo Giovanni Improtta "O tempo ruge e a Sapucaí é grande". Eu tinha que correr para a estação para pegar meu trem para Pisa. Eu quase entrei no trem errado e fui parar sabe-se Deus onde, pois o número da plataforma não apareceu por completo no telão em que eu estava vendo. Por acaso descobri o erro e corri para a plataforma correta.
Na volta pra Florença – de onde peguei o trem para voltar a Roma – ainda deu tempo de uma visita a um mercado de rua – não tão interessante quanto o que conheci em Nápoles – e para comer algo. Eu estava em uma saga de acordar muito cedo, andar quase 20 km a pé pelas cidades todos os dias. Minhas forças estavam acabando, então voltei para a estação. Lá ainda teve uma situação engraçada, na qual um Japonês queria me dar um picolé mas eu não entendia, então dois senhores italianos vieram me ajudar e falaram pra eu aceitar, pois ele havia comprado muitos e estavam derretendo, obedeci. E outra situação em que um cara, que parecia o Mateu de Terra Nostra, me convidou para jantar um típico jantar da Toscana com ele, uma coisa no mínimo inusitada. Fui obrigada a recusar, apesar da fome.
Na volta para Roma, pela janela do trem fui brindada por um lindo pôr do sol e me despedi da toscana, cheia de amor no coração.

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